sábado, 7 de setembro de 2013

Fernando Gabeira: "O Estado se tornou uma extensão do PT"


10:21:02

Afastado da política, o jornalista e escritor diz que ainda se considera de esquerda, critica os governos petistas e não vê mais o socialismo como alternativa viável

CORRUPÇÃO
O jornalista Fernando Gabeira. “A condenação dos acusados no mensalão foi uma advertência” (Foto: André Arruda/ÉPOCA)
Ex-guerrilheiro, ex-deputado federal, jornalista e escritor, Fernando Gabeira já se reinventou várias vezes. Aos 72 anos, decidiu deixar a política – embora continue filiado ao PV e ainda dê palestras ocasionais para militantes do partido – e voltar ao jornalismo. Em seus artigos, publicados quinzenalmente no jornal O Estado de S. Paulo, tem batido no PT, no governo e no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Gabeira lançará um programa de reportagens na GloboNews, com estreia prevista para domingo dia 8. Nesta entrevista a ÉPOCA, ele afirma que o socialismo deixou de ser uma opção viável de poder e critica o aparelhamento do Estado pelo PT.

ÉPOCA – Ao longo de sua trajetória política, o senhor passou pela luta armada, pelo PT e pelo PV. Hoje tem sido um crítico do PT, do governo e da esquerda. O que aconteceu?
Fernando Gabeira –
 O que mais me incomoda é a sensação de que você é detentor de uma verdade importantíssima e de que todos os seus atos devem ser relevados por isso. O que me distingue dessa esquerda é que, para mim, os fins não justificam os meios. É preciso trabalhar dentro dos critérios democráticos. Também me incomoda que, uma vez no poder, eles se sentem os donos do Estado. O Estado brasileiro passou a ser uma extensão do PT. A política externa brasileira é do partido, e não nacional. Isso também me incomoda muito. O Brasil se apresenta ao mundo com as limitações mentais, ideológicas, do PT. Tenho vergonha de um presidente da República, como o Lula, que diz que a oposição no Irã parece uma torcida de futebol. Tenho vergonha de um presidente que diz que os presos políticos em Cuba são semelhantes aos presos comuns no Brasil. Ao se atrelar a alguns países da América do Sul, abandonando a possibilidade de relações com o resto do mundo, eles prestam um desserviço. Não que a integração regional não seja importante, mas o Brasil precisa se abrir também para outros centros, com uma capacidade tecnológica maior. Você não pode associar seu destino a esse grupo de países, como eles fizeram, por causas ideológicas. ...

ÉPOCA – Como o senhor analisa os 12 anos do PT no poder, com Lula e Dilma, do ponto de vista político?
Gabeira – 
Politicamente, o grande problema do PT foi ter prometido uma renovação ética no Brasil – e, ao chegar ao governo, aliar-se aos políticos que eles criticavam, recorrer aos mesmos métodos usados antes e incorporar outros igualmente condenáveis. Nesse aspecto, o PT significou algo muito negativo para o Brasil, porque, no fundo, dizia que quem propõe mudar ou traz a esperança está apenas enganando a população, e que os artífices da esperança são os mesmos que construirão uma nova armadilha. Isso acaba se transformando em aumento do voto nulo e do voto em branco. Leva a um rebaixamento da legitimidade do poder constituído.

ÉPOCA – Em sua opinião, a condenação dos réus no processo do mensalão poderá levar a uma mudança na forma de fazer política no Brasil?
Gabeira –
 Considero a condenação dos acusados no mensalão uma grande advertência. Primeiro, porque ataca a corrupção política. Segundo, porque mostra ao homem comum que o acesso à Justiça não é impossível. Eles gastaram mais de R$ 60 milhões com honorários de advogados e perderam. Isso traz uma expectativa de que haja mais cuidado na prática política e de que a Justiça seja feita com mais frequência. Agora, pelo que conheço do Congresso, jamais haverá mudança que não seja imposta. Eles só mudarão forçados pelo instinto de sobrevivência. Existe no Brasil uma tendência de o eleitor esquecer em quem votou. Esquecendo em quem votou, você não tem a quem cobrar. A população precisa ter o nível de vigilância e de cobrança permanente que os americanos têm em relação a seus congressistas.

ÉPOCA – Até que ponto as manifestações de junho devem contribuir para essa mudança?
Gabeira – 
Essas manifestações foram muito positivas. Elas desfizeram a sensação de que tudo ia bem, de que vivíamos numa prosperidade e estávamos supersatisfeitos. Mostraram que a população está insatisfeita com os serviços que recebe pelos impostos que paga, com a corrupção e com o governo. Essa demonstração alterou muito o quadro, inclusive a psicologia e o comportamento dos próprios políticos. Pelo menos, aquela arrogância, aquela distância em relação à população, desapareceu. Isso tudo constituiu algo novo e bom no Brasil. Como todas as manifestações de massa, há um momento em que elas refluem. As pessoas não podem ficar permanentemente na rua, a não ser que haja um objetivo claro, que você esteja prestes a derrubar um governo. Não era esse o caso, uma vez que, no Brasil, vivemos numa democracia, e os governos se sucedem por eleições.

ÉPOCA – Como o senhor analisa a violência que tomou conta das manifestações?
Gabeira –
 Desde o princípio, houve atos de violência, contrapostos pela imensa maioria que participava da manifestação de forma pacífica. Uma vez que os grupos que se manifestavam pacificamente refluíram, sobrou o território para a violência. Hoje, você continua vendo as manifestações como se fossem uma continuidade daquelas que aconteceram em junho, mas não há vínculo real entre esse pessoal que está nas ruas e as multidões que, dois meses atrás, saíram às ruas das principais cidades do país.

