sábado, 13 de julho de 2013

uM SOLO COM O NOTÁVEL BB KING Best Solo Guitar King of Blues

CHARGE DO AROEIRA


Esta charge do Aroeira foi feita originalmente para o

Republiqueta - O vídeo proibido pela petralha

Cartas de Buenos Aires: “La cumbia, no La Cumparsita”


Gabriela Antunes
Esqueça Astor Piazzolla e Carlos Gardel. E não espere escutar La Cumparsita. Imagine o velho “mullets”, extinto no Brasil desde que Chitãozinho e Xororó optaram por um “look” mais moderno, e o tecladinho, ou melhor, usando uma palavra mais em voga nos anos oitenta, pense em um órgão. Agora adicione passinhos coordenados, a batida frenética dos tambores e maracás e as letras de duplo sentido ou explicitamente românticas.
“É som de preto, de favelado, mas quando se toca, ninguém fica parado”, diz a letra do funk que faz balançar os morros cariocas. Pois bem, aqui, como no Brasil, nem sempre o som do povo é algo do tipo a nona sinfonia de Beethoven. Aqui, o negócio é um ritmo que, talvez pelas barreiras linguísticas, ainda não chegou ao Brasil: a cúmbia.
A cúmbia não é exclusividade argentina. Teria nascido na Colômbia colonial e se espalhado por toda América Latina.
Na Argentina, desbravou décadas de um romantismo naif, encarnado por cantores como Rodrigo e Gilda. Gilda foi tão popular que, quando faleceu precocemente em 1996, aos 34 anos, em um violento acidente, ganhou status de santa.

Gilda, cantora argentina

Mais tarde, com bandas como Flor de Piedra, recebeu letras parecidas ao funk, refletindo o dia a dia das zonas mais pobres da capital. Violência, sexo e drogas invadiram o que ficou conhecido de cúmbia villera.
Exclusivamente argentina, a cúmbia villera, nascida no ventre das “villas” (favelas) da capital, chegou a assustar o Governo que, em 2004, acusou o ritmo de contribuir para o aumento da criminalidade no país. A discussão é a mesma que acontece por aqui, com relação à agressividade das letras do funk carioca: as canções refletem o dia a dia de violência e delito das comunidades mais pobres ou fomentam a criminalidade?
No ano passado, o Governo de Buenos Aires proibiu o uso de equipamentos de estéreo sem fones de ouvido no transporte público. Aos poucos, vai morrendo a figura vestida de nike, boné ao contrário e radinho no máximo volume que entrava desafiante com sua cúmbia villera no trem, metrô ou mesmo no ônibus.
A cúmbia, que nunca deixou de flertar com as classes mais altas, vai invadindo a nova cena alternativa local. Sábado à noite, em Palermo, um dos bairros mais elegantes e emblemáticos da capital, milhares de jovens se reúnem em uma discoteca para esperar um dinossauro brega, a banda “Amar Azul”, e dançar ao som de hits como “Polvito del amor” ( ou Pozinho do amor). Rendem-se ao ritmo nostálgico de um som que não exala charme como o tango, não tem a elegância dos sapatos arrastados, mas, graças a ele, os argentinos estão se movendo nas discotecas, das mais ricas às mais humildes da capital.

Gabriela Antunes é jornalista e nômade. Cresceu no Brasil, mas morou nos Estados Unidos e Espanha antes de se apaixonar por Buenos Aires. Na cidade, trabalhou no jornal Buenos Aires Herald e mantém o blog Conexão Buenos Aires.

