quinta-feira, 31 de julho de 2014

Guerra entre Israel e o Hamas – Vamos dar a notícia direito!


Noticia-se mundo afora que Israel e Hamas aceitaram um cessar-fogo de 72 horas, negociado pelos Estados Unidos e pela ONU. Ok. É um fato, mas pode ser dito de outro modo, mais de acordo com a natureza desse fato. O Hamas aceitou o cessar-fogo desta vez, o que não tinha feito até agora. Sim, esse detalhe escapava ao noticiário majoritariamente anti-Israel. Era o movimento terrorista que recusava suspender os ataques. Afinal, para eles, quanto mais cadáveres, melhor; quanto mais mortos, melhor; quanto mais vítimas, melhor. É assim que um movimento terrorista caiu no gosto da estupidez politicamente correta.
Consta que a trégua é incondicional. Em situações semelhantes, no passado, ela sempre foi rompida pelo Hamas. Mesmo nesta jornada, combinou-se um cessar-fogo humanitário de algumas horas para atender algumas vítimas. Os terroristas não a respeitaram. Consta que haverá negociações posteriores, encerrado esse período de três dias. Tomara! Se o Hamas insistir no tal “fim do bloqueio a Gaza”, não haverá acordo. Como esquecer que, antes do início dessa nova incursão, eram os extremistas muçulmanos que estavam no ataque.
E por que o Hamas aceita agora o cessar-fogo, se é que vai levar a sério a palavra? Porque é claro que a situação em Gaza é dramática. Segundo a ONU, há 200 mil pessoas abrigadas em suas instalações e outro tanto na casa de parentes. O desavisado logo parte para o ataque: “Estão vendo? Israel só agride civis…”. Não! O Hamas é que, de forma declarada, infiltra-se entre os civis e transforma bairros em bases militares – e, portanto, em alvos militares também. É bom não esquecer: antes desse novo conflito, havia um clima de revolta contida contra o Hamas na Faixa de Gaza. Eles precisam de corpos para manter o poder.
A operação Margem Protetora está em seu 24º dia, a mais longa desde que Israel retirou militares e civis judeus de Gaza, em 2005. Depois disso, o Exército realizou outras duas operações: uma entre 2008 e 2009, que durou 23 dias, e outra em 2012, durante sete dias. Esta também é a operação que fez o maior número de soldados israelenses mortos desde a Guerra do Líbano.
Por Reinaldo Azevedo