ÉPOCA – Durante as manifestações de junho, surgiu o fenômeno da Mídia Ninja. Eles afirmam que a imprensa profissional é parcial. Como o senhor vê essa questão?
Gabeira –
 Se examinar friamente as manifestações, todos os temas levantados ali nasceram do trabalho da grande imprensa. Queiram ou não, as redes sociais metabolizam o material que vem da grande imprensa. Dentro de suas limitações, a grande imprensa tem de estar atenta a tudo. Se houver alguma coisa nas redes sociais para ela metabolizar, ela metaboliza também. Não tem espaço proibido. Então, não é justo dizer que a grande imprensa manipulou as informações sobre o que aconteceu nesse período. A grande imprensa denunciou insistentemente os fatos que indignaram as pessoas.

ÉPOCA – Parte do PT e outros grupos de esquerda têm uma visão semelhante da imprensa profissional e defendem o “controle social da mídia”. O que o senhor pensa disso?
Gabeira –
 Na Inglaterra, a partir da experiência dos tabloides, que romperam certos limites e invadiram a privacidade de autoridades e de cidadãos comuns para obter informações, caminhou-se no sentido de equacionar a questão. Só que lá quem comandou o processo foi um governo conservador, nitidamente desinteressado em controlar a imprensa. No Brasil, todas as manifestações em defesa do controle social da mídia surgem do PT, num contexto latino-americano em que os controles são, na verdade, tentativas de censura – com o uso de instrumentos clássicos da esquerda, chamados de “sociais”, mas que são aparelhados pela própria esquerda. Quando o PT diz “é preciso o controle social da mídia”, está dizendo “é preciso o controle social da mídia, sobretudo o controle social por parte de entidades que nós controlamos”.

ÉPOCA – Hoje, 25 anos depois da queda do Muro de Berlim, o socialismo ainda faz algum sentido? O capitalismo venceu?
Gabeira –
 Não há dúvida de que o capitalismo predominou e o socialismo deixou de ser uma alternativa desejável. Isso não significa que algumas ideias de esquerda e de direita não continuem presentes no universo político. Certas ideias de que as pessoas são culpadas pela própria pobreza continuam existindo. Certas ideias de que as pessoas precisam ser protegidas na velhice, ter uma aposentadoria digna, também continuam aí. Hoje, não se fala mais tanto em capitalismo versus socialismo. Fala-se mais numa forma de modernizar e democratizar o capitalismo.

ÉPOCA – Vários de seus artigos recentes geraram críticas duras da esquerda. Até de “reacionário” já o chamaram. O senhor ainda se considera alguém de esquerda?
Gabeira –
 Considero-me uma pessoa de esquerda. Não me importo muito com as críticas, vejo como algo normal na política. Pessoas que admiro muito, como o poe­ta Octavio Paz, também foram chamadas de reacionárias em vários contextos. Às vezes, também chamo o pessoal do PT de reacionário, porque, no meu entender, tudo o que detém o avanço é um gesto reacionário. Tudo depende do ponto de vista.

ÉPOCA – O senhor ainda acredita na transformação do homem, no surgimento de um “novo homem”?
Gabeira –
 Não acredito mais nisso. Não acredito em “novo homem”. Aliás, essa coisa de criar o “novo homem” serviu para muita repressão. Os homens que não cabiam nesse modelo costumavam ser fuzilados. Entre os obstáculos para o Brasil atual está uma série de ideias e de comportamentos que seguram o país. Existe uma vontade normal de, pelo menos, sintonizar o país com o que ele tem de mais moderno. Hoje, a província da política não está sintonizada com o que o Brasil tem de mais moderno. Acredito hoje em ajustar esse polos. 

Por José Fucs
Fonte: ÉPOCA.com - 07/09/2013

A primeira-amiga – A milionária defesa de Rosemary Noronha, ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo, e seus quase 40 advogados


Por Robson Bonin, na VEJA desta semana:
Ao longo dos quase cinco anos em que comandou o escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha conheceu o céu e o inferno. Ex-secretária do Sindicato dos Bancários de São Paulo, ela nunca foi uma mulher de posses. Mas mudou radicalmente nos últimos tempos. Com um salário de quase 12.000 reais, comprou dois apartamentos, trocou de carro, criou uma empresa de construção civil e rodou o mundo em incontáveis viagens, até ser apanhada surfando na crista da onda de uma quadrilha que negociava facilidades no governo. Rosemary escapou da prisão por um fio. Talvez estivesse no lugar certo, na hora errada. Talvez o contrário. Um fato, porém, é indiscutível: ela conhece e tem acesso a quem dá as ordens, conta com amigos influentes que se preocupam com seu destino. Desde que foi flagrada traficando interesses no gabinete presidencial, Rosemary vem sistematicamente conseguindo driblar os processos a que responde. Para isso, a ex-secretária dispõe do apoio de três grandes bancas de advocacia do país. Escritórios que têm em sua carteira de clientes banqueiros, corporações, figurões da República, milionários dispostos a desembolsar o que for preciso para assegurar a melhor defesa que o dinheiro pode comprar. Rosemary, apesar do perfil diferenciado, faz parte desse privilegiado rol de cidadãos.
Desde que a polícia fez uma busca em seu escritório e colheu provas contundentes de que a ex-secretária levava uma vida de majestade, ela cercou-se de um batalhão de quase quarenta advogados para defendê-la. São profissionais que, de tão requisitados, calculam seus honorários em dólares americanos, mas que, nesse caso, não informam quanto estão cobrando pela causa, muito menos quem está pagando a conta. Acostumado a cuidar dos interesses de empresários como o bilionário Eike Batista, o criminalista Celso Vilardi defende Rosemary na esfera penal. Já no processo disciplinar em andamento na Controladoria-Geral da União (CGU), atuam dois pesos-pesados do direito público, que têm entre seus clientes banqueiros e megacompanhias como a Vale. O advogado Fábio Medina Osório cuidou da formulação da defesa de Rosemary e agora atende apenas a empresa da família, a construtora New Talent. Já o advogado Sérgio Renault foi escalado para acompanhar o desfecho do caso – prestes a chegar à mesa do ministro Jorge Hage – na CGU. 

