terça-feira, 4 de abril de 2017

Jihadistas Vivem às Custas de Apoio Financeiro da Europa que Eles Juram Destruir


  • A história de Al Harith revela até onde chega um dos maiores escândalos da Europa: a utilização de benefícios vitalícios europeus pelos jihadistas para financiar a sua "guerra santa".
  • A Europa forneceu tudo a eles: emprego, casa, saúde pública e assistência social, seguro desemprego, ajuda financeira, algo equivalente ao salário-família, benefícios para portadores de necessidades especiais, ajuda em dinheiro. Esses extremistas muçulmanos, no entanto, não veem esta "Dependistão", como Mark Steyn chamou o estado de bem estar social como sinal de generosidade, mas de fraqueza. Eles entendem que a Europa está pronta para ser destruída.
  • Repletos de certezas religiosas e ódio ideológico contra o Ocidente, sem necessidade de assimilarem os valores e as normas da Europa, muitos dos muçulmanos europeus, ao que tudo indica, se sentem como se estivessem destinados a devorarem uma civilização exausta.
  • As metas de política pública devem priorizar o incentivo para que as pessoas deixem de depender da assistência social - hoje denotando, basicamente, o desincentivo à procura de emprego - exceto em casos extraordinários e o desincentivo à responsabilidade pessoal. É preciso que haja limites legais para o uso dos fundos para o bem estar social - por exemplo: os fundos de assistência social não deveriam ser usados para a compra de drogas ilícitas, para os jogos de azar, para o terrorismo e, como já não há nenhuma liberdade de expressão na Europa mesmo, de promover o terrorismo. Poder-se-ia criar e ajustar detalhadamente uma lista desta natureza. Desprezar as ditas limitações resultariam na perda dos benefícios. Medidas como as apresentadas acima ajudariam a combater a guetização e a islamização de muçulmanos na Europa.
Há quatro anos o jornal britânico The Guardian, de linha liberal, publicou uma reportagem sobre os "sobreviventes de Guantánamo", "vítimas do ícone da ilegalidade dos Estados Unidos" e sobre os "sobreviventes do centro de detenção da Grã-Bretanha conhecido como gulag dos nossos tempos". O artigo colocou em destaque uma foto de Jamal al Harith.
Al Harith, cujo nome original era Ronald Fiddler, cristão convertido ao Islã, voltou a Manchester da Prisão da Baía de Guantánamo graças ao ativismo de David Blunkett, Secretário do Interior do então primeiro-ministro Tony Blair. Al Harith foi logo recebido na Inglaterra como herói, vítima inocente da injusta "guerra contra o terror" relativa ao 11 de setembro. O jornal The Mirror e a ITV pagaram a ele (US$73.000) por uma entrevista exclusiva sobre sua passagem em Guantánamo. Al Harith também foi indenizado com um milhão de libras esterlinas pelas autoridades britânicas. A vítima do "gulag dos nossos tempos" comprou uma bela casa com dinheiro dos contribuintes.
Há poucas semanas al Harith fez a sua derradeira "viagem": ele se tornou um homem-bomba em Mossul, Iraque, em nome do Estado islâmico. Al Harith também havia sido recrutado pela organização não governamental "Cage" (anteriormente conhecida como "Cageprisoners") para prestar depoimento em defesa do fechamento do centro de detenção de Baía de Guantánamo.
Celebridades como Vanessa Redgrave, Victoria Brittain, Peter Oborne e Sadiq Khan apareceram em eventos para a captação de recursos para a CAGE. A ONG tem sido financiada pela Fundação Joseph Rowntree, um fundo criado pelo magnata do chocolate e pela Fundação Roddick, instituição beneficente de Anita Roddick. Al Harith também foi convidado ao Conselho da Europa para prestar depoimento contra as detenções na Prisão de Guantánamo.
A história de Al Harith revela até onde chega um dos maiores escândalos da Europa: a utilização de benefícios vitalícios europeus pelos jihadistas para financiar a sua "guerra santa". A Europa forneceu tudo a eles: emprego, casa, saúde pública e assistência social, seguro desemprego, ajuda financeira, algo equivalente ao salário-família, benefícios para portadores de necessidades especiais, ajuda em dinheiro. Esses extremistas muçulmanos, no entanto, não veem esta "Dependistão", como Mark Steyn chamou o estado de bem estar social como sinal de generosidade, mas de fraqueza. Eles entendem que a Europa está pronta para ser destruída. Eles não têm nenhum respeito por ela. De Marselha a Malmö muitas crianças muçulmanas são ensinadas a desprezar as sociedades que lhes oferecem uma vida com tanto conforto. A maioria dos islamistas da Europa agora vive às custas do apoio das nações que eles juraram destruir.
