sábado, 13 de abril de 2013

charge do Sponholz



Esta charge do Sponholz foi feita originalmente para o

A terceira vida de Palocci Como tem operado o ex-ministro que depois de ser levado duas vezes ao ostracismo volta à cena política com a missão de aproximar o governo de empresários e banqueiros



Por Mário Simas Filho
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Logo depois do Carnaval, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu um recado de um diretor da Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – informando que diversos empresários estariam sendo seduzidos pelo discurso de um estado ágil, enxuto e menos intrometido apresentado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) em reuniões com pequenos grupos de industriais. Dias mais tarde, o ex-ministro José Dirceu relatou a Lula, durante um jantar em São Bernardo, uma crescente insatisfação do setor de logística com a gestão da presidenta Dilma Rousseff. Como conhece muito bem a força do empresariado em uma disputa presidencial, Lula resolveu trazer de volta ao tabuleiro um velho bombeiro, tarimbado na prática de apagar os incêndios que costumam colocar o setor produtivo e o PT em lados opostos: Antônio Palocci. 

Na primeira semana de março, o ex-ministro, que estava havia quase dois anos longe dos holofotes e raramente mantinha contatos políticos, atendeu ao chamado de Lula. Foi ao Instituto Cidadania, QG lulista em São Paulo, e, depois de conversar por quase três horas com o ex-presidente e dois assessores, aceitou o desafio de mais uma vez aparar arestas entre o partido e os empresários. Palocci passou a fazer semanalmente avaliações da política econômica – tarefa também realizada pelo economista Luiz Gonzaga Belluzzo – e a participar de encontros reservados com empresários e banqueiros. A maioria das reuniões ocorre sem a presença de Lula. “Assim como atuou durante a campanha em 2002, Palocci é uma espécie de avalista da política econômica de Dilma junto ao empresariado”, disse à ISTOÉ um dos assessores de Lula presentes no encontro no Instituto Cidadania. Desde aquele dia, a participação política de Palocci vem aumentando, ainda que só nos bastidores.

Em 25 de março, o ex-ministro participou ao lado de Lula de um evento fechado no hotel Mercury, em São Paulo, onde foram discutidas a política de juros e a questão do crescimento da inflação e seus possíveis reflexos para a eleição do próximo ano. Também estavam presentes os professores Marco Aurélio Garcia e Luiz Dulci. O objetivo do encontro era buscar uma linguagem comum para a defesa do governo Dilma junto ao empresariado. Outra missão foi dada a Palocci logo na primeira semana de abril. Na sexta-feira 5, um grupo de empresários ligados à indústria de base se reuniu com o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Na avaliação feita pelo governo o encontro foi péssimo e serviu apenas para que os empresários criticassem o governo e o que classificaram como “amarras impostas pelo estilo Dilma de administrar”. Na semana seguinte, Palocci entrou em campo. Por mais de três horas ele se reuniu com representantes da Abdib (Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústria de Base) para tentar aplacar o mal-estar. Segundo um dos presentes, durante o encontro Palocci chegou a adiantar a um grupo de empresários as medidas que o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, tomaria para investir no setor industrial ainda em 2013.
No início de abril, Palocci se encontrou com empresários 
da indústria de base para desfazer mal-estar do setor
como presidente do BC, Alexandre Tombini

No PT, as novas movimentações de Palocci foram inicialmente aplaudidas. O presidente nacional do partido, deputado Rui Falcão, chegou a participar de alguns encontros com o ex-ministro e tem ciência de que Palocci é o melhor interlocutor petista do governo com a iniciativa privada. O problema é que, com o aval de Lula, nas últimas semanas o ex-ministro passou a avançar em outras áreas, o que tem incomodado alguns setores do partido. “Ele é o único que pode em pouco tempo reaproximar os empresários do governo”, disse um dos assessores do Instituto Cidadania a um prefeito petista na segunda-feira 8. “Mas o Lula precisa delimitar o espaço, porque Palocci é um trator”, completou. Na quarta-feira 3, durante sete horas o ex-ministro esteve reunido com Falcão, Lula e a presidenta Dilma no hotel Unique, em São Paulo. Na pauta estava a sucessão estadual e dois possíveis candidatos ao governo paulista participaram de parte do encontro: Aloyzio Mercadante, ministro da Educação, Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo. De acordo com um dos presentes, durante a reunião Lula pediu abertamente sugestões a Palocci para iniciar uma estratégia capaz de atrair banqueiros para o projeto petista em São Paulo. Em uma conversa reservada, porém, o ex-presidente teria pedido ao ex-ministro que sondasse junto aos banqueiros qual dos pré-candidatos petistas seria aceito com maior entusiasmo. Em 2010, apenas 7% dos recursos da campanha de Dilma vieram dos grandes bancos. 

Essa é a terceira vez que Lula tira Palocci das fronteiras de Ribeirão Preto, no interior paulista, para lhe dar musculatura política e projeção nacional. Em 2002, quando a possibilidade de o ex-sindicalista chegar ao poder ainda assombrava as elites, Palocci foi um dos principais responsáveis pela carta aos brasileiros – documento que acalmou o empresariado, já que nela o PT e Lula se comprometiam a cumprir os contratos estabelecidos. Durante a campanha, o médico que militou em grupos de esquerda e que como prefeito promoveu uma gestão marcada pelas privatizações fez a interlocução com os empresários. No Ministério da Fazenda, Palocci conduziu uma política ortodoxa, impondo um arrocho capaz de fazer inveja a qualquer tucano. Era o homem mais poderoso da Esplanada dos Ministérios, mas caiu depois de flagrado em uma mansão de Brasília onde lobistas de Ribeirão Preto promoviam animadas festinhas. Para tentar se defender recorreu a um método pouco republicano: quebrou o sigilo bancário de um caseiro. Abatido, voltou para Ribeirão Preto e permaneceu na penumbra política até a eleição de 2010. Depois de escolher Dilma como candidata, Lula trouxe Palocci novamente à luz, para mais uma vez avalizar o PT junto à elite econômica e financeira. O sucesso da missão fez dele um poderoso ministro da Casa Civil e homem forte do governo. Em junho de 2011, menos de seis meses depois de retornar à corte, caiu novamente. Dessa vez por não conseguir explicar a multiplicação de seu patrimônio através de uma empresa privada de consultoria.

