Em editorial duro e revelador de culpados, que define como "HERANÇA LAMENTÁVEL", o Jornalista Cláudio Humberto, titular do site de notícias Diário do Poder é direto. Chama Tarso Genro e Agnelo Queiróz, ex-governadores petista do RS e do DF de "ANTI-REPUBLICANOS E ANTI-DEMOCRÁTICOS". Sobrou para os comandantes da Brigada Militar e Bombeiros: "São Petistas" afirma CH.
Leia o editorial do Diário do Poder dessa sexta, dia 14/08. Tomara que o Cleber Bevengnu, o Orestes Andrade Jr., o José Luiz Fuscaldo e o Tadeu Viapina deixem o Governador Sartori ler ... O Cristalvox descobriu que a news letter é seletiva e só chega a Sartori, o que lhe interessa... ousa corrigir CH... HERANÇA LAMENTÁVEL NÃO! HERANÇA MALDITA... SIM!
HERANÇA LAMENTÁVEL(DP)
O lamentável comportamento dos governadores petistas derrotados nas eleições do Distrito Federal e do Rio Grande do Sul – respectivamente Agnello Queiroz e Tarso Genro -, que no apagar das luzes de suas administrações concederam aumentos descabidos ao funcionalismo público, com o único objetivo de prejudicar seus sucessores, é revelador do profundo espírito anti-republicano e anti-democrático do PT.
Para os petistas, as regras da democracia são apenas um caminho inevitável para se chegar ao poder para, depois, poder eliminá-la, seguindo as recomendações de Gramsci . Para o PT, também o capitalismo, segundo os documentos que subscreveu o partido na Declaração de São Paulo, é um sistema inaceitável para o Brasil. Por isso, o jogo sujo como o que se fez no DF e no Rio Grande do Sul não decorre apenas do eventual caráter sofrível de seus políticos, mas faz parte da agenda do Partido.
No Rio Grande do Sul, o governador José Ivo Sartori, do PMDB, não se sente confortável (por conta da aliança renovada de seu partido com o PT) em fazer o que deveria: expor publicamente as monumentais trapalhadas deixadas de herança por Tarso Genro.
O povo gaúcho continua a apoiar Sartori mas exige do Governador uma posição mais clara sobre essas mazelas, bem como espera que afaste os comandos da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros, instituições que se tornaram ideologizadas e continuam como instituições sob o comando do PT, o que é simplesmente inaceitável numa República.
Relatório de órgão de fiscalização do governo mostra que a empresa de Lula faturou 27 milhões de reais — sendo 10 milhões apenas das empreiteiras envolvidas no escândalo de corrupção da Petrobras
ELITE – Desde que deixou o governo, em 2011, Lula abriu uma empresa e se dedicou a dar palestras pagas no Brasil e no exterior. Em quatro anos, juntou uma fortuna(Ueslei Marcelino/Reuters)
Para um presidente da República de qualquer país, é enaltecedor poder contar que teve origem humilde. O americano Lyndon Johnson mostrava a jornalistas um casebre no Texas onde, falsamente, dizia ter nascido. A ideia era forçar um paralelo com a história, verdadeira, de Abraham Lincoln, que ganhou a vida como lenhador no Kentucky. Lula teve origem humilde em Garanhuns, no interior de Pernambuco, e se enalteceu com isso. Como Johnson e Lincoln, Lula veio do povo e nunca mais voltou. É natural que seja assim. Como é natural que ex-presidentes reforcem seu orçamento com dinheiro ganho dando palestras pagas pelo mundo. Fernando Henrique Cardoso faz isso com frequência. O ex-presidente americano Bill Clinton, um campeão da modalidade, ganhou centenas de milhões de dólares desde que deixou a Casa Branca, em 2001. Lula, por seu turno, abriu uma empresa para gerenciar suas palestras, a LILS, iniciais de Luiz Inácio Lula da Silva, que arrecadou em quatro anos 27 milhões de reais. Isso se tornou relevante apenas porque 10 milhões dos 27 milhões arrecadados pela LILS tiveram como origem empresas que estão sendo investigadas por corrupção na Operação Lava-Jato.
Na semana passada, a relação íntima de Lula com uma dessas empresas, a empreiteira Odebrecht, ficou novamente em evidência pela divulgação de um diálogo entre ele e um executivo gravado legalmente por investigadores da Lava-Jato. O alvo do grampo feito em 15 de junho deste ano era Alexandrino Alencar, da Odebrecht, que está preso em Curitiba. Alexandrino e Lula falam ao telefone sobre as repercussões da defesa que o herdeiro e presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, também preso, havia feito das obras no exterior tocadas com dinheiro do BNDES. Os investigadores da Polícia Federal reproduzem os diálogos e anotam que o interesse deles está em constituir mais uma evidência da “considerável relação” de Alexandrino com o Instituto Lula.
Fora do contexto da Lava-Jato, esse diálogo não teria nenhuma relevância especial. Como também não teria a movimentação financeira da LILS. De abril de 2011 até maio deste ano, a empresa de palestras de Lula, entre créditos e débitos, teve uma movimentação de 52 milhões de reais. Na conta-corrente que começa com o número 13 (referência ao número do PT), a empresa recebeu 27 milhões, provenientes de companhias de diferentes ramos de atividade. Encabeçam a lista a Odebrecht, a Andrade Gutierrez, a OAS e a Camargo Corrêa, todas elas empreiteiras investigadas por participação no esquema de corrupção da Petrobras. Essas transações foram compiladas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda. O Coaf trabalha com informações do sistema financeiro e seus técnicos conseguem identificar movimentações bancárias atípicas, entre elas saques e depósitos vultosos que podem vir a ser do interesse dos órgãos de investigação. Neste ano, os analistas do Coaf fizeram cerca de 2 300 relatórios que foram encaminhados à Polícia Federal, à Receita Federal e ao Ministério Público. O relatório sobre a LILS classifica a movimentação financeira da empresa de Lula como incompatível com o faturamento. Os analistas afirmam no documento que “aproximadamente 30%” dos valores recebidos pela empresa de palestras do ex-presidente foram provenientes das empreiteiras envolvidas no escândalo do petrolão.