Oscar Schmidt, o maior jogador de basquete da história do Brasil: “Esse tumorzinho pegou o cara errado”


"Faço um tratamento espírita. Sou católico, nunca havia pisado em um centro, mas sempre fui simpático a esse tipo de fé. É tudo de Deus, não é mesmo? (Foto: Alexandre Schneider)
"Faço um tratamento espírita. Sou católico, nunca havia pisado em um centro, mas sempre fui simpático a esse tipo de fé. É tudo de Deus, não é mesmo? (Foto: Alexandre Schneider)
Entrevista concedida a Alexandre Salvador, publicada em edição impressa de VEJA
Na véspera de entrar para o Hall da Fama do basquete, o Mão Santa enfrenta um câncer no cérebro com humor e admite conversar com seu médico sobre o uso de curas milagrosas

Oscar Schmidt receberá nos Estados Unidos neste domingo a maior honraria que um jogador de basquete pode almejar. O brasileiro, de 55 anos, até hoje o maior pontuador da história do esporte, com 49.737 pontos, terá seu nome imortalizadopelo Hall da Fama do Memorial Naismith, em Springfeld, cidade do estado de Massachusetts onde o basquete foi inventado, em 1891.
[Só por comparação, um dos maiores jogadores da história do basquete e o maior cestinha da NBA, a fabulosa liga dos Estados Unidos -- o americano Kareem Abdul-Jabbar --, fez 38.387 pontos em 20 anos de carreira.]
O nome da instituição é uma homenagem ao criador da modalidade, o canadense James Naismith.
Em uma infeliz coincidência, a inclusão no Hall da Fama foi confrmada no mesmo período em que o ex-jogador descobriu não estar curado de um câncer descoberto há dois anos. Desde 2011 Oscar luta contra um glioma, um tumor localizado no lado esquerdo da parte frontal do cérebro.
Mesmo depois de duas cirurgias, que lhe deixaram uma enorme cicatriz na cabeça (sempre escondida por um boné ou chapéu), o Mão Santa não perde o atávico sorriso. A VEJA, ele falou do câncer, de esporte e de política.
Como foi receber o diagnóstico de que o tumor havia voltado, logo depois de saber da indicação para o Hall da Fama?
Desde que operei o primeiro tumor, há dois anos, já sabia que ele voltaria. Não sabia quando, mas a evolução era uma certeza. É a característica do tumor que tenho.
Pressentia que havia algo errado desde novembro do ano passado, quando fiz uma ressonância magnética e apareceu uma manchinha. O médico disse: “Vamos esperar para ver se cresce, se sim, teremos de abrir sua cabeça de novo”. Dito e feito.
Papa Francisco abençoa o atleta Oscar Schmidt (Foto: Reprodução GloboNews)
Oscar, o maior cestinha da história das Olimpíadas, revencia o papa Franciso durante sua visita ao Brasil (Foto: Reprodução GloboNews)
E o que você fez?
Fiz outra cirurgia para a retirada do novo tumor. Depois, trinta sessões de radioterapia e 45 de quimioterapia. Tenho de manter mensalmente a químio.
Mas não fquei só no tratamento convencional, não. Recebi centenas de curas milagrosas por e-mail, mais de 200 sugestões. A mais recorrente foi uma por inalação de álcool perílico.
Várias pessoas disseram que haviam feito regredir tumores malignos na cabeça com a ajuda desse tratamento. Como meu médico, excelente, não se opôs, estou fazendo as inalações três vezes ao dia.
Também estou dando mais chances para o homem lá de cima me ajudar.
Como?
Faço um tratamento espírita. Passei a frequentar um centro em Campinas (cidade a 100 quilômetros de São Paulo) todas as segundas-feiras, onde recebo energizações e tomo líquidos à base de ervas.
Sou católico, nunca havia pisado em um centro, mas sempre fui simpático a esse tipo de fé.
É tudo de Deus, não é mesmo?
Tem medo de morrer?
Claro que tenho. Mas qual o problema nisso? Vou me abalar?
Minha vida foi muito bonita e extraordinária. Maior do que pensei que poderia ser. Claro, se isso acontecer vai ser uma tristeza enorme, principalmente por deixar minha família.
Mas esse dia vai demorar a chegar. Não pense em besteira, nada de morte, não, porque esse tumorzinho pegou o cara errado.
Vejo o câncer como mais um degrau. Sei que tenho uma doença grave que estou tratando como se fosse a coisa mais difícil que já apareceu na minha vida. Vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para me curar.
Medo da doença eu não tenho. Arranquei fora, estou tratando. O que mais posso fazer?
Chorar de raiva?
Não, pelo amor de Deus! Soltei um palavrão quando descobri que era maligno, e só.
Mas você é conhecido como chorão…
Chorei poucas vezes na minha vida, não vem com essa. [risos] Na quadra, é diferente. A intensidade do jogo é muito forte. Por isso, quando você ganha ou perde uma partida, o choro vem. Não tem jeito.
Além disso, agora que o próprio papa me abençoou, estou tranquilo. Se esse câncer não for curado assim, com tanta ajuda, não será nunca mais.
E como foi o encontro com Francisco?
Um mês antes de o papa vir ao Brasil, fui convidado pela Prefeitura do Rio para participar da cerimônia de bênção da bandeira olímpica.
Antes dela, algumas personalidades do esporte teriam a oportunidade de cumprimentá-lo. Perguntaram-me se tinha vontade de ir. Respondi que sim, obviamente, e pedi para levar minha família. Eles disseram que não haveria problema, afinal eu estava passando por um momento muito especial.
Durante o encontro não pensei nem um pouquinho no meu tumor. Fiquei emocionado só de ver Francisco assim, tão de perto.
A conversa foi boa?
Disse apenas que estava rezando por ele. E ele me respondeu: “Gracias”.
Para um católico, ser abençoado pelo papa é a maior emoção que se pode ter. Saí de lá me sentindo curado. Foi uma experiência muito bonita.
Imagine, ele é o argentino mais humilde que já conheci. Nunca pensei que teríamos um papa melhor que o João Paulo II. Veja só os riscos que ele corre ao andar por aí sem proteção. Acho que ganhamos uns 10% de católicos só com essa visita ao Brasil.
Esse apego à religião era grande assim no tempo de jogador?
Meu negócio era concentração. Você lembra quando o Ayrton Senna disse ter falado com Deus durante uma corrida? Então, também senti isso em quadra. Falei demais com ele.
Mas não é uma troca de palavras, é um estado de concentração máxima, e não acontece quando você quer, ele apenas chega. Parece que o jogo está em câmara lenta, tudo em volta fca em silêncio, e você está ali no meio comandando o jogo, sabe exatamente o que vai acontecer.
"Mão Santa é o caramba! É mão treinada!" (Foto: O Globo)
"Mão Santa é o caramba! É mão treinada!" (Foto: O Globo)
E aí despontava o Mão Santa, como você ficou conhecido pela excelência no arremesso de 3 pontos…