CHARGE DO NANI

A sombra do mouse sobre o mundo


Vitor Hugo Soares
Há alguns anos, no auge do pânico e perplexidade causados pelos atentados de 11 de Setembro de 2001, nos Estados Unidos, passei por um dos maiores constrangimentos pessoais de que me recordo.
Transitava então pela agitada área de inspeção do aeroporto de Londres em viagem de volta a Salvador, depois de passar dias memoráveis na fantástica cidade de Amy Winehouse, quando ela ainda vivia, cantava como ninguém, e aprontava todas em Candem Town, onde eu passara um domingo de despedida para nunca esquecer. Antes da vergonha, evidentemente.
Devo confessar que meu inglês é péssimo. Se é que dá para chamar de “meu inglês”, o arremedo daquilo que falo e entendo do idioma de Shakespeare. Daí a demora para compreender os gritos nervosos dos agentes de segurança de Heatrow, que me mandavam desafivelar o cinto, tirar os sapatos, enquanto era apalpado e submetido a uma “revista” pública, em meio a outros passageiros tão espantados e nervosos quanto eu.
Ainda lembro bem da minha reação íntima e tola naquele momento. Ateu que acredita em milagres, perguntava com meus botões quando segurava a calça folgada com uma mão, enquanto com a outra levava o passaporte que os agentes queriam bem à vista.
Meu Santo Antonio da Glória, o que eu vim fazer aqui?”, escrevi (rapidamente esquecido dos belos momentos vividos na terra da Rainha), ao descrever no artigo que publiquei na época neste blog, aquela situação tão insólita.
No calor da hora até prometi, não permitir a mim mesmo que a situação se repetisse. Pura bravata, que durou pouco tempo para ser deixada de lado.
Retornei há poucos dias de uma viagem formidável aos Estados Unidos. Quase um mês – pedaços divididos de maio e junho - voando e rodando entre os estados da Flórida, Califórnia e Nevada. A maior parte do tempo na costa oeste das praias bravias do mar do Pacífico, recantos de sonhos descritos com perfeição nas canções de nosso Lulu Santos.
Semanas entre a sempre esbelta, multicultural e cosmopolita San Francisco, (mais asiática que nunca, além de Chinatown) e os vinhedos verdejantes dos vales de Sonoma e Napa. Além da sensação, sem preço, de caminhar pelas ruas, mesmo as mais desertas, a qualquer hora, sem medo de "balas perdidas" ou de ladrão atrás...
Parada de afetos, recordações, conhecimentos e reconhecimentos em Santa Rosa (a 70km de Frisco pela Freeway que cruzamos inúmeras vezes em idas e vindas, perdidos algumas vezes, mas sempre reencontrando o caminho certo da volta, de dia ou de madrugada).
Organizada, acolhedora, deliciosa, rica e civilizada cidadezinha cercada de parques nacionais e recantos indescritíveis. Vinho de primeira, ótima comida (em casa e nos restaurantes), jazz de primeira nas casas noturnas e emissoras de rádio locais, e imperdíveis oportunidades de compras, naturalmente.
Sem falar nas cerejas do bolo: a primeira e sempre sonhada visita a Los Angeles, com direito a hospedagem em Hollywood, no mesmo hotel onde viveu um tempo ninguém menos que Marilyn Monroe. Enfim.
Sob nossos pés e à nossa vista, os encantos e desencantos da cidade do cinema. A calçada da fama, Beverly Hills, os drogados nas ruas, Sunset Boullevard, a praia dos artistas e figurões em Santa Mônica, em esplendoroso dia de sol. Garoto deslumbrado, depois de adulto.
E depois a descoberta de Las Vegas, no deserto do estado de Nevada. A cidade surpreendente, criada no meio do nada, mas talvez a mais emblemática representação urbana dos Estados Unidos atualmente. Ainda sob impacto da crise braba e em busca de saída. Nos majestosos hotéis temáticos (o Egito, a Itália, a França, o Brasil e muito mais, reunido num mesmo lugar) as ruas fervilhantes de crianças, jovens e adultos e idosos em busca, de dia e de noite, das ofertas de opções culturais, artísticas, esportivas, de consumo ou de puro lazer e divertimento.
Sem falar na jogatina desenfreada, nos modernos e luxuosos cassinos de cada hotel. Nos dias que passamos por lá, três núcleos do Cirque de Soleil se apresentavam em locais diferentes da cidade, incluindo o Luxor Hotel onde ficamos hospedados.
Tudo por menos que o custo de recentes temporadas em hotéis (de menor qualidade em serviços e conforto) de Gramado, São Paulo, Salvador e até Campina Grande, Paraiba, no período junino.
Salvo, é claro, o preço dos constrangimentos nos aeroportos internacionais da terra de Obama. Entre Miami, San Francisco, Los Angeles e Las Vegas, uma meia dúzia de vezes pelo menos tive o cinturão retirado, sem sapatos, calça folgada caindo, braços e mãos para o alto, e o agente de segurança alertando : “Senhor, abra as pernas por favor, coloque os pés no lugar marcado e olhe para a máquina para não repetir a operação de raio-x no corpo”.
E no hotel, a descoberta desconcertante: uma carta padrão com carimbos oficiais, dentro da mala de uma das acompanhantes na viagem (cadeado de proteção retirado), notificando que a mala havia sido aberta e revistada (depois fechada, arrumada, fora das vistas do dono), para inspeção.”Para sua proteção e dos demais passageiros”, dizia o cartão com pedido de desculpas em nome da Convenant Aviation Security (CAS) pelo “serviço” realizado pela empresa contratada Transportation Security Administration (TSA). Simples assim.
Agora, no meio do escândalo causado pelas revelações da espionagem cibernética americana, feitas por Edward Snowden e suas graves repercussões, também no Brasil, leio um artigo instigante publicado no jornal El País, do Uruguai, onde a politicamente fragilizada presidente Dilma Rousseff e seus colegas do Mercosul, se reuniram ontem (12) em busca de uma reação de consenso sobre as denúncias das violações de e-mails.
Até aqui só resultaram em atitudes de pavor do chanceler Patriota, e de chacota e certo descaso e cumplicidade dos ministros Celso Amorim, da Defesa, e Paulo Bernardo, das Comunicações.
Em síntese, o texto assinado por Cláudio Fantini, destaca que há acontecimentos tão fortes e impactantes que acabam cobrindo seu próprio significado mais profundo. Segundo o autor, a queda das torres gêmeas foi tão chocante que impediu ver o fundamental. Além daqueles arranha-céus e de uma ala do Pentágono, o terrorismo havia derrubado pilares fundamentais do Estado de Direito e da sociedade aberta.
É isto que está mostrando agora, segundo o autor, “a espionagem massiva denunciada por Snowden. O pânico e a sensação de vulnerabilidade fizeram a maioria dos norte-americanos firmar o contrato social descrito por Thomas Hobbes no Leviatã, cedendo intimidade e liberdade em troca de proteção.
Mais não digo. Apenas recomendo, com ênfase, a leitura do texto de Fantini no diário uruguaio. Agora vou tratar de transmitir, pelo g-mail, o texto deste artigo para Ricardo Noblat publicar em seu blog.
E seja lá o que Santo Antonio quiser.