O documento, ao qual VEJA teve acesso, está em poder dos investigadores da Operação Lava-Jato. Da mesma forma que a conversa do ex-presidente com Alexandrino Alencar foi parar em um grampo da Polícia Federal, as movimentações bancárias da LILS entraram no radar das autoridades porque parte dos créditos teve origem em empresas investigadas por corrupção. Diz o relatório do Coaf: “Dos créditos recebidos na citada conta, R$ 9 851 582,93 foram depositados por empreiteiras envolvidas no esquema criminoso investigado pela Polícia Federal no âmbito da Operação Lava-Jato”. Seis das maiores empreiteiras do petrolão aparecem como depositantes na conta da empresa de Lula (veja a tabela na pág. 51).
O ex-presidente tem uma longa folha de serviços prestados às empreiteiras que agora aparecem como contratantes de seus serviços privados. Com a Odebrecht e a Camargo Corrêa, por exemplo, ele viajava pela América Latina e pela África em busca de novas frentes de negócios junto aos governos locais. Outro ponto em comum que sobressai da lista de pagadores da empresa do petista é o fato de que muitas das empresas que recorreram a seus serviços foram aquinhoadas durante seu governo com contratos e financiamentos concedidos por bancos públicos. Uma delas, o estaleiro Quip, pagou a Lula 378 209 reais por uma “palestra motivacional”. Criada com o objetivo de construir plataformas de petróleo para a Petrobras, a empresa nasceu de uma sociedade entre Queiroz Galvão, UTC, Iesa e Camargo Corrêa – todas elas investigadas na Lava-Jato. No poder, Lula foi o principal patrocinador do projeto, que recebeu incentivos do governo. Em maio de 2013, ele falou para 5 000 operários durante 29 minutos. Ganhou 13 000 reais por minuto.
Na semana passada, um cliente destruiu a loja de uma empresa de telecomunicações no Rio de Janeiro. Veja dez dicas de como lidar com situações em que clientes eventualmente ficam irritados e furiosos com a má qualidade do atendimento ao consumidor
Muitos consumidores devem ter se identificado com a situação ocorrida na última semana no Rio de Janeiro. Imagens que circularam nas redes sociais mostram um cliente enfurecido destruindo com uma marreta a loja de uma empresa de telecomunicações no Rio de Janeiro. Ele grita com os funcionários, dizendo que se o serviço não fosse cancelado, iria quebrar tudo. “Vocês não estão lidando com moleque não. Estão lidando com um homem”, disse ele.
O fato faz lembrar o filme "Um Dia de Fúria", de Joel Schumacher, no qual o protagonista acaba de ser demitido. Revoltado, ele vai a uma lanchonete e pede o café da manhã. A atendente sorrindo responde que o café deixou de ser servido há 3 minutos. Quando o gerente diz: "Eu sinto muito!", o desempregado reage furiosamente: tira de sua mochila uma metralhadora e a aponta para os atendentes exigindo o lanche.
Clientes eventualmente ficam irritados e furiosos com a qualidade do atendimento que recebem. Uma pesquisa recente apontou a queda na qualidade do atendimento no país. Segundo a RevistaConsumidor Moderno, 53% das empresas estão preocupadas em atender bem o cliente por todos os canais possíveis, porém muitas não têm orçamento ou condições de fazerem esse atendimento em sua plenitude.
Esse caso reflete o desafio da gestão integrada e sistêmica em organizações complexas: como permear a voz do cliente em todos os processos e procedimentos, qualificar os colaboradores e desenvolver uma cultura corporativa voltada para o cliente? Não adianta sermos excelentes em uma face do negócio e insatisfatórios noutra. Por exemplo, de que adianta um banco ter ótimas práticas de responsabilidade social na comunidade se nas agências suas filas são enormes e a escassez de funcionários nos guichês irrita os consumidores?
As empresas de telecomunicações investem milhões de reais em marketing, inovação e tecnologia, mas ironicamente são campeãs de reclamações no Procon. Algo deve estar errado.
Será que os atendentes são despreparados? Ou é porque os serviços de atendimento, comocallcenter, são terceirizados e o turn over nos balcões é muito elevado, impactando a qualidade? Ou será problema dos serviços e do modo como funcionam as operações e processos?
Por mais que as organizações busquem racionalidade para operar, elas são conduzidas por pessoas que possuem emoções e sentimentos, assim como os consumidores. Não importa de que lado do balcão estão, as pessoas podem ser difíceis, geniosas e complicadas, com problemas crônicos de relacionamento e até emocionalmente descontroladas.
Especialistas salientam que atitudes ruins têm grande relação com a falta de Inteligência Emocional. Em 1983, Howard Gardner, mostrou a existência de pelo menos outras sete inteligências além do QI. Dentre elas, as que tratam da capacidade do indivíduo se relacionar com as pessoas e conhecer bem a si mesmo - a Inteligência Emocional (QE).
Para Eduardo Ferraz, da Catho, as pessoas com baixo QE têm um autoconhecimento limitado e dificuldade para controlar suas emoções. Normalmente esse indivíduo não tem consciência de seus comportamentos, e tem dificuldade em avaliar o impacto que suas atitudes causam nos demais. Como consequência, costumam ser egocêntricos, lidam mal com o estresse, têm baixa tolerância a frustrações e, como consequência, costumam apresentar problemas comportamentais que os prejudicam profissionalmente.
Pesquisas apontam que dentre as cinco principais razões que levam as empresas a demitirem seus funcionários quatro estão relacionadas a problemas comportamentais do profissional e apenas 20% das demissões têm relação com falta de conhecimento técnico. Ou seja, não adianta a pessoa falar três idiomas ou ter MBA, se suas atitudes forem ruins.
