domingo, 29 de janeiro de 2012

Mais de 10% dos mutuários optam pela quitação antecipada


Na Caixa, que detém cerca de 75% de participação no crédito imobiliário do país, cerca de 12% dos clientes quitam antecipadamente a dívida no terceiro ano de contratação


Kelly Oliveira, da 
Divulgação/Imovelweb
Prédios
De acordo com os dados da Caixa, já no primeiro ano de financiamento (com contratos feitos em 2011), 15,387 mil clientes optaram por quitar o empréstimo antes do prazo
Brasília - O aumento da renda tem levado clientes bancários a quitar antecipadamente o financiamento da casa própria. Na Caixa Econômica Federal, que detém cerca de 75% de participação no crédito imobiliário do país, cerca de 12% dos clientes quitam antecipadamente a dívida no terceiro ano da contração do financiamento. Esse percentual chega a 25% no quinto ano, segundo estimativa do banco.
De acordo com os dados da Caixa, já no primeiro ano de financiamento (com contratos feitos em 2011), 15,387 mil clientes (2,06% do total) optaram por quitar o empréstimo antes do prazo. No caso daqueles que contrataram o crédito em 2010, no total de 645,172 mil famílias, 5,21% (33,618 mil) pagaram antecipadamente a dívida. Com três anos de contrato (feito em 2009), o percentual daqueles que quitam o empréstimo antecipadamente subiu para 11,73% (56,680 mil).
Em todo o ano passado, a Caixa liberou R$ 60,527 bilhões em crédito imobiliário e já voltaram para o banco R$ 451,302 milhões (0,75%). No caso dos contratos de 2010, foram emprestados R$ 48,342 bilhões, sendo que R$ 1,851 bilhão (3,83%) foram pagos antecipadamente. Em 2009, foram R$ 31,399 bilhões de empréstimos, com R$ 3,193 bilhões (10,17%) em pagamentos antecipados.
Na média, o prazo dos financiamentos imobiliários com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é 30 anos. No caso dos financiamentos para clientes com renda mais alta, com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos, os contratos tem prazo médio de 20 anos.
Na avaliação do superintendente nacional de Manutenção e Recuperação de Ativos da Caixa, José Luiz Trevisan, alguns clientes que conseguem melhorar a renda optam por quitar o empréstimo. Em algumas situações, segundo ele, os mutuários quitam o empréstimo e optam por comprar outra casa que atenda melhor às necessidades da família.
Trevisan destaca ainda que o crédito é visto como uma forma de antecipar o desejo de ter a casa própria. “Antes de buscar recursos próprios, o cliente foi à Caixa e antecipou o desejo. Como mostram os números, 11,7% só teriam a possibilidade de comprar a casa própria depois de três anos”, destacou.
Uma das possibilidades para quitar antecipamente o financiamento imobiliário, além de poupar dinheiro, é usar o saldo do FGTS. Para o cliente, a vantagem do pagamento antecipado do crédito é o desconto dos juros do financiamento. Quanto o cliente opta por quitar o financiamento, o saldo devedor é atualizado para o momento do pagamento, com abatimento dos juros futuros.
O saldo da carteira de crédito imobiliário para pessoas físicas da Caixa chegou a R$ 141 bilhões em 2011. Para o primeiro semestre deste ano, o banco espera liberar R$ 13,5 bilhões em financiamento imobiliário.

