segunda-feira, 1 de abril de 2013

Mercado imobiliário - Pequenos notáveis


Publicação: 17/03/2013 12:08 Atualização:
O mercado imobiliário, assim como outros setores da economia, é um reflexo da sociedade, na qual os costumes influenciam sobremaneira a criação dos produtos. Por essa razão, existe uma mutação constante na concepção dos imóveis, que podem significar grandes mudanças, como foi o caso da migração das famílias das casas para os apartamentos, ou alterações de concepção, como o desaparecimento do quarto de empregada nos apartamentos de menor área.

Um fenômeno observado em pesquisa realizada entre 2007 e 2012 em São Paulo foi a redução da área média das residências em quase 30%, passando de 102,30m2 para 72,80m2, o que resultou na inversa proporcionalidade quanto ao valor, que saltou de R$ 328 mil para R$ 521 mil, ou R$ 3.206/m2 para R$ 7.156/m2, aumento nominal de 123%.

Essa análise, quando ponderada em relação aos custos da construção civil, medidos pelo índice CUB (Custo Unitário Básico), publicado mensalmente pelos Sinduscon’s, demonstra que ocorreu uma estabilidade entre 2007 e 2009, quando os valores deram um salto em 2010 e 2011. Eles voltaram a se estabilizar em 2012, não obstante ter registrado aumento real de 54% no período.

A explicação para o fenômeno, além do notório incremento dos preços, se deve à alteração do padrão de oferta nas grandes cidades. Houve uma significativa elevação no lançamento de unidades com até dois dormitórios, o que fez inverter a participação percentual no mercado, que em 2007 representavam 33,80% das unidades lançadas. Em 2012 essa porcentagem passou para 67,30%.

Esse fenômeno se reflete também nas ações de marketing, uma vez que esse tipo de imóvel não era bem-visto no mercado, sendo denominado, de forma pejorativa, de quitinete. Porém, com esse incremento, que se reflete no padrão de acabamento, é agora denominado de loft, smart apartamento, estúdio ou compacto de luxo, o que o torna sinônimo de luxo. Isso se reflete no padrão de acabamento e nas facilidades disponibilizadas ao adquirente, que passam por varanda gourmet, lavabo e minilavanderia, na unidade privativa, e uma gama de serviços nas áreas comuns, como salão de festas na cobertura, academia de ginástica de uma grande rede, restaurante, piscina aquecida e sauna.

perfil da demanda por esse tipo de imóvel tem atraído o comprador de elevado padrão, que não abre mão das condições de vida anteriores. Ele é formado por pessoas transferidas para outras cidades por motivos profissionais, estudantes de fora, casais sem filhos, divorciados e idosos, além de investidores institucionais, que apostam na demanda como forma de auferir renda superior aos tradicionais residenciais.

Corretor de Imóveis – Antes de vender descubra o que o cliente quer


O corretor de imóveis de sucesso não é aquele que tem mais imóveis, participa de muitos plantões, atende vários clientes ou anuncia nos melhores portais. Mas sim o que consegue entender melhor seus clientes.
Para conseguir ter sucesso nesse mercado tão competitivo é necessário que você conheça o que os seus clientes desejam de um imóvel e qual seu interesse para poder direcionar sua negociação conforme essas necessidades.
Muitos corretores de imóveis se enganam ao apostar todas suas fichas em correr atrás de vários clientes ao mesmo tempo sem dar a devida atenção aos desejos dos seus clientes, o que tenho percebido entre os novos corretores principalmente nos plantões de vendas é que a maioria dos profissionais somente se preocupa em apenas atender o maior numero de clientes, e quando pegam um cliente em potencial acabam perdendo o cliente por focar a venda naquele empreendimento sem saber antes se aquele empreendimento atende as reais necessidades do cliente.
Separamos algumas dicas para ajuda-lo a descobrir o real interesse dos seus clientes
Faça o cliente falar
Essa é a melhor forma de analisar o cliente em um primeiro contato, o corretor de imóveis precisa obter o maior numero de informações do cliente e entender quais suas expectativas para o novo imóvel. Isso é possível fazer através de uma conversa onde o corretor pode fazer perguntas fechadas, que são aquelas que fazem o cliente falar.
Observe a sua real intenção de compra
Após descobrir o que o cliente procura o corretor tem que focar no real interesse de compra, para chegar a esse ponto o corretor deve observar o comportamento do cliente. Veja se ele faz perguntas, quer saber mais detalhes do imóvel, ou as formas de pagamento. Esses costumam ser excelentes sinais
Descubra que decide a compra
Essa regra aprendi durante meus tempos de vendedor de Enciclopédia Barsa. Nunca tente fechar a venda sem antes saber se o cliente decide sozinho ou precisa consultar alguém, pois você pode fazer a melhor venda do mundo e quando o cliente chegar em casa a pessoa que realmente ajuda nas decisões desmotivar seus cliente e sua venda ir por agua abaixo. Se perceber que o cliente não decide sozinho tente marcar outra reunião ou uma visita com todas as partes juntas.
Seja prestativo
Quando você mostra vontade de ajudar seus clientes, sem interesse em ganhar alguma coisa em troca imediatamente, é muito mais fácil conquistar as pessoas e saber o que elas realmente querem. Clientes tendem a ser mais sinceros quando eles sentem que os vendedores não estão tentando agradar simplesmente para conseguir uma venda, mas quando percebem que o bom atendimento é uma prática constante naquele profissional.
Boas Vendas!
Fonte: Rony de lima meneses,