Dois focos de gestão podem contribuir para evitar conflitos com o cliente: a cultura organizacional e o know-how em comportamento do consumidor. Quando os valores corporativos e as práticas organizacionais são fundamentadas na valorização do cliente, normalmente as políticas, processos e procedimentos empresariais são amigáveis e o consumidor obtém sua satisfação. Quando a empresa treina constantemente seus atendentes em como entender e tratar o comportamento do consumidor, incluindo conhecimentos sobre QE, habilidades de comunicação e de negociação, diminuem o surgimento de conflitos.
Casos como o do Rio são imponderáveis. Mas a racionalidade da administração recomenda a simulação e treinamento para qualificar os colaboradores sobre como lidarem com situações inusitadas. Mesmo que não haja receitas, algumas dicas podem ajudar a lidar eficazmente com pessoas difíceis ou enfurecidas:
Celebre o contato com o cliente: Seus clientes dão valor ao que você produz. Caso contrário não estariam na loja. Eles fazem o lucro da empresa. A empresa cresce e você ganha mais. Primeiro ganhe a confiança do cliente e faça-o sentir-se enaltecido.
Decifra-me ou te devoro. Procure saber ouvir e também escutar “com os olhos” observando ativamente o comportamento verbal e não verbal do cliente. Geralmente o corpo fala e revela sinais de nervosismo, irritação ou sentimentos potenciais de raiva e agressão; as palavras ditas pelo cliente expõem seus sentimentos e atitudes. Procure manter a cuca fresca. Dedique atenção ao cliente e antecipe-se, tenha muita calma, paciência e benevolência.
Percepção: avalie se a emoção está dirigindo as palavras e gestos do cliente, transformando seu comportamento em uma postura descontrolada, incapaz de permanecer no razoável como uma criança quando não consegue o que quer. Procure acolher o cliente. Pergunte humildemente como ele se sente. Desculpe-se pelo transtorno e expresse uma atitude positiva que revele sua vontade de se empenhar na solução. Sirva um café, biscoitos ou um copo de água. Desarme seu interlocutor mostrando afeto.
Empatia: procure se colocar no lugar do cliente buscando entender como você se sentiria naquela situação. Tente compreender as razões, o contexto em que ele vive e os valores que ele tem. Sorrir, chamar o cliente pelo nome, fazer comentários positivos (exemplo: "vou fazer o melhor possível para resolver o seu problema") ajudam muito. Normalmente as pessoas difíceis gostam de manipular. Nunca retruque ou ataque de volta. Confrontar é a pior reação. Respire fundo e o respeite, sem nunca o ignorar.
Respeito: Talvez o elemento mais importante na interação. O respeito é a base para o relacionamento humano. Mesmo que o cliente esteja faltando com o respeito, procure não revidar. Ao contrário, aceite seus argumentos e explique com cortesia e voz mansa qual o procedimento ou política da empresa. Não economize palavras de apoio emocional, tipo "eu compreendo perfeitamente sua situação". Demonstre que você se importa.
Assertividade: Procure ser firme, especifico e objetivo na sua fala, evitando palavras ambíguas ou que expressem antagonismo tipo: "Infelizmente é assim mesmo. São normas que o senhor deve aceitar!".
Autodomínio: Mantenha seu eixo e procure controlar a si mesmo, agindo de maneira neutra e racional, mas sem frieza ou arrogância. Não espere mudar o outro. Nem se deixe influenciar e acreditar que o problema ou causa é com você, culpando-se. Lembre-se também que você não está sozinho. A intervenção do gerente pode ser oportuna. Geralmente uma terceira pessoa muda o clima na conversa.
Que bom! Temos reclamações: Pense a reclamação como algo positivo, como uma oportunidade para melhorias e não como um xingamento. Ela é um presente que o cliente está te dando ao dizer aonde seu produto, processo ou serviço não está bom. Registre-a e encaminhe para o departamento pertinente. Quando o cliente percebe que a empresa é focada nele, mesmo irritado, ele quer permanecer leal.
Empowerment. O atendente deve ter autonomia para solucionar o problema do cliente. Mesmo se houver procedimento padrão ou regras rígidas, a empresa deve ser flexível e delegar poder para que o atendente possa resolver situações extraordinárias. Isso gera mais credibilidade a empresa, orgulho ao atendente e encantamento ao cliente.
Feedback: Se realmente o problema não puder ser solucionado naquele instante, novas alternativas devem ser discutidas a avaliadas (aqui entra a responsabilidade de a empresa desenvolver processos amigáveis aos clientes). Novamente, pedir desculpas é importante e colocar-se à disposição no futuro. Peça e agradeça o feedback do cliente. Algumas empresas dão até mesmo um brinde ou compensação ao cliente.
A relação de consumo é uma troca, onde o consumidor se satisfaz e a empresa lucra. Caso contrário, tem-se uma solução perde-perde. O cliente vai embora e não volta mais. Faz propaganda negativa para pelo menos 5 pessoas e prejudica a imagem e lucratividade da empresa. O jargão "o cliente é rei" continua mais atual do que nunca. Afinal, o principal propósito de uma empresa é servir o cliente!
Embora possa haver a perda de controle emocional das partes em um atendimento, espera-se que o atendente possua consciência e profissionalismo para abstrair e administrar eficazmente a situação. Mesmo que fiquem tentados a ignorar ou confrontar o cliente, há vários casos de atendentes que habilmente reverteram um mau atendimento e transformaram o cliente irado em um consumidor satisfeito, até mesmo em fã ardoroso da marca.
O levantamento foi realizado pelo Idoméstica, aplicativoque auxilia patrões a cumprirem as obrigações trabalhistas. Foram consultados usuários do app de São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Minas Gerais.
De acordo com a pesquisa, 69,6% dos empregadores consideram as domésticas como membros da família.