Mão Santa é o caramba! É mão treinada! Acho que ninguém treinou tanto quanto eu treinei. Você nunca pode achar que foi o suficiente, se parar, o negócio regride.
Além dos dois treinos por dia, dava mais 1.000 arremessos, sem folga nem nos fins de semana. Só saía da quadra depois de acertar vinte cestas seguidas. No total, acho que dava umas oito horas diárias de treino. Meus números, e minha taxa de acerto, foram fruto disso.
As pessoas vinham me falar: “Poxa, Oscar, você nasceu para jogar basquete, não é mesmo?”. Eu rebatia: “Que bom. Se tivesse nascido na época de Jesus Cristo, o que faria da vida?”.
Quem é o melhor que você viu jogar?
Tem quatro caras que considero fora de série: Michael Jordan, Magic Johnson, Kobe Bryant e, agora, o LeBron James. mas o meu ídolo, e por isso o jogador que considero o melhor de todos, é o Larry Bird. Ele não corria, não pulava e jogava mais que todo mundo. Era extraordinário. Meu estilo de jogo se parecia com o dele, por isso a admiração.
Ainda bem que em 1992, na Olimpíada de Barcelona, pudemos jogar um contra o outro. Não podia acabar minha carreira sem ter cruzado com o Larry em quadra. E é ele quem vai me apresentar no Hall da Fama.
O que você pensa sobre o Brasil sediar a Olimpíada de 2016?
Meu sonho era jogar uma Olimpíada no Brasil. Fiquei muito feliz quando fomos escolhidos. E, sinceramente, não acho que é essencial ter um projeto esportivo vitorioso para receber a Olimpíada. Se o Brasil souber organizar direito, como eu acho que vai, muitas coisas ficarão para sempre na nossa sociedade, como foi em Barcelona.
Aeroportos, transporte, segurança. As UPPs estão sendo instaladas muito por conta disso, para o Rio poder sediar a Copa e os Jogos Olímpicos. Se não tivéssemos a oportunidade de receber esses eventos, nada mudaria.
E quanto ao legado esportivo?
Posso falar? Vai ser pequeno. Pegue o basquete, por exemplo. Deveríamos ter um aumento de patrocínio para a modalidade, mas tivemos corte. O esporte volta depois de dezesseis anos à Olimpíada, como aconteceu em Londres, e os caras reduzem o patrocínio.
E aproveitam para pôr muito dinheiro público nas obras…
Mas aí é outra história. Se tudo ficasse dentro do orçamento, não teríamos esse problema. A questão é que o valor dobra, essa é a grande raiva. O Brasil vive hoje um momento único de manifestações muito por causa dos gastos públicos. Não são só os 20 centavos, como o pessoal diz, não é?
Ainda bem que o prefeito Fernando Haddad disse “não” ao aumento inicialmente. Isso fez o gigante acordar. Senti vontade de ir para a rua. Nunca se aprovou tanta coisa no Congresso quanto agora. A popularidade dos políticos despencou. Tem coisa pior para um político que o povo na rua cobrando? Tirando os vândalos que se aproveitaram para saquear, claro. Esses caras não estão se manifestando, e deveriam ser presos.
Você sairia novamente como candidato ao Senado (em 1998, Oscar se candidatou em São Paulo pelo antigo PPB, de Paulo Maluf)?
Queria ser presidente da República. Sou patriota, e tive minha chance, do Senado à Presidência é um pulo. Tive uma votação esplêndida e quase ganhei do Suplicy. Na época fiquei triste, mas hoje, sabendo como são as coisas, posso dizer que foi bom não ter sido eleito.
A única vez em que votei em uma pessoa honesta foi em mim. Quem tem algo a perder não entre nessa. É o que recomendo.
O poder vicia?
Qualquer perpetuação de poder é deplorável. O argumento do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, para permanecer no cargo é bom. Ele diz que nunca o esporte brasileiro teve tanto apoio ou tantas conquistas.
Tudo bem, mas é ele quem entra em quadra?
Não. A renovação é positiva. A democracia é assim. O jeito como está sendo feito no Brasil é uma ditadura, e isso cria um vício. Todos os presidentes de confederação querem ser como ele.
Se você soubesse como são feitas uma eleição de confederação ou uma aprovação de contas, ficaria de cabelo em pé.
Como são feitas?
Não vou dizer, porque senão vou preso. Alguém vai se levantar para contestar algo, correndo o risco de perder a boquinha?
O vôlei ser o segundo esporte do Brasil é uma vergonha. É o único país do mundo assim. Uma modalidade em que se joga oito meses do ano com a seleção. Todo ano tem Liga Mundial. É muito campeonato.
Brasileiro adora ver a seleção ganhar, por isso o vôlei foi crescendo, mas tiraram, desse jeito, um monte de jogadores do basquete, atletas altíssimos, com futuro, que foram para o vôlei.
"Tem muita coisa ruim no esporte. Vi pessoas se dopando .. VEja o caso do Lance Armstrong. Uma farsa total" (Foto: James Startt / AFP)
"Tem muita coisa ruim no esporte. Vi pessoas se dopando .. VEja o caso do Lance Armstrong. Uma farsa total" (Foto: James Startt / AFP)
O esporte, do ponto de vista de quem está fora das quadras, é agradável?
Sim, mas tem muita coisa ruim também, não é segredo. Vi pessoas se dopando no basquete, tomando substâncias para cavalo. A minha sorte é que no basquete não é melhor jogador aquele que se dopa. O cara ainda tem de meter a bola na cesta. Mas, em outros esportes, em que o desempenho físico exerce uma interferência maior no resultado, isso é uma vergonha.
Veja o caso do Lance Armstrong. Uma farsa total, E existem piores: aqueles que tomam furosemida para mascarar o doping, ou que perdem jogo de seleção de propósito. A seleção de basquete da Espanha perdeu para o Brasil em Londres para escolher adversário. Imagine isso na Copa do Mundo de futebol.
Vamos perder para Moçambique porque não queremos pegar a Argentina ou a Itália? Ser campeão mundial assim não vale.
O que representa sua entrada no Hall da Fama?
É uma emoção que se compara à que senti em Indianápolis. Na minha opinião, o Pan de 1987 foi a conquista mais importante do basquete brasileiro. De 1985 a 1988, tivemos a melhor fase da minha geração.
Ninguém acreditava na gente, nem mesmo o nosso time. Tínhamos um medo enorme de perder de mais de 50 pontos dos americanos. Pensávamos: “Como é que nós vamos ganhar dos caras na casa deles?”.
Ficamos três meses concentrados, fazendo amistosos contra outras equipes americanas antes da competição. Foi por isso que ganhamos, pois o treinamento é a parte mais decisiva do esporte. Todo 23 de agosto, dia da final, eu me lembro do Pan.
Ganhar o mundial Interclubes pelo Sírio foi bom, jogar uma partida profissional com meu filho, também, mas nada se iguala àquela vitória. Não se igualava, né? Agora, com o Hall da Fama, é outra história.