Com as novas atribuições, a empresa vem sendo tocada por um sobrinho do ex-ministro, André da Silva Palocci, e os negócios em Ribeirão Preto foram delegados a Galeno Amorim, um dos seus homens de confiança. De forma bem mais discreta do que as anteriores, Palocci parece estar pronto para agarrar a chance de começar uma terceira vida com dimensão nacional.

Colaborou Josie Jerônimo

Começou a onda de demissões Dispensas aumentam até 60% nos primeiros dias após a entrada em vigor da PEC das Domésticas. O Congresso já discute como desonerar os empregadores para que o custo de manter funcionários não pese tanto



Mariana Brugger e Wilson Aquino
"Albina, nem precisa trocar de roupa.” Foi assim que a doméstica carioca Albina Costa, 52 anos, foi recebida pelo patrão quando chegou para trabalhar na segunda-feira 1º, às 8h, como sempre fazia nos últimos oito anos. Na sequência, ele explicou: “Não posso mais te pagar por causa dessa nova lei.” Durante quase uma década, a profissional – que recebia R$ 802 e tinha carteira assinada – manteve a rotina de pegar ônibus e metrô de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, até o Flamengo, na zona sul. Cozinhava, lavava a roupa, arrumava a casa de quatro quartos e, às 15h, com o dever cumprido, fazia o percurso de volta. Agora, desempregada, se divide entre dois sentimentos: de um lado, acha que a chamada PEC das Domésticas, que estende à categoria os mesmos direitos já concedidos às outras desde a Constituição de 1988, trará benefícios. De outro, teme uma onda de dispensas, com razão. “A gente estima que o aumento de demissões chegou a 60% nessa primeira semana de lei”, afirma Luiza Batista Faria, presidente do Sindicato dos Empregados Domésticos de Pernambuco.
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Os números de Pernambuco impressionam: “Antes, fazíamos, no máximo, dez homologações diárias no sindicato. Nessa primeira semana em que a lei está valendo, chegamos a ter 25 rescisões de contrato num único dia”, afirma Luiza. Como a grande maioria das demissões de domésticas não passa pela entidade de classe, é impossível, neste momento, ter um número preciso da realidade nacional. Mas todos os sindicatos consultados pela reportagem de ISTOÉ acusam queda de empregos domésticos. “O normal eram duas, três dispensas por mês. Nos últimos 15 dias, foram dez”, atesta Neuza Alves Garcia de Almeida, presidente do Sindicato das Trabalhadoras Domésticas de Niterói, na região metropolitana do Rio. Em São Paulo, de cada dez empregadas que procuraram o sindicato regional na semana passada, duas tinham sido dispensadas. “Em dois ou três meses poderemos saber se a nova lei causou muito prejuízo ao segmento de empregados domésticos”, avalia Fernando Holanda Barbosa Filho, pesquisador da área de economia aplicada do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas. “Mas, com certeza, deve ocasionar mais informalidade.”
A desorientação e falta de entendimento por parte das famílias empregadoras repercute nos vários sindicatos dos empregadores domésticos. Em São Paulo, segundo a presidenta Margareth Galvão Carbinato, o número de atendimentos para informações pulou de dez para 50 por dia. “As patroas estão apavoradas”, diz ela. No Rio, saltou de 15 para uma média de 60. A advogada Evelyn Rosenzweig passou da fase do impacto para a ação. Fez os cálculos e decidiu dispensar o motorista. “A conta ficou alta para a família com a incorporação das horas extras”, justifica ela, que pagava R$ 1,7 mil por mês, mais benefícios. Se continuasse com o empregado, brevemente teria que fazer o recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), pagar adicional noturno e horas extras e indenização de 40% sobre o saldo do fundo em caso de dispensa sem justa causa. Agora, para o custo não pesar tanto no bolso dos empregadores, o Congresso discute como desonerá-los (leia quadro).
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"A conta ficou alta com a incorporação das horas extras"
Evelyn Rosenzweig, que demitiu o motorista e agora dirige o próprio carro
Para especialistas, a situação dos cuidadores de idosos é uma das mais complexas. De um lado, estão pessoas doentes e que vivem de aposentadoria. De outro, profissionais que trabalham 48 horas com 24 horas de descanso. “É a área mais delicada”, analisa o professor Claudio Considera, do Departamento de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF). O aposentado Clemente Augusto Alves, 76 anos, sabe disso. “Minha ‘maravilhosa loura linda’ – que é como ele chama a esposa, de 74, que tem Alzheimer – precisa de duas cuidadoras, que fazem rodízio. Como vou arcar com os custos novos? Como vou pagar 40% de multa se tiver que demitir?”, indaga.
O que pode parecer problema individual é, na verdade, nacional, uma vez que o Brasil terá a sexta maior população mundial de idosos em 2025. “A lei não levou isso em consideração. Não podia ser dessa maneira, tinha que ser feita com mais cuidado e com o olhar voltado para o futuro. É apavorante”, afirma Maria Aparecida Guimarães, presidente da Associação de Parentes e Amigos de Pessoas com Alzheimer, Doenças Similares e Idosos Dependentes (Apaz). De fato, as clínicas e casas de repouso já acusam um aumento de 50% na procura por vagas, o que mostra a intenção de familiares de transferir seus pais e avós para um asilo. “Desde a PEC, foi um estouro de telefonemas. Em números gerais, pode-se dizer que o aumento da procura foi de 50%”, disse Valdemir Lopes, diretor-executivo da Associação Brasileira das Casas de Repouso (Abracari). Esta é a nova realidade do Brasil.
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Colaborou Natália Mestre