Alessandro Vieira, consultor do Idoméstica, afirma que, se por um lado o afeto entre patrões e empregados é muito positivo, por outro essa proximidade pode levar alguns empregadores a deixarem de lado o cumprimento de direitos dos domésticos.
“É muito bacana que os patrões tratem os empregados como membros da família, mas é preciso tomar cuidado para que a intimidade não leve o patrão a achar que o empregado nunca o processaria e por isso ele não precisa cumprir com suas obrigações”, diz Vieira.
Para o consultor, os processos trabalhistas movidos por empregados podem aumentar a partir de outubro, quando entra em vigor uma nova rodada de mudanças propostas pela Lei das Domésticas (Lei Complementar nº 150/2015). “Quando isso ocorrer, a mídia deve dar ênfase às novas obrigações e os empregados podem passar a reclamar mais seus direitos”, afirma Vieira.
A principal mudança será a criação do Super Simples Doméstico, regime unificado de pagamento de tributos que concentrará em apenas uma guia todos os recolhimentos que o patrão deve fazer. Assim, o empregador terá que depositar, todo mês, por meio de um documento único de arrecadação, o equivalente a 20% do salário do empregado.
Esse percentual de 20% é a soma dos seguintes recolhimentos: 8% do salário a título de FGTS; 8% a título de INSS; 3,2% do salário como antecipação da multa rescisória, que o empregado poderá sacar se for demitido sem justa causa; e 0,8% a título de segurocontra acidentes de trabalho.
Conforme explica Alessandro Vieira, a Lei das Domésticas foi aprovada em 2013, mas desde então diversos pontos tiveram de passar por regulamentação, como é o caso do Super Simples. Outros, no entanto, já estão valendo desde a promulgação da lei.
Entre eles estão: o controle da jornada de trabalho, que deve ser de, no máximo, oito horas por dia e 44 horas por semana, sendo obrigatório o pagamento de hora-extra se a jornada do doméstico exceder esses limites; o pagamento de férias remuneradas; a concessão de licença-maternidade; e o pagamento de adicional noturno, quando a doméstica trabalha entre 22h e 5h.
“Os patrões que não cumpriram com essas obrigações, devem se regularizar e pagar o que for devido. Caso isso não ocorra, eles podem enfrentar processos trabalhistas. Se a doméstica fez horas-extras em 2013 e o patrão não fez o controle, é a palavra dela contra a dele e aí o empregador pode perder a ação", afirma Vieira.
Ele diz que nesse tipos de processos a Justiça geralmente determina que o empregador pague ao doméstico os valores que deixaram de ser pagos pelo descumprimento da lei, mas em alguns casos podem ser estipuladas também indenizações por danos morais.
Esses valores podem variar muito de acordo com o processo, mas o consultor afirma que é comum que patrões paguem 5 mil reais ou mais por danos morais.
Aplicativo
O Idoméstica ajuda os empregadores a se enquadrarem na nova Lei das Domésticas. Na versão básica, que custa 25 reais por mês, ou 150 reais no plano anual, o aplicativo calcula todos os valores que os patrões devem a seus empregados e fornece as guias necessárias para o recolhimento dos tributos.
Já na conta premium, o valor cobrado sobe para 50 reais por mês, ou 600 reais por ano (sem desconto para plano anual). O diferencial é que todas as guias de recolhimento são enviadas ao usuário por e-mail, sem que ele precise acessar o aplicativo para solicitar os documentos.
Em ambas as versões, o aplicativo fornece uma folha de pontos para controle da jornada de trabalho do empregado. E, em breve, a versão premium oferecerá o controle de ponto telefônico, assim, o empregado poderá bater o ponto por meio de uma ligação, que é registrada pelo Idoméstica e arquivada em uma planilha.
Para decepção de todos que esperavam um bom exemplo por parte da cúpula da Justiça, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) aprovaram na quarta-feira (12) uma proposta que estabelece pródigo aumento de 16,38% em seus próprios vencimentos.
Se a iniciativa contar com o beneplácito do Congresso e for sancionada pela presidente Dilma Rousseff (PT), os 11 integrantes da corte passarão a receber, a partir de janeiro de 2016, salários de R$ 39.293. Logo se vê que consideram pouco os R$ 33.763 (42,8 salários mínimos) a que fazem jus hoje em dia.
Na mesma reunião administrativa, os ministros concordaram em sugerir um reajuste que varia de 16,5% a 41,47% para os servidores do Judiciário (dividido em oito parcelas semestrais).
Do ponto de vista das contas públicas, um avanço em relação às cifras aprovadas pelo Congresso –e vetadas por Dilma– no primeiro semestre (de 53% a 79%), mas ainda assim em descompasso com a atual realidade brasileira.
No caso dos servidores, a medida implicará gastos adicionais de quase R$ 6 bilhões ao ano (depois da última parcela). Vale lembrar que, em julho, reconhecendo a impossibilidade de poupar R$ 66,3 bilhões para manter a dívida sob controle, o governo rebaixou para R$ 8,8 bilhões a meta de economia ao final de 2015.
Quanto aos membros do STF, o impacto da elevação salarial afigura-se, à primeira vista, bem mais modesto: R$ 2,17 milhões por ano.
Considerado, porém, o efeito cascata no Judiciário, a conta monta a R$ 717 milhões anuais –para nada dizer dos desdobramentos que possa ter no restante da administração pública, já que o vencimento dos ministros do Supremo constitui teto para o funcionalismo.
Agindo como líder sindical, o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, afirma que a correção para os integrantes da corte apenas repõe perdas com a inflação de 2009 ao final deste ano. Na ponta do lápis, ele até tem razão. A questão, no entanto, não é essa.
Em qualquer circunstância, a remuneração dos magistrados mereceria ser objeto de maior debate. Além dos salários, os membros dessa corporação gozam de inúmeras vantagens, muitas das quais geram altos custos para o contribuinte.