Mais um ato escandalosamente ilegal: desta feita, a protagonista é Dilma


31/07/2014
 às 21:29


Mais um ato ilegal na CUT. Mais uma vez a Lei Eleitoral, a 9.504, foi escandalosamente afrontada. Mais uma vez, um dinheiro de origem pública, coletiva, foi posto a serviço de uma candidatura, de um partido, de um grupo de políticos. Desta feita, a protagonista da agressão ao estado democrático e de direito é ninguém menos do que a presidente Dilma Rousseff. Ela é uma das estrelas daquele partido, o PT, que exigiu — e obteve — a cabeça da funcionária de um banco privado que ousou dizer a verdade aos clientes: quando o mercado avalia que Dilma melhora nas pesquisas, os indicadores econômicos pioram. Que coisa! Uma mulher, de uma empresa privada, porque diz uma verdade, tem a cabeça entregue a Lula na bandeja. A presidente da República, jogando a lei na lata do lixo, não é molestada por ninguém.
A que me refiro? Nesta quinta, foi a vez de Dilma discursar num evento da CUT, central sindical que é financiada, entre outras fontes, pelo imposto sindical, pago compulsoriamente por todos os trabalhadores formalizados, sejam sindicalizados ou não. Lula já tinha discursado lá. Os dois usaram o encontro da central para fazer proselitismo eleitoral em favor do PT e, ainda mais escandaloso, para satanizar a oposição. Dilma deu mostras, mais uma vez, de que, pressionada, pode tirar do fundo do baú o pensamento da velha militante da VAR-Palmares, aquela que não tinha adversários, mas inimigos políticos, que tinham de ser eliminados. E os grupos aos quais ela pertenceu mataram inocentes. Sigamos.
Em franca campanha eleitoral, a presidente afirmou que seus adversários querem acabar com os benefícios sociais. Num momento em que a retórica resvalou no chão, mandou brasa: “Nós vamos fazer uma campanha respeitosa, não precisamos xingar ninguém. Agora, é uma campanha que vai confrontar a verdade ao pessimismo que querem implantar no Brasil, que querem criar o ambiente de quanto pior melhor. Nós queremos um Brasil de quanto mais futuro melhor”.
Não existe xingamento maior, ofensa maior, agravo maior, na política, do que atribuir a adversários o jogo do “quanto pior, melhor”, especialmente quando estes disputam o poder, como é o caso, segundo as regras do jogo. Por quê? Que grande programa do governo Dilma os oposicionistas sabotaram? Contra que grande benefício social eles se opuseram? A pecha valeria, sim, é para aquele PT que votou contra o Plano Real e que tentou derrubar a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Apelando ao drama vulgar, afirmou:“Não fui eleita nem serei reeleita para colocar nosso país de joelhos diante de quem quer que seja. Isso significa também reconhecer para vocês que eu não sou uma pessoa pretensiosa. Posso não acertar sempre, como qualquer outro ser humano, posso não agradar a todos, aliás acho que desagrado alguns. Eu não traio meus princípios, meus compromissos, não traio minha parceria…”.
Quem pôs o país de joelhos antes dela? Contra a vontade do PT, o país se levantou, isto sim, da hiperinflação, por exemplo. Ainda voltarei ao assunto, é claro! Não deixa de ser fascinante que alguém faça um discurso tão tonitruante no momento em que atropelava princípios básicos do republicanismo. Tem de ter muita cara de pau.

Por Reinaldo Azevedo

PT reconhece ligação do deputado com facção criminosa do PCC e decide pela expulsão. Pergunta: não tem mais gente?



A Executiva paulista do PT decidiu expulsar o deputado estadual Luiz Moura, acusado de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Em reunião ocorrida na manhã desta quinta-feira, 31, 16 membros do partido entenderam que o deputado não havia se explicado de forma satisfatória sobre os indícios.

O presidente estadual do partido, Emídio de Souza, avaliou que a falta de provas contundentes de relações entre o deputado e membros da facção criminosa que age dentro e fora dos presídios paulistas não foi impedimento para a decisão.
Alexandre Padilha em campanha com Luiz Moura: da mesma facção  petista.

"Não somos o judiciário, não somos a polícia. Temos o direito e o dever de decidir e fiscalizar quem faz parte do nosso partido e quem o partido lança como candidato", disse Emídio. "A conduta de Luiz Moura foi muito prejudicial ao partido, arranhou a imagem", avaliou, ao explicar o motivo do afastamento.

A decisão pelo afastamento já estava tomada, conforme o Estado publicou na edição impressa desta quinta-feira. "Foi dada toda, toda a chance de defesa. Ele não compareceu hoje, não mandou documentos, não mandou testemunhas", completou Emídio. O presidente estadual explicou que, para a expulsão se confirmar, o diretório deverá confirmar a decisão da executiva. A reunião dos 62 membros do diretório está marcada para esta sexta-feira, 1º.

O advogado de Moura, João de Oliveira, contesta a expulsão. Diz que o deputado não havia sido notificado da reunião. "Um dos preceitos principais do Partido dos Trabalhadores é de combater a desigualdade. O que ele (Emídio) está fazendo é uma ilegalidade. O Moura não é indiciado por nada, é apenas suspeito", disse o advogado.