Há poucos dias a imprensa dinamarquesa revelou que o governo dinamarquês está pagando auxílio-doença e benefícios por invalidez a extremistas muçulmanos que estão combatendo na Síria ao lado do Estado islâmico. "É um enorme escândalo desembolsar dinheiro do fundo de assistência social da Dinamarca para pessoas que vão lutar na Síria", ressaltou o Ministro do trabalho e Emprego Troels Lund Poulsen. Os terroristas que atacaram Paris e Bruxelas também fizeram uso do generoso sistema de bem estar social britânico para financiar a sua jihad. Está começando a emergir a partir de um julgamento no Reino Unido que Mohamed Abrini, conhecido como "o homem do chapéu", recebeu £3.000 em benefícios logo após o ataque que deixou mortos e feridos no aeroporto de Bruxelas, antes de voar para Paris e desaparecer.
Esta não é a primeira vez que o papel do estado de bem estar social aparece na infraestrutura do terrorismo islâmico:
  • A família de Omar Abdel Hamid el Hussein, o terrorista que está por trás do ataque de fevereiro de 2015 em Copenhague, que matou duas pessoas, recebeu dinheiro dos programas sociais dinamarqueses.
  • O islamista britânico Anjem Choudary, condenado por incentivar pessoas a se juntarem ao Estado Islâmico, exortou os fiéis a deixarem o emprego e viverem às custas do seguro desemprego para poderem se dedicar em tempo integral à guerra contra os "infiéis". O próprio Choudary embolsou £25.000 por ano em benefícios.
  • Na Alemanha, quando o jornal Bild publicou uma análise sobre os 450 jihadistas alemães que estão lutando na Síria, constatou que mais de 20% deles estavam recebendo benefícios do sistema de bem estar social do estado alemão.
  • Na Holanda um jihadista chamado Khalid Abdurahman apareceu em um vídeo do Estado Islâmico juntamente com cinco cabeças que tinham acabado de ser decapitadas. O jornal holandês Volkskrant revelou que ele tinha sido declarado "incapaz para o exercício de qualquer atividade profissional" além de receber dinheiro para um tratamento de claustrofobia.
O sistema de bem estar da Europa criou uma toxina cultural para muitos que se encontram em uma subclasse muçulmana, taciturna, improdutiva, que vivem nos enclaves segregados, como os banlieues de Paris ou "Londonistão". Repletos de certezas religiosas, ódio ideológico contra o Ocidente, sem necessidade de assimilarem os valores e as normas da Europa, alguns desses muçulmanos europeus, ao que tudo indica, se sentem como se estivessem destinados a devorarem uma civilização exausta.
Muhammad Shamsuddin, islamista de 39 anos de idade de Londres, foi destaque em um documentário intitulado "Os Jihadistas que moram ao lado". Shamsuddin, pai divorciado com cinco filhos que vive de esmolas estaduais e afirma que não pode trabalhar porque sofre da "síndrome da fadiga crônica", foi filmado pregando ódio contra os não muçulmanos nas ruas britânicas. (Imagem: captura de tela de vídeo da Channel 4)
As metas de política pública devem priorizar o incentivo para que as pessoas deixem de depender da assistência social - hoje denotando, basicamente, o desincentivo à procura de emprego - exceto em casos extraordinários e o desincentivo à responsabilidade pessoal. É preciso que haja limites legais para o uso dos fundos para o bem estar social - por exemplo: os fundos de assistência social não deveriam ser usados para a compra de drogas ilícitas, para os jogos de azar, para o terrorismo e, como já não há nenhuma liberdade de expressão na Europa mesmo, de promover o terrorismo. Poder-se-ia criar e ajustar detalhadamente uma lista desta natureza. Desprezar as ditas limitações resultariam na perda dos benefícios. Medidas como as apresentadas acima ajudariam a combater a guetização e a islamização de muçulmanos na Europa.
Quem está vencendo? A democracia ou o extremismo islâmico? O ciclo dos benefícios do bem estar social em relação à jihad precisa ser interrompido. Agora.
Giulio Meotti, Editor Cultural do diário Il Foglio, é jornalista e escritor italiano
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Viver com moral e com decência - Por Armando Soares