No país dos médicos importados, do presidiário Donadon e de Saboia


1
Acílio Lara Resende
Só alguém intrinsecamente cruel poderia discordar da contratação de médicos estrangeiros para servir, nas periferias das capitais ou em alguns dos nossos municípios, aos desprovidos até mesmo de um simples ato de caridade. Só um demagogo ou alguém totalmente alienado ou politicamente mal-intencionado (em qual dessas três categorias se encaixa o ex-presidente Lula?) poderia dizer que a saúde, no Brasil, é excelente, só merece aplausos. Só um idiota poderia afirmar que nossos médicos ou quaisquer outros dos nossos profissionais liberais são ética, científica e humanamente bem-formados.
Diga-se logo, porém, que nossos médicos, hoje na berlinda, não são os únicos responsáveis pelo estado crítico da nossa saúde. Não podemos nos esquecer de que somos um país sem esgoto – talvez o primeiro degrau da saúde, sobretudo pública – e sem educação. Saneamento básico e educação de qualidade (e igual para todos, ricos e pobres) dispensariam, com certeza, o programa posto agora em prática.
Mas qualquer um de nós, que vive na cidade, sabe da dificuldade para se consultar um médico em seu consultório, sobretudo um especialista, conveniado ou particular. No primeiro caso, a marcação de consulta imediata é seguramente impossível; no segundo, privilégio de poucos, não se conseguiria marcá-la com a urgência necessária.
HIPOCRATES
É claro que há profissionais, na sua maioria (pois não sou tão pessimista), que dignificam o exercício da medicina. Seriam incapazes de romper o juramento de Hipócrates que juraram respeitar.
Embora o médico Dráuzio Varella diga que o juramento está ultrapassado (mesmo atualizado, em 1948, pela Declaração de Genebra), há nele – e ele mesmo reconhece isso – valor filosófico e moral. Dráuzio está certo quando afirma que curar é finalidade secundária da medicina e que aliviar o sofrimento humano é sua finalidade primordial.
E é isso – atenção e alívio do sofrimento humano – que os doentes, em sua maioria, procuram desesperadamente na rede pública de saúde. E é isso que os médicos estrangeiros que chegaram poderão afinal dar aos brasileiros privados de tudo, apesar dos vícios ou dos defeitos do programa do governo. E um dos seus defeitos, além da dispensa do teste Revalida, é esse estranho amor que Lula e Dilma têm por um ditador que, há mais de 50 anos, escraviza o seu povo. Não se pode aceitar que Cuba surrupie dos médicos que nos enviou, além da liberdade de ir e vir, a maior parte do salário que deveriam receber.
Donadon. É inimaginável a manutenção do mandato de deputado do presidiário Natan Donadon. Com a condenação sofrida, perdeu o direito de votar e ser votado. O seu suplente já assumiu e ele não tem sequer salário. É, quem sabe, um ectoplasma. Espera-se que a anulação da votação na Câmara Federal, pelo ministro Luís Roberto Barroso, conduza seus coleguinhas a uma ação coletiva de profilaxia mental…
Saboia.O diplomata Eduardo Saboia pode, sim, ter jogado sua carreira no Itamaraty às traças, mas não tinha outro caminho a tomar, depois de 450 dias de insistência junto ao governo Dilma para que exigisse da Bolívia o respectivo salvo-conduto em favor do senador boliviano Pinto Molina, já, então, um asilado político. Diante dos riscos que só ele sabia quais eram e que medida tinham, agiu em defesa dos direitos humanos. Agiu em legítima defesa (dele e de terceiros). E se o senador morresse de doença ou fosse assassinado em “solo” brasileiro? (transcrito de O Tempo)