FUTEBOL — O grande Gérson, o “Canhotinha de Ouro”: “Se pegassem os jogadores do passado e trouxessem para o condicionamento físico atual, os jogadores de hoje ficariam vendo a gente jogar”



Gerson em ação pela Seleção: "O Felipão está querendo fazer voltar aquele espírito do passado, de o jogador realmente querer atuar na Seleção. O orgulho de qualquer atleta deveria ser jogar pela Seleção, é o ápice da carreira" (Foto: A Gazeta Esportiva)
Entrevista concedida a Taísa Szabatura, publicada na revista Alfa
OS PASSOS PERFEITOS DE GÉRSON
Pelé, Garrincha, a Seleção de 70 e os polêmicos cigarros Vila Rica. Aos 71 anos, Gérson Oliveira Nunes, o Canhotinha de Ouro, diz que não tem arrependimentos. Apenas saudade do futebol-arte

Futebol pelo futebol não existe mais. Sou saudoso dessa época.
O lado empresarial venceu o futebol-arte. Hoje, um menino quando começa já tem um, dois ou até três empresários que querem levá-lo para fora do país. É outra realidade.
Minha mulher nunca foi a um estádio de futebol, nem as minhas filhas. Não tenho nada contra as mulheres que vão, não é machismo. Foi uma decisão nossa. Eu ia fazer o que tinha que fazer e voltava, como uma pessoa normal.
Na minha época, não tinha empresário. Meu procurador era o meu pai e, depois, o meu sogro.
No começo, não tive problema em jogar no Flamengo, mesmo torcendo pelo Fluminense. Eu sempre separei bem a minha profissão da minha vida particular. Família é uma coisa e trabalho é outra.
Eu era solteiro, ganhando um dos melhores salários do país. Iria sair por quê? Era interessante ir para a Europa e me ofereceram um negócio fora do comum, mas eu quis ficar.
O grande craque como comentarista da Rádio Globo do Rio (que trocou pela Bradesco Band no ano passado): "Nunca quis ser treinador, não tenho paciência" (Foto: O Globo)
O nosso treinamento era totalmente diferente do que é feito hoje. Naquela época, 80% era condição técnica e 20% condição física. Hoje é o contrário. Eu treinava muito os meus lançamentos. Antigamente, a gente não saía rápido do treino. Entrava cedo e saía tarde. Depois, lançar a bola no jogo se tornou fácil, devido ao treinamento. Eu fazia questão disso.
Não tem nenhum jogador atualmente que se assemelhe com o que eu jogava no passado. O Paulo Henrique Ganso, por exemplo, começou muito bem, mas infelizmente teve os problemas com contusões.
Se pudesse dar um conselho aos novos jogadores, seria: jogar mais do que atender a certos treinadores. Quando mandar dar pontapé, não dar, sabe? É saber jogar.
Não me arrependo de ter feito o comercial do cigarro Vila Rica.Faria tudo de novo. Fiz uma propaganda para um cigarro novo, todo mundo sabia que eu fumava e então fui convidado. Todo cigarro era igual, mas esse era mais barato. E a vantagem estava somente nisso. Daí um idiota qualquer modificou o sentido e disse que eu queria levar vantagem em tudo, criando a “lei de Gérson”.
Eu não fiz lei nenhuma. Não tem nada a ver. Foi levado para o lado pejorativo, e por isso me irrita. De vez em quando, um imbecil vira pra mim e fala da “lei de Gérson”, mas idiota sempre tem em qualquer lugar.
Parei de fumar porque quis há 30 anos, ninguém me incentivou. Não me arrependo de nada.
As duas melhores seleções que já existiram foram a Seleção de 1958, pelos talentos e pela individualidade, e a de 1970, pelo conjunto do time.
O Pelé e o Garrincha são os melhores. Até hoje, não consegui decidir quem é o melhor. Se pegassem os jogadores do passado e trouxessem para o condicionamento físico de hoje, sabe o que iria acontecer? Os jogadores de hoje ficariam vendo a gente jogar.
A fama sobe à cabeça. Os jogadores vêm da classe média e, de repente, estão com um bom carro e um salário astronômico. Eles não sabem administrar isso. A fama nunca me atrapalhou porque tive uma boa base.
O Neymar tem tudo aqui. Para que vai se aventurar tão novo pela Europa? Logo ele deve ir, mas, enquanto ele puder ficar ao lado dos pais e do filho, acho que ele tem toda a razão.
Na famosa - e polêmica - propaganda do cigarro Vila Rica, em 1976
Na famosa - e polêmica - propaganda do cigarro Vila Rica, em 1976, cujo slogan era: "Gosto de levar vantagem em tudo, certo?"
Hoje, os jogadores só valorizam a Seleção para terem um nome maior e, com isso, sair do Brasil. Tanto é que o Felipão está se pegando a isso agora, tentando voltar com aquele espírito do passado, de querer realmente jogar na Seleção. É a valorização da Seleção, e não só do profissional. O orgulho de qualquer atleta deveria ser entrar para a Seleção. É o ápice da carreira, e ainda se tornar campeão do mundo, imagina? Acima disso, não tem mais nada.
Treinador da seleção tem que ter know-how. Ele precisa ter feito alguma coisa na vida. Eu acho que o Felipão vai fazer um bom trabalho. Eu acredito na seleção.
O Dunga não foi um grande jogador e não foi um bom treinador.Daqui a dez anos, talvez, mas não poderiam nunca tê-lo colocado naquela oportunidade. Foi uma temeridade.
Nunca pensei em ser treinador de futebol, não tenho paciência.Recebi convites para treinar equipes, mas sempre quis ser radialista.
Eu não sei se as obras da Copa vão ficar prontas. Só sei que a cada dia se está pedindo cada vez mais dinheiro para isso. É uma vergonha este país. Não tem dinheiro para educação, saúde ou segurança.
Os desvios de dinheiro são revoltantes. O papo de que as obras vão trazer incentivos é conversa. É essa a política nojenta que temos neste país.
O Messi não vai ganhar nada no Brasil, a seleção da Argentina é muito fraca. Ele é muito bom jogador, mas nada que chegue perto do Garrincha, do Pelé e de tantos outros jogadores brasileiros e da própria Argentina. E não acho que ele vá superá-los.