Mercado imobiliário: Tecnologia em expansão no setor



Cada vez mais, negócios começarão e terão a internet como grande parceira
Os negócios no mercado imobiliário, sem dúvida, mudaram nas últimas décadas. Não que o contato humano, o "olho no olho" para fechar um acordo, esteja no fim, mas, cada vez mais, o setor tem se válido da tecnologia para uma grande ajuda antes do momento final, o da assinatura do contrato.
Em 2013 essa deve ser uma tendência ainda maior. Segundo especialistas, as novas tecnologias, principalmente os sistemas móveis de comunicação, impulsionarão, ainda mais,  o setor e serão ferramentas usadas por todas as pontas, sejam os consumidores, sejam as empreendedores e vendedores.
Não há, hoje, independentemente do tamanho, construtora ou imobiliária sem um site de apresentação. Essas empresas também usam diversos parceiros para auxiliar nesses negócios, como os portais do mercado. Nesse cenário, os portais do Grupo SP Imóvel (ZN ImóvelZL ImóvelZO ImóvelZS ImóvelABC Imóvel e Litoral SP Imóvel) são exemplos dessa parceria.
Como, hoje em dia, o acesso à internet, via mobile, é cada vez mais comum, via celulares e tablets, o recurso passou a ser uma ferramenta importante. Cabe a todos entender melhor como usá-lo e tirar o melhor proveito disso.
Para se ter ideia, segundo pesquisa do Google, juntamente com a Ipsos, hoje 73% das pessoas não saem de casa sem seu smartphone. E eles são usados em todos os lugares. E mais, 16% do público entrevistado usa seu dispositivo móvel para obter informações sobre apartamentos e/ou moradias. Ou seja, saber como aproveitar essa exposição será primordial para o sucesso de qualquer ação de venda.
Este ano, com os avanços de tecnologia e com a internet no Brasil cada vez melhor, a tendência é ainda maior que os negócios sejam iniciados por pesquisas nesses caminhos. Ganha quem se adaptar o mais rápido possível, ou se juntar com quem tem todo o instrumental, como com os portais já estabelecidos e conhecidos das empresas e dos consumidores.
Enfim, o futuro dos negócios já chegou ao mercado imobiliário e essa deve ser a tônica para este e os próximos anos.

CHARGE DO THIAGO RECCHIA


Imobiliárias do DF sofrerão fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego



A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, órgão do MTE, está procedendo em Brasília a uma ampla fiscalização que resultará num completo raio X referente as relações de trabalho entre os corretores de imóveis e as empresas imobiliárias, especialmente no tocante a questão do vínculo empregatício.

A fiscalização ora em curso no DF tem alcance nacional e foi fruto de uma determinação da Casa Civil da Presidência da República à Secretaria de Inspeção do Trabalho, que o repassou às Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego de todo o Brasil, e foi motivado pela denúncia de uma corretora de imóveis alagoana (mantida em sigilo) em relação às condições de trabalho oferecidas pelas empresas imobiliárias em Maceió.

Desta fiscalização em Maceió originou-se um relatório, assinado pelo Auditor Fiscal do Trabalho Glauco Nogueira Bezerra, no qual, em suas palavras, desvenda relações de trabalho encontradas como primitivas, desumanas e, na maior parte dos casos, inadequadas.

Em face da situação encontrada, Glauco Bezerra concluiu em seu relatório: “... Embora no mundo do direito não seja prudente falar em situações absolutas, depois de tudo que foi explicado sobre a lógica do mercado imobiliário e da sistemática de funcionamento das imobiliárias, podemos dizer que não há como conceber que uma imobiliária funcione com corretores autônomos. Diante do exposto, concluímos com a mais absoluta convicção que o CORRETOR DE IMÓVEIS VINCULADO À IMOBILIÁRIA É EMPREGADO!", garantiu o Auditor Fiscal.

No DF, a fiscalização está a cargo do Auditor Fiscal do Trabalho André Grandizone que, a princípio, se diz alinhado com as conclusões de seu colega de Alagoas, Glauco Bezerra.

“O problema maior é que já há um hábito, nacionalmente unificado, de se tratar a questão como trabalho autônomo, quando na verdade ela configura vínculo de empregatício. A maioria das empresas atua desta forma. A nossa esperança é que com a crescente divulgação do assunto, com a conclusão do primeiro relatório, as pessoas entendam que é melhor se antecipar à fiscalização e buscar a correção de rumos. Seria algo assim como um trabalho profilático. Para agilizar este processo, vou tentar, através das entidades de classe, marcar uma reunião com os agentes do mercado do DF para tratar desta questão”, explicou Grandizone.