Vitor Hugo Soares é jornalista, edita o site blog Bahia em Pauta. E-mail: vitor_soares1@terra.com.br

NELSON MOTTA - A terapia do susto


Estamos vivendo dias de espanto, com Renan Calheiros se tornando o paladino das forças do bem, ávidas para atender prontamente as reivindicações populares, mesmo cortando na carne do Senado, e com o apoio de Sarney! Estamos dependendo da independência, da grandeza, da integridade e do espírito público do PMDB de Henrique Alves e Eduardo Cunha para evitar desastres armados pelos estrategistas do Planalto e apoiados pelo PT e o PCdoB, como o plebiscito de araque. Que fase! 

Seguindo orientação de Lula, 25 governadores, 37 ministros, a base parlamentar aliada e os movimentos sociais foram recebidos pela presidente, filmados e fotografados, mas não falaram nada e nem foram consultados nas propostas e decisões do governo, só ouviram em silêncio, remoendo sua raiva, frustração e impotência. Os prefeitos pelo menos vaiaram. 

Pela primeira vez na história deste país, prefeitos recebem dinheiro de um governo e vaiam. Mas todo mundo entendeu que eles não querem um jabá, mas negociar democraticamente a distribuição do Fundo de Participação dos Municípios e depender menos do poder imperial de Brasília. Com o povo de suas cidades bufando nos seus cangotes, os prefeitos querem mostrar serviço, como nunca na história deste país. 