Em fevereiro, por exemplo, gastaram-se R$ 31.188 (apenas com diárias, sem contar passagens aéreas) para Lewandowski cumprir agenda na Europa, onde esteve, entre outros, com o papa Francisco e a rainha da Inglaterra.
Diante de uma grave crise econômica, a parcimônia nas despesas públicas torna-se muito mais necessária –e ainda mais inoportuna, portanto, a reivindicação salarial de quem já está entre os servidores mais privilegiados.
Em tese sem interesse nas lutas partidárias, os ministros do STF poderiam ter dado o exemplo de grandeza de que o país precisa. Preferiram, todavia, colocar-se no mesmo nível do Congresso.
De acordo com o pesquisador, muitos palestinos capturados pelas milícias xiitas no Iraque estão sendo cruelmente torturados e forçados a "confessar" seu suposto envolvimento com o terrorismo. Desde 2003, o número de palestinos naquela região despencou de 25.000 para 6.000.
O mais interessante de tudo é a total indiferença das organizações internacionais de direitos humanos, da imprensa e da Autoridade Palestina (AP) em relação aos abusos cometidos contra os palestinos nos países árabes. Os jornalistas internacionais não se importam com os palestinos do mundo árabe porque não se trata de reportagens que possam culpar Israel.
As Nações Unidas e outros organismos internacionais obviamente não ouviram falar da limpeza étnica de palestinos no mundo árabe. Eles também estão tão obcecados com Israel que preferem não saber do sofrimento dos palestinos que vivem sob regimes árabes.
Os líderes da AP dizem estar determinados a ingressar com ações de "crimes de guerra" contra Israel no Tribunal Penal Internacional. Entretanto, quando se trata de limpeza étnica e tortura de palestinos em países árabes como Iraque, Síria e Líbano, eles preferem fazer vista grossa.
Um árabe matando ou torturando outro árabe não é matéria que valha a pena ser publicada em um jornal de grande circulação no Ocidente. Porém, quando um palestino reclama das autoridades israelenses ou de colonos judeus, muitos jornalistas ocidentais não perdem tempo para cobrirem esse "importante" acontecimento.
Como se não bastasse os países árabes menosprezarem os palestinos, eles também querem que eles (palestinos) sejam unicamente problema de Israel. Desde 1948 os governos árabes vêm se recusando a aceitar que os palestinos se fixem permanentemente em seus países e se tornem cidadãos com os mesmos direitos dos nativos. Agora esses países árabes também estão matando e torturando os palestinos e sujeitando-os à limpeza étnica, tudo isso está acontecendo enquanto líderes mundiais continuam enfiando suas cabeças na areia, apontando o dedo acusador contra Israel.
Não é segredo para ninguém que a maioria dos países árabes vem maltratando seus irmãos palestinos sujeitando-os a uma série de legislações discriminatórias do tipo Apartheid, que não raramente lhes negam direitos básicos.
Em países como Iraque, Líbano, Jordânia, Egito e Síria, os palestinos são tratados como cidadãos de segunda e terceira classe, fato este que têm forçado muitos deles a procurarem uma vida melhor nos EUA, Canadá, Austrália e diversos países europeus. Em consequência disso, hoje muitos palestinos se sentem indesejados em seus países de origem bem como em outros países árabes.
Essa condição dos palestinos em países árabes começou a se deteriorar após a invasão do Kuwait pelo Iraque em agosto de 1990. Os palestinos foram os primeiros a "parabenizarem" Saddam Hussein pela invasão do Kuwait, justamente um país que normalmente supria a OLP, todos os anos, com dezenas de milhões de dólares em ajuda financeira. Muitos fugiram do Kuwait devido à anarquia e desrespeito à lei que lá reinavam depois da invasão iraquiana.
No ano seguinte quando o Kuwait foi libertado pela coalizão liderada pelos Estados Unidos, cerca de 200.000 palestinos foram expulsos do emirado rico em petróleo, em represália por eles terem apoiado a invasão de seu país pelas tropas de Saddam Hussein. Outros 150.000 palestinos deixaram o Kuwait antes que a coalizão liderada pelos Estados Unidos entrasse no conflito. Eles suspeitavam que uma nova incursão estava prestes a acontecer, deixando-os apreensivos sobre o que os aguardava uma vez que o Kuwait fosse libertado.
A maioria dos palestinos que deixaram o Kuwait seja voluntariamente, seja por meio da expulsão, acabaram se instalando na Jordânia.
Os palestinos ora no Iraque também estão pagando um preço alto. Desde 2003 o número de palestinos no Iraque despencou de 25.000 para 6.000. Ativistas palestinos dizem que os iranianos estão empreendendo uma campanha de limpeza étnica contra a população palestina do país.
Os ativistas dizem que desde o colapso do regime de Saddam Hussein, milícias xiitas no Iraque, ao longo da década passada, vêm sistematicamente atacando e intimidando a população palestina, fazendo com que muitos deixem o país.
Os xiitas, segundo eles, se opõem à presença de sunitas não-iraquianos, inclusive de palestinos em seu país, principalmente na capital Bagdá.
Além disso, dizem eles, muitos sunitas no Iraque que eram contrários a Saddam Hussein também estão combatendo os palestinos, em represália ao apoio deles ao ditador.
Segundo consta, há alguns dias o presidente da Liga pelos Palestinos no Iraque Thamer Meshainesh, disse que os palestinos estavam sofrendo "violações sem precedentes" e sendo "cada vez mais agredidos". Ele alertou que os palestinos no Iraque estão sendo alvo de diversas milícias como parte de uma política sistemática de expulsá-los do país.
Abu al-Walid, pesquisador palestino que vem acompanhando o sofrimento dos palestinos no Iraque há alguns anos, assinalou que 19.000 dos 25.000 palestinos que residiam no Iraque já deixaram o país. Ele também salientou que os palestinos estão sendo visados, diariamente, sob o pretexto de envolvimento com o terrorismo.