Vejam aqui a propaganda que lhe rendeu a “lei de Gérson”:

O futuro do passado, por Miriam Leitão



Amanhã a Venezuela contrata um futuro difícil, qualquer que seja o resultado da eleição. O mais provável é a vitória de Nicolás Maduro para um novo período presidencial chavista. É o resultado da manipulação da emoção da morte do líder Hugo Chávez ao ponto do desatino. Ele foi apresentado como divindade. A oposição não teria, se ganhasse, a capacidade de suturar o tecido social do país.
A Venezuela vive uma divisão que só aumentou depois da morte de Hugo Chávez. Vem de erros políticos históricos, mas piorou pelo estilo de liderança escolhido por Chávez. Ele não fez a revolução que prometeu, mas aprofundou a clivagem entre os pobres, que são a clientela das suas políticas sociais paternalistas, e a classe média e elite do país.
O eleito terá que enfrentar um espantoso crescimento da criminalidade do país, que faz com que a Venezuela tenha se tornado um dos campeões na estatística de homicídios por 100 mil habitantes. A leniência com que Chávez tratou essa questão foi apenas um dos sintomas da sua inabilidade para as ações administrativas. Chávez dedicava seu tempo às ações de mobilização, como se estivesse eternamente em campanha.
Além disso, terá de enfrentar uma conjuntura econômica de inflação crescente. Já era alta e ainda está sendo elevada como efeito da forte desvalorização cambial. O desabastecimento que sempre houve no governo chavista, em alguns produtos, tem incomodado mais os consumidores. Nem a inflação, nem o desabastecimento devem melhorar a curto prazo. O país perdeu o melhor do boom do preço do petróleo que ocorreu durante os 14 anos de governo Hugo Chávez.
Maduro usou tudo o que pôde usar, ao arrepio das instituições, para se eleger. A Constituição estabelece que é o presidente da Assembleia que deve governar neste período até a eleição. Mas ele é que foi empossado. Assim, ficou no lugar privilegiado para a campanha, concedendo aumentos salariais e outras benesses no meio da disputa eleitoral. A institucionalização democrática é outro desafio que a Venezuela está longe de enfrentar. Lá, vale a máxima: se a regra não favorecer o grupo chavista é desrespeitada.
Se a oposição vencer —o que não é o mais provável — dificilmente terá resposta para tudo isso e para controlar as Forças Armadas, que hoje tutelam o governo chavista e querem mantê-lo no poder. Nos últimos dias, o candidato Henrique Capriles demonstrou força política e reduziu a diferença nas intenções de voto. Mas não o suficiente.
É muito difícil que o chavismo permaneça unido sem Chávez. Ficará nos primeiros tempos. Nos próximos anos vai se fracionar nas brigas internas para testar a liderança ainda incipiente de Nicolás Maduro. Nada será como antes, Maduro não é Chávez. Passado o período inicial, da força que vem das urnas, ele terá que acomodar os vários grupos de interesse no consórcio do poder para continuar governando.
A imprensa independente foi calada ou os grupos venderam as empresas, o que torna o debate político no país empobrecido para a dimensão dos desafios que o espera a partir de segunda-feira, quando um novo presidente estará oficialmente eleito.

Durante a campanha, Nicolás Maduro disse aos eleitores que se for para fazer “a vontade do nosso comandante”, os venezuelanos teriam que aprofundar as relações estratégicas com a China. O país tem emprestado muito dinheiro para a Venezuela, é natural que ele se volte para lá. O que não é natural é o Brasil continuar acreditando que haverá um bloco chamado Mercosul no qual a Venezuela entra para fortalecer. O país vizinho tem emergências que o Mercosul não consegue atender.