Oliveira fez mais críticas ao partido. "Dentro do próprio PT tem pessoas que foram condenadas e não tiveram o tratamento que o deputado Luiz Moura teve", disse, referindo-se aos condenados do mensalão.O advogado pretende recorrer da decisão na Justiça e dentro do próprio Partido dos Trabalhadores, mas não detalhou os instrumentos que vai usar.(Estadão

RADICALISMO DO PT


Magu


Publicada ontem no Estadão matéria de Jose Augusto Guilhon Albuquerque, que é bacharel em Filosofia pela Fac Nacional de Filosofia, Univ. do Brasil, Mestre em Sociologia do Desenvolvimento – Université Catholique de Louvain, Doutor em Sociologia do Desenvolvimento – Université Catholique de Louvain e Livre-docente em Ciência Política – USP. O texto contém uma análise um pouco mais aprofundada da que estamos habituados a ler:

imagesO QUE PRETENDEM OS RADICAIS?
Estamos presenciando a recaída de nosso pretenso partido hegemônico, o PT, na radicalização. Não resta dúvida de que Lula está radicalizando, o PT também está e Dilma está aos poucos cedendo às pressões para radicalizar. O que resta é a questão de saber por quê. Dúvida pouco relevante nas eleições de 1982, 1989, 1994 e 1998, quando Lula foi derrotado por causa do caráter radical de seu programa.

Já a vitória de Lula em 2002 deveu-se a fatores que amainaram as aparências mais radicais da campanha. Primeiro foi a substituição de seu programa por uma “carta de princípios” que comprometia um futuro governo petista com o Estado Democrático de Direito e, sobretudo, com a manutenção da política econômica até então vigente.

Segundo, a adoção de um estilo de comunicação e um novo discurso acomodatício, de uma personalidade inteiramente nova, com expressão corporal e vestuário “executivo” – tudo diametralmente oposto ao estilo raivoso e confrontacional do passado. E, terceiro, a aliança “pragmática” com seus adversários ideológicos mais opostos, inclusive ícones do regime autoritário e donos dos currais eleitorais mais atrasados do País.

Ninguém precisou se enganar. A esquerda petista não precisava ser enganada porque entendeu o compromisso como sendo apenas uma diversão tática para chegar ao poder e, em seguida, assumir a hegemonia e impor seu programa aos aliados incômodos, às elites dominantes e às classes médias alienadas. Após as eleições de 2002, todas as bandeiras do partido continuaram vigentes, com parte da linguagem mais radical substituída por eufemismos.

As chamadas raposas e os “picaretas” também não se enganaram, porque confiavam em sua lendária capacidade para manipular o jogo parlamentar e os corações e mentes da classe dirigente em proveito próprio. Com isso, esperavam lucrar duplamente, primeiro, barrando as iniciativas inconvenientes do governo, seja as mais audaciosas agressões às instituições vigentes, seja as ameaças aos interesses vitais da maioria ou de setores relevantes da classe política. Em segundo lugar, tornando-se livres para chafurdar sem pejo no lodaçal da República, convenientemente rebatizado de “governança”.

Seria a quintessência da aliança espúria, o perfeito win-win game, o jogo em que todos ganham mais do que perdem, com exceção do povo. Afinal, o PT teve de ceder quase todos os anéis, mas ficaram os dedos com os quais por 12 longos anos tem-se aferrado ao poder com todas as suas pompas e todas as suas glórias. E nem todos os anéis se foram. Eles retornam intermitentemente em pronunciamentos oficiais e oficiosos do PT e de suas organizações paragovernamentais.

Percebe-se hoje a insatisfação generalizada que corrói até a medula o pacto pelo imobilismo e a mediocridade que mantém a “governabilidade” da aliança lulo-dilmista. E pela razão muito simples de que talvez, mais ainda do que o povo, os stakeholders da aliança são precisamente os mais insatisfeitos.

O PT está insatisfeito porque, ao fim de 12 anos de tão ardentemente esperada hegemonia, muito pouco ou quase nada se concretizou dos esperados atributos de um partido hegemônico. O monopólio da “direção intelectual e moral” da sociedade, o controle da luta ideológica por meio da submissão da imprensa, a subordinação dos demais poderes e a conquista de prerrogativas supraconstitucionais para o partido vêm sendo, a cada revés, adiados para os “amanhãs que cantam”.