De acordo com o pesquisador, muitos palestinos capturados pelas milícias xiitas no Iraque estão sendo cruelmente torturados e forçados a "confessar" seu suposto envolvimento com o terrorismo.
Meshainesh e Abu al-Walid acusaram a Autoridade Palestina (AP) de não fazer nada para ajudar os palestinos que estão no Iraque. Eles disseram que a AP só se deu ao trabalho de emitir "retórica vazia".
Os palestinos no Iraque estão pagando o preço por se intrometerem nos assuntos internos do país. É o que também aconteceu com os palestinos na Síria, Líbano e Líbia. Os palestinos, amiúde, se envolvem, direta e indiretamente, nas rivalidades que ocorrem nos países árabes. E quando a coisa se volta contra eles, começam a clamar por ajuda, como é o caso hoje no Iraque.
Parte do campo de refugiados palestinos de Yarmouk, perto de Damasco na Síria, após ser devastado pelos combates. (imagem: captura de tela de vídeo da RT)
O mais interessante de tudo é a total indiferença das organizações internacionais de direitos humanos, da imprensa e da Autoridade Palestina em relação aos abusos cometidos contra os palestinos nos países árabes.
A AP, cujos líderes estão ocupados demais incitando diariamente contra Israel, não tem tempo suficiente para se preocupar com seu povo que se encontra no mundo árabe. Os líderes da AP dizem estar determinados a ingressar com ações de "crimes de guerra" contra Israel no Tribunal Penal Internacional devido à guerra do ano passado com o Hamas e a contínua construção de colônias na Cisjordânia.
Entretanto, quando se trata de limpeza étnica e tortura de palestinos em países árabes como Iraque, Síria e Líbano, a Autoridade Palestina prefere fazer vista grossa.
Paralelamente, a mídia internacional parece ter esquecido que há dezenas de milhares de palestinos vivendo em países árabes. Os únicos palestinos que os jornalistas se dão conta e se importam são aqueles que estão na Cisjordânia e Faixa de Gaza.
Os jornalistas internacionais não se importam com os palestinos do mundo árabe porque não se trata de reportagens que possam culpar Israel. Um árabe matando ou torturando outro árabe não é matéria que valha a pena ser publicada em um jornal de grande circulação nos Estados Unidos, Canadá ou Grã-Bretanha. Porém, quando um palestino na Cisjordânia reclama das autoridades israelenses ou de colonos judeus, muitos jornalistas não perdem tempo para se deslocarem até o local para cobrir esse "importante" acontecimento.
A limpeza étnica dos palestinos no Iraque não é um fenômeno incomum no mundo árabe. Dezenas de milhares de palestinos também fugiram da Síria nos últimos anos. A maioria se dirigiu para o Líbano e Jordânia, onde as autoridades estão fazendo o máximo para assegurar que os refugiados palestinos saibam que eles não são bem-vindos. Ativistas palestinos estimam que em poucos anos não haverá mais palestinos no Iraque ou na Síria.
As Nações Unidas e outros organismos internacionais obviamente não ouviram falar da limpeza étnica de palestinos no mundo árabe. Eles também estão tão obcecados com Israel que preferem não saber do sofrimento dos palestinos que vivem sob regimes árabes.
Como se não bastasse os países árabes menosprezarem os palestinos, eles também querem que eles (palestinos) sejam unicamente problema de Israel. Isso explica porque que desde 1948 os governos árabes vêm se recusando a aceitar que os palestinos se fixem permanentemente em seus países e se tornem cidadãos com os mesmos direitos dos nativos. Agora esses países árabes não só negam aos palestinos seus direitos básicos como também os torturam e matam, sujeitando-os à limpeza étnica. E tudo isso acontece enquanto os líderes e governos mundiais continuam enfiando suas cabeças na areia, apontando o dedo acusador contra Israel.
Foi roubada não se sabe bem como nem ao certo quando. O Centro Pompidou de Paris deu por falta dela em 2001. Inesperadamente, La Coiffeuse (A cabeleireira) de Picasso apareceu em Dezembro do ano passado no aeroporto de Newark, nos Estados Unidos. Alguém a tentava enviar desde a Bélgica como uma encomenda de Natal. Acabou na alfândega. Nesta quinta-feira, 14 anos depois, a obra é devolvida a França numa cerimónia formal na embaixada francesa em Washington DC.
Segundo a Bloomberg, que teve acesso a alguma da documentação do processo, em 2001 a obra estava avaliada em 2,2 milhões de euros mas hoje valerá mais do que isso. A AFP aponta para os 13 milhões de euros.
Foi em Dezembro que tudo aconteceu mas só em Fevereiro é que o caso insólito foi tornado público. Ainda antes do Natal, as autoridades norte-americanas interceptaram uma encomenda marcada como “artesanato/brinquedo” onde se lia: Joyeux Noël (Feliz Natal), que seguia da Bélgica para Nova Iorque via FedEx. O valor descrito do pacote era de 30 euros e nada fazia antever que em causa estava uma obra de um dos maiores nomes da arte.
Como acontece com grande regularidade, as encomendas transatlânticas passam muitas vezes pelo controlo alfandegário. E foi o que aconteceu com La Coiffeuse, de 33 cm x 46 cm. Tendo em conta o que ali foi encontrado, o quadro seguiu da alfândega para a divisão da polícia que investiga o tráfico internacional de obras de arte. Tudo o que se sabia então era que alguém de nome Robert com morada na Bélgica havia enviado a pintura a óleo para um armazém climatizado em Long Island, no Estado de Nova Iorque.