            A pior crise que o Brasil enfrenta é a crise moral. Ela é a mãe de todas as crises. Caso vivêssemos no Brasil com moral e com decência se tornaria mais fácil vencer a atual crise política, a crise econômica, a crise social, a crise institucional e a crise familiar. Entretanto, a imoralidade reinante no Brasil destruiu boa parte da família, com reflexo na educação dos filhos, que repercute na política, na administração da economia, e nas instituições, o que facilita a corrupção e outros comportamentos incompatíveis com a moral pública. Um círculo vicioso que vem sendo mantido por muitos anos e que explica a crise brasileira e a sua dificuldade para debela-la. A solução para reverter esse cenário passa por dois momentos: no curto prazo eleger bons políticos e governantes, uma tarefa difícil que só poderá ter resultado se houver um engajamento maciço da iniciativa privada financiando diretamente uma campanha educativa pela mídia; no médio e longo prazo com campanhas educativas permanentes e uma total limpeza no setor educativo para substituir professores ideologizados por educadores verdadeiros e com moral cívica liberal conservadora. 

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            Além da crise moral, o Brasil também enfrenta uma crise nos costumes e tradição. Moral é um conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupo ou pessoa determinada. É um conjunto das nossas faculdades morais; é brio, vergonha, bons costumes. Tradição é a transmissão de valores espirituais através das gerações. Tudo isso está sendo destruído em consequência da destruição da família, a defesa natural contra a imoralidade, a falência dos costumes e o espírito cívico. Renovada a família, o Brasil se recupera e volta a se desenvolver e crescer. 

            Olavo de Carvalho, em seu artigo Sem Testemunhas, publicado em 22.07.2000, contribui para mostrar aos brasileiros como uma pessoa íntegra deve se comportar e agir com moralidade, descrevendo o comportamento de Albert Schweitzer, que em Minha Infância e Mocidade, lembra o instante em que pela primeira vez sentiu vergonha de si. Ele tinha por volta de 3 anos e brincava no jardim. Veio uma abelha e picou-lhe o dedo. Aos prantos, o menino foi socorrido pelos pais e por alguns vizinhos. De súbito o pequeno Albert percebeu que a dor já havia passado fazia vários minutos e que continuava a chorar só para obter a atenção da plateia. Ao relatar o caso, Schweitzer era um septuagenário. Tinha atrás de si uma vida realizada, uma grande vida de artista, de médico, de filósofo, de alma cristã devotada ao socorro dos pobres e doentes. Mas ainda sentia vergonha dessa primeira trapaça. Esse sentimento atravessara os anos, no fundo da memória dando-lhe repuxões na consciência a cada nova tentação de autoengano. Notem que em volta, ninguém tinha percebido nada. Só o menino Schweitzer soube da sua vergonha, só ele teve de prestar contas do seu ato ante sua consciência e seu DeusEstou persuadido de que as vivências desse tipo – os atos sem testemunhas, como costumo chamá-los – são a única base possível sobre a qual um homem pode desenvolver uma consciência moral autêntica, rigorosa e autônoma. Só aquele que na solidão, sabe ser rigoroso e justo consigo mesmo – e contra si mesmo – é capaz de julgar os outros com justiça, em vez de se deixar levar pelos gritos da multidão, pelos estereótipos da propaganda, pelo interesse próprio disfarçado em belos pretextos morais....  