Quando 81% dos brasileiros avaliam os políticos como "corruptos ou muito corruptos", para conter sua voracidade, associada a empresários inescrupulosos e funcionários venais, são criados incontáveis mecanismos de controle, e de controle do controle, aumentando o poder da burocracia e atrasando os projetos e investimentos públicos. Criando mais dificuldades para vender novas facilidades, aumentam a corrupção. São mais mãos a serem molhadas, mas o custo é sempre repassado aos consumidores finais: nós. 

Mas o presidente do PT atribui as dificuldades do governo a falhas de comunicação, como se o governo não gastasse mais de um bilhão de reais por ano em triunfais campanhas publicitárias de João Santana vendendo o Brasil Maravilha de Lula e Dilma. Pelo contrário, o governo é vítima de seu excesso de comunicação, contrastado fragorosamente pela realidade das ruas.
Publicado no Globo de hoje.

Controle da constitucionalidade e o foro privilegiado dos políticos e governantes


Christian Cardoso
Sem querer esgotar o tema, apenas um esclarecimento: quando se fala em Fiscalidade, afasta-se qualquer conotação referente ao Estado “com vontade de arrecadar” ou “com vontade de punir”. Por Fiscalidade, entende-se “Fiscalidade Processual” (Prof. Rosemiro Pereira Leal), ou seja: o controle de constitucionalidade, ABERTO a QUALQUER do POVO (grifos nossos), de todos atos praticados por órgãos ou agentes estatais, em âmbito judicacional, administrativo ou legislativo.
Cumpre reiterar que o controle de constitucionalidade no processo democrático não se limita a círculos restritos de intérpretes, como órgãos judicacionais, tribunais constitucionais ou Ministério Público, entre outros legalmente instituídos. Também não se resume à “ampliação” desse “círculo de intérpretes”, como quer P. Häberle.
Pelo contrário, a fiscalidade processual democrática é ABERTA e IRRESTRITA a qualquer pessoa do povo, a qual deve estar suficientemente informada (lúcida) acerca dos fundamentos sobre os quais são construídos o Estado Democrático de Direito. Liga-se, pois, ao lídimo conceito de “Sociedade Aberta” defendido por Karl Popper. O controle de constitucionalidade, nas democracias plenárias, não encontra quaisquer obstáculos “imunizantes” tais como cerceamento de defesa, limitação na produção de provas ou “foros privilegiados” (Prof. Rosemiro Pereira Leal).
FOROS PRIVILEGIADOS
Neste quesito, cumpre registrar o acolhimento desse retrógrado instituto na Constituição Federal de 88 e, após espoliações sucessivas promovidas pelo “Sociólogo de Safardana” (HF) contra texto constitucional, o “foro privilegiado” foi “ampliado”, finalmente, para uma gama significativa de postos estatais. Tudo dentro do pacote manietado pelo “retrocesso de oitenta anos em oito” (HF)… Assim, é certo que houve um recuo em nossas instituições, combatido até mesmo na arcaica democracia paideica, conforme aponta Vernant.
Em aproximação às ponderações do Sr. Mauro Julio Vieira, o Estado de Direito Democrático requer LUCIDEZ do cidadão para que “seja peça necessária, consciente e dinâmica” do exercício da soberania delegada ao Estado. Ou este “será engolido pelo turvelinho do casuísmo que lhe empresta a função de assegurar o anonimato dos engodos governamentais” (Prof. Rosemiro Pereira Leal).