Do outro lado, os “picaretas” e as raposas também estão insatisfeitos, porque receberam os anéis, mas não podem ostentá-los nem foram convidados ao baile. Recolhem do butim as migalhas, mas se sentem permanentemente ameaçados – e traídos – pela ganância hegemônica do PT. Sua participação no poder serve para limitar as perdas, mas não os exime de ceder às chantagens e compartilhar a culpa pelos fracassos do governo e a impopularidade que daí resulta.

A popularidade vinha mantendo essa aliança dos insatisfeitos. Mas a insatisfação do PT só era contida pela certeza da reeleição. Sem ela, os amanhãs que cantam não seriam apenas adiados para o próximo quadriênio, mas sine die.

A insatisfação da classe política, do empresariado, das classes dirigentes em geral, já não é contida pela falta de alternativas atribuída à inevitabilidade do continuísmo. A alternativa agora é possível: por que, então, as classes dirigentes optariam pelo suicídio?

Se a radicalização e o clima polarizado que ela implica levaram no passado à derrota eleitoral, e se a alternativa de uma coalizão dos insatisfeitos está fazendo água, então essa radicalização não seria para evitar a derrota, mas para evitar a ameaça da alternância no poder. A radicalização do PT não seria um erro tático, mas uma estratégia deliberada para conquistar sua almejada hegemonia fora das urnas e apesar delas.

Como? Criando um clima conflagrado que contrapõe a legitimidade das ruas à legalidade das instituições; impondo o controle “social” à pura e simples liberdade de pensamento e de expressão; concitando a convocação de assembleias constituintes oportunistas para submeter a Carta a maiorias de ocasião; dissolvendo no dia a dia o direito à propriedade individual para satisfazer os interesses dos militantes organizados; invocando a liberdade de manifestação como desculpa para agredir a liberdade de ir e vir, o patrimônio e até a integridade física das pessoas. O resultado seriam eleições tumultuadas, pondo em risco uma transição pacífica de governo.

A posse de Lula marcou a primeira alternância real entre elites no poder depois do período autoritário, como demonstra Leôncio Martins Rodrigues em suas pesquisas recentes. Resta saber se a atual elite governante e seu partido dominante acatarão o veredicto das urnas e a alternância entre elites no poder que daí deverá decorrer: será o teste de fogo para a democracia brasileira.

A inútil irritação oficial com o mercado


O Globo
O governo enfrenta, nos últimos dias, uma crise no relacionamento com os fatos econômicos. A primeira grande rusga ocorreu em torno de uma análise feita no Santander para clientes preferenciais.
O banco entrou na mira da artilharia oficial e da campanha à reeleição da presidente, por citar algo já conhecido: a bolsa tem subido quando saem pesquisas negativas para o projeto da reeleição, e vice-versa.
Essas oscilações relacionadas a sondagens eleitorais são interpretadas como reação de investidores em ações de empresas estatais que pagam alto preço devido ao intervencionismo característico da administração Dilma.
A Petrobras é o exemplo mais evidente, forçada a acumular perdas majestosas por subsidiar o preço interno de combustíveis, e com isso adiar pressões sobre a inflação. O investidor em ações faz uma dedução lógica: se Dilma não se reeleger, a empresa deixará de perder dinheiro, e ele, acionista, receberá mais dividendos.
Logo em seguida, na terça, veio o desgosto, expresso pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, com o Fundo Monetário Internacional. Agora, devido a um relatório em que se alinham pontos críticos da economia brasileira. 
Também aqui, nada de novo. São questões que há tempos estão no mapeamento dos problemas brasileiros feito por analistas independentes.
Os técnicos do Fundo não veem como o Brasil voltará a crescer a taxas razoáveis — a última estimativa do FMI para este ano é de 1,3%, e 0,9% na projeção de analistas do setor financeiro do país — se não executar reformas estruturais.
A própria gerente-geral do Fundo, a francesa Christine Lagarde, listou tarefas a serem executadas em Brasília: combater a inflação, os desequilíbrios fiscais, os déficits externos. Tudo também por demais conhecido.
Em vez de se crispar e responder no reflexo, de forma agressiva, a qualquer crítica sobre a economia, o governo deveria entender as análises, reconhecer que há mesmo problemas e tratar de manejar com esta realidade.
Não adianta praguejar contra o mercado. Subsidiar preços, comprimir inflação com tarifas atrasadas, dar subsídios fiscais pesados ao setor elétrico, na verdade um “esqueleto” em construção nas contas públicas, etc. apenas adiam problemas. E os agravam. É óbvio.
O tempo não para, e o mundo, por exemplo, precisa se preparar para o momento em que os Estados Unidos acabarão de vez com a política monetária expansionista e voltarão a elevar os juros. No segundo trimestre, soube-se ontem, os EUA cresceram à taxa anualizada de 4% — algo como quatro vezes mais rápido que o Brasil.
Em vez de criticar analista de banco, o FMI e o mercado, o Planalto precisa encarar a vida real. E agir. A economia brasileira sofrerá um impacto maior ou menor dessa guinada americana a depender de atitudes que o governo assumir agora diante de evidentes vulnerabilidades.