            Quem consegue ser rigoroso e justo consigo mesmo nesse Brasil contaminado pelos recentes costumes imorais trazidos, não do berço, nem de famílias, mas das ruas, onde a maioria das crianças são educadas? Saídos da rua quando possível, os jovens vão encontrar nos colégios e universidades ensinamentos para viver sob determinada ideologia num mundo sombrio impregnado de ódio e de discriminação. A maioria dos jovens brasileiros, quando se liberta dessa gangue de professores comunistas, tem consciência que está sendo vitimado por decisões que não são as dele, mas oriundas de cafajestes contaminados de moral fétida, mas não encontra forças nem apoio para se libertar dessa lama pútrida comandada por uma corporação maléfica a qual fazem parte comunistas, vadios, viciados, políticos e empresários desonestos, falsos filósofos, professores medíocres comunistas, mercadores sindicalistas, advogados prevaricadores, e outros imorais que vendem sua alma ao serviço de ideologias que reduzem o ser humano a um farrapo.
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            Buscar a felicidade é um direito do ser humano, é próprio do seu livre arbítrio. Essa natureza não pode ser destruída por essa canalhada imunda comunista e por políticos ignóbeis, o que os dá o direito de reagirem com toda força para afastá-los do poder e se necessário do país, pois o lugar deles é na prisão ou numa Coréia do Norte onde a vida não tem valor e onde não existe moral e ética.   
            Diante de tanta imundície e canalhice vale a pena ler um pouco de Herman Hesse:
“Pode ser que venham tempos de horror e profunda miséria. E se deve haver ainda na miséria uma felicidade, esta só poderá ser uma felicidade do espírito, voltada retrospectivamente para a salvação da cultura de tempos anteriores e orientada prospectivamente a afirmação serena e infatigável do espirito num tempo que doutra maneira poderia ceder completamente à matéria.”


Armando Soares – economista

Bandidos de Toga


Posted: 02 Apr 2017 05:49 AM PDT

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Laercio Lairelli

A ministra Eliana Calmon recentemente falou para quem quisesse ouvir que a Lava-Jato deve investigar o Supremo Tribunal Federal. Disse que na Bahia ninguém consegue ganhar processo nos tribunais em que a Odebrechet é parte. Se ela tem razão não sei, mas que a oportunidade é boa, para investigar, isso lá é verdade;

O juiz Sérgio Moro escancarou a porta do disparate assalto aos dinheiros públicos em busca da reforma e o retorno da seriedade no Brasil. Os desígnios que o levaram à essa realidade são fortes. Por exemplo: desorganizar o crime organizado.

Moro conquistou a felicidade de ter ao seu lado, para investigar os corruptos, a Procuradoria do Ministério Público Federal composta por procuradores que se empenharam nesta tarefa,  corajosamente com o intuito  de limpar a sujeira de políticos desafinados com a seriedade parlamentar. Teve a sua mercê também o apetite da determinação destinatária da manutenção da ordem, da Policia Federal. 

Esse conjunto de desejos e ideias deve continuar. Se a ministra Eliana Calmon, destemida e corajosa também, insinua que se deve investigar a parte podre do judiciário, é por que existe uma parte podre no judiciário.

Onde há fumaça, é sinal que já houve fogo! É necessário beatificar esta invetigação!

Atenção: As autoridades constituídas devem tomar atitudes para desarrumar o conchavo de comunistas que irão tumultuar o procedimento criminal, quanto ao depoimento do lula da silva em Curitiba, no dia 3/4/17, perante a jurisdição do magistrado Sergio Moro.

Acordem enquanto é tempo! Evitem uma guerra civil e tomada do poder, organizada pelos fanáticos da facção da ignorância comunista!


Laercio Laurelli – desembargador aposentado (“caput” do artigo 59 do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) – professor de Direito Penal e Processo Penal – articulista – jurista – Patriota.

"Fábula sobre gestão de uma província falida", por Luiz Roberto Cunha


O Globo

Depois que um plano ‘realmente’ conseguiu reduzir a inflação, o problema agora do reino, cada vez mais dramático, é uma tal de dívida pública, um tal de déficit primário

Num reino muito distante, que um dia foi chamado de Belíndia, onde durante longos anos a inflação era muito elevada, numa província costeira, ainda no século passado, um grupo de economistas, relativamente jovem, atuou durante alguns meses na área da “fazenda pública”.

O grande desafio daqueles tempos era, como ainda é até hoje, passados quase 30 anos, pagar as contas. Como, em todo e qualquer governo, salários, aposentadorias e pensões tinham um peso elevado no orçamento da província, mas naquela época, as dívidas ainda eram administradas pelo “Tesouro da Província” (um nome pomposo para o órgão que administrava os recursos de um governo já quase falido) e não pelo tesouro do reino. 

