quarta-feira, 10 de julho de 2013

CHARGE DO CHICO CARUSO

O plebiscito e a reforma política que interessa, por Bruno Lima Rocha


Recentemente escrevi a respeito da postura da presidenta Dilma Rousseff, ao colocar um bode na sala, propondo um plebiscito a respeito da reforma política. Com isso, não quero dizer que não são relevantes as consultas públicas de quaisquer tipos. Mas, levar para a escolha direta algo que sua base aliada recusou-se a votar em plenário é controverso.
A desconfiança aumentou quando as propostas iniciais saídas do Planalto para o parlamento brasileiro incluíam temas mais vinculados à reforma eleitoral.
Entendo como fundamental aprovar o quanto antes regras que imponham o financiamento público de campanha e o voto aberto (nominal) em qualquer casa legislativa brasileira. Também tem lógica não permitir que suplentes de senadores, que não recebem votos, venham a assumir cargos para os quais não foram eleitos.
O mesmo se dá na tentativa de aproximar eleitos de eleitores (com algum nível de voto distrital) assim como uma lista variável, de modo a aumentar a organicidade dos partidos.
Por fim, esdrúxulas coligações proporcionais deveriam ser banidas do sistema eleitoral. Mas, repito: tudo isso é paliativo, se comparado com a democracia direta.
No dia 3 de abril publiquei aqui um artigo intitulado “Reforma política e democracia participativa”. Neste texto, via como positiva a parte do relatório de Henrique Fontana (PT/RS), onde este deputado federal apontava a possibilidade de que um cidadão comum possa criar Projeto Lei através de coleta de assinaturas eletrônicas.
Elementos como este, com uma escala de participação que pode atingir até uma Emenda à Constituição (PEC), se aproxima das vontades manifestas nas ruas brasileiras, em junho deste ano.
Se o Artigo 1º da Constituição Federal, parágrafo único, anuncia “que todo poder emana do povo que o exerce por meio de representantes eleitos, ou diretamente, nos termos desta Constituição”, chegou à hora de ampliar tais termos, possibilitando o exercício direto do poder nas decisões fundamentais.
As jornadas de protestos afirmaram que a parcela do povo a tomar as ruas desconfia dos representantes e quer exercer a soberania popular de outras formas.
Como sempre, o Planalto entrou no jogo de empurra. Deixou para a base aliada sepultar o bode. Possivelmente vamos para o referendo de um projeto lavado, sem a essência da democracia participativa.
Quando os protestos retomarem fôlego, aumentará a crise de representatividade e a disputa nas ruas vai buscar um plebiscito onde o povo legisle através de sua própria iniciativa.

Bruno Lima Rocha é cientista político.
(www.estrategiaeanalise.com.br / blimarocha@gmail.com)

A charge de Amarildo


#VemPraRua, por Ana Pacheco


Ana Pacheco
As centenas de milhares de pessoas que foram às ruas protestar contra o nosso inferno urbano de cada dia certamente não sabiam que:
* as isenções de impostos para carro e gasolina concedidas pelo governo federal, desde 2003, deixaram de arrecadar R$ 32,5 bilhões que poderiam ter sido aplicados em transporte público (além de entupir ainda mais de carros cidades já completamente saturadas);
* com R$ 32,5 bilhões seria possível construir 150 km de metrô ou 1.500 km de corredores de ônibus;
* para saber o que significam 150 km de metrô, é só comparar a alguns metrôs de excelência: Tóquio (292 km), Seul (286 km), Moscou (269 km), Madri (293 km) e Paris (212 km);
* São Paulo, Santiago do Chile e Cidade do México começaram a construir seus sistemas de metrô na mesma época (e atrasadíssimos!): meados dos anos 1970;


* hoje, 40 anos depois, a rede de metrô da cidade de São Paulo, a maior do Brasil, tem apenas 74,3 km; a de Santiago do Chile, com metade da população de SP, tem 103 km; e a da Cidade do México, 202 km;
* reiterando: as isenções de impostos para carros e combustíveis, nos últimos dez anos, teriam construído 150 km de metrô, o dobro do que tem SP e quase o quádruplo do que tem o Rio, com apenas 40,9 km de metrô.
(Da série: Por que trabalhamos cinco meses por ano só pra pagar impostos e os serviços públicos que temos em troca são um lixo)