Um assassino beneficiado com a liberdade


Milton Corrêa da Costa
O jornalista Pimenta Neves matou, com dois tiros pelas costas, de forma fria e covarde, a ex-namorada, também jornalista, Sandra Gomide. O fato se deu no ano de 2000. Somente em 2011, após condenado a quinze anos de reclusão, foi para Penitenciária de Tremembé (São Paulo), onde deu início ao cumprimento da pena.
Ainda que tenha cometido homicídio doloso (com a intenção de matar), a benevolência da lei penal brasileira lhe concede agora, após 1/6 do cumprimento da pena, em razão do bom comportamento no cárcere, o benefício do regime semiaberto. Nos EUA poderia teria sido condenado à pena de morte ou à prisão perpétua.
Os pais da vítima envelheceram e adoeceram durante estes 13 anos. Uma recente reportagem de televisão mostrou o sofrimento deles. Certamente que agora, com a notícia que favorece o assassino, a dor ante a complacência da lei e a saudade da filha amada será ainda maior.
Este é o país cuja lei protege assassinos em detrimento dos direitos humanos de suas vítimas e de seus familiares enlutados. Aqui a vida humana pouco vale. Basta matar e ter bom comportamento no cárcere que a progressão do regime carcerário e a liberdade plena serão breves Ao que tudo indica, o crime compensa.

Exportação de médicos cubanos deu origem à ALBA (Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América)


Carlos Newton
Recordar é viver. Tudo começou na cidade de Havana, em 14 de dezembro de 2004, com um acordo entre Venezuela e Cuba, assinado pelos presidentes Hugo Chávez e Fidel Castro. Cuba precisava desesperadamente do petróleo venezuelano e não tinha como pagar. A exportação de médicos foi a solução. Cuba é o segundo país com maior número de médicos por habitantes. Só perde para o principado de Mônaco.
Inicialmente chamada de Alternativa Bolivariana para as Américas, a ALBA surgiu como uma plataforma de cooperação internacional baseada na ideia da integração social, política e econômica entre os países das Américas. Nada contra, é claro.
Em 29 de abril de  2006, a Bolívia (tendo Evo Morales como presidente) somou-se ao grupo, a partir do Tratado de Comércio dos Povos, termo que foi acrescentado ao nome oficial do bloco, que resultou na sigla ALBA-TCP.
Atualmente a ALBA-TCP é composta por oito países, e quatro deles possuem governos de cunho socialista. Além de Venezuela, Cuba e Bolívia, aderiram ao bloco: Nicarágua, Dominica, Equador, Antigua e Barbados, e São Vicente e Granadinas.
UM PROBLEMA FUTURO
Ninguém pode ser contra a contratação de médicos para municípios carentes. É uma questão de bom senso, caridade e sobrevivência. O que causa repulsa é a situação particular dos cubanos. Os médicos provenientes de outros países já chegaram com suas famílias, mas os cubanos têm de vir sozinhos, para que não peçam asilo político aqui.
Apesar desses “cuidados” do governo de Havana, alguns médicos e enfermeiros cubanos que “servem” na Venezuela não aguentaram mais, fugiram para os Estados Unidos e pediram asilo lá. Já noticiamos isso aqui no Blog, inclusive com os nomes deles e tudo o mais. Querem ser indenizados pela estatal venezuelana PDVSA, que trocava petróleo pelo trabalho deles.
É claro que essa situação vai se repetir aqui no Brasil. Não é preciso ser pitonisa para perceber isso. O governo brasileiro já avisou que não concederá asilo aos médicos. Mas os cubanos sabem que o regime castrista não conseguirá se manter indefinidamente nos moldes atuais. A exemplo do que aconteceu na União Soviética, terá de haver uma “Glasnost” (abertura), que possibilite uma “Perestroika” (restauração da economia), que aliás já começou. Muito timidamente, mas já começou.
Traduzindo: os médicos cubanos, que hoje representam uma solução, serão um problema futuro. Podem apostar.

