quinta-feira, 26 de junho de 2014

Lista Negra



by Miranda Sá

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

Logo que o nazismo assumiu o poder na Alemanha, em 1935, Hitler criou o Ministério da Propaganda e Informação, entregando-o ao seu fanático comparsa Joseph Goebbels; este, ao assumir, providenciou o controle da imprensa escrita e falada.
Na esteira do totalitarismo, o novo ministro criou listas negras nominando peças de teatro, filmes, livros e personalidades que denominou de “inimigos do governo e do partido”. De saída, proibiu a exibição de filmes como “Anna Karenina”, e as peças de Bertold Brecht.
Sobre o rádio (naquele tempo não havia televisão e muito menos internet), prescreveu: “A verdadeira emissão radiofônica é legítima propaganda”… A seguir, determinou a ocupação das sedes dos partidos e sindicatos, e organizou piquetes para invadir centros universitários e bibliotecas para dali tirar livros proscritos pelo regime.
Entre as personalidades que deviam ser atacadas, havia um rol de nomes de advogados, artistas, intelectuais, médicos e professores. Constaram dele Erich Kästner, Henrich Heine, Heinrich Mann, Sigmund Freud e Stefan Zweig.
No Brasil atual, no passo de ganso para a ditadura fascista, apareceu no Partido dos Trabalhadores uma minúscula caricatura de Goebbels, servindo de boi de piranha para Gilberto Carvalho e Franklin Martins: Alberto Cantalice, vice-presidente nacional do PT e coordenador de redes sociais do partido.
Numa comunicação do comissário Cantalice posta no site do PT, saiu uma “Lista Negra” de comunicadores atuantes na mídia, como “inimigos da Pátria”. Relacionou Arnaldo Jabor, Augusto Nunes, Danilo Gentili, Demétrio Magnoli, Diogo Mainardi, Guilherme Fiúza, Lobão, Marcelo Madureira e Reinaldo Azevedo. Distribuídos à sorrelfa para os MAVs, muitos nomes com atividade nas redes sociais.
Às escondidas devem estar os companheiros da Tribuna da Imprensa e o seu destemido diretor, o bravo jornalista Hélio Fernandes. Espero, vaidosamente, estar entre eles, pois considero uma condecoração, não daquelas decorativas que as nossas FFAA distribuem para agradar os poderosos-de-dia, inclusive corruptos presos na Papuda.
 A “Lista Negra” aponta os que se sobressaem atuando contra as “medidas progressistas” do PT-governo, ou críticas ao Nº1, Lula da Silva, e à sua marionete na presidência da República, Dilma Rousseff.
Não há prova maior do que esta para mostrar a fragilidade da república dos pelegos, evidenciada pelos desmandos, incompetência e roubalheira da Copa da FIFA, trazida por Lula como o trunfo eleitoral para manutenção no lulo-petismo na administração federal.
Nas críticas feitas aos comunicadores, a hierarquia lulo-petista considera “pessimismo impatriótico”, a repercussão dos protestos populares contra as despesas do governo em estádios e na fictícia infraestrutura de mobilidade urbana que não saiu do papel.
Já repercute na imprensa internacional a xerox hitlerista da “Lista Negra” contra a liberdade de imprensa e expressão. Camille Soulier, coordenador para as Américas dos Repórteres sem Fronteiras, expressou em nota “a inquietação pelas graves acusações dirigidas contra os jornalistas, provenientes de um alto cargo do PT”.
Isto vem se somar à última Classificação Mundial da Liberdade de Imprensa, elaborada pela entidade, vigilante em defesa do jornalismo livre: situou o Brasil no 111º lugar em 180 países, nos atentados â imprensa livre.
Também a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo contabilizou 17 agressões de jornalistas no âmbito de manifestações desde a abertura do Mundial, tendo como vítimas correspondentes da CNN e das agências internacionais Reuters e a Associated Press.
Neste quadro sombrio com as cores funestas do nazi-fascismo, poder-se-ia desenhar o desespero do PT-governo, corrupto e corruptor, amedrontado com a resistência aos seus crimes, mesmo mantendo uma propaganda bilionária no País e no Exterior comprando jornais, grandes e pequenos, e financiando uma rede de agentes provocadores nas redes sociais
A aflição da pelegagem que projeta a futurologia da derrota eleitoral é fotografada em grande angular revelada na “Lista Negra”. Mal sabem os coléricos lulo-petistas que os defensores da liberdade de expressão e de imprensa, não temem as intimidações dos bobos da desmoralizada falange de Lula & Cia.
A História nos mostra que o nazismo foi enterrado nas ruínas do bunker onde se suicidaram Goebbels e Hitler