Braço a torcer, por Dora Kramer

DORA KRAMER


10 de julho de 2013 | 2h 04
DORA KRAMER - O Estado de S.Paulo
É forte a demanda por mudanças no ministério da presidente Dilma Rousseff. A questão, no entanto, é mais ou menos parecida com a da reforma política: se não se souber o que, como fazer, para que e de que maneira vai funcionar, não há razão para reformar. Muda-se para ficar tudo como está. Ou pior.
Mas, ao que consta, a presidente resiste a ouvir os apelos para fazer alterações na equipe. Não está claro se porque não quer decidir debaixo de pressão, se por mero exercício de teimosia ou se acha que vai tudo muito bem, obrigada.
Sobre o aspecto da eficiência, o presidente da Câmara de Políticas de Gestão da Presidência da República, Jorge Gerdau, já havia dado notícia em duas entrevistas (ao Valor e à Folha de S.Paulo) meses atrás em pesadas críticas ao gigantismo do ministério. Segundo ele, 39 pastas são um entrave ao conceito de boa gestão. Avaliava que com "meia dúzia" o Brasil estaria bem atendido.
Disse que falara com a presidente a respeito e que ela estava plenamente "consciente" disso. Como que antecipando o que viria em junho, acrescentou: "Quando a burrice, a loucura ou a irresponsabilidade vai muito longe, de repente sai um saneamento. Nós provavelmente estamos no limite desse período".
Pois se chegou ao extremo, mas a presidente parece disposta a prosseguir além do limite. Ou então, mais adiante fará as mudanças que achar convenientes. Alterações que serão inócuas se Dilma não der rumo e autonomia de voo para a equipe.
Trocar esse ou aquele nome sem alterar o método não vai adiantar nada. Na economia o que aflige é a condução, executada por ela e seguida à risca por Guido Mantega. Se um eventual substituto for submetido à mesma sistemática de trabalho será a conhecida troca de seis por meia dúzia. Isso sem contar com a dificuldade de encontrar quem aceite essa regra do jogo.
Na política, os partidos reclamam dos atributos das ministras Ideli Salvatti e Gleisi Hoffmann, mas se queixam também da falta de representatividade dos indicados em relação às bancadas no Congresso.
Repudiam os modos rudes da presidente, se insurgem contra o apetite voraz do PT na busca pela ocupação de todos os espaços (administrativos e eleitorais) e estão fartos de serem tratados como meros serventes de um projeto que atende primordialmente aos interesses petistas.
É uma situação complexa que, assim como a reforma política, não aceita soluções simples.
Indigente. Pela forma como foi proposto, o plebiscito da reforma política teve o enterro merecido. A presidente quis transformar a Congresso no único culpado pelo esgotamento geral e acabou vendo que nem sempre o que ela quer é o que a Casa faz.
O Legislativo resolveu fazer algumas mudanças para a eleição de 2014 e se comprometeu a completar a reforma mais adiante. Aí mora um perigo: os parlamentares deixarem o assunto para lá e não mudarem mais nada.
Nesse caso, a bola estará com a sociedade. Se ninguém reclamar é sinal de que a reforma política não era assim tão importante para a população.
Mas, se não mudarem as leis, de uma coisa os políticos não vão poder escapar: mudar o comportamento, a causa da revolta.
Mal comparando. Há 24 anos o especulador Naji Nahas deu um tombo memorável no mercado financeiro. Houve processo criminal, condenações, prisão e falências.
A cifra? US$ 13 milhões. Um troco perto do prejuízo de bilhões de dólares provocado pelo derretimento das ações dos castelos de areia de Eike Batista construídos sobre os alicerces do ufanismo presidencial de Luiz Inácio da Silva, em parceria cujos termos ainda estão para ser esclarecidos.