Em recente encontro com presidentes dos Sindicatos dos Corretores de Imóveis de todo o Brasil, ocorrido em Brasília, o presidente da Fesecovi (Federação Nacional dos Sindicatos da Habitação), Sérgio Porto, afirmou que a realidade do mercado imobiliário nacional em relação ao tema do seminário é indiscutível e já perdura há bastante tempo. “A solução tem que ser buscada com a participação dos sindicatos laborais e patronais”, ponderou Porto. A discussão está na mesa!

COMENTÁRIO Gratos ao pastor Feliciano, por Ricardo Noblat


Ricardo Noblat - 
1.4.2013
 | 8h00m

Comunicado público: Henrique Eduardo Alves, presidente da Câmara dos Deputados, e Renan Calheiros, presidente do Senado, agradecem de coração ao pastor Marco Feliciano o seu desempenho como presidente recém-eleito da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
E se oferecem para ajudá-lo a se manter no cargo se essa for sua vontade, como parece. Na esperança de que seja, despedem-se felizes e aliviados.

Henrique e Renan em débito com o pastor Feliciano

Cadê o movimento que recolheu mais de uma milhão e meio de assinaturas pedindo o afastamento de Renan (PMDB-AL) da presidência do Senado por falta de decoro? Esgotou-se?
Sua única finalidade era amealhar as assinaturas? Não se ouvirá mais falar dele nas redes sociais? Nem do alvo de sua sanha? Justificável sanha, por sinal! Alvo bem escolhido.
Como pode voltar à presidência do Senado alguém que renunciou a ela para não ser cassado?
Descobriu-se que um lobista de empreiteira pagava as despesas de uma ex-amante de Renan, e mãe de uma filha dele. Renan alegou que o pagamento era feito com o seu dinheiro.
Descobriu-se mais tarde que ele forjou documentos para justificar um patrimônio que não tinha.
O procurador-geral da República denunciou Renan ao Supremo Tribunal Federal pela prática de três crimes: peculato (quando o servidor utiliza o cargo para desviar dinheiro público), falsidade ideológica e uso de documentos falsos.
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) corre o risco de ser denunciado por esses crimes ou por alguns deles. Espera ter mais sorte do que Renan.
O comando de um dos três poderes da República está entregue a dois espertalhões e pouca gente se incomoda com isso.
Chamá-los de patifes seria pedir para que me processassem.
Bastam os processos a que respondo, dois deles movidos por Renan, dois pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e um pelo senador Fernando Collor (PTB-AL). Que trinca, hein? Quase uma quadrilha.
Concordo que o pastor Feliciano não deve ser deixado em paz. É um poço de preconceitos. Será incapaz de presidir com equilíbrio uma Comissão destinada a zelar pelo respeito aos direitos humanos - em especial aos das minorias.
De resto, é um notável picareta. Porque somente um picareta poderia condicionar a eventual cura divina à doação de dinheiro ou de bens. E reclamar do fiel que lhe deu o cartão de crédito, mas esqueceu de lhe revelar a senha.
Então que se combata o pastor sem deixar, porém, de conferir o devido destaque a tudo o que corrompe o exercício do poder entre nós.
Por ora, para ficarmos somente no âmbito do Congresso: quanto custará ao fim e ao cabo a eleição de Henrique Eduardo para a presidência da Câmara?
Fez parte do preço a entrega da presidência de uma Comissão ao PSC de Feliciano.
Fez parte também o aumento da verba de gabinete.
É de R$ 26.700,00 o salário mensal de um deputado. Mas ele recebe um segundo salário para pagar despesas com alimentação, telefone, aluguel de carros, combustível e passagem área.
De R$ 34 mil, o segundo salário passará para R$ 38.600,00. É pago mediante a apresentação de notas fiscais. Ninguém checa se as despesas foram de fato realizadas. E se as notas não são frias.
Henrique saldou mais três parcelas do preço de sua eleição: aumentou o auxílio-moradia de R$ 3 mil mensais para R$ 3.800,00; eliminou o limite de reembolso para assistência médica aos colegas; e aprovou a criação de 59 cargos em comissão.
Em sua defesa, lembra que limitou o pagamento do 14º e 15º salários anuais aos deputados.
Economia de palito de fósforo!
Pergunta que não quer calar: quem financiou a eleição de Henrique? Quem foi?
Nós, seus bobinhos! Nós!

A peça, por Téta Barbosa



Ele era simpático e sorridente. Chegou falante e puxando a menina de 6 anos pelas mãos. Parece-me que é inteligente e tem muito a dizer sobre o mundo, a economia e a sociologia.
Quando eu digo “parece” é porque, apesar de ele falar sem parar, eu não consegui prestar atenção a uma só palavra do que ele dizia. Meu pensamento e, principalmente meus olhos, só focavam num único lugar: o cabelo.
Eu sei que as mulheres, de uma maneira geral, genérica e equivocada, são consideradas fúteis. Principalmente as que prestam mais atenção ao cabelo do que na conversa. Em minha defesa explico que esse cabelo era diferente. Tinha uma ponta estranha que parecia não pertencer ao resto e uma parte mais grisalha que outra.
Talvez seja o corte, imaginei. Não, não. Já sei, ele pinta o cabelo. Mas se ele pinta, por que só pinta uma parte?
O dia foi passando entre chops, conversa, petiscos e piscina enquanto meu cérebro, provavelmente sequelado pelo excesso de sol, não conseguia juntar as peças daquele quebra-cabeças capilar. Quando, eureca, a luz do entendimento cabelístico (palavra evidentemente inventada) caiu sobre mim junto com o pôr do sol: é peruca!
Peruca. Quer dizer, não era bem uma peruca, era uma peça. A diferença é que a peça é só na parte superior da cabeça, ou da careca, mais exatamente. Não consegui imaginar nenhuma razão para um cidadão tão jovem, não tinha nem 40 anos, usar uma peruca no Recife em 2013.