Eles não estão nem aí


Murilo Rocha
A presidente da República, Dilma Rousseff, tem toda a razão de mostrar-se indignada com as ações de espionagem dos Estados Unidos sobre o governo brasileiro, incluindo aí a intromissão na privacidade da própria presidente. Ela está certa de exigir explicações formais, de contatar a Organização das Nações Unidas (ONU) e de cancelar uma visita agendada ao presidente Barack Obama. Tudo isso faz parte de um protocolo diplomático esperado diante das revelações de bisbilhotagem internacional.
Na prática, porém, o Palácio do Planalto sabe tratar-se de mera formalidade, um espernear inócuo, pois nada irá mudar. Obama pode até chegar a desculpar-se, mas as ações de inteligência e de espionagem de seu governo vão continuar trabalhando a todo vapor mundo afora. No caso do Brasil, como veio à tona, os norte-americanos têm especial interesse em informações sobre o pré-sal e nas relações próximas do país com a Venezuela, a Bolívia e o Irã – nações inimigas da Casa Branca.
Histórias de espionagem entre países não são novas, e a surpresa de autoridades brasileiras diante desse último episódio expôs a fragilidade do sistema de defesa a informações estratégicas do Brasil. Só agora o governo cogita o uso exclusivo de contas de e-mail próprio e o fim da troca de mensagens oficiais por meio de contas como a do Gmail, do Google. O Planalto também já decidiu o envio para o Congresso de uma legislação punitiva para empresas “colaboradoras” com a espionagem internacional. Podem até ajudar, mas essas medidas não irão coibir o ímpeto de países como os Estados Unidos.
JUSTIFICATIVAS
Sempre sob a alegação de ameaça à segurança interna e de leis antiterrorismo, norte-americanos, ingleses e outros aliados da política norte-americana vão fazer suas legislações prevalecerem em relações multilaterais. A diplomacia mundial também está subjugada à lei do mais forte.
Um bom exemplo disso é o caso de espionagem e contraespionagem envolvendo Cuba e os Estados Unidos na década de 90. A operação Vespa, narrada em detalhes e recheada de documentos oficiais e entrevistas com autoridades dos dois países no excelente livro “Os Últimos Soldados da Guerra Fria”, do jornalista Fernando Morais, dá a dimensão de como as relações internacionais são mediadas de forma desigual.
O livro conta a história de cinco cubanos presos nos EUA, desde 1998, por terem sido infiltrados por Havana junto com mais oito pessoas na Flórida, com o objetivo de descobrir e abortar planos terroristas contra Cuba financiados por dissidentes da ilha caribenha em solo norte-americano. Mesmo com o apelo de prêmios Nobel e de entidades como a Anistia Internacional, a Casa Branca se mostra irredutível em relação aos espiões cubanos. (transcrito de O Tempo)

10 truques para um dia de trabalho perfeito

Por  em 6 de setembro de 2013


Você quer tem sempre um grande dia no seu trabalho todos os dias? Não é tão difícil quanto 
você pensa.
Estes 10 ajustes para o seu comportamento diário irá garantir-lhe um dia não apenas agradável, mas permite que você faça mais do que imaginou ser possível.

#1. Comece com 15 minutos de pensamento positivo

É mais fácil alcançar e manter uma atitude positiva se você tem uma arsenal de pensamentos positivos em sua cabeça, para que você possa recorrer a eles se o dia não for como você quer.
Comece cada dia com a leitura de um livro inspirador para garantir que você tenha essa inspiração sempre à mão.

#2. Amarre seu trabalho com seus objetivos de vida

Lembre-se sempre que há sempre uma razão profunda porque você vai trabalhar e porque você escolheu o seu caminho atual.
Talvez seja para sustentar a sua família, para mudar o mundo de alguma forma, para ajudar os seus clientes, ou para fazer a diferença no mundo.
Seja qual for a motivação mais profunda, lembre-se que esse dia de trabalho – hoje – é a oportunidade de fazer parte desse algo maior e mais profundo.

#3. Aproveite seu trajeto com sabedoria

A maioria das pessoas perdem tempo no trajeto até o trabalho lendo notícias sem sentido, mandando SMS inúteis, ligações ou respondendo e-mails sem sentido.
Na verdade, o seu trajeto é o momento perfeito para que você se anime para o seu dia e não há nada melhor a fazer do que ouvir a música que lhe inspira e lhe deixa de bom humor.
Não dependa de um DJ. Faça sua própria playlist.

#4. Estampe um sorriso em seu rosto

É provável que, se você seguir as 3 primeiras dicas, você já esteja sorrindo e esteja energizado. Caso contrário, coloque um sorriso no rosto de qualquer maneira.
Não importa se você ache que ele seja falso. Pesquisas mostraram que até mesmo o mais falso dos sorrisos reduz o estresse e torna você mais feliz.
Isso não significa que você precisa sorrir como o Coringa, vilão do Batman, mas que você pode estampar um sorriso no rosto para exibir para a sua equipe de trabalho.
O sorriso tem o poder de mudar o clima do seu ambiente de trabalho.
O sorriso tem o poder de mudar o clima do seu ambiente de trabalho.

#5. Expresse um estado de espírito positivo

Quando a maioria das pessoas estão sendo mais sociáveis, perguntas como “como você está?”, ou “o que você está acontecendo?” podem ter respostas como “tudo bem”.
Esse tipo de coisa programa o seu cérebro para o fracasso.
Em vez disso, se alguém perguntar, responda sempre com algo positivo e entusiasmado como: “fantástico”, ou “eu estou tendo um dia maravilhoso”.
É verdade que algumas pessoas que vão se sentir incomodadas, mas essas são as pessoas que você deve evitar de qualquer maneira.

#6. Faça o que é importante em primeiro lugar

Todo mundo reclama de ter muito o que fazer, mas poucas pessoas fazem qualquer coisa a respeito.
Parafraseando Pareto, 20% de suas atividades vão produzir 80% de seus resultados. Então faça esses 20% primeiro para depois partir para os outros 80% restantes.
Você vai produzir mais e obter melhores resultados.

#7. Evite pessoas negativas

Se você estiver seguindo os passos até aqui, você provavelmente vai descobrir que as pessoas mais negativas ao seu redor estarão evitando você, enquanto as positivas vão querer estar ao seu lado.
Embora seja verdade que você não pode evitar todas as pessoas negativas, você pode encontrar sempre uma saída quando eles começam sempre queixando das coisas que não querem, ou não podem mudar.