LUIZ GARCIA - Salário e geladeira cheia


Em mais de uma área do serviço público, os últimos dias têm mostrado que, principalmente nas altas esferas do Estado, está ocorrendo uma farra com recursos do governo, em benefício do primeiro escalão.
É peculiar e desanima que isso ocorra também no Tribunal de Contas da União, um órgão que, como o nome indica e exige, deveria ser o primeiro a zelar pelo destino dos recursos oficiais. Pelo visto e provado, isso não ocorre.
Espanta e é desanimador que o TCU tenha metido a mão em pouco mais de R$ 1 milhão, exatamente no programa que, em tese, pelo menos, é destinado a permitir que o órgão seja o principal fiscal do comportamento de agentes do Estado no uso e destino de verbas públicas. E meteu a mão, vale repetir, para quê? Para depositar boa parte desse dinheiro nas contas bancárias pessoais dos próprios ministros do tribunal. Inclusive de seis já aposentados. O nome oficial dessa operação é "pagamento de auxílio-alimentação retroativa".
O milhão foi partilhado por 12 ministros da ativa e seis já aposentados. É mais um capítulo de tramoia antiga. Trata-se de uma regalia que já foi denunciada há algum tempo, por motivo óbvio e simples: agentes do Estado são remunerados com salários que, até prova em contrário, correspondem ao trabalho que realizam, e são suficientes para a sua subsistência. Exatamente como acontece na iniciativa privada. Não há lógica alguma num pagamento extra para almoço e jantar às custas do Estado. Supostamente, os ministros do TCU são remunerados na medida dos serviços que prestam ao Estado — como todos os demais funcionários públicos. Mas a farra mais recente do auxílio não foi pequena. Alguns ministros ganharam mais de R$ 50 mil.
No fim das contas basta acrescentar o óbvio. A iniciativa privada inteligente remunera seus funcionários com salários pelo menos suficientes para que tenham teto e mesa posta para se alimentarem suficientemente.
É curioso, para não dizer absurdo, que alguns nichos do Estado somem, ao salário corretamente devido — e que não é pequeno no caso dos ministros do TCU —, a benesse de um auxílio-alimentação, que inclui até a legião dos aposentados.
É curioso, para não dizer absurdo, que nichos do Estado somem, ao salário devido, a benesse de um auxílio-alimentação, que inclui até a legião dos aposentados.

PSICANÁLISE DA VIDA COTIDIANA - Homenagem a Graciliano Ramos!


CARLOS VIEIRA
A Feira Literária de Parati fez uma homenagem nesse ano a Graciliano Ramos (1892-1953). O “Velho Graça” completaria 150 de existência. Graciliano nasceu na pequena cidade de Quebrangulo, na zona da mata do Estado de Alagoas. Romancista, cronista, contista, jornalista, político e funcionário público. 
Seus romances, Caetés(1925); São Bernardo(1934); Angústia publicado em 1936; Vidas Secas(1938); Infância publicado em 1945; Insônia, publicado em 1947 e Memórias de um cárcere, publicado postumamente, deixaram um acervo literário que canta em prosa as vicissitudes da realidade social do nordeste brasileiro.. Escreve também, um livro belíssimo de Carta de amor à Heloísa, sua esposa, publicado em 1922. Graciliano teve incursão na política, tendo sido Prefeito de Palmeira dos Índios; Secretário de Educação do Governo de Alagoas e Inspetor Federal de Ensino Secundário do Rio de Janeiro. 
Muitos outros dados biográficos poderiam informar mais sobre o nosso escritor, mas o que desejo enfatizar hoje é um aspecto atualíssimo desse nosso ícone da Literatura Brasileira. 
Em seu livro – Linhas Tortas- lançado pela Editora Record, Rio de Janeiro-São Paulo em 2005 ( 21ª.Edição ) , nova edição baseada na primeira, em 1962 pela Editora Martins Fontes, encontram-se belas crônicas. Quero me referir à crônica que nomeia seu livro, “Linhas Tortas”. 
Preocupado com a reforma da Constituição Brasileira, Graciliano desfila uma denúncia por demais atual, uma denúncia ao Poder Político. Tomo a liberdade de citar fragmentos dessa escrita, uma vez que lendo, pareceu-me que o Alagoano já tinha consciência de fatos que até hoje existem em nosso país. 
“A constituição da república tem um buraco. É possível que tenha muitos, mas sou pouco exigente e satisfaço-me com referir-me a um só. 
Possuímos, segundo dizem os entendidos, três poderes – o executivo, que é o dono da casa, o legislativo e o judiciário, moços de recados, gente assalariada para o patrão fazer figura e deitar empáfia diante das visitas. Resta ainda um quarto poder, coisa vaga, imponderável mas que é tacitamente considerado o sumário dos três 
...Aí está o rombo na constituição, rombo a ser preenchido quando ela for revista, metendo-se nele a figura interessante do chefe político, que é a única força de verdade. O resto é lorota... Todos eles são mais ou menos chefes. Não se sabe bem de que, mas é certo que o são. Graúdos, risonhos, nutridos, polidos, escovados, envernizados, lá estão inchando, inchando. São os grossos batráquios da lagoa republicana. 
Muito menos volumosos, coaxam pelos cantos chefitos incolores, numerosos, em chusma, minúsculas pererecas de poças d’água... São, a um tempo, intendentes ou prefeitos, juízes, promotores, advogados e jurados, conselheiros municipais, comissários de polícia e inspetores de quarteirão. Realizam a pluralidade na unidade! 
E ainda há quem duvide do mistério da Santíssima Trindade... 
Ponha-se, pois, o chefe político no galarim e mande-se à fava o resto. Metam-no, honestamente, em letra de forma. Entre ele, triunfante, com armas e bagagens, em nosso magno estatuto. 
Peguemos o chefe político, agitemo-lo no ar e berremos o estribilho com que a imprensa, há tempos, nos anda a amolar – A constituição da república precisa de uma rescisão. In Jornal de Alagoas – Maceió, AL, março de 1915.”
Carlos.A.Vieira, médico, psicanalista, Membro Efetivo da Sociedade de Psicanálise de Brasília e de Recife. Membro da FEBRAPSI e da I.P.A - London