A coalizão no divã do ‘psicanalista’ Temer


Tereza Cruvinel (Correio Braziliense)
Esta semana, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve uma conversa de quatro horas com a presidente Dilma Rousseff. Deixou o Palácio da Alvorada às 23 horas. Pouco transpirou desta a conversa – a primeira, presidencial, depois de três semanas – exceto o fato de Lula estar preocupado com os rumos da coalizão governista. No dia seguinte, o vice-presidente Michel Temer recebeu, individualmente, dezenas de deputados do PMDB, avaliando a disposição de cada um em relação ao Governo.
Não há dúvida de que a aliança entre os maiores partidos da coalizão que apoia Dilma vive sua mais grave crise desde que ela foi eleita. Ela já contamina outros partidos da base. No final de março, em entrevista ao jornal Valor Econômico, Lula afirmou que, para a reeleição de Dilma, o PT não poderia trincar sua aliança com o PMDB.
Depois disso, vieram os problemas na economia, as manifestações de junho e a reação do PMDB e de outros aliados às iniciativas unilaterais de Dilma, como as propostas de Constituinte exclusiva e plebiscito. Tudo isso diluído num caldo de reclamações sobre a coordenação política e o mau atendimento de pleitos dos deputados, que engrossou depois da eleição do deputado Eduardo Cunha como líder da bancada peemedebista na Câmara, na qual tem uma aguerrida tropa de choque. Em maio, na votação da MP dos Portos, Cunha decidiu medir forças com o Planalto e acabou derrotado em oito votações.
PERGUNTA INDISCRETA
O cristal trincou e para evitar que a jarra quebre de vez é que Temer deflagrou sua atuação psicanalítica, aparentemente por conta própria, não a pedido da presidente. Antes de falar com Temer, cada deputado ouviu do assessor político do vice-presidente, o ex-ministro Eliseu
Padilha, o pedido para que respondesse a um questionário, onde são perguntados sobre indicações feitas para cargos no governo, liberação de emendas e questões eleitorais no estado de origem. Muitos deles, entretanto, disseram não ter respondido a todas as perguntas por
considerá-las intempestivas. No final, a pergunta crucial: você apoiaria a reedição da chapa Dilma-Temer para a eleição presidencial de 2014?
Como vou responder, se nem sabemos se ela será mesmo candidata?, disseram dois deputados à coluna. Lembrados de que ela já foi lançada como tal pelo PT, dizem que depois dos protestos de junho e da queda nos índices de aprovação do Governo, a candidatura será reavaliada até
pelo próprio PT, que não correrá o risco de mantê-la na disputa com apenas 30% de aprovação. A conversa de cada um com Temer foi rápida e previsível: queixas de Dilma, do Governo
e do PT, especialmente o da Câmara, onde os petistas, sob o comando do deputado Ricardo Berzoini, conseguiram impedir, na Comissão de Orçamento, que o PMDB aprovasse o orçamento impositivo.

Dilma já foi ao fundo do poço e agora começará a recuperar a popularidade, dizem os governistas, lembrando que o recesso vem aí, que no segundo semestre não estão previstas votações dramáticas, exceto a do orçamento e que o2014 seré engolido pela campanha. Ou
seja, ela não teria, daqui para a parente, tanta dependência do apoio parlamentar do PMDB. Tal como Cunha, ela também está esticando a corda. Mas, para ser candidata, precisará do partido inteiro, e na da metade.

Ativistas espancam presidente da Câmara e fecham o Legislativo de Porto Alegre

Polibio Braga  13/7/13

A foto ao lado é do presidente (camisa clara) sendo agredido por ativistas. 





Manifestantes que ocupam pela violência e ilegalmente a Câmara dos Vereadores de Porto Alegre desde quarta-feira, agrediram com socos e ponta-pés, na tarde desta sexta-feira, um profissional da imprensa, o fotógrafo da Casa, Elson Sempé Pedroso, e o presidente do Legislativo, Tiago Duarte, que é do PDT. Somente depois da violência (o vereador Thiago Duarte e o fotógrafo foram salvos por servidores da Casa) é que um pelotão da Brigada Militar foi chamado, protegendo os vereadores e servidores que foram encurralados no gabinete da presidência, enquanto os manifestantes tomaram o plenário e as demais s dependências da casa. Os jornalistas da RBS e da Caldas Júnior são hostilizados, censurados e mantidos à distância pelo uso da violência física. ARI e Sindicato dos Jornalistas não saíram em defesa dos profissionais. Um deles, um fotógrafo (profissional da Casa), foi espancado esta tarde.

. Também apanhou muito um fotógrafo do setor de comunicação do legislativo. 

. O Legislativo foi fechado pelos ativistas ligados sobretudo ao PSOL, ao PSTU e o PT, repetindo o que fizeram os militares durante a ditadura. 