Avôs usam peruca, apresentadores de televisão com mais de 70 anos usam peruca, chefes da máfia usam peruca, mas um advogado pernambucano num domingo de sol não deveria ser obrigado, pela pressão social que burramente enaltece a beleza física no lugar dos atributos intelectuais, a usar uma peruca.
Passei o resto do domingo tentando avisar a Rodrigo, razão do meu afeto, minha descoberta. Inútil, homens definitivamente não prestam atenção a cabelos. Quando finalmente chegamos em casa e eu perguntei “ por que será que Valério usa peruca?”, ele quase morreu do coração.
- Peruca?
- Sim, Rodrigo, ele usa peruca.
Rodrigo ligou para Chico, que perguntou a Guga, que conversou com Marcão, que soube por Bianca que Valério usa peruca e a culpa é da esposa. Segundo apuração dos fatos, a esposa de Valério disse: ou a careca ou eu!
Valério escolheu a esposa e comprou a peruca. Ou melhor, a peça.
Moral da história – já não se fazem mais esposas como antigamente!

Téta Barbosa é jornalista, publicitária, mora no Recife e vive antenada com tudo o que se passa ali e fora dali. Escreve aqui sempre às segundas-feiras sobre modismos, modernidades e curiosidades. Ela também tem um blog - Batida Salve Todos

CRÔNICA Cartas de Londres: como os outros britânicos veem a capital



Maurício Savarese
“Esnobes”, “miscigenados”, “modernos”, “internacionais”, “vendilhões da pátria” são adjetivos que os britânicos de fora de Londres dão aos mais de 8 milhões de habitantes da cidade. A relação não é tão tensa como o da maioria dos franceses com os parisienses, mas ser londrino entre os outros não deixa de ser um desafio à sociabilidade de cidadãos já bastante tímidos.
Quanto maior é a distância em relação à capital, maior é o ressentimento. Os escoceses parecem ser os que mais desgostam dos londrinos. Um dos motivos é econômico: é na capital britânica onde mais encontram comerciantes que rejeitam suas notas de libra esterlina, simplesmente por serem escocesas (mudam apenas detalhes). Geralmente bem humorados, detestam a sisudez e as ironias de quem vive em Londres.
Quem vem do norte da Inglaterra ganha a culpa por a culinária do país ser tão desprezada no mundo. Durante as Olimpíadas, vendia-se quitutes típicos nos locais de competição. Os próprios londrinos, depois de três ou quatro perguntas, despiam-se do nacionalismo para sugerir cachorros-quentes em vez “dessas coisas sem gosto que os nortistas fazem”, como me disse uma atendente no estádio de Wembley.


Os londrinos chamam de “macacos do Norte” (sem conotação racial, mas sim pelo jeito de falar) quem vem de cidades acima de Birmingham -- que, na verdade, fica bem no meio do país e odeia ser chamada de nortista. Quem vem de Essex, uma região vizinha a Londres, é obrigatoriamente “um afrescalhado”. Para o resto do país também sobram acusações de intolerância, nem sempre justas.
Os londrinos gostam de dizer que sua cidade tem um pouco de tudo do Reino Unido, mas é na mesma medida um lugar internacional. Isso já basta para refratários a uma recepção calorosa a estrangeiros defenderem que é um local que nada tem a ver com o resto do país -- onde as comunidades indiana, polonesa e caribenha, por exemplo, são bem menores e menos influentes na política e na economia.
Os não-londrinos que vivem na capital dizem estar em um limbo. Na própria cidade são vistos como adesistas ao estilo pequeno-burguês da capital. Em Londres, não deixam de ser estrangeiros, quase tanto quanto quem vem de outros países -- com a diferença de não haver crime se forem chamados de macacos do Norte ou afrescalhados de Essex. Numa das cidades mais globais, o local também tem força.

Maurício Savarese é mestrando em Jornalismo Interativo pela City University London. Foi repórter da agência Reuters e do site UOL. Freelancer da revista britânica FourFourTwo e autor do blog A Brazilian Operating in This Area.Twitter:@msavarese