Cartas de Nova Iorque: Prenderam o Homem-Aranha


Luisa Leme
Já foram três homens-aranhas desde abril. Elmo também já não pode ficar a solta. O poderoso Hulk pode ser considerado uma ameaça e até o Woody- o coubói de Toy Story - teve a liberdade ameaçada por aqui. A polícia que nunca faz nada nas histórias de super-heróis está prendendo as figuras mais queridas da Time Square.
Quem conhece a rua mais acesa de Nova Iorque, que provoca uma névoa branca de energia elétrica em cima de Midtown, iluminando a noite dos turistas, sabe que todo personagem que precisa de uma grana está lá.
A regra é clara: como tudo em Nova Iorque, as fotos das crianças com seu cartoon favorito custam dinheiro. Elmo, Garibaldo, Homem-Aranha, Capitão América, e muitas vezes um pessoal fantasiado que a gente nem reconhece na hora, podem posar com os turistas, alegrar a criançada...desde que sejam remunerados. Não está fácil para ninguém nessa cidade: o Elmo custa caro!
Até agora… Alguns heróis têm se exaltado ameaçando passantes que não pagaram a gorjeta.
E os homens-aranhas, não sei se porque se consideram invencíveis após terem sobrevivido o musical mais perigoso da região ou por adotarem um personagem um pouco perturbado mesmo, acabaram se atracando com a NYPD depois de serem muito agressivos na hora de cobrar os turistas.
Um “aranha” foi pego por policiais depois de assediar sexualmente uma pedestre e, no último domingo, outro homem-aranha deu um soco no NYPD que reprimiu o pedido exagerado por dinheiro.
O Come-Come da Vila Sésamo foi preso em 2013, depois de empurrar uma criança. E Elmo foi acusado de gritar ofensas anti-semitas para os turistas no ano anterior. Depois do escândalo, acabaram todos atrás das grades, como os vilões das histórias.
Com o soco do Homem-Aranha, o prefeito Bill de Blasio também concordou que algo deve ser feito para controlar os fantasiados.
Os policiais que patrulham a Times Square (são tantos que a gente se sente mesmo andando no meio de uma história em quadrinhos) compraram a briga e estão de olho nos heróis que não se comportam de acordo com sua fama. O comissário da polícia da cidade já apóia novas medidas propostas para se acabar com o “problema Elmo da Times Square”.
A cidade agora considera uma nova lei que pede regulamentação rígida aos mascarados. Estão querendo regular a Vila Sésamo inteira! Exigindo que a Liga da Justiça tenha papéis próprios para trabalhar em Gotham City. 
Agora, a associação do ponto turístico e oficiais da cidade estão querendo impor condições para ser personagem na Times Square. A proposta sendo avaliada pela câmara de vereadores de Nova Iorque estipula o pagamento de uma licença e verificação de antecedentes criminais. A lei está empacada na câmara, já que se apresentar como personagens nas ruas também é considerado uma violação de direitos autorais. 