Ambos foram atingidos por socos e pontapés no terceiro andar do prédio, quando estavam próximos ao estúdio da TV Câmara. Poucos minutos antes, os vereadores haviam entregue uma contraproposta às exigências dos manifestantes, que querem passe livre imediato para estudantes e aposentados, passe livre posterior para todos, quebra do sigilo bancário das empresas de ônibus e compromisso de derrubar qualquer veto do prefeito sobre os projetos que vieram a ser aprovados. Esta tarde, a bancada do PP se retirou das negociações, acusando qualquer concessão como ataque à ordem legal e à democracia, e também pediu ao presidente a imediata reintegração de posse. O presidente decidiu na noite de sexta entrar em juízo. 

. Os ativistas tentam censurar as atividades dos jornalistas desde o primeiro dia da invasão do plenário da Câmara. Eles reclamaram das fotos, inclusive de carros dos vereadores que não sejam do PT e do PSOL, todos riscados e violados. Além  disto, censuram os vereadores que estariam passando informações para a imprensa.

PÉROLAS


Old Man
Não sei se essas burrices do ENEM já foram publicadas no blog, fico imaginando que esses alunos, serão no futuro médicos, engenheiros, advogados, etc. Algumas são impagáveis e até inacreditáveis. Não resisti a tentação de enviá-las, pois me diverti bastante.  A lista é grande, separei apenas aquelas que eu ainda não tinha visto: perolas
“Destilado é o seguinte: se eu fizer uma risca no chão e for para aquele lado, estarei daquele lado. Se eu vier para este lado estarei destilado”.
“Os egípcios antigos desenvolveram a arte funerária para que os mortos pudessem viver melhor.”
“Péricles foi o principal ditador da democracia grega.”
“Lenda é toda narração em prosa de um tema confuso.”
“A febre amarela foi trazida da China por Marco Polo.”
“A insônia consiste em dormir ao contrário.”
“Na Grécia a democracia funcionava muito bem porque os que não estavam de acordo se envenenavam.”

“A prosopopéia é o começo de uma epopéia.”
“Os hermafroditas humanos nascem unidos pelo corpo.”
“Os estuários e os deltas foram os primitivos habitantes da Mesopotamia.”
“A Previdência Social assegura o direito à enfermidade coletiva.”
“Proparoxítona é toda palavra que começa com “p” e termina com “a”.”
“O barroco foi na época em que não existiam calçadas e as ruas não eram pavimentadas, chuvia e o barro se tornava realmente oco.”
“O armistício era um absolutista português que era amigo de napoleão.”
“Uma massa de ar pode ser quente ou fria, a quente serve pra chuver e a fria num é bom nem falar…”
“Torriceli foi o inventor das torradas.”
Escreva o caminho do sangue venoso: “Ele sai da cabeça, passa pelo coração e vai pro pé.”
“Uma vez que se paga uma punição xis, se ganha depois vários xises.”
“O povo amazônico está sendo usado como bote expiatório”
“Convivemos com a merchendagem e a politicagem.”
“Os dismatamentos é a fonte de inlegalidade e distruição da froresta amazonia.”
“O que vamos deixar para nossos antecedentes?”
“A floresta tá ali paradinha no lugar dela e vem o homem e créu.”
“A floresta está cheia de animais já extintos. Tem que parar de desmatar para que os animais que estão extintos possam se reproduzirem e aumentarem seu número respirando um ar mais limpo.”
“A amazônia tem valor ambiental ilastimável.”
“Explorar sem atingir árvores sedentárias.”
“Os estrangeiros já demonstraram diversas fezes enteresse pela amazônia.”
“Paremos e reflitemos.”
“Retirada claudestina de árvores.”
“Tiradentes, depois de morto, foi decapitulado.”
Resposta a uma pergunta: “Não cei”.
“Em Esparta as crianças que nasciam mortas eram sacrificadas.”
“No começo os índios eram muito a trazados mas com o tempo foram se sifilizando.”
“Então o governo precisou contratar oficiais para fortalecer o exército da marinha.”
“A capital de Portugal é Luiz Boa.”