Experiência perigosa



Carlos Chagas
É perigosa a experiência sugerida pelo ex-presidente Lula para garantir a reeleição da presidente Dilma. Ele quer que o PT abra mão de disputar alguns governos estaduais para apoiar candidatos de partidos aliados, em especial do PMDB. Fala do Rio e de São Paulo, com o sacrifício de Lindbergh Farias e de Aloízio Mercadante ou Luís Marinho. Assim, haveria unidade em torno do segundo mandato de Dilma e grandes chances de sua vitória ainda no primeiro turno.
Há reação entre os companheiros diante dessa proposta. Entendem líderes petistas que a popularidade da atual presidente, em ascensão, parece bastante para ensejar sua presença em mais de um palanque. Não seria confortável para o PT, mas pior ficaria se o partido não tivesse candidato próprio.
Só por milagre a palavra do Lula deixará de ser acatada na hora das decisões, ano que vem, mas dirigentes regionais do PT vão insistir na inversão da equação, ou seja, por que aliados paulistas e fluminenses não aceitarão compor-se em torno dos seus indicados?
O diabo é que os argumentos do PMDB e afins são os mesmos: sem candidatos próprios nos maiores colégios eleitorais do país, deixariam de eleger bancadas mais densas para o Congresso e as Assembléias.
PESQUISAS
O nó poderá ser desatado quando, no primeiro semestre de 2014, começarem a ser feitas as pesquisas para valer, no estados. Caso Luis Fernando Pezão, do PMDB, apareça muito acima de Lindberg Farias, adiantará muito pouco o PT insistir na candidatura própria, no Rio. Só que a recíproca também será verdadeira. Vale o mesmo em São Paulo: se Mercadante liderar a corrida contra um candidato do PMDB ainda desconhecido, melhor seria sua indicação única.
NOVA TENTATIVA
A presidente Dilma deverá retomar, esta semana, negociações com o PR e o PTB, visando abrir-lhes espaços no governo para solidificar a aliança necessária à sua reeleição. Até agora os nomes sugeridos pelos republicanos para o ministério dos Transportes não entusiasmaram a presidente, que insistirá em César Borges, rejeitado pelo partido. Quanto aos trabalhistas, gostariam de um ministério, qualquer que fosse.
O problema com relação não apenas ao PT e o PTB, mas também envolvendo PDT, PSB e outros, é a falta de garantia no apoio ao segundo mandato, quando se aproximarem as eleições.

Para justificar a inércia no caso Rose, diretor da Polícia Federal diz que, agora, grampo só em último caso.



Carlos Newton
Em entrevista a Flávio Ferreira, da Folha, o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello Coimbra, faz curiosas  e ardilosas declarações para justificar que a Polícia Federal agora passou a fazer “grampos telefônicos” apenas em “último caso”.
Em nenhum momento o delegado cita o nome de Rosemary Novoa Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência da República em Sao Paulo, e companheira inseparável do então presidente Lula em visitas oficiais a 32 países, num período de menos de 3 anos e sempre na ausência da primeira-dama Marisa Letícia.
Estranhamente, foi em novembro, na Operação Porto Seguro, que desbaratou a quadrilha formada pela companheira de Lula com os irmãos Paulo e Rubens Vieira, que pela primeira e única vez a Polícia Federal “deixou” de grampear o telefone de uma das principais figuras envolvidas na corrupção, a própria Rosemary Noronha. Teria sido coincidência? Claro que não. Tanto assim que a Polícia Federal fez questão de grampear os e-mails de Rose.
“SURPRESA”
Ao tomar conhecimento dessa suposta “nova estratégia” da PF, um ex-superintendente da corporação mostrou-se surpreso e incrédulo. Ouvido pela Tribuna da Imprensa, fez questão de esclarecer que o diretor-geral da Polícia Federal está em situação delicada e apenas tenta se proteger.
O ex-superintendente não aceita a posição do delegado Leandro Coimbra, que citou como “justificativas” as operações Satiagraha e Castelo de Areia, em que a Policia Federal foi acusada de abusar de procedimentos “invasivos” na escuta telefônica. Como se sabe, a operação Satiagraha foi sobre crimes financeiros atribuídos ao banqueiro Daniel Dantas. A operação Castelo de Areia, sobre suspeitas de fraude a licitações e corrupção envolvendo executivos de construtoras e políticos.
“Uma coisa é você grampear conversas telefônicas com autorização judicial, outra coisa muito diferente é tentar usar provas obtidas sem autorização judicial, como aconteceu naquelas duas operações, porque essas provas serão facilmente canceladas na Justiças”, explica o ex-superintendente, acrescentando que o  procedimento-padrão da Polícia Federal do Brasil e de qualquer outro país sempre foi (e continua sendo) pedir autorização judicial para grampear os telefones dos suspeitos, como primeira providência. Somente depois, quando há comprovação de corrupção nas conversas telefônicas, é que a Polícia Federal pede autorização para grampear os e-mails. E jamais grampeia e-mails, sem antes grampear os telefones.
PROCEDIMENTO-PADRÃO
“Isso não mudou, é claro. O esquema-padrão de investigação continua sendo assim, no Brasil e no mundo, até porque não há outra maneira de proceder”, explica o ex-superintendente da Polícia Federal, que pediu para não ser identificado pela Tribuna da Imprensa, porque os atuais dirigentes da Polícia Federal são seus colegas  antigos e estão submetidos a fortes pressões.
No caso específico de Rosemary Noronha, o ex-superientendente da PF diz compreender a posição dos dirigentes da Polícia Federal. “É constrangedor grampear conversas pessoais de um ex-presidente de República com uma pessoa tão ligada a ele como a ex-chefe do Gabinete da Presidência. Essas gravações acabam vazando e se tornando públicas, desmoralizando não só o ex-presidente, mas o próprio país, especialmente no exterior”, diz ele, repetindo que é compreensível a posição defensiva dos dirigentes da Polícia Federal.