Reeleição a qualquer custo, por Rogério Furquim Werneck



Rogério Furquim Werneck
Pensando no imediatismo e na inconsequência que vêm marcando a condução da política econômica no país, por conta da precoce fixação do Planalto na reeleição, lembrei-me de uma passagem marcante de um livro que li há mais de 50 anos.
Sou da época em que crianças ainda liam Júlio Verne. Assim mesmo, com prenome aportuguesado, como o autor era conhecido por aqui. “A volta ao mundo em oitenta dias”, publicado em 1873, é um dos seus livros mais famosos. Conta as aventuras de Phileas Fogg, um solteirão inglês rico e excêntrico, que aposta com outros sócios de seu clube que poderia fazer uma viagem ao redor do mundo e retornar a Londres em apenas 80 dias. Bastam dois parágrafos curtos para situar, no enredo, o episódio de que me lembrei.
Fogg cruza a Europa e a Ásia, atravessa o Pacífico e segue, por trem, de San Francisco a Nova York. Mas não chega a tempo de embarcar no navio em que pretendia retornar à Inglaterra. E aí se vê em dificuldades. Os navios que estavam prontos para zarpar não eram suficientemente rápidos. Os que eram, não sairiam a tempo de Nova York.
Mas Fogg afinal descobre o Henrietta, um cargueiro que parecia adequado, prestes a partir vazio para Bordeaux. Era um navio típico do período de transição da navegação a vela para a vapor. Já tinha propulsão a vapor, mas ainda era dotado de velas. E, afora o casco de aço, a caldeira e a máquina a vapor, era todo de madeira.
Fogg embarca no Henrietta e consegue desviá-lo para a Inglaterra, graças a um motim por ele fomentado. Mas a travessia acaba tendo de ser feita em meio a uma tempestade. E logo fica claro que o estoque de carvão do navio, dimensionado para uma travessia calma de Nova York a Bordeaux, era insuficiente para a viagem a todo vapor, em mar revolto, que estava sendo empreendida.
É nesse ponto que vem o episódio que me veio à mente (capítulo 33, para quem se interessar). Com o carvão prestes a acabar, Fogg convence o capitão, a quem o navio pertencia, a lhe vender o Henrietta. E, para manter a pressão da caldeira, ordena que todas as partes em madeira do navio sejam desmanteladas e lançadas à fornalha. Quando, afinal, o Henrietta chega às Ilhas Britânicas, só lhe restam o casco, a caldeira e a máquina a vapor.
A ideia de um navio que vai sendo desmantelado para que seus pedaços sejam usados como combustível que o mantém em movimento propicia excelente metáfora para perceber com mais clareza o que hoje vem ocorrendo no país. Ajuda a realçar o que há de mais errado na forma inconsequente com que a presidente Dilma Rousseff vem tentando assegurar sua reeleição a todo custo, em frenético vale-tudo.
Não há espaço aqui para um balanço de tudo o que já foi desmantelado para avivar a fornalha da reeleição. Mas uma lista curta teria de incluir o controle da inflação, a credibilidade do Banco Central e previsibilidade da política fiscal.
Num quadro em que o dispêndio público continua a mostrar rápida expansão, já não se tem mais ideia do que será o resultado fiscal de 2013, deixado agora ao sabor de pacotes de desoneração anunciados de improviso, a cada mês, em desesperada tentativa de mascarar a inflação com medidas que implicam inflação mais alta no futuro.
Merecem ainda destaque o abandono cada vez mais escancarado da ideia de realismo tarifário — como bem ilustra a insistência na política de preços de derivados de petróleo — e a decisão populista de não repassar, aos consumidores, o custo mais alto da energia elétrica proveniente das térmicas. E há, também, outras conquistas valiosas, como a solidez dos bancos federais, sendo consumidas na fornalha da reeleição.
A inconsequência na gestão da Petrobras e do pré-sal não pode deixar de ser mencionada. Mas tem mais a ver com o vale-tudo anterior, que marcou a travessia do biênio eleitoral de 2009-2010.
Faltam hoje 560 dias para o segundo turno das eleições presidenciais. Uma travessia de 80 semanas. E ainda há muito o que queimar a bordo. Mas em que estado estará o nosso Henrietta no fim de outubro do ano que vem?

Rogério Furquim Werneck é economista e professor da PUC-Rio

Ministério Público luta para não perder o direito de fazer investigações



(da Agência Brasil)
Promotores e procuradores de São Paulo lançaram nesta sexta-feira um novo manifesto contra a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 37, que está em discussão no Congresso e propõe limitar o poder de investigação do Ministério Público.
ABr120413MCSP-3 Protestos do MP
“Já estamos fazendo essa campanha há cerca de um ano, buscando espaço para contribuir na formação de opinião da sociedade. Intensificamos agora porque vemos a proposta avançar. Nós pretendemos denunciar os riscos de uma proposta que, em vez de aperfeiçoar a investigação criminal, quer reduzir”, afirmou o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Elias Rosa.
Chamada de “PEC da Impunidade”, a PEC 37, proposta em 2011, restringe os poderes de investigação criminal às polícias civil e federal, impossibilitando a atuação de outros órgãos, como o Ministério Público.
“Esse trabalho não pode ficar concentrado nas mãos de um só setor, porque é uma concentração indevida de poderes. Na boa República, todos investigam”, afirmou Elias Rosa.
Segundo o presidente da Associação Paulista do Ministério Público, Felipe Locke Cavalcanti, se a proposta for aprovada, o Brasil será o quarto país do mundo a impedir a investigação por parte de promotores e procuradores. “Somente dois países na África e um na Ásia [limitam a ação do Ministério Público]. São países onde não há democracia”, disse.
Para Elias Rosa, a intenção da proposição da PEC é impedir a apuração de crimes contra a administração pública, crimes econômicos e abusos do Estado. “Eles querem impedir que uma instituição como o Ministério Público possa desempenhar na plenitude aquilo que a Constituição definiu”, disse.
Promotores e procuradores de outros Estados, como Rio de Janeiro, Paraná e Maranhão, também promoveram campanhas contra a proposta nos últimos dias.