“As principais cidades da América do Norte são Argentina e Estados Unidos.”  

“Lavoisier foi guilhotinado por ter inventado o oxigênio.”

MÉDICOS, ORA OS MÉDICOS


Rapphael Curvo (*)
Em artigo passado escrevi que a presidente Dilma estava perdida, sem rumo, e ainda está. Toda essa mazela tem origem na orientação de seu guru Lulla que nada lhe deixou de consolidado em qualquer área da administração pública. Não temos reformas, não temos infra-estrutura, não temos educação, não temos saúde e menos ainda um governo atrelado às reais necessidades da população. ???????????????????????????????Tudo que é começado tem cunho eleitoral e composição política da demagógica governabilidade que se traduz em negociatas e acordos espúrios. Não há uma única grande obra terminada nestes onze últimos anos no Brasil. Bilhões de reais são literalmente distribuídos aos governos internacionais amigos ou jogados fora em obras faraônicas, como exemplo, a transposição do rio São Francisco que já tem estimativa acima de 10 bilhões e terá que ser toda refeita.
Enquanto o governo petista ficou restrito a obras e doações de dinheiro, pouca indisposição encontrou pela frente. Ao invadir, e com autoritarismo, a seara de grupos com melhor formação intelectual como a classe médica, mexeu no formigueiro.
Esta “invasão” sem qualquer preparo de pauta que levasse a um consenso de como abrir caminho para a melhora da saúde no Brasil, ofereceu a luz para se ver como está realmente em agonia a saúde brasileira. Não há nenhum procedimento administrativo e organizacional que possa se dizer em pleno funcionamento. O dinheiro sai dos cofres do País, mas não chega ao endereçado. Os hospitais, raras exceções, verdadeiros depósitos humanos e em precárias condições de funcionamento. A estrutura física e de equipamentos em estado deplorável. Poucos são os que se salvam desta lástima.
Então vem a pergunta: é a falta de médico a causa de tudo isso? É evidente que não. Está claro e de forma inquestionável que o desprezo, a desfaçatez, falta de comando e vontade política de realizar é que grassa pelo Brasil todo. Em qualquer nível de governo, com poucas exceções, a saúde é meio de negócio e não de política voltada à população. É só dar uma passada pelos postos de saúde (PS) para perceber a forma animal em que são tratados aqueles que chegam por lá. Quem são os culpados? Com toda certeza os que estão sentados em gabinetes refrigerados e entregam a toda sorte pacientes e atendentes, médicos e enfermeiros, que se desdobram para arrumar uma maca, mesmo que enferrujada, para colocar pelos corredores os necessitados de socorro médico.
Ter médico, senhora presidente Dilma, não é significado de saúde. É parte do processo de saúde que exige equipamentos, laboratórios, hospitais bem administrados e higiênicos, bem supridos de remédios, materiais cirúrgicos e por aí vai. Para isso, é preciso investir como País de primeiro mundo. O Brasil investe apenas 3% do seu PIB enquanto os Estados Unidos o faz com 14% e Europa com 10%. Segundo informações, foram investidos 63 bilhões dos 80 previstos orçamentariamente porque os 17% restantes foram desviados para outras finalidades. Até na quebrada Argentina são destinados 20% do orçamento e no Brasil apenas 8%. É dessa forma que se deteriora a saúde senhora presidente. O povo brasileiro, pela falta de melhor educação e condições de vida, vive cheio de problemas de saúde e continua lotando os hospitais.
Essa história de trazer médicos de fora é ato eleitoreiro, acelerado no desespero de uma resposta ao “vem prá rua”, o grito do povo. Não está embasado em nenhum estudo ou debate. Carece de análise técnica e de resultados. Vou lhe propor presidente Dilma, apenas cinco pitacos: o primeiro é que visite as faculdades de medicina e saberá por que só 53% dos formandos passaram nas provas do CRM paulista. O segundo é a Sra. saber que inúmeras não tem laboratório, algumas nem corpos para aulas de anatomia. O terceiro é que vá ao interiorzão e veja em que estado estão os hospitais e postos de saúde e vai entender por que não tem médico e é lá que quer, irresponsavelmente, jogar os recém-formados. O quarto, é que não é cabível e decente o seu SUS pagar o que paga por intervenções cirúrgicas de pequena e alta complexibilidade. O quinto é que você Dilma, foi eleita para administrar, governar e não para fazer e viver de politicagem. Os médicos, ora os médicos, não é?
(*) Jornalista e Adv