PIADA! O PETISTA GABRIELLI AFIRMA, ACREDITEM, QUE A PETROBRAS PAGOU POUCO POR REFINARIA DE PASADENA! O QUE É QUE DISSERAM OS BELGAS MESMO???

quarta-feira, 25 de junho de 2014


Hoje é o dia… E a se a gente pedisse desculpas a José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras? O que vocês acham? Mais do que isso: a gente poderia dar a ele uma medalha de Honra ao Mérito. O valente prestou depoimento nesta quarta-feira à CPI Mista da Petrobras. Afirmou, e nem poderia ser diferente, que nada houve de errado com a compra da refinaria de Pasadena. Até aí, vá lá. Não poderia dizer o contrário. Mas ele foi adiante: disse, vejam que espetáculo, que a Petrobras pagou pouco pela refinaria. Ah, bom! Gabrielli está convicto de que a empresa brasileira passou a perna nos belgas e fez um negocião. Parece brincadeira, mas ele tentava parecer sério.

Com a arrogância costumeira, atacou o líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR): “O senhor tem o direito de fazer o espetáculo que está fazendo”. Embora a CPI Mista não se equipare àquela piada que é a comissão do Senado, ainda assim, é composta por uma maioria de governistas, que estão lá, com raras exceções, para aplaudir gente como Gabrielli. A seriedade deste senhor veio a público, com clareza insofismável, na campanha de 2010, quando afirmou, na condição de presidente da Petrobras, que Fernando Henrique Cardoso havia tentado privatizar a empresa. É mentira! Isso nunca aconteceu.
A tese de que Pasadena foi baratinha é nova e espantosa. Não é o que os próprios belgas disseram, né? No balanço que está no site da Universidade Católica de Leuven, na Bélgica, a CNP, que comanda o grupo Astra Transcor, dona, então, da refinaria de Pasadena,  afirma que a operação com a Petrobras foi um sucesso “além de qualquer expectativa razoável”, conforme revelou reportagem do Jornal Nacional.
Pasadena balando 2005 sucesso
No balanço de 2006, ano em que a Petrobras efetivamente pagou por metade da refinaria, a Astra teve um lucro recorde. Nesse mesmo balanço, a CNP já fala da cláusula “put option” e da possibilidade de impor à Petrobras a compra da outra metade.
Pasadena cláusula
Vai ver os belgas são muito burros, e José Sérgio Gabrielli, muito inteligente, né? Vai ver comprador e vendedor acharam que aplicaram um belo truque no outro. Considerando o prejuízo que a Petrobras teve de entubar, adivinhem quem estava certo.
O respeitado jornal de economia e política belga “L’Echo” noticiou a operação. Destacou que a Petrobras fez um péssimo negócio, “calamitoso”.
Pasadena calamitosa
Chamou os ganhos do grupo belga de “golpe de mestre mantido em segredo”.
Pasadena - jornal - golpe
O dono do conglomerado CNP é o bilionário Albert Frère. O “L’Echo” tira um sarrinho do Brasil, dizendo que o país foi o “grande irmão” de Albert. É um trocadilho: “frère” quer dizer “irmão”, em francês…
Mas, claro!, devemos acreditar em Gabrielli: foi um negocião! Por Reinaldo Azevedo

Marajás de jaleco


Além dos vencimentos de até R$ 40 mil, médicos do Senado recebem verba do Congresso para atender servidores em suas clínicas particulares