Charge do Duke



QUEM TE VIU, QUEM TE VÊ!



Giulio Sanmartini
“Adquirir respeito custa seriedade e tempo, mas para perdê-lo bastam alguns  segundos”. É exatamente isso que aconteceu com os filiados ao Partido dos Trabalhadores, salvo poucos que ao perceberem a farsa o deixaram.quem te viu quem te ve
Nesse sábado 30/3 leio que em Floresta, a 439 quilômetros de Recife, ao sair de casa, Manoel Afonso dos Santos, de 82 anos, delegou uma triste tarefa à mulher, Maria Fátima Alves Laurentino, de 46: deixar com fome o cavalo Canário por um dia, para que não faltasse ração aos bois Sereno e Mineiro e ao bezerro Boa Vista. Está é uma das histórias da pior seca dos últimos 50 anos, que há mais de um ano está afetando 1.228 cidades espalhadas em nove Estados do Nordeste brasileiro. Isto representa um total de 22% dos municípios do Brasil. Já chega a 9.746.982 o número de pessoas afetadas pelas secas na região, ou seja, 5,1% da população nacional.
Mas o governo Federal ao que parece está se ralando para isso. A presidente Dilma Rousseff no dia 17 desse mês embarcou para Roma a fim de estar presente na missa inaugural do pontificado do Papa Francisco. Chegou à Cidade Eterna na manhã  seguinte com, e teve  o dia livre Em 19 compareceu ao tal ato litúrgico, no dia 20 foi recebida pelo Papa às 11 horas da manhã, devem ter falado alguns poucos minutos pois as 12:10 já se encontrava no aeroporto de Ciampino (Roma) para voltar ao Brasil.
Não vou contabilizar nem o tempo perdido, pago pelo contribuinte, ou as despesas dessa locomoção. Para tão importante viagem levou um séqüito de 50 pessoas, segundo a presidência foi uma composição “padrão”, com profissionais de segurança, comunicação, cerimonial, apoio à imprensa, saúde, interpretação e tripulação, só faltou o coçador de aranha”
Todavia ao escândalo dessa viagem ficou por conta da estadia. A dona Dilma, por mero capricho não quis hospedar-se na embaixada do Brasil em Roma, o luxuoso Palazo Pamphili. (veja o vídeo: Visita à Embaixada do Brasil em Roma ). Sua comitiva (quadrilha?) ocupou 52 quartos de hotel, sendo 30 no hotel Westin Excelsior, na Via Veneto, um dos endereços mais sofisticados e dispendiosos de Roma e ainda alugou  17 veículos.
Segundo o Itamaraty, somente a hospedagem custou bagatela R$ 324 mil, o que a presidenta gastou em 3  dias de hotel pagaria o salário de um ano para quase 50 trabalhadores, ou tiraria, também por um ano, 400 brasileiros da miséria absoluta.
Mas o Ministério público não vai deixar que esse exagero passe liso, instaurou (26/3) um inquérito civil para investigar o custo da viagem e o tamanho da comitiva presidencial que viajou a Roma, para missa inaugural do pontificado do papa Francisco.
De acordo com o documento, o inquérito pretende apurar “eventuais irregularidades, em especial aos gastos e ao número de integrantes da comitiva”.
Também deverão ser informados ao Ministério o custo final da viagem, incluindo despesas com hotel, alimentação e transporte, qual foi o número de quartos de hotel e veículos locados e quais os critérios para a escolha das locações.
Mas segundo a Assessoria de Imprensa da Presidência: “As questões logísticas da visita presidencial a Roma realizada entre 16 e 20 de março corrente não representam qualquer inovação em relação às visitas internacionais anteriores dos presidentes da República Federativa do Brasil”.
Ah! Isso explica tudo, nós é que somos maledicentes, não é mesmo?
(1) A Fotomontagem, mostra Dilma Rousseff Rousseff com jeito de pobre na chuva, quando secretária de Fazenda da prefeitura de Porto Alegre e depois como um nababo esbanjando dinheiro dos exauridos cofres públicos.
(2) Texto de apoio: Letícia Lins.

O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA ... QUEM DIRIA!