Diariamente o “Tesouro ou Erário da Província” “rolava” a dívida (até porque dívida de governo não é para ser paga, só rolada) com um pequeno ganho, em grande parte devido à elevada inflação e taxa de juros. O economista responsável pelo “Tesouro” diariamente “abria o caixa” verificando o saldo. Após esta etapa dedicava-se, ao longo do dia, a explicar a todos os demais entes públicos responsáveis pelas diversas atividades da província que, uma vez “rolada” a dívida, pagos os salários, aposentadorias e pensões (bons tempos aqueles...), que o saldo em “caixa” teria que ser priorizado. Assim, com base nas informações e estudos efetuados, o economista passava o dia informando que, quem não fosse responsável pela: 1. merenda das crianças; 2. gasolina da polícia; 3. comida dos presos, devia dar-se por satisfeito por estar com o salário em dia e deveria ligar no dia seguinte para ver ser havia alguma sobra no “caixa”, decorrente da rolagem do dia anterior.
Não havia necessidade de explicar as prioridades, especialmente no que se referia à merenda e à gasolina, mas no caso da comida dos presos, alguns dos não aquinhoados solicitavam uma justificava. Então, o economista (esta fábula se passa num tempo em que não tinha ainda ocorrido um massacre num presídio de outra província próxima, como o que ficou pelo nome indígena de “carandiru”) explicava que os especialistas haviam lhe dito que comida estragada era sempre o elemento que faltava para que as diferentes facções se juntassem para fazer uma rebelião. O economista, mesmo sem ser sociólogo ou cientista político, mas tendo tido uma formação humanista, sabia que, por pior que fosse o crime, e por mais que a sociedade tenha uma certa indiferença com os “apenados”, uma rebelião e suas consequências eram sempre um risco de desgaste do governo e também para a sociedade civil daquela sofrida província.

Mas qual era o milagre daqueles tempos, que permitia que a província ainda pudesse pagar em dia os salários, as aposentadorias e as pensões e, pasmem, a merenda, a gasolina da polícia e a comida dos presos? Como dissemos no inicio desta fábula, havia uma elevada inflação no reino. Este era o milagre, pois os salários, as aposentadorias e as pensões, que só recebiam reajustes de tempos em tempos e, quando eram pagos (desculpem o economês) valiam menos em termos reais, ou seja, a cada mês a inflação “comia” um pedaço dos salários, das aposentadorias e das pensões. Por outro lado, os “magos” das finanças do país tinham inventado, já há alguns anos, uma outra parte da mágica e os tributos eram todos corrigidos diariamente pela inflação, uma mágica denominada “indexação”. Uma “mágica besta” mas poderosa, que favorecia os governos e todos aqueles que tinham dinheiro nos bancos, ao receberem algum rendimento pela perda gerada pela inflação, que do outro lado ‘comia’ os salários, as aposentadorias e as pensões. Enquanto a maior parte dos súditos do reino, que não tinham conta em banco e que já começavam o mês devendo, perdiam ainda mais com a inflação... Mas estes súditos não tinham “força política”, votavam de “cabresto”, não contavam...

Mas qual é o final desta fábula? Um dia depois de alguns meses naquela ingrata tarefa, durante um “verão”, o governo do reino fez uma outra mágica, para tentar acabar com a mágica da inflação. Um plano mirabolante, que ia acabar com a inflação. Aí o economista pensou: como era a inflação que permitia pagar os salários, as aposentadorias e as pensões em dia, embora valendo menos que no mês anterior, e pagar a merenda, a gasolina da polícia e a comida dos presos, o que ele ia fazer sem inflação? O economista pediu demissão e foi se “chatear” em outro lugar. O plano mirabolante daquele “verão” fracassou, como alias já haviam fracassado diversos outros planos para acabar com a inflação. Mas o problema da dívida aumentou e o reino começou a fazer programas de renegociação da dívida das províncias. Dizem os cronistas que, nos tempos atuais, as renegociações das dívidas já estão na 6ª ou 7ª versão, até porque depois que um plano “realmente” conseguiu reduzir a inflação, o problema agora do reino, cada vez mais dramático, é uma tal de dívida pública, um tal de déficit primário, ou seja, problemas que não existiam quando tinha a tal da inflação... (Uma homenagem ao acadêmico, economista Edmar Bacha)

Luiz Roberto Cunha é economista, professor da PUC-Rio