#8. Não trabalhe por longas horas

Trabalhar consecutivamente por muitas horas não são uma má ideia. Por um lado, se no início do seu trabalho você tem uma explosão de produtividade, ficar trabalhando direto por muito tempo vai fazer com que você seja menos produtivo.
Intercale seu trabalho duro e demorado com algumas pausas para relaxar e se inspirar.

#9. Descontraia e relaxe

Uma vez que você organizou sua jornada de trabalho, preencha suas horas do dia com atividades de networking e outras atividades não relacionadas com o seu trabalho que ajudem a relaxar.
A analogia de recarregar as baterias é válida. Não ter tempo para relaxar e parar de pensar em garantias de trabalho vai fazer com que você acorde com uma ressaca de trabalho no dia seguinte.
Descanse e relaxe. Isso ajuda a você se preparar para o próximo dia.
Descanse e relaxe. Isso ajuda a você se preparar para o próximo dia.

#10. Termine seu dia com 15 minutos de gratidão

Exercitra a sua gratidão é a melhor maneira de ter certeza de que você está tendo mais sucesso.
Antes de se deitar, pegue seu computador, tablet ou diário e registre tudo que aconteceu durante o dia e que você pode ser grato.
Você vai dormir muito melhor e estar pronto para o dia seguinte, que provavelmente será ainda melhor que o dia de hoje.

Mas, e se…

Agora, sei que para alguns isso pode soar como um exagero. As pessoas podem até tentar essa abordagem e desistir.
Mas, antes de desistir, vamos responder algumas perguntas.

E se algo terrível acontecer durante o dia?

Você estará muito melhor preparado para lidar com os desafios do que se estivesse com o pensamento negativo – que é como a maioria das pessoas reagem aos problemas.

E se eu simplesmente tiver que lidar com pessoas negativas?

Sintonize a negatividade. Aprenda a minimizá-la. Se a negatividade torne-se um fardo, comece a usar a energia extra que você está produzindo para reorganizar as pessoas negativas ou encontre pessoas com comportamentos diferentes.

E se eu estiver deprimido?

Se for esse o caso, você pode precisar de ajuda profissional. Nenhum desses truques exigem mais tempo ou esforço do que ser miserável exige.

Será que essas dicas realmente funcionam?

Sim. Faça o teste e depois conte-nos a sua experiência aqui nos comentários.
___
Este artigo foi adaptado do original, “10 Tricks for a Fabulous Wrokday”, da Inc.

Autor

Enrico Cardoso – escreveu  posts no Jornal do Empreendedor.
Enrico Cardoso trabalha com storytelling para construção de marcas. Acredita que toda empresa tem uma única oportunidade de se transformar em uma grande marca: contando histórias.

UMA REPÚBLICA SEM NENHUM PUDOR, OAB SEM PUDOR, JUSTIÇA SEM PUDOR, ASSIM SE INSTALA UM ESTADO BOLIVIARIANO

sexta-feira, 6 de setembro de 2013


Letícia Mello e Mariana Fux
Vejam a foto das duas moças. São jovens mulheres, de pouco mais de 30 anos. Uma é Letícia Mello, a outra (a loira) é Mariana Fux. Esta última quer ser desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Todo mundo abre a boca para exaltar as grandes qualidades e conhecimento das leis da moça. É o caso de se perguntar: então, com tantas qualidades, por que Mariana Fux não enfrenta um concurso, como fazem os simples mortais, aqueles desprovidos de "NOME", de apadrinhamentos? Como vocês já viram, ela tem um poderosissimo apadrinhamento, é filha do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal. Já Letícia Mello, 37 anos, também tão exaltada por todos os lados, quer ser nomeada para o Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro. Ela é filha de ninguém menos do que o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal. Por que Letícia, com todas suas qualidades tão exaltadas, não enfrenta um concurso para entrar na carreira de juíza federal, e daí ascender até o Tribunal Regional Federal e, quem sabe, chegar até a cadeira hoje ocupada por seu pai? Não, ambas preferem o caminho dessa excrescência chamada "QUINTO CONSTITUCIONAL", que abre vagas para advogados (OAB) e promotores (MP) nas cortes brasileiras. Em ambos os casos das moçoilas tão talentosas, tudo depende da vontade da soberana bolivaria petista Dilma Rousseff. Se ela desembestar de querer impedir o salto tripo carpado de Mariana Fux, bastará pegar o telefone e dar uma ordem ao governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que comanda uma administração totalmente dependente do Palácio do Planalto. No caso de Letícia Mello, a dependência de sua nomeação é direta da caneta de Dilma Rousseff, sem qualquer interferência. Então agora já se está vendo como o instituto do "QUINTO CONSTITUCIONAL" serve para abastardar a vida da Justiça no Brasil. No julgamento do Mensalão do PT, temos visto o quanto o ministro Marco Aurélio Mello se esforça, recentemente, para acolher os embargos infringentes dos mensaleiros e levar o processo do Mensalão do PT para um novo julgamento. E tudo isso ocorre sob silência escandaloso da ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL e de todos os advogados brasileiros. Por um mínimo de pudor, conselhos da OAB deveriam ter evitado essas indicações, ainda mais no presente momento. Mas, é evidente que a OAB não está preocupada com um detalhe dessa dimensão, que prostitui a Justiça no Brasil. É assim que se contribui efetivamente para a consagração da REPÚBLICA BOLIVARIANA DO BRASIL. Perguntem como foi que os poderes judiciários da Venezuela e da Bolívia chegaram ao ponto atual, em que pouco diferem de uma casa de tolerância....