Josie Jeronimo
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CARO E POUCO EFICIENTE
O hospital do Senado, que ocupa uma área de 2.500 metros quadrados, não
atende nem 5 mil pessoas por mês e custa ao contribuinte R$ 5 milhões por ano
Há três anos, em meio ao escândalo dos atos secretos, o presidente do Senado, José Sarney, contratou uma auditoria da Fundação Getulio Vargas (FGV) para melhorar a gestão. Em seu relatório, os auditores propuseram várias medidas saneadoras. Entre elas, a extinção do Departamento Médico do Senado, considerado pouco eficiente ante a estrutura semelhante à de um hospital de pequeno porte. O relatório da FGV foi para a gaveta e, em vez de ser extinto, o serviço cresceu. Este ano, mais dez médicos passaram a integrar o corpo de 103 funcionários concursados. Esses profissionais, que trabalham quatro horas por dia, em plantões montados de acordo com o tempo livre de cada um, embolsam mensalmente uma média de R$ 20,9 mil. Em alguns casos, o salário pode chegar a R$ 40 mil, somado a gratificações pouco justificáveis. Não bastasse toda a mordomia, ISTOÉ descobriu que vários desses médicos, além dos vencimentos oficiais, também recebem como terceirizados do próprio Senado.
A terceirização funciona da seguinte maneira: uma insuspeita entidade de classe denominada Associação dos Médicos de Hospitais Privados do Distrito Federal recebe do Senado e repassa os valores para as clínicas onde trabalham os médicos do próprio Senado. Em 2011, a entidade fechou contrato com a Casa parlamentar no valor de R$ 55 milhões para “intermediação no pagamento dos honorários relativos à prestação de serviços complementares à saúde, aos beneficiários do plano de assistência do Senado”. O contrato foi feito sem licitação.
A Associação funciona numa sala de um centro hospitalar próximo das clínicas onde os médicos trabalham após o expediente no Senado. Muitos de seus clientes na rede privada são servidores que eles atendem no Senado e encaminham para uma segunda consulta e determinado tratamento. ISTOÉ visitou as clínicas e acompanhou o entra e sai de pacientes. Ao menos dez dos 48 médicos em exercício no Senado têm centros de saúde registrados no próprio nome. Desses, seis estão na lista dos “conveniados” da Associação de Médicos Privados do Distrito Federal. Um deles é Átila Cesetti, servidor do Senado e dono da clínica ProCardíaco. O médico está na lista dos prestadores de serviço da Associação. Ele cumpre sua enxuta carga horária no hospital do Senado e atende em sua clínica da Asa Sul. Em outubro, além do salário de R$ 42 mil com gratificações, Cesetti também embolsou os lucros da clínica.
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LUCRO DOBRADO
A clínica ProCardíaco, que recebe como conveniada do Senado, tem como dono o
servidor Átila Cesetti. Médico do próprio Senado, Cesetti ganha salário de R$ 42 mil mensais
Os valores que a Associação dos Médicos de Hospitais Privados paga a ele e a outros colegas não são públicos, embora o dinheiro que abasteça sua conta venha do Senado. Para receber os honorários, as clínicas encaminham à entidade “cheques-consulta” que descrevem a especialidade e o valor do atendimento, mas o Senado não tem acesso a esses valores e só presta conta dos recursos globais que repassa à associação. Os beneficiados na transação da subcontratação também permanecem ocultos. No mesmo centro clínico da Asa Sul também funciona a empresa médica do servidor César Luiz Gonzalez. Assim como Átila, Gonzalez recebeu R$ 42 mil em vencimentos do Senado, em outubro, e turbinou o salário com honorários recebidos por meio do convênio de sua clínica, a Cardiocare, com a Associação.
Duas unidades médicas dos funcionários operam no Sudoeste, outro bairro nobre de Brasília. Uma delas pertence ao médico Cantídio Lima Vieira. Ele tem participação em mais quatro clínicas. Duas delas, a Policlínica Planalto e a Cordis são prestadoras de serviço da mesma associação de médicos contratada pelo Senado. Em outubro, o servidor-empresário recebeu R$ 20,9 mil de salário mais R$ 4,8 mil em gratificações, fora a remuneração das clínicas. Há ainda aqueles que mantêm contrato direto como prestadores de serviço da associação, sem vínculo com empresa, como o médico Paulo Nery Teixeira Rosa.
Uma característica comum aos integrantes do serviço médico do Senado, chamados de “marajás” nos corredores da Casa, é a antiguidade no serviço público. A maioria tem mais 15 anos de Casa, com exceção de Gustavo Korst Fagundes, que entrou no concurso deste ano e engorda seu contra-cheque de R$ 16,7 mil com a atividade médica complementar da associação. ISTOÉ procurou o servidor no serviço de atendimento da Casa e foi informado pelas atendentes do hospital do Senado que o urologista dá consulta das 9h às 12h, diariamente. Fagundes é sócio da clínica Serviço Brasiliense de Urologia. Em março de 2011, a Casa assinou contrato no valor de R$ 80 mil com a clínica de Fagundes. O valor também é pago por meio dos chamados cheques-consulta, emitidos de acordo com a demanda de beneficiários do plano de saúde do Senado.
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O BENEFICIÁRIO
O médico Cantídio Lima Vieira é sócio de
duas clínicas que prestam serviço ao Senado
Em nota, o Senado confirma que “possui alguns servidores, na área médica de especialização, que exercem atividade laboral em clínicas conveniadas com o SIS”, sem sobreposição da jornada de trabalho. Diz ainda a nota “que os profissionais de saúde do Serviço Médico do Senado estão impedidos de atender pacientes, pelo SIS, em clínicas particulares”.
Quem visita o Departamento Médico do Senado encontra um local sem filas. Segundo a auditoria da FGV de 2009, a média de atendimentos não chega a cinco mil por mês. Uma UPA, que possui metade do corpo de funcionários, atende 25 mil pacientes no mesmo período. O hospital do Senado ocupa uma área de 2.500 metros quadrados e sua estrutura custa ao contribuinte R$ 5 milhões por ano. Pelo estudo, o grosso da demanda dos mais de 25 mil beneficiários do plano de saúde da Casa acaba sendo suprido pela rede hospitalar privada, paga com o fundo do Sistema Integrado de Saúde do órgão legislativo. O maior sintoma da ineficiência do serviço médico é o volume de gastos com reembolso de despesas dos parlamentares com hospitais particulares. Os senadores não utilizam os serviços do hospital da Casa e apresentam R$ 60 milhões em notas de ressarcimento por ano. O orçamento para despesas médicas dos parlamentares, servidores, aposentados e dependentes chega a R$ 105 milhões anuais.
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http://www.istoe.com.br/reportagens/paginar/256069_MARAJAS+DE+JALECO/2