Luisa Leme é jornalista e produtora de documentários. Passou pela TV Cultura e TV Globo em São Paulo, e pelas Nações Unidas em Nova York. Mora nos Estados Unidos há sete anos e fez mestrado em relações internacionais na Washington University in St. Louis. Escreve aqui sempre às quintas-feiras. Mantém o blog DoubleLNYC com imagens e impressões sobre Nova York. Twitter: @luisaleme

OBRA-PRIMA DO DIA (ESCULTURA/ARQUITETURA) As Capelas com os Passos da Paixão, Congonhas do Campo, MG

Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa - 
31.7.2014
| 12h00m

Em Congonhas do Campo, MG, estão duas das maiores obras de arte brasileiras. O Santuário do Bom Jesus de Matosinhos e as Capelas com os Passos da Paixão de Cristo. Ambas do maior artista brasileiro, um dos grandes legados de nossa cultura, um mestre como poucos: Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1730ou38/1814).
Abaixo, a paisagem formada pelo Santuário ao fundo e três das capelas.


Hoje falaremos dos Passos da Paixão que Aleijadinho montou nas seis capelas que ergueu ao longo da ladeira que leva ao alto. Nessas capelas votivas estão as 66 figuras em tamanho natural, esculpidas em cedro por ele e os ajudantes que mantinha em seu ateliê. Dois outros grandes artistas colaboraram com esse feito: Manuel da Costa Ataíde e Francisco Xavier Carneiro, pintores.
Grandes estudiosos da obra de Aleijadinho debruçaram-se sobre as estátuas para determinar quais as feitas por ele, e quais as esculpidas por seus auxiliares, sempre sob sua orientação. Por mais que examinem e citem os detalhes que definem suas conclusões, não há como garantir nada.
Mas o fato é que há diferenças pois por mais que os auxiliares de Aleijadinho, como bons alunos, se esforçassem para copiar o mestre, a fim de melhor aprender, nas imagens do Cristo e de Pedro, por exemplo, nota-se a marca da mão do mestre.
O que também impressiona muito é a maneira inteiramente nova como Aleijadinho encenou os Passos de Cristo até a Crucificação. Era um assunto já muito batido em várias capitais da Europa e por artistas de várias tendências e escolas. Mas Aleijadinho conseguiu marcar as cenas que criou com sua genialidade, tornado-as completamente diferentes das oservadas em igrejas e cidades europeias.


As estátuas que representam a Paixão, dramáticas, despertam nos visitantes a emoção da devoção e não apenas a admiração pelo aspecto artístico. Foram três anos de muito trabalho, de 1796 a 1799. Quanto às capelas para abrigar as estátuas e encenar os Passos da Paixão, essas começaram a ser erguidas em 1808.
Ainda falaremos mais de Aleijadinho e suas obras fantásticas. É tesouro de Minas, mas é tesouro do Brasil.

Abaixo, fotos dos Passos da Paixão no interior das capelas:

                                            A Santa Ceia

                       Cristo no Jardim das Oliveiras (detalhe); abaixo, o Anjo com a Cálice da Paixão


                                             A Prisão

                                             A Flagelação e a Coroação com Espinhos
                                          Cristo com a Cruz às Costas

                                             A Crucificação

Fonte: Aleijadinho e a escultura barroca no Brasil, de Germain Bazin (1963)


Investidores avaliam que "guerra" contra Santander pode vazar provas sobre problemas na Petrobras



Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

A revanche com ares de ira marciana de Lula da Silva e Dilma Rousseff contra o Banco Santander representa o risco de se transformar em um dos maiores tiros pela culatra já dados pelos petistas desesperados com o risco concreto de perderem a reeleição. O banco espanhol, controlado pelos britânicos, tem a memória financeira daquilo que investidores apostam ser um dos mais graves problemas na Petrobras: as aplicações de mais de US$ 7 bilhões no fundo BB Millenium 6, que viraram pó, e podem se transformar em alvo de uma ação judicial na corte de Nova York. O pânico toma conta do PTitanic, na beira do abismo rumo às profundezas abissais.