A história de um médico cubano, por Sandro Vaia


Postado por Rilvan Batista de Santana 
Assunto: A história de um médico cubano
História de um médico cubano, por Sandro Vaia
O Dr. Gilberto Velazco nasceu em 1980 em Havana e recebeu seu diploma de médico em 15 de julho de 2005.
No depoimento que me deu por e-mail e por telefone, disse que a sua graduação foi antecipada em um ano depois de uma “formação crítica e gravemente ruim”, excessivamente teórica, feita através de livros desatualizados, velhos, rasgados, faltando páginas, além de “uma forte doutrinação política”.
No hospital onde fez residência havia apenas dois aparelhos de raio X para atender todas as ocorrências noturnas de Havana e não dispunha sequer de reagentes para exames de glicemia.
Pouco adiantava prescrever remédios para os pacientes porque a maioria deles não estava disponível nas farmácias.
A situação médica no país é tão precária que Cuba está vivendo atualmente uma epidemia inédita de cólera e dengue.
Em 2 de fevereiro de 2006 foi enviado à Bolívia numa Brigada Médica de 140 integrantes -14 grupos de 10 médicos cada - que iria socorrer vítimas de inundações que nunca chegou a ver.
No voo entre Cuba e a Bolívia conversou sobre assuntos médicos com o vizinho de poltrona e descobriu que ele não era médico, mas provavelmente oficial de inteligência cubana. Calcula que em cada 140 médicos 10 eram paramilitares.
Na Bolívia, onde lhe disseram que iria permanecer por 3 meses, ficou sabendo que deveria ficar no mínimo por 2 anos, recebendo 100 dólares de salário por mês e que a família receberia 50 dólares em Cuba - quantia que, segundo ele, nunca foi paga.
Viveu e trabalhou em Santa Cruz de la Sierra e em Porto Suarez, na fronteira com o Brasil.
Todos os componentes da Brigada recebiam um draconiano regulamento disciplinar de 12 páginas, dividido em 11 capítulos, que fixava desde horários e requisitos para permissões de saída até regras para relações amorosas com nativos e punia contatos com eventuais desertores.
Os médicos verdadeiros eram vigiados pelos falsos médicos que, segundo Gilberto, andavam com muito dinheiro e armas. Ainda assim, o Dr. Gilberto, em 29 de março de 2006, conseguiu pedir formalmente asilo político à Polícia Federal em Corumbá e foi enviado a São Paulo, onde ficou 11 meses.
Pediu à Polícia Federal a regularização de sua situação para poder fazer os Testes de Revalidação Médica exigidos pelo Conselho Federal de Medicina, mas o pedido de asilo foi negado.
Como o prazo de refúgio concedido pelo Conare - Comitê Nacional para os Refugiados - terminava em fevereiro de 2007, pediu asilo aos EUA no consulado de São Paulo, e em 2 de janeiro de 2007 viajou para Miami, Flórida, onde vive agora.
A família do Dr. Gilberto foi penalizada por sua deserção com 3 anos de proibição de viagem ao exterior, mas atualmente vive com ele na Flórida.
Ele trabalhou para uma empresa internacional de seguros de saúde, onde chegou a receber 50 mil dólares anuais, e atualmente está estudando para concluir os exames de revalidação de seu diploma médico nos EUA.
Sandro Vaia é jornalista. Foi repórter, redator e editor do Jornal da Tarde, diretor de Redação da revista Afinal, diretor de Informação da Agência Estado e diretor de Redação de “O Estado de S.Paulo”. É autor do livro “A Ilha Roubada”, (editora Barcarolla) sobre a blogueira cubana Yoani Sanchez. E.mail: svaia@uol.com.brhttp://uol.com.br/