Ministério Público apura 85 contratos de Fernando Pimentel em BH, sem licitação


Do jornal O Tempo
O Ministério Público de Minas Gerais está fazendo uma devassa em contratos firmados sem licitação pela Prefeitura de Belo Horizonte durante a gestão do atual ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT). Pelo menos 85 contratos com dispensa de licitação, cujos valores somam mais de R$ 55 milhões, são analisados pelo órgão de controle. Deste total, 35 deles já são investigados por meio de inquéritos instaurados pelos promotores de Defesa do Patrimônio Público.
As investigações tiveram início após a revelação, no fim de 2011, de que a empresa dele, a P-21 Consultoria e Projetos Ltda., recebeu R$ 2 milhões entre sua saída da prefeitura e a assunção no atual cargo. A maior parte foi paga pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) e pela construtora Convap, que têm contratos com o município de Belo Horizonte sob investigação do Ministério Público.
Os promotores apuram outras contratações feitas pelo Executivo municipal entre 2003, quando Pimentel assumiu a prefeitura no lugar de Célio de Castro, e 2008, último ano do petista no cargo.
Um total de 32 contratos sem licitação firmados com a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), da UFMG, é alvo de inquérito civil. Os contratos foram feitos para prestação de consultorias diversas. De acordo com os promotores ouvidos pela reportagem, porém, os procedimentos têm “objetos genéricos” e “contratações mal explicadas”, como a prestação de serviços de “consultoria gerencial”, “consultoria de gestão de recursos humanos”, “consultoria e assessoramento para avaliação e implementação de programas e projetos” e até “consultoria psicológica”. Por esses contratos, firmados com diversos órgãos da administração municipal, a prefeitura da capital mineira desembolsou R$ 40,7 milhões entre 2003 e 2008.
Pimentel tem estreita ligação com a UFMG, instituição onde atuou como professor do departamento de economia a partir de 1978 até virar secretário municipal da Fazenda na gestão de Patrus Ananias.