Investidores apostam que a alta direção mundial do Santander sabe absolutamente de tudo que aconteceu na Petrobras, nas gestões Lula e Dilma. Fábio Barbosa, ex-presidente do banco no Brasil e hoje dirigente do Grupo Abril, foi membro do Conselho de Administração da Petrobras, na estranha qualidade de “representante dos acionistas minoritários”. O Santander foi o gestor do fundo Vênus – uma aplicação que também foi alvo de investigação da Comissão de Valores Mobiliários, mas acabou arquivada, como tantas outras queixas de investidores contra a falta de transparência em negócios da Petrobras.

Se a briga entre o governo e o Santander não for estancada, pode sobrar para a turma da Petrobras – segundo avaliação de vários investidores da companhia. A tendência é que vigore a tática de colocar panos quentes no conflito gerado pelo relatório que relacionava a melhora das intenções de voto em Dilma com o risco de “piora” econômica do Brasil. O sinal de paz foi dado pelo presidente mundial do Santander. Emilio Botín confirmou ontem que demitiu a responsável pelo estudo. Não citou o nome da prejudicada, em comunicado lacônico e complicado de entender:  “A pessoa foi demitida porque o banco, advertido, disse que tinha que ser demitida antes”.

Mais focado ontem no encontro mundial de reitores, que vai alavancar o super empreendimento educacional do Santander, e menos preocupado com as ameaças do governo Dilma contra o banco, Emilio Botín até chegou a fazer uma média com o ex-Presidente Lula, que vociferou broncas contra o banco: “O presidente Lula é muito amigo meu, e para ele só tenho elogios”. O “amigo” Lula tinha reclamado que: “Não tem nenhum lugar do mundo em que o Santander esteja ganhando mais dinheiro do que no Brasil. Aqui ele ganha mais do que em Nova York, mais do que em Londres, do que em Pequim, Paris, Madri, Barcelona”.

O governo não deve atrapalhar o Santander em sua estratégia de ganhar dinheiro no Brasil. Caso queira dar uma de marciano contra o banco espanhol, detalhes incômodos sobre o fundo venusiano e o BB Millenuim 6 podem emergir do esgoto das profundezas abissais da impunidade.

Mistura natural

Não deveria ser surpresa a notícia de que funcionários de vários órgãos dos ministérios de Minas e Energia e da Fazenda — como Receita Federal, Tesouro Nacional, Secretarias de Acompanhamento Econômico e de Política Econômica, além da própria secretaria executiva da pasta — foram encarregados de preparar a candidata-presidenta Dilma Rousseff para o debate eleitoral que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) fará com os três principais candidatos a presidente da República.

A tal “consultoria pública”, a partir de uma ordem que teria partido do comitê de campanha da Dilma, foi criticada pelo presidenciável tucano Aécio Neves, que deveria também valer como uma crítica a Fernando Henrique Cardoso, o “pai da reeleição”:

“Se eu já tinha muitas dúvidas sobre a reeleição, esse tipo de ação do governo ajuda a desmoralizar ainda mais o instituto da reeleição — disse Aécio, que complementou: — Essa é mais uma demonstração do governo do PT de não separar a coisa pública da partidária. Antes os ministros tinham certo pudor, não faziam campanha na hora do trabalho. Agora estão fazendo campanha full time e agora os técnicos do governo também estão sendo vinculados à campanha eleitoral”.

Censura denunciada

Recado do economista Felipe Miranda, sócio da consultoria brasileira Empiricus Research, inconstitucionalmente censurado pelo TSE, em entrevista à Infomoney:


“O que você viu com o Santander e com a gente foi uma censura muito grave. Agora os bancos, em geral, já estão adotando novos procedimentos para se relacionar com seus clientes a respeito de eleições. Então a liberdade de expressão já está prejudicada gravemente. Isso é algo muito sério e preocupante para o nosso País”.