O que vale reformar antes de vender um imóvel


Deixar a casa ou o apartamento em ordem pode garantir um bom preço na venda

Divulgação
Casal pintando paredes
São Paulo – O preço dos imóveis vem subindo, mas apenas confiar nos valores do mercado não garante bons ganhos na hora de vender uma casa ou um apartamento.
Investir em alguns reparos e modificações num apartamento ou numa casa pode servir de critério de desempate para um comprador e até valorizar um pouco mais o preço da residência. A dica é especialmente importante para quem tem pressa em fechar negócio. “O principal objetivo é assegurar o valor da contraposta e ganhar a possibilidade de uma venda mais rápida”, explica Renato Teixeira, presidente da rede de franquias imobiliárias RE/MAX Brasil.
As necessidades de reforma variam muito de um imóvel para outro. Alguns pontos, porém, são mais comuns na hora de preparar um imóvel para a venda. Saiba o que vale a pena ou não reformar antes de vender um imóvel ou uma casa.
Pintura externa
No caso de um apartamento, não há muito o que fazer, já que as decisões são tomadas em conjuntos por todos os moradores. Porém, quando o imóvel é uma casa, vale a pena investir na pintura externa. “Uma casa pichada, por exemplo, pode transmitir uma sensação de abandono do imóvel e até de insegurança sobre a rua”, diz Roseli Hernandes, diretora da Lello Imóveis. Por isso, vale a pena investir um pouco mais na preparação do lado de fora.
Pintura interna
Dar cor nova para as paredes internas vale a pena em dois casos. Primeiro, para transmitir sensação de limpeza. Segundo, para apagar cores muito diferentes e fortes. Uma parede vermelha ou amarela pode ser muito bonita, mas não agradar o próximo proprietário. “Sempre aconselhamos usar cores neutras, como branco, gelo e bege”, diz Roseli, da Lello Imóveis. Além de ter chances de agradar um número maior de interessados no imóvel, as cores neutras também facilitam que o proprietário aplique a cor que desejar após a compra e muitos podem levar esse benefício em consideração na hora de fechar o negócio.
Limpeza e cuidado externo
“Uma limpeza bem feita, grama bem aparada e piscina limpa são fatores que apaixonam os compradores”, afirma Renato Teixeira, da RE/MAX Brasil. Vale a pena investir nesses preparos.
Trocar cerâmica e pisos dos banheiros
Se o piso e a cerâmica dos banheiros de sua casa não forem novos, considere trocar. “Escolha cores mais neutras, que são mais fáceis de adaptar ao gosto de qualquer pessoa”, afirma Antônio Carlos Kieling, presidente da Exporevestir.
Hoje já existem pisos, como algumas opções de Porcelanato, que não necessitam que o piso anterior seja removido para uma nova aplicação. Isso é algo que deve ser considerado, já que o custo para aplicar diminui e pode valer mais a pena.
Instalações elétricas e hidráulicas
Outra parte importante e que ajuda a valorizar imóveis é fazer qualquer reparo necessário ou modernização nas instalações elétricas e hidráulicas.
Uma dica é buscar alternativas sustentáveis, que ajudem a economizar água e energia. “Uma casa que capte água para usar em áreas como o jardim, ou que tenha aquecimento solar, tem uma grande vantagem competitiva”, diz o arquiteto Frederico Rangel, do escritório Uniarq.
Renato Teixeira, da RE/MAX Brasil, lembra de outro ponto importante nesse quesito. “Algo fora dos conformes nas instalações elétricas e hidráulicas pode gerar inclusive reclamações posteriores, pois o comprador pode se sentir lesado”, diz. A melhor alternativa é mesmo entregar o imóvel com tudo em ordem. Caso isso não seja possível, a sugestão é negociar e deixar claro com o comprador que esses ajustes serão necessários após a compra.
Piso moderno no lugar errado
Atualmente, existem opções de piso com funcionalidades especificas, como uma maior resistência ou até impermeáveis. Esses pisos podem ter um preço mais elevado e não adianta nada investir neles se for para aplicar no lugar errado. “Não há necessidade de colocar um piso com todas essas características numa sala, por exemplo”, afirma Kieling, da Exporevestir.
Armários embutidos
Se sua cozinha não tem armários embutidos, não ache que investir nesses móveis trará retorno na hora da venda. “Às vezes o próximo proprietário pode nem gostar do modelo e não fará diferença”, afirma Roseli, da Lello Imóveis.
Gastar caminhões de dinheiro
Fazer pequenos ajustes colabora para uma boa venda, mas o total gasto deve valer a pena. “Uma margem confortável para investir é entre 3% e 5% do valor pedido pelo imóvel”, sugere Renato Teixeira, da RE/MAX Brasil.