Federalismo brasileiro em xeque: a dialética entre senhor e escravo



George Hilton (Deputado federal, líder da bancada do PRB)
Há muito, chamamos a atenção para nosso princípio federativo: a interdependência entre os Estados, os municípios e a União. O Plano Safra do Ministério da Pesca é exemplo de cooperação no qual o governo federal disponibiliza os recursos, desde que os Estados se habilitem.
E, quando da discussão dos royalties do petróleo, o federalismo ressurgiu na pauta do Congresso. E digo ressurgiu me reportando ao fim do império, quando o tema estava na agenda política. Na luta abolicionista, líderes como Tavares Bastos já cobravam a descentralização administrativa.
Naquela época, mesmo aparentando ser iguais, conservadores e liberais guardavam diferenças. Os primeiros acreditavam que o país precisava de um Executivo forte, centralizado na Corte, enquanto os liberais queriam o fortalecimento do Legislativo e mais autonomia para as províncias.
Ainda hoje, conservadores insistem em que há coisas que podem mudar e outras, não, principalmente nos costumes. Já nas políticas públicas, as ações de governança podem evoluir, pois o conhecimento cresce, e as ações de governo mudam. Mas não concordam que os entes federados estejam asfixiados, pela hipertrofia do Executivo.
Ora, pessoas moram no município, mas o grosso da carga tributária fica com a União. Quem atende ao público é o município, ficando as dívidas para as prefeituras.
Então, o resultado daquele embate, no império, se transformou no pior das duas visões: se antes a Corte ficava com o poder e a despesa, hoje, o nosso federalismo manteve o poder com a União e transferiu as despesas para Estados e municípios.
No Brasil, a síntese não deu certo, resultando em dívidas e não em avanços. Sobrou-nos a paródia da luta entre o senhor e o escravo: o Executivo deita medidas provisórias e controla o Orçamento aprovado pelo Legislativo, com municípios peregrinando à Corte para esmolar recursos.
Então, colocamo-nos a pensar: ou bem somos Estado unitário ou bem Federação! O que não pode é continuar com o pior desses modelos: ativos para o poder central, e encargos para Estados e municípios.
Nesse prisma, tem razão o governador Antonio Anastasia ao colocar que a Federação está doente; virou letra morta da Constituição, o que é corroborado pela população, que, desde o império, parece gostar de um governo centralizador.
Na República Velha, o Estado Novo de Vargas abortou o desenvolvimento da ideia de Federação, centralizando o poder na Corte, modelo seguido e aprofundado pelos governos militares e praticado ainda hoje.
Exemplo é o Ministério da Educação, que tem grande estrutura, mas a obrigação constitucional dos ensinos fundamental e médio é dos municípios e Estados.
Quem sabe, descentralizando-os o poder, deixemos de ser surpreendidos com a nota máxima da redação do Enem dada a receitas de miojo, quando o tema era imigração! Verdade é que, muitas vezes, o gigante deixa coisas importantes escaparem por entre os dedos.
O gigantismo da centralização produz paradoxos, como relatou o senador Francisco Dornelles ao afirmar que, no Rio de Janeiro, a União arrecadara R$ 119 bilhões, mas devolvera apenas R$ 600 milhões, via Fundo de Participação dos Estados, o equivalente a 0,5%.
Daí, compreendermos a guerra judicial em torno dos royalties do petróleo. Se tivéssemos uma Federação verdadeira, não teríamos uma guerra fiscal tão impetuosa, que elimina a cooperação entre os entes e faz lembrar o mau sentido da dialética do senhor e do escravo.

A balbúrdia dos aeroportos brasileiros



Sandra Starling (O Tempo)
Não sei qual é a melhor maneira de começar este artigo: faço uma pergunta ou coloco, de cara, uma afirmação? Vou pela primeira: será que os milhões de brasileiros e brasileiras que hoje – felizmente – podem usufruir das benesses de andar de avião acreditam que tudo tenha sido sempre essa bagunça toda? Filas intermináveis para os banheiros de senhoras, onde dá de tudo: criancinha de colo, papagaio, avó, mães desesperadas arrastando meninos e meninas pelas mãos, mulheres quase… deixa pra lá. De minha parte, há muito resolvi o problema: ou vou ao banheiro dos portadores de deficiência ou peço ajuda a um sempre gentil cavalheiro por perto e entro mesmo no banheiro dos homens. Porque nem sempre dá pra esperar.
Para não ter saudades do tempo em que se fazia baldeação entre Belo Horizonte e Diamantina, levo pequena matula. Só me assento no corredor para ter como sair sem pisar no vizinho e, com esse macete, ainda estico as pernas um bocadinho, assim meio de lado. Em certa vez, precisei, educadamente, pedir ao passageiro da frente que não reclinasse a poltrona, porque eu não queria ninguém deitado no meu colo.
Por essas e outras, já ando pensando onde ficarei na Copa do Mundo. Com três lares que possuo atualmente – sempre zanzando para estar ora com o marido, ora com dois filhos e três netas, ora voando até Boston para visitar outra filha e dois netos – preciso me arranchar nalgum desses pousos porque nesse grande evento que nos espera, aí, com certeza, o inferno será mesmo em uma das cidades que vão sediar os jogos. Acho que vou mesmo me esconder em Santa Luzia, lá no meio do mato, sozinha…
PACIÊNCIA DE JÓ…
Quanto à afirmativa com a qual poderia abrir meu texto de hoje, haja Jó para ter paciência quando o voo é internacional e por companhia aérea parceira de alguma conterrânea! Aí o bicho pega. Se for, então, usando milhagens, são necessárias, além da ajuda de Jó, umas boas doses daqueles calmantes que te deixam meio zumbi. Dia ainda há de chegar em que vamos poder tomar anestesia geral para aguentar a balbúrdia dos aeroportos brasileiros…
E a falta de educação com que somos tratados, mesmo nós que já ostentamos tudo aquilo cantado e decantado como marcas da “melhor idade”: rugas a perder de vista, cabelo pra lá de prateado, passos não muito firmes mais, mãos algo trêmulas. Não somos poupados: pelo contrário, sobre nós ainda recai aquele sorriso meio zombeteiro de quem desconfia que esquecemos algo ou não escutamos direitinho o que, amavelmente, nos disseram pelo telefone, no qual aguardamos ouvindo Vivaldi e a repetição enfadonha do recado de voz maviosa “um minutinho mais e já iremos atendê-lo, estamos aqui para servi-lo”.
Pois é, amigo leitor, preparei-me para viajar à Europa, presente de aniversário do marido, e cá estou ainda hoje em meio a 500 telefonemas da agente de viagens, esperando em Deus que tudo dê certo e que logo estejamos pousando suavemente na terra dos nossos avozinhos portugueses.
Que Deus nos ajude!