Quem ainda não viu o texto “O Fim do Brasil” pode conferir no link, com áudio para facilitar a compreensão da leitura:
http://www.empiricus.com.br/video-ofimdobrasilpopup/

Bobagem eletrizante?

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tomalsquim, será o responsável por cuidar das propostas para setor de energia na campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

Engraçado é que os petistas garantem que ele fará isto apenas nos finais de semana e depois do horário do expediente, mantendo-se no comando da EPE.

Vai trabalhar junto com Adhemar Palocci, diretor de Planejamento e Engenharia da Eletronorte, que é irmão do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci (que anda meio sumido do noticiário).

Tomalsquim participou na montagem do novo modelo do setor elétrico nacional – este mesmo que tem dado problemas e prejuízos aos investidores.

No FMI é mais embaixo...

Precisa de mais alguma prova de que a Oligarquia Financeira Transnacional quer derrotar o PT?

A turma de Dilma e Guido Mantega ficaram PTs da vida com a crítica feita ontem pela diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), a francesa Christine Lagarde:

“É verdade que temos revisado para baixo nossas projeções para o Brasil e é verdade que todos temos reiterado as mesmas fortes recomendações para que reformas estruturais sejam feitas, gargalos sejam reduzidos na economia e que o potencial, a capacidade de o Brasil entregar crescimento seja liberada. E isso não vem sendo feito”.

Especialistas em terrorismo


Atenção, "oposição"

Um leitor do Alerta Total apresentou uma interessante sugestão para ser utilizada pela oposição ao questionar Dilma nestes tempos de campanha. É a seguinte a íntegra de sua mensagem:

“Assistindo ao Jornal da Band desta terça-feira (29), fiquei sensibilizado com a aflitiva situação de mães que ficaram sem ter onde deixar seus filhos depois do fechamento de uma creche em São Paulo.

Conforme informou o jornalista Boris Casoy, ‘A falta de creches é um problema enfrentado por milhares de mães em todo o país. Sem ter onde deixar os filhos, muitas são obrigadas a parar de trabalhar. Em São Paulo, 110 mil crianças de até três anos estão à espera de uma vaga.’

Lembrando-me que uma das principais promessas de Dilma na campanha das eleições em que saiu vitoriosa foi a abertura de vagas em creche, fui pesquisar o assunto em um site de busca.

Entre diversas outras coisas, encontrei no Estadão de 17 de dezembro de 2012 a matéria ‘Dilma promete 6 mil creches, mas entrega 7”. Na matéria, se lê: ‘A presidente Dilma Rousseff prometeu entregar 6 mil creches até 2014, mas chega à metade do mandato com apenas 7 unidades prontas – uma execução abaixo de 1% - sem previsão de quando serão inauguradas novas unidades. A expectativa de quem tem urgência em matricular os filhos vira decepção.’

Serrão, acho importante que a oposição seja alertada para fazer a comparação das promessas de Dilma com as matérias citadas, cujos links se seguem   



“Oposição”, vê se toma vergonha e cobra as burradas feitas pela petralhada...

Candidata amestrada



Quem tiver estômago, confira a íntegra a entrevista da presidenta Dilma Rousseff na Sabatina Folha UOL, realizada no dia 28 de julho de 2014 no Palácio do Planalto.

A tática petista é evidente: pode perguntar o que desejar que a Dilma só responde o que e como ela quiser...

Velha lembrança...

Como diria o falecido Millôr Fernandes, em recado válido para os petistas e petralhas pressionados pela Oligarquia Financeira Transnacional:

"Pepper in the oher's asshole is refreshment"...

Rainha de Sabá?



Não era este o nome da amiga do Rei Salomão, que fez o templo...

Saia da reta



Dentro, porém fora



Autosabotagem



"Onestaldo" da Silva





© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 30 de Julho de 2014.