Percival Puggina
            Não é que o CFM decidiu recomendar ao Senado Federal a ampliação dos casos em que o abortamento não é punido? Tais excepcionalidades, propôs o Conselho, passariam a abranger, também, os realizados em gestações que não tenham alcançado o 12º semana.
            Quer dizer, doutores, que até o 12º semana o feto é coisa descartável, que se extrai como uma verruga ou um fecaloma? Sabiam que o anteprojeto para o novo Código Penal, que os senhores querem estragar ainda mais, pretende pôr na cadeia por até quatro anos quem modificar um ninho de ave? Sabiam que existem leis no Brasil que impõem sanções a quem meter a mão no ambiente natural onde determinadas espécies se reproduzem ou cuidam de seus filhotes? Um canto de mato, uma beira de lagoa, um trecho de praia, funcionam como úteros da natureza e ganham proteção legal. Em contrapartida, na ótica dos médicos do CFM, o nascituro, o humano nascituro porque outra natureza jamais lhe advirá, este pode ser, no útero materno, objeto de suas tesouras e aspiradores. Foram necessários, segundo li, dois anos de doutas confabulações para que os membros do CFM chegassem a tamanho despropósito.
            Certa feita, num programa de tevê, debatia-se sobre legalização do aborto. Participava do debate um conhecido médico de Porto Alegre que defendia a tese ora aprovada pelo Conselho de sua categoria. Num dado momento, pedi ao mediador que exibisse as fotos da menina Amillia Taylor, nascida com 284 gramas de peso num aborto espontâneo. Perguntei então ao médico se ele seria capaz de arrancar aquele ser aos pedaços do útero da mãe. O médico olhou-me com constrangimento e, diante das câmaras, viu-se obrigado a  ser sincero - "Eu não!".
            O que mais me estarreceu, nesta manifestação do CFM, foi que, pelas palavras do seu presidente, o órgão "defende a plena autonomia da mulher de levar uma gestação adiante". Credo! Essa sequer é uma lógica médica, mas jusfilosófica, e de péssima vertente. Lógica de lobo. Quero porque quero. Atribuíram à mulher uma concepção abusiva do direito de propriedade - "faço o que bem me apraz com o que me pertence, doa em quem doer". Raros liberais afirmariam isso com igual convicção porque contradiz elementares noções de justiça. No caso do abortamento voluntário, o que antes era precária filosofia, vira puro sofisma: se o corpo da mulher a ela pertence, o do feto pertence ao feto porque ele é um inteiramente outro. E na maior parte dos casos até nome próprio já tem.
            "O sistema nervoso central ainda não se formou, na 12ª semana de gravidez", prosseguiu o doutor presidente procurando justificar o injustificável. É verdade, doutor, o sistema nervoso central não se formou, mas outros órgãos já funcionam, o coração já bate há muito tempo e está na natureza do feto que todos os demais venham a aparecer. Uma semana depois, na 13ª, já se pode saber se ele é do sexo masculino ou feminino.
            Remover do CD player, aos primeiros acordes da 9ª Sinfonia de Beethoven, o CD que em que foi gravada, não autoriza afirmar que a fascinante composição não esteja ali, inteira e bela, até os últimos acordes.
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Percival Puggina (68) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, articulista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões. 

NÃO FOI 31 DE MARÇO E SIM 1° DE ABRIL



Giulio SanmartiniAntes de começar, quero deixar claro  algumas coisas. Primeiro,  tenho duas certeza na vida: uma é a  morte , a outra é que o ser humano só pode ser feliz se tiver quatro liberdades essenciais: intelectual, política, econômica e religiosa.
Para dar uma idéia, caso estivesse na Rússia em 24 de outubro de 1917, estaria com os bolchevistas contra o absolutismo do czar, ou em Cuba no ano de 1959 estaria m Sierra Maestra contra a ditadura de Fulgencio Batista.image_thumb[87]
Como todos sabem, ambas deram em água de batatas, mas o espírito inicial era o de liberdade.
Depois disso vamos ao que interessa.
Andei lendo que o ministério da Defesa proibiu qualquer comemoração ao 31 de março de 1964, nada melhor pode-se esperar do ministro Celso Amorim.
É exatamente sobre esse movimento que quero contar alguns fatos, estes não me foram contados e nem os li, eu os presenciei porque estava lá, me refiro ao Palácio Guanabara no Rio de Janeiro.
Na semana anterior os sargentos e cabos da Marinha, que estavam em revolta no Sindicato do Metalúrgicos, em São Cristóvão (RJ), foram anistiados por ordem expressa da presidência da República, este foi o estopim.
Na segunda feira 30/3, começou o movimento liderado pelo governador do Estado da Guanabara, Calos Lacerda. Foi exatamente nesse dia  que fui para lá acompanhando um dos responsáveis pela segurança do Palácio, O general Araken Torres.
Estávamos lá e os cigarros acabara, assim  fui até um bar na rua Pinheiro Machado para  comprar, quando voltei, o sentinela me mandou ir para o gabinete, lá estava o governador, o general Salvador Mandin e o Araken, discutiam que precisavam o apoio do I Exército comandado pelo general Castelo Branco.
- Temos que falar com o Castelo, vamos telefonar – disse Lacerda.
- Quem vai  falar – perguntou Mandin e acrescentou – Fala você Araken, que é mais amigo dele.
Demorou muito tempo para conseguir a ligação, mas finalmente os dois falaram. Lembro perfeitamente do Araken dizer: “Mas general, se ficarmos parados quem vai tomar o poder é o Brizola”. Castelo ficou de informar sua decisão através de mensageiro. A única coisa a fazer era esperar e o dia passou.
A manhã seguinte, 1° de abril, estava chuvosa e fria, a indefinição estava deixando todo mundo nervoso. Na segunda metade da tarde, chegou a mensagem de Castelo Branco: ele daria apoio ao pessoal do Palácio Guanabara e 3 carros de combate já estavam a caminho para garantir a segurança. Houve um explosão de euforia, mas era necessário desfazer os pontos de defesa, que estavam sobre o túnel Santa Bárbara, o viaduto de acesso e o corte da rua Farani. Este pessoal deveria ser avisado que os tanques que chegavam, estavam a nosso favor. Arakem me deu um megafone, mandou que eu montasse num jipe dirigido por um PM e avisasse aqueles que estavam no alto das montanhas do corte, eles apareceram logo e começaram a festejar.
Os moradores das redondezas que haviam permanecido dia trancados em suas casas, começaram a sair, primeiro discretamente e depois numa avalanche. Lembro-me de uma senhora, que correu para mim de braços abertos, me abraçou e deu dois beijos.
Quando tudo terminou estava na hora do jantar, nos foi servido risoto de camarão. Findo, fui para a sala de segurança, sentei no sofá e lembrei que há dois dias não dormia.
Fui acordado pelo Araken: “Como é moleque (ele sempre me chamou assim), vai ficar ai o dia inteiro?”.
Fui embora, já era o dia 2/4. Na frente do Palácio estavam hasteando a bandeira do Brasil. Lacerda e outros cantavam os últimos acordes do hino nacional.
Cheguei em casa e encontrei minha mãe  agitadíssima, queria saber tudo, enquanto eu contava ela me preparou um prato de espaguetes com molhe de tomate e manjericão. Comi e  voltei a dormir.
Quando acordei, ela se preparava para ir à Marcha da Família com Deus Pela Liberdade. Disseram os jornais da época que o evento juntou um milhão de pessoas, não sei, não fui, preferi ver minha namorada no bairro do Leblon.
O fato é que o movimento chamado de 31 de março, na  realidade aconteceu no dia 1° de abril.
PS: O artigo é um digesto do prólogo que escrevi para o livro de Moacir Japiassu, “Quando alegre partiste”, Editora Francis 2004.
(1) Foto: 1° de abril em frente ao Palácio Guanabara, os carros de combate que aderiram.