As autoridades perceberam então tratar-se da obra desaparecida há mais de dez anos, que pertence à colecção do Estado francês e estava na época no Centro Pompidou de Paris. A última vez que tinha sido exibida foi em 1998 e em Munique. Depois desta exposição, a pintura de Picasso foi armazenada no importante museu francês que só em 2001, quando um pedido de empréstimo deu entrada no Pompidou, é que se deu conta de que a obra tinha desaparecido. Nunca se conseguiu identificar o autor do crime.
A promessa de devolver a peça a França foi imediatamente feita e é agora cumprida numa cerimónia formal na embaixada francesa em Washington DC.
“É realmente um grande feito conseguir recuperar uma propriedade cultural como esta. Significa muito para o país a quem vai ser devolvida. E significa muito para toda a gente”, diz à Bloomberg Robert Wittman, ex-FBI, agora responsável por uma empresa de consultadoria especializada em recuperar obras de arte perdidas ou roubadas.
Wittman acredita que com tempo cerca de 90% das obras valiosas roubadas, como esta de Picasso, são recuperadas porque o mercado é pequeno e o controlo é grande.
“Esta pintura é parte do nosso património”, reagiu o adido da Embaixada de França nos Estados Unidos Francois Richard. “É também uma excelente notícia para o público que terá a oportunidade de ver outra vez esta obra de arte única.”
Em Fevereiro, quando se soube que a obra tinha sido descoberta, Alain Seban, presidente do Centro Pompidou, exprimiu o desejo de a poder apresentar “rapidamente” ao público do museu. “Estamos impressionados com este feliz desfecho e exprimimos a nossa profunda gratidão aos serviços alfandegários americanos e franceses”, disse na altura.
Gleisi Hoffmann, alvo de inquérito da Procuradoria Geral da República, também foi ministra da Dilma. Desse modo, o julgamento das “Pedaladas Fiscais” abrangerá período em que ela esteve no ministério. Coincidentemente, pois jamais por oportunismo de sua parte, a senadora do PT/PR agora ataca o Tribunal de Contas da União. A informação é de Ricardo Brito, no Estadão:
“A senadora e ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann (PT-PR) acusou nesta segunda-feira, 10, de “oportunismo” dos ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) na discussão sobre o julgamento das contas da presidente Dilma Rousseff do ano passado. A petista disse que a Corte “nunca se preocupou seriamente” com essas questões e ressaltou estar “demonstrado” que são normais as práticas como a de postergar pagamentos, as chamadas pedaladas fiscais, tendo sido usadas por governos anteriores.”
É inegável que houve, vamos dizer assim, uma “corrida para Dilma” de alguns barões da comunicação, em especial, mas não só, das TVs. Muitos idiotas caíram na história da Carochinha da suposta “ameaça Eduardo Cunha” e migraram para uma formulação mais ou menos assim: “Melhor uma Dilma no poder, embora inerme, do que um Cunha na ativa”. A chave do sucesso: um “entendimento” de altas esferas entre a presidente, Rodrigo Janot e Renan Calheiros. Eu já expus aqui a sua natureza. E deu no que deu: em pleno Palácio do Planalto, Wagner Freitas, presidente da CUT, a maior central sindical do Brasil, ameaçou o país com a luta armada caso se cumpram os ritos legais. E que se reitere: ele deixou claro que não é apenas Dilma que está acima da lei; a inimputabilidade também alcança Lula. Vamos assistir ao vídeo em que Wagner Freitas convoca a luta armada caso o Congresso ou a Justiça cheguem a Dilma ou a Lula.
Transcrevo de novo:
“E isso implica agora, neste momento, ir para as ruas, entrincheirados, com arma na mão, se tentarem derrubar a presidenta Dilma Rousseff. Qualquer tentativa de atentado à democracia, à senhora ou ao presidente Lula, nós seremos o exército que vai enfrentar essa burguesia na rua.”
As palavras têm um sentido inequívoco. Ele está falando de “arma na mão”. Ele está falando de “pessoas entrincheiradas”. É evidente que está se referindo à luta armada. É evidente que está incentivando o confronto. A única coisa que torna o discurso de Freitas um tanto inverossímil é sua forma física. Não parece ser do tipo que aguenta uma corrida de 100 metros com um fuzil na mão. Mas sabem como é… Já houve outros guerrilheiros pançudos antes dele. Costumam ficar na chefia, enquanto os jovens viram carne queimada. Assustado com a repercussão, ele recorreu ao Twitter para tentar se explicar. Segundo diz, “arma” é só metáfora. Leiam o que escreveu, na forma em que está lá.
Pegar nas armas é uma figura de linguagem q usamos em n/ assembléias. São as armas da democracia q sempre usamos. Greve geral é uma delas.
São as armas que usadas: as armas da classe trabalhadora.
São as armas da democracia, que é a luta por direitos, a mobilização organizada, democrática, com respeito às diferenças.
Pessoal, quando em armas me referia as armas da classe trabalhadora: mobilização, ocupação das ruas e greve geral.
Memória
É… Eu me lembro de outras convocações dessa natureza. Minha memória é boa. No ano 2000, José Dirceu, sim, ele mesmo!, participou de um assembleia da Apeoesp, que liderava uma greve. A presidente já era a notória Bebel. O petista afirmou o seguinte:
“E nós vamos dar a eles esta resposta: mais e mais mobilização, mais e mais greve, mais e mais movimento de rua, e vamos derrotar eles nas urnas também porque eles têm de apanhar nas ruas e nas urnas”.
Dias depois daquele discurso de Dirceu, em 1º de junho daquele ano, seguindo as ordens do chefão, os trogloditas agrediram covardemente o governador Mário Covas, agressão física mesmo, como vocês verão no vídeo abaixo. Já bastante debilitado pelo câncer, ele chegou a ter um ponto de sangramento no lábio e outro na cabeça. Assistam.
É assim que eles fazem política: atropelando as leis nas ruas e nos palácios. Imaginem se adversários de Lula ou de Dilma, quando se encontravam em tratamento contra o câncer, os agredissem. Covas morreu nove meses depois. A escória que mama nas tetas públicas não suporta o triunfo das leis. Acredita que estas só podem ser usadas contra seus adversários.