Festa de aniversário de Fux será um evento patético, uma data para ser esquecida



Carlos Newton
Não se fala em outra coisa nos meios jurídicos. No próximo dia 26, o ministro Luiz Fux ia celebrar seu aniversário de 60 anos e programou uma megafesta, a se realizar na casa do advogado milionário Sérgio Bermudes, no Rio, com centenas de convidados, demonstrando que Fux pouco se importou sobre as críticas do presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, às relações perigosas entre magistrados e advogados. Mas a repercussão foi tão negativa que ele teve de cancelar a comemoração.
 Feliz aniversário…
E todos os que se julgam importantes na Justiça queriam receber convites para a festa. De acordo com o jornal “Folha de S. Paulo”, entre os convidados estavam todos os 180 desembargadores do Tribunal de Justiça fluminense, o governador Sérgio Cabral e o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), além de todos os ministros do Supremo Tribunal Federal.
Mas o goverrnador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), se apressou em desmentir ter sido convidado. E o prefeito Eduardo Paes (PMDB) fez o mesmo. De uma hora para outra, depois da denúncia de José Dirceu sobre um acordo com Fux, a proximidade com o ministro do Supremo passou a ser vista como negativa.
SEM IMAGEM
No caso de Sérgio Cabral, ao negar o convite, diga-se que o governador tenta preservar sua imagem, embora isso seja impossível. Corrupto, preguiçoso e incompetente, Cabral já não tem imagem alguma. Ele se tornou um vampiro do povo, que diante do espelho não consegue se ver.
Mas a verdade é que a filha do ministro, Mariana Fux, trabalha como advogada do escritório de Sérgio Bermudes e disputa uma indicação para o Tribunal de Justiça do Rio pelo chamado quinto constitucional, na vaga reservada à Ordem dos Advogados do Brasil,  e Fux está fazendo lobby por ela.
A seleção começa com uma lista de seis advogados, enviada para a apreciação dos desembargadores em atividade. Eles selecionam três dos candidatos, dentre os quais o governador Cabral escolherá o vencedor. Mais do que depressa, Cabral negou ter conhecimento sobre uma possível articulação visando à nomeação da filha do ministro para  desembargadora.
“Eu nunca ouvi falar disso. A mim, nunca chegou esse assunto”, disse o governador. “Agora, que ela é uma advogada brilhante e respeitada, ela é. Conheço ela do escritório do Sérgio Bermudes. Conheço ela como advogada”, tentou justificar Cabral, que, como Paes, agora nega ter sido convidado para a festa.
Tudo isso demonstra o grau de apodrecimento da Justiça brasileira, que não é diferente do Executivo e do Legislativo. São três Podres Poderes, na expressão genial de Caetano Veloso. E como dizia Erasmo carlos, vejam só que festa de arromba.

CHARGE DO AROEIRA



Esta charge do Aroeira foi feita originalmente para o

MAS QUE URTICÁRIA QUE NADA!



Giulio Sanmartini
O jornalista Cláudio Humberto, em sua  coluna  de ontem (12/4), escreve sobre a aversão que a presidente Dilma Rousseff, nutre pelo presidente da Confederação Brasileira de Futebol – CBF, José Maria Marin: jose maria marin“A presidenta Dilma sabe que não pode meter o bedelho nesse assunto, por se tratar de entidade privada, mas tem um candidato preferido para assumir a presidência da (CBF): Leonardo, craque aposentado da seleção brasileira e atual dirigente de uma das maiores forças do futebol francês, Paris Saint Germain (PSG). Ela quer ver José Maria Marin fora da CBF o mais rápido possível”.
E conclui: “Dilma sente urticária quando lembra que terá de conviver com o atual chefe da CBF em eventos das copas das Confederações e do Mundo”.na precheca copy
Me permito discordar dessa última afirmativa de Cláudio, pois para quem abraçou, sem um mínimo  esgar de asco Lula, Antonio Palocci, Joosé Dirceu, Hugo Chávez, José Sarney e Erenice Guerra (fotomontagem). Ficar ao lado de Marin pode no máximo, causar-lhe um pequeno comichão.

eric clapton - nobody knows u when u're down and (unplugged)


Se você preza pela qualidade da sua saúde, elimine esses 9 produtos da sua dieta porque eles estão arruinando a sua saúde



Com tanta desinformação por aí sobre alimentos e como sobre eles alimentam a saúde humana, fazer escolhas alimentares saudáveis para a sua saúde e saúde da sua família pode ser um desafio.
Há uma série de alimentos específicos, no entanto, que você vai querer evitar a todo custo por não colocar a sua saúde em risco.
Aqui estão 9 alimentos que o Jornal do Empreendedor selecionou e que você nunca deve comer de novo se você se preocupa com a sua saúde a longo prazo.