81% dos brasileiros acham que os partidos são corruptos ou muito corruptos


Pesquisa divulgada nesta terça-feira pela Organização Não-Governamental (ONG) Transparência Internacional revela que 81% dos brasileiros acreditam que partidos políticos são “corruptos ou muito corruptos”. O Congresso Nacional aparece em seguida entre as instituições mais desacreditadas pela população, com 72%. O estudo faz parte do Barômetro Global da Corrupção 2013.
Além dos partidos e do Congresso, o levantamento indica ainda que 70% dos entrevistados creem que a polícia também é afetada pela corrupção e outros 55% o sistema de saúde. O Poder Judiciário aparece na lista com 50% de desconfiança, seguido pelo funcionalismo público, com 46%; imprensa, 38%; ONGs e setor privado, 35%; igreja, 31%; e militares, 30%.
O levantamento ouviu 114 mil pessoas em 107 países — em 51 deles a população diz acreditar que a corrupção atingiu os partidos —, no período de setembro de 2012 a março de 2013, e mostra que a corrupção é um fenômeno amplo. É a oitava versão da pesquisa sobre o mesmo tema, envolvendo vários países. No Brasil, foram 2.002 entrevistados. Os dados completos podem ser obtidos no site da Transparência Internacional.
DECEPÇÃO AUMENTA
‘As manifestações representaram tudo isso’, diz Abramo. Em 2010, segundo a Transparência Internacional, a percepção do aumento da corrupção chegava a 64% dos brasileiros. No levantamento atual, o setor público brasileiro atingiu nota de 4,6 no grau de corrupção, numa escala de 1 a 5.
— As manifestações que ocorreram no Brasil representaram tudo isso. E com razão. O noticiário político só aparece nas páginas policiais. O Brasil é um país onde não se discute política, se discute apenas o crime — afirmou Cláudio Abramo, diretor-executivo da ONG Transparência Brasil.
Para Abramo, a lentidão no julgamento de processos reflete o resultado referente ao Poder Judiciário:
— A Fundação Getúlio Vargas também faz pesquisas e os resultados mostram que a população critica, mas ainda recorre à Justiça para resolver suas pendências. A lentidão é um problema. Os brasileiros perdem a confiança nas instituições porque os representantes se comportam mal. A Justiça, por sua vez, não oferece bem o serviço.

CHARGE DO ALPINO - O Brasil e a espionagem norte-americana


CURIOSIDADES DA LÍNGUA PORTUGUESA 10

Magu
Este é o penúltimo post. Já deve estar enchendo o saco, não é mesmo?frase-ultima-flor-do-lacio-inculta-e-bela-ouro-nativo-que-na-ganga-impura-a-bruta-mina-entre-olavo-bilac-136971
91 – O prefixo vice sempre se separa por hífen da palavra seguinte: vice-prefeito, vice-governador, vice-reitor, vice-presidente, vice-diretor, etc.

92 – Geralmente, se usa o x depois da sílaba inicial -en: enxaguar, enxame,  enxergar, enxaqueca, enxofre, enxada, enxoval, enxugar, etc. Mas cuidado com as exceções: encher e seus derivados (enchimento, enchente, enchido, preencher, etc) e quando -en se junta a um radical iniciado por ch: encharcar (de charco), enchumaçar (de chumaço), enchiqueirar (de chiqueiro), etc.


93 – Não adianta teimar: chuchu se escreve mesmo é com ch.
94 – Ciclo vicioso não existe. O correto é círculo vicioso.

95 – E qual a diferença entre achar encontrar? Use achar para definir aquilo que se procura, e encontrar para aquilo que, sem intenção nenhuma, se apresenta à pessoa. Veja: Achei finalmente o que procurava. Mariaencontrou uma corda debaixo da cama. Jorge achou o gato dele que fugiu na semana passada.


96 – Adentro é uma palavra só: Meteu-se porta adentro. A lua sumiu noite adentro.


97 – Não existe adiar para depois. Isso é redundante, porque adiar só pode ser para depois.


98 - Afim (juntinho) tem relação com afinidade: gostos afins, palavras afins. A fim de (separado) equivale a para: Veio logo a fim de me ver bem vestido.


99 – Pode parecer meio estranho, mas pode conjugar o verbo aguar normalmente: eu águo, tu águas, ele água, nós aguamos, vós aguais, eles águam.


100 – Centigrama é palavra masculina: dois centigramas.

A carreira do novo presidente da Shell


Ben van Beurden, que substitui Peter Voser em janeiro de 2014 no comando da Shell, está há 30 anos na companhia. Confira onde ele estudou e cargos que ocupou