Estabilidade com Dilma?
Não sei quem vendeu a alguns barões da comunicação a farsa de que bastaria um arranjo envolvendo Procuradoria Geral da República, Renan Calheiros e o TCU para estabilizar o País. Não basta. Isso pode resolver problemas imediatos das personagens envolvidas. De resto, quem dá a mão às esquerdas em nome da estabilidade vai colher, necessariamente, tempestade. Eis aí: vinte e seis anos depois da eleição direta de 1989, a primeira das cinco disputadas por Lula, o Palácio do Planalto abrigou a pregação aberta da luta armada e viu a presidente liderar uma passeata de pessoas que dizem, sem meias-palavras, que não reconhecem a legitimidade do Congresso e da Justiça para exercer suas prerrogativas. É evidente que Wagner Freitas sabe que inexistem as condições para a luta armada no sentido, digamos, clássico. Mas não é menos evidente que assistimos nesta quinta a uma ameaça de venezuelização do país se os Poderes da República não se comportarem como quer o PT. Uma minoria está realmente certa de que pode tiranizar a maioria do povo. Ou ameaça o Brasil com o caos. Não por acaso, a CUT de Wagner Freitas marcou uma manifestação em defesa de Lula e de Dilma, em frente ao instituto que leva o nome do ex-presidente, justamente no 16 de agosto, domingo, dia da manifestação de protesto. Dilma liderando a passeata dentro do Palácio tinha o ar aparvalhado de um Nicolás Maduro. Logo ela também começará a falar com espíritos. Por Reinaldo Azevedo
As forças do “Fica Dilma”, meus caros, são poderosas. Nesta quinta, Roberto Barroso, ministro do Supremo alinhado coma a esquerda e um dos cinco membros do tribunal que compareceram ao jantar oferecido por Dilma no Alvorada, no dia 11, deu uma ajuda e tanto à presidente. E o fez de modo sofisticado, com aparência de decisão salomônica. Explico. A senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), presidente da Comissão Mista do Orçamento e um dos braços operantes de Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente do Senado recém-convertido ao dilmismo radical, recorreu ao Supremo para anular as sessões da Câmara que aprovaram as contas dos ex-presidentes Itamar Franco, FHC e Lula, o que abria caminho para que a Casa julgasse as de Dilma. Argumento da senadora: as contas têm de ser votadas em sessões conjuntas, do Congresso, que reúne a Câmara e o Senado. E o que decidiu Barroso, em caráter liminar, cabendo ainda recurso? Ele não anulou as sessões porque reconheceu que, de fato, até então, as Casas faziam esse juízo em sessões separadas. Mas, ora vejam…, o homem determinou que, doravante, não será mais assim, e as contas de Dilma terão de ser votadas em sessão… conjunta! Alvíssaras, presidente! Sabem o que isso significa, na prática, caso a decisão seja mantida? Que Renan é que vai determinar quando as contas serão postas em votação porque as sessões conjuntas são comandadas pelo presidente do Senado, que também é o presidente do Congresso.
Viram?
Dispõe o Inciso IX do Artigo 45 da Constituição:
“Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
IX julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo;
Vamos lá. Algo ser competência do Congresso não implica que a sessão tenha de ser conjunta. Cunha observou, com correção: “Ele (Barroso) parte de uma premissa de que tudo que é em comissão mista é (tem de ser votado no) plenário do Congresso. As Medidas Provisórias são votadas em comissão mista e vão a cada Casa. Além disso, o regimento comum (Regimento do Congresso) prevê o rito que é adotado. Vamos avaliar com calma e agravaremos até terça-feira”. Vale dizer: Cunha anunciou que vai entrar com um agravo regimental, isto é, pedir que o pleno do Supremo se manifeste. Convenham, não? É bastante exótico que Barroso considere, então, ser inconstitucional votar as contas em cada uma das Casas, mas tenha deixado tudo por isso mesmo no caso dos ex-presidentes, pedindo que a Constituição, então, passe a ser cumprida só a partir das contas de Dilma. Confesso que não prestei atenção ao cardápio servido pela presidente aos senadores governistas e depois aos ministros do Supremo e a Rodrigo Janot. Mas a comida, pelo visto, era muito convincente. Caso a decisão de Barroso seja mantida, Dilma estará nas mãos de um neoalido entusiasmadíssimo, Renan Calheiros, na hipótese de o TCU realmente recomende a rejeição das contas. Mas isso também já não é tão certo se depender de… Renan. No TSE, quem decidiu segurar a barra da presidente foi Luiz Fux, quando o placar, na prática, já estava 3 a 1 em favor da investigação das contas de campanha de Dilma. Para que o processo seja aberto falta apenas um voto. Agora, o julgamento será retomado quando Fux quiser. Eduardo Sterblitch, do Pânico, que se cuide! Renan Calheiros ainda acabará abrindo uma nova “Igreja do Poderoso”! Por Reinaldo Azevedo
A Polícia Federal executa nesta sexta-feira a Operação "Fair Play", que apura superfaturamentos na construção de estádios para a Copa do Mundo de 2014 pela Odebrecht. Estão sendo cumpridos 10 mandados de busca nas cidades de Recife, Salvador, São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Brasília. Nem todos os locais onde ocorre a ação tem estádios com participação da empreiteira. Um dos pontos centrais da investigação é a Arena Pernambuco, administrada pela empresa. Agentes da Policia Federal se encontram neste momento na sede do Comitê de Gestão de Parcerias Público-Privadas do governo de Pernambuco e também na sede da Odebrecht em São Paulo. Confira quem são as empreiteiras responsáveis pelos estádios:
Maracanã (Rio de Janeiro)
Construtora: Consórcio Maracanã Rio 2014 (Odebrecht e Andrade Gutierrez)