PARA TRAJANOS, KFOURIS, LULAS E ASSEMELHADOS


Anhangüera


Título e Texto: Maria do Rosário Pacheco


imagesA “elite”, meus senhores, essa elite desprezível e sórdida a que vocês tanto se referem estava, sim, presente na festa de abertura da Copa. Estava ali bem acomodada na Tribuna de Honra representando os amigos do rei ou em setores especiais cercados de mordomias e coalhados de políticos sem vergonha, os baba-ovos desse governo imundo.

Os pagantes do Itaquerão eram torcedores, gente que gosta de futebol e acalentava o sonho de ver a Seleção jogar numa Copa do Mundo.

Gente que, não sem esforço, juntou dinheiro para comprar ingresso, dinheiro fruto do trabalho e não de roubo, e portando bandeiras enfrentou filas e desorganização com o único propósito de realizar um sonho.

Essa multidão não foi constituída por alienados ou bolsistas, nem pelos que mamam nas tetas do governo, os oportunistas, os corruptos. Estava lá a classe média trabalhadora e pagadora dos seus impostos, CIDADÃOS com suas famílias e amigos. Foram ver a Seleção e aguardaram muitos meses, talvez anos pelo espetáculo grandioso da abertura da tão propalada Copa das Copas. E o que se lhes apresentou foi um espetáculo chinfrim ao custo de milhões e pela primeira vez na história das copas não houve discursos, a presidenta, autoridade máxima do país nem sequer lhes dirigiu um aceno.

O coro… “ei, Dilma, vai tomar no cu” não foi previamente combinado, surgiu espontaneamente no meio da multidão e o brado ecoou e foi repetido por todos os cidadãos indignados que não aguentam mais as bandalheiras desse governo incompetente, corrupto e acima de tudo arrogante e prepotente. Estamos cansados de pagar as contas e ser feitos de idiotas.

E agora vêm vocês querendo dar lição de moral? Acharam feio? Feio é o que nos obrigam a vivenciar todos os dias. Vergonha é ser afrontado, espoliado, vilipendiado, roubado e nunca poder reclamar, seguir mansamente a boiada pois assim exigem os bons costumes.

Esses brasileiros que fizeram coro no Estádio me representam, pessoas ordeiras e dignas que soltam a voz com emoção e respeito ao Hino Nacional mas também corajosamente mandam seu recado ao governo usando a única linguagem que esses cafajestes entendem: a linguagem do submundo onde se aboleta às nossas custas a escória do país.