#1. Pão branco e farinhas refinadas

Por definição o pão branco e as farinhas refinadas, em geral, são tóxicos para o seu corpo porque foram retirados deles todas as vitaminas, minerais, fibras e outros minerais importantes.
Devido a isso, o corpo não sabe a maneira correta de digeri-los e assimilar esses alimentos, o que pode levar a alguns problemas de saúde.
A farinha branca também foi refinada com cloro e brometo, 2 produtos químicos venenosos que têm sido associados a causar danos à tireoide e outros órgãos.

#2. Pipoca de microondas

Este alimento processado é o favorito entre os cinéfilos, mas é um dos alimentos menos saudáveis que você pode comer.
Praticamente todos os componentes da pipoca de microondas fazem mal, desde os grãos geneticamente modificados de milho, sal processado e produtos químicos utilizados para conservar o seu sabor.
Isso é uma promoção às doenças. Em cima disso, a pipoca de microondas contém uma substância química conhecida como diacetil que pode realmente destruir seus pulmões.
Se você gosta de pipoca, você pode fazê-la com grãos orgânicos e ingredientes saudáveis como o óleo de coco, manteiga e sal orgânico.
Praticamente todos os componentes da pipoca de microondas fazem mal, desde os grãos geneticamente modificados de milho, sal processado e produtos químicos utilizados para conservar o seu sabor.
Praticamente todos os componentes da pipoca de microondas fazem mal, desde os grãos geneticamente modificados de milho, sal processado e produtos químicos utilizados para conservar o seu sabor.

#3. Arroz branco

Como o pão branco, o arroz branco tem sido despojado da maioria de seus nutrientes e separado do farelo e o gérmen, 2 componentes naturais que compõem o arroz em sua forma marrom.
Mesmo os chamados arroz fortificado é nutricionalmente deficiente, uma vez que nosso corpo ainda processa este alimento muito diferente da maneira em que processa o arroz integral, que é absorvido mais lentamente e não causa o mesmo aumento de açúcar  no sangue branco como o arroz branco faz.

#4. Refeições congeladas

As refeições preparadas são carregadas de conservantes, sal processado, óleos hidrogenados e outros ingredientes artificiais, para não mencionar o fato de que as refeições congeladas foram fortemente pré-cozidas, tornando seu conteúdo de nutriente sem eficiência nenhuma.
Com a exceção de algumas refeições verdadeiramente saudáveis de algumas marcas, as refeições congeladas são praticamente uma doença em uma doença vendida em uma caixa.
Portanto, evite-as em favor de alimentos frescos.

#5. Alimentos que contém nitratos e nitritos

Salsicha de hot-dog, bacon e muitas outras carnes embutidas vendidas no supermercado são muitas vezes carregados com nitrito de sódio e conservantes químicos que têm sido associados a causarem doenças cardíacas e câncer.
Procure ingerir carne de verdade, livre desses componentes, e de preferência aqueles que são criados organicamente, com capim.

#6. Barras de proteínas

Pela forma como eles são muitas vezes vendidas, pode parecer que esses produtos sejam uma fonte de saúde.
Mas, esses substitutos de refeições contêm proteína de soja processada, açúcar refinado, gordura hidrogenada e outros aditivos prejudiciais que trazem doenças crônicas.

#7. Margarina

Escondido com todos os tipos de alimentos processados, óleo e gordura trans hidrogenada, a margarina é algo que você vai querer evitar a todo custo para a sua saúde.
Ao contrário da crença popular, a manteiga e as gorduras saturadas em geral, não são insalubres, especialmente quando são derivados de animais de pasto, que se alimentam de capim, ao invés de milho e soja.
E se os alimentos à base de gorduras não servem para você, fique com o azeite extra-virgem ou óleo de coco, ao invés da margarina.
A margarina é algo que você vai querer evitar a todo custo para a sua saúde.
A margarina é algo que você vai querer evitar a todo custo para a sua saúde.

#8. Leite e derivados de soja

Uma das maiores fraudes de saúde de todos os tempos modernos, a mania da soja é uma mania que você vai querer passar.
Além do fato de que quase todos os seus ingredientes não são orgânicos, a maioria dos aditivos de soja são processados utilizando hexano, um produto químico que está ligado a defeitos do nascimento, causando problemas reprodutivos e cancro.
A soja que não foi fermentada também é altamente estrogênica e pode jogar seu equilíbrio hormonal para níveis altamente anormais.

#9. Produtos dietéticos

Muitos dos produtos chamados “dietéticos” no mercado hoje contém adoçantes artificiais como o aspartame e a sucralose, ambos dos quais estão ligados a causar danos neurológicos, problemas gastrointestinais e perturbações do sistema endócrino.
Muitos produtos dietéticos também contém agentes químicos adicionando aromatizantes para substituir a gordura e outros componentes naturais que foram removidos para diminuir artificialmente o número de calorias.
Em vez disso, fique com os alimentos que estejam mais próximos possível de sua forma in natura, incluindo os alimentos ricos em gordura, cultivados de maneiras naturais.
O seu corpo vai responder surpreendentemente bem a eles.
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Este artigo foi adaptado do original, “Nine foods you should ever eat again”, do NaturalNews.

Autor

Enrico Cardoso – escreveu  posts no Jornal do Empreendedor.
Enrico Cardoso trabalha com storytelling para construção de marcas. Acredita que toda empresa tem uma única oportunidade de se transformar em uma grande marca: contando histórias.

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