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, de 


Reuters
Ben van Beurden
Ben van Beurden assume em janeiro do ano que vem o posto de CEO mundial da Shell
São Paulo – Descrito como homem quieto e determinado, Ben van Beurden, escolhido novo presidente executivo mundial da Royal Dutch Shell construiu sua carreira na companhia.
Desde janeiro atuando como diretor de abastecimento da empresa, van Beurden entrou na Shell há 30 anos, quando completou mestrado em engenharia química pela Delf University of Technology, na Holanda.
Durante sua trajetória na Shell, van Beurden atuou por 10 anos na indústria de gás natural liquefeito. Em 2005, tornou-se vice-presidente da área de excelência fabril em Houston, nos Estados Unidos, responsável pelos padrões de excelência operacional e iniciativas de alto desempenho em refino e fabricação de produtos químicos.
Já em 2006, conquistou a posição de vice-presidente executivo na área química da Shell, em Londres, Reino Unido, conforme destaca o perfil dele no site da Shell.
Com 55 anos, o executivo assume o mais alto posto na Shell em janeiro do ano que vem, substituindo Peter Voser, que anunciou a aposentadoria em maio deste ano, pondo fim a uma carreira de 29 anos na companhia.Van Beurden também já passou por posições na África e Malásia.
Com amplo conhecimento na área de tecnologia de gás, van Beurden apesar de não ser muito conhecido fora da Shell, é respeitado internamente. "Ben tem profundo conhecimento da indústria e experiência executiva comprovada por seu trabalho em diversas unidades de negócios da Shell. Ele continuará a conduzir e desenvolver a agenda estratégica que nos propusemos a seguir", afirmou, em comunicado, o presidente do conselho da Shell, Jorma Ollila.

Mercado imobiliário em expansão impulsiona qualificação a distância


by Felipe R. Magalhães
Técnico em Transações Imobiliárias é opção de estudo no Senac EAD para quem deseja trabalhar nesse mercado que está em plena crescimento
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O mercado imobiliário está aquecido nas capitais do Brasil. Quase um milhão de casas e apartamentos foram financiados somente no ano passado devido aos programas sociais como Minha Casa Minha Vida e também às facilidades de acesso ao crédito imobiliário. Por esse motivo, a necessidade de profissionais qualificados para trabalhar nesse setor é cada vez maior.
Para atender essa demanda em todo o país, o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – Senac, está oferecendo o curso de Transações Imobiliárias a distância. Essa qualificação é ideal para aqueles que possuem horários atípicos para estudar devido à extensa rotina de trabalho.
O curso EAD é voltado a todos que completaram ou estão cursando o Ensino Médio e que desejam aprender uma profissão, entrar no mercado de trabalho ou complementar a formação acadêmica já adquirida, buscando uma melhor colocação na empresa em que trabalha. Ele prepara esses profissionais para a realização de ações de compra e venda, locação, permuta e administração de imóveis. Além disso, a rede de atuação é amplamente diversificada e contém empresas do setor imobiliário, construção civil, urbanizadoras, loteadoras, agentes financeiros, prestadores de serviço, além da atuação como profissional autônomo.
Nesse curso a distância o aluno dispõe de diversos recursos tecnológicos que facilitam a aprendizagem como orientação e acompanhamento online diário e uma aula presencial durante a semana. Além da flexibilidade nos horários de estudo, o aluno tem menor custo com deslocamento e pode conciliar sua vida profissional com essa qualificação.
Segundo a coordenadora do curso Técnico em Transações Imobiliárias EAD, Bibiana Vargas da Silveira, essa qualificação a distância vem atender um mercado que precisa de profissionais bem preparados, porém que precisam de disponibilidade horário, característica da profissão de corretor de imóveis.
“O curso Técnico em Transações Imobiliárias do SENAC EAD possibilita que o aluno adquira todo o conhecimento necessário para ser um profissional diferenciado no mercado imobiliário e para que alcance o sucesso. A carreira de corretor de imóveis é uma excelente escolha para quem gosta de autonomia, pois a remuneração é atrativa e tem a possibilidade de atuar em qualquer lugar do Brasil. Por isso, o corretor de imóveis tem lugar garantido no mercado de trabalho. A possibilidade de exercer a profissão sem restrição de idade é outra vantagem. Porém, como em qualquer área, a profissão exige dedicação e comprometimento aliada ao conhecimento técnico e, neste quesito, o SENAC oferece todo o suporte”, afirma Bibiana.