AINDA SOBRE A INCOMPETÊNCIA



Magu
Uma das minhas loiras prediletas (apesar de, na foto, as raízes mostrarem mais escuro), Ruth de Aquino, de Época, escreve sobre a tragédia da incompetência (teria a ver com Petê?), não mais a da boite Kiss, no RS, mas sobre a da serra fluminense. INCOMPETENCIATeve menos mortos, mas a tragédia é maior, porque engloba políticos filhos de mães de muitas camas que se apropriam ou desviam dinheiro federal para outros destinos. E dinheiro esse que já não é aquilo que foi prometido. Não vou me estender sobre o assunto, pois estou citando quem escreva melhor do que eu:
“Não importa mais o total de mortos na “tragédia” da serra do Rio de Janeiro. Não é insensibilidade. Numa semana de histórias lacrimejantes, de perdas e heróis, não basta lamentar o destino de milhares de famílias à beira de abismos. Não posso comemorar que milhões ou bilhões serão gastos para recuperar encostas e reassentar desabrigados. Engrossar correntes de solidariedade não resolve. Porque não acredito mais. A sociedade não acredita mais.
No bolso de quem vão parar as verbas liberadas após enchentes, diante do rosto compungido das autoridades? O prefeito de Teresópolis foi cassado por desvio. Quantos outros não roubaram dos que nada têm, dos que perderam tudo? Eu queria ver o governador do Rio de Janeiro e os prefeitos do Rio, de Petrópolis, Teresópolis e Friburgo submetidos a multa e julgamento. Por omissão e negligência criminosas. Não há prestação de contas detalhada, não há transparência no gasto das verbas de emergência. Não há pressa. Uma hora a casa cai”.(Leia a íntegra: tragédia da incompetência ).

Decoração à base de pinceladas


Livro apresenta pinturas de Walter Gay

23/02/2013 | POR REDAÇÃO; FOTOS DIVULGAÇÃO

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  (Foto: Divulgação)
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Se Jacques-Louis David foi o responsável por deixar os rastros estéticos do império neoclássico de Napoleão, e Renoir registrou as roupas da belle époque, o americano Walter Gay (1856-1937) nos deixou pinturas dos mais luxuosos interiores da Europa e dos EUA. Charmoso e inspirador, Impressions of Interiors – Gilded Age Paintings by Walter Gay apresenta as suas melhores obras.
São 70 ilustrações organizadas por temas e acompanhadas por discussões contextuais, de obras de coleções públicas e privadas que fazem o leitor refletir sobre os cômodos – especialmente quartos – repletos de itens de decoração.
As pinturas dos bem-iluminados interiores também mostram mobílias do século 18 francês, com toques poéticos e peças dignas de mercados de arte, assim como cortinas de seda e elegantes tapeçaria e esculturas. Há um capítulo inteiramente dedicado às famosas residências do próprio Gay, que viveu em Paris durante vários anos de sua vida.
O livro é editado pela D Giles Limited e possui quádrupla autoria: a historiadora de arte especialista em pintura do século 19 Isabel L. Taube; Nina R. Gray, curadora independente e especialista em artes do final do século 19; Priscilla Vail Caldwel, conselheira e também curadora independente; e Sarah J. Hall, diretora de Assuntos Curatoriais no Art & Frick Centro Histórico, de Pittsburgh.
  (Foto: Divulgação)

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