Painel nazista no Humaitá revolta comunidade judaica

JORNAL ALEF
A comunidade judaica do Rio de Janeiro ficou indignada com o painel colocado no Espaço Sergio Porto, no Humaitá/RJ, com imagens duplicadas do ditador Adolf Hitler e de Heinrich Himmler, líder da SS e ministro do Interior do Terceiro Reich, em revista à tropa. A vereadora Teresa Bergher, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, que esteve pessoalmente no local, foi veemente: "fiquei chocada, estarrecida. Colocar a figura deste monstro na entrada de um centro cultural é um absurdo, ainda mais sendo ele mantido pela Prefeitura". Imediatamente, a parlamentar acionou o secretário de Cultura, Sergio Sá Leitão, que reconheceu que a imagem "é uma aberração". Ficou de retirá-lo imediatamente e pediu desculpas à comunidade judaica.
De acordo com a lei federal 7.716, de 1989, é crime fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilize a cruz suástica ou gamada, para fim de divulgação do nazismo. E a lei municipal 1.425, do mesmo ano, proíbe o uso desse símbolo nazista em panfletos, outdoors e cartazes, entre outros meios de veiculação. Porém, neste caso, a apologia ao nazismo não chegou a se configurar porque a imagem da suástica que aparece na foto original foi apagada. "Mas, se não é ilegal, é uma questão moral e ética", explicou o advogado Guilherme Coutinho, assessor da vereadora.
A obra foi criada pelo grupo de intervenção urbana "Coletivo Gráfico", que assim que justificou: "lamentamos ter ofendido a comunidade judaica, nosso intuito nunca foi o de elevar o nazismo, somos um grupo formado por mulheres, homens, homossexuais, pessoas de várias partes da cidade, nunca levantamos nenhuma bandeira de ofensa a nenhuma comunidade. O intuito foi o de fazer uma analogia à atuação do estado e do município, que se utilizam de violência policial, se colocando em uma posição ditatorial, passando por cima da vontade do povo, se utilizando dos eventos que o Rio está recebendo para fazer uma política higienista e excludente. O Coletivo Gráfico lamenta qualquer má interpretação que sua última intervenção no muro do Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto possa ter acarretado. Embora reproduza a imagem de Hitler (na verdade dois Hitlers) passando em revista sua tropa, o trabalho não é uma apologia ao nazismo. Não fomos atrás de uma foto que mostrasse Hitler, mas sim uma tropa. Acabamos optando por aquela. A gente tem consciência de que é uma imagem forte, que tem uma violência implícita. De comum acordo, decidimos pintar o muro de preto e substituir a imagem por outra. Lamentamos porque a polêmica que queríamos levantar era outra, que nada tem a ver com nazismo. Tanto que apagamos a suástica e a substituímos pelos brasões do município e da Prefeitura".
A decisão foi tomada em conjunto com a Secretaria de Cultura e o diretor cultural do Sérgio Porto, Joelson Gusson, que inicialmente afirmou que não poderia simplesmente mandar tirar o painel. "Eu, enquanto diretor artístico, não posso exercer censura prévia ou mesmo mandar tirar a obra agora. A arte é um debate aberto". Mas, em nota oficial, a Secretaria explicou que, diante das reclamações, solicitou aos autores que “refletissem e tomassem uma posição sobre o assunto”. E pediu desculpas aos que se sentiram ofendidos com a obra: “Levou-se em conta que o Espaço Cultural Sérgio Porto é um equipamento cultural público. A exposição isolada daquela imagem, mesmo em uma obra de arte, poderia mesmo, como foi, ser percebida como uma valorização estética do nazismo e da figura de Hitler, o que é inadmissível, em respeito às leis brasileiras e às vítimas do Holocausto”.
A vereadora Teresa Bergher conclui: "Se uma foto de Hitler e Himmler que era usada pelos próprios nazistas como propaganda do regime não é propaganda nazista, eu não sei mais o que pode ser considerado propaganda nazista. Entendo que a arte é o dom de emocionar. Se a arte é usada para ofender, não é arte. Não é questão de censura. É questão de respeitar o direito do outro. Ninguém entendeu aquele painel como uma crítica à polícia. Nem o prefeito, senão, provavelmente, não teria permitido que o colocassem num equipamento municipal... Os responsáveis por este painel sabiam exatamente o que estavam fazendo. Tanto que ocultaram a suástica, o que poderia caracterizar crime. Mas se esqueceram dela na braçadeira de Hitler e Himmler... O objetivo da lei federal é reprimir, sim, qualquer tentativa de propaganda nazista, não simplesmente a divulgação da suástica. Ora, ora..."