quinta-feira, 16 de maio de 2013

'Será a última vez, a última, prometo', diz Renan Calheiros, o cínico


 Ricardo Noblat


De um cinismo extraordinário, esse Renan Calheiros.
Como presidente do Senado, acaba de repetir que será a última vez que o Senado votará uma Medida Provisória sem tempo hábil para examiná-la.
Ou seja: votará no escuro, sem conhecê-la direito, sem saber o que ela carrega de bom ou de ruim, de certo ou de errado.
Referia-se à MP dos Portos, aprovada na Câmara esta madrugada, e que caducará se não for aprovada até à meia-noite de hoje.
Na semana passada, os senadores da turma do governo agradeceram a boa vontade dos colegas da oposição que se prontificaram a votar duas outras Medidas Provisórias sem discuti-las em pelo menos duas sessões, conforme mandava acordo firmado em 2003 por todos os líderes de partidos.
No ano passado, como presidente do Senado, José Sarney repetiu o que disse Renan há pouco: "Será a última vez, a última vez. Prometo".
Os senadores que apóiam o governo se agarram desesperadamente à palavra de Renan para justificar sua decisão de votar, como quer o governo.
Em tempo: há pouco, Renan chamou de "aberração" o fato de os senadores votarem o que não tiveram tempo para conhecer.

Cartas de Paris: A árdua tarefa de governar um povo difícil



Ana Carolina Peliz
Passou tão rápido que nem sentimos. François Hollande completou um ano no poder. Para seu primeiro aniversário, o presidente francês ganhou de presente uma recessão e a antipatia do povo que governa. Sua popularidade atingiu o fundo do poço nesta semana.
Pobre Hollande, que tem por missão governar o povo mais difícil do mundo. E não sou eu que digo isso, são os próprios franceses que reconhecem em um admirável exercício de autocrítica. Mal-acostumados, dependentes do estado, inflexíveis e até preguiçosos, os franceses são criticados por todos os vizinhos europeus. Mas na verdade, as críticas escondem um respeito e, até mesmo, um certo temor.
O respeito pelo povo francês vem da época da Revolução Francesa. Hoje em dia é difícil mesurar o choque causado por este fato histórico, mas imaginem o pânico das monarquias europeias ao ver as cabeças coroadas da corte mais faustuosa do mundo rolando na lama da praça da Revolução (atualmente Concorde), em meio a uma multidão raivosa. Poucas revoluções na história da humanidade foram tão violentas.

François Hollande, presidente da França

Mas as revoltas não pararam por aí. Depois veio a Comuna de Paris, em 1871, um movimento republicano, popular e proletário, uma vez mais contra os privilégios dos monarcas do Segundo Império.
Já em 1968, estudantes franceses foram responsáveis por um dos mais importantes movimentos por reformas sociais, culturais e políticas. Eles arrancaram os paralelepípedos das ruas do turístico Quartier Latin e criaram barricadas onde resistiram dias em uma verdadeira guerra urbana. O movimento foi em grande parte responsável pela queda do presidente Charles de Gaulle.
Mais recente, em 2005, jovens da periferia de Paris e de outras cidades incendiaram carros e ônibus para chamar a atenção do governo para problemas como moradia, desemprego e exclusão social.
Muitas cidades francesas arderam durante dias e o governo percebeu que teria que lidar com estes novos excluídos.
Todos estes marcos, mais que históricos, ajudaram a construir a reputação dos franceses de povo difícil de governar. Hollande está agora em uma situação difícil: deve promover reformas e, ao mesmo tempo, proteger seu pescoço. Já que na França, ao contrário de outros países, manda quem pode e o governante que tem juízo obedece.

Ana Carolina Peliz é jornalista, mora em Paris há cinco anos onde faz um doutorado em Ciências da Informação e da Comunicação na Universidade Sorbonne Paris IV. Ela escreve aqui todas as quintas-feiras.

CHARGE DO ALPINO - CNJ obriga cartórios a fazer casamento gay



Surpresa e suspense no Planalto: Lula manda Gilberto Carvalho depor no Senado sobre Rosemary Noronha.



 Sinal verde de Lula
Carlos Newton
O Planalto não esperava e foi apanhado de surpresa. Achava que Lula não permitiria que o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, aceitasse depor sobre Rosemary Noronha, ex-chefe do gabinete em São Paulo e amiga íntima do ex-presidente, digamos assim.
O convite foi aprovado porque a base aliada está pouco ligando para as brigas entre Dilma Rousseff e Lula, que travam uma guerra de bastidores pela candidatura do PT à Presidência em 2014. E na terça-feira a Comissão de Meio Ambiente, Fiscalização e Controle do Senado não teve problemas para aprovar um convite apresentado pelo líder do PSDB, Aloysio Nunes Ferreira, para que Gilberto Carvalho preste esclarecimentos.
O ministro será interrogado a respeito de denúncias de que a pasta que comanda teria conduzido investigação paralela para esvaziar a sindicância realizada pela Casa Civil sobre Rosemary Noronha.
LULA DEFENDE ROSE
A surpresa foi que o ex-presidente Lula, interessado em defender Rosemary, imediatamente autorizou o ministro a comparecer ao Senado, e ele já aceitou o convite da Comissão.
O assunto é extremamente delicado para o Planalto, porque Gilberto Carvalho é da ala que defende a candidatura de Lula em 2014 e está completamente marginalizado no palácio. A presidente Dilma e a ministra Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, esperavam que o ministro pedisse demissão depois que o Planalto “vazou” à Veja e ao Globo informações altamente negativas sobre ele. Mas Lula o impediu de sair e Carvalho obedeceu.
Por meio da assessoria de imprensa, o secretário-geral da Presidência disse que considera “natural e democrático” o Congresso pedir esclarecimentos aos ministros de Estado. Afirmou ainda que será uma oportunidade boa de esclarecer “diversas informações falas e interpretações equivocadas decorrentes da matéria da Veja” (segundo a revista, a Secretaria-Geral da Presidência teria solicitado documentos levantados pela Casa Civil e tentado interferir na sindicância sobre Rosemary).
ATÉ ONDE CARVALHO VAI?
Ninguém sabe o que Lula vai autorizar Carvalho a dizer, mas é certo que, entre outras coisas, ele ridicularizará o suposto enriquecimento de Rosemary, apregoado pelo Planalto em diversas “notícias” vazadas para a imprensa.
O importante é que Lula se sente traído por Dilma e pelos ministros que a seguem, mas espera a hora certa para revidar. O depoimento de Carvalho, que lhe obedece cegamente, será a primeira oportunidade.
Anotem aí: Lula não abandonou nem vai abandonar Rose. O caso entre os dois terminou, mas ficou uma amizade muito forte, digamos assim. E Lula vai fazer de tudo para defender a companheira.

Desculpem-me se não falo de flores



Sandra Starling
 Retornando de uma viagem à Europa, não posso pintar um quadro otimista diante do que vi. Na Alemanha e no Reino Unido, cresce a aversão à União Europeia. Todos viram o excepcional desempenho, nas eleições municipais, de um partido britânico que apregoa o divórcio entre os britânicos e os habitantes do continente europeu. Entre os alemães, que passarão por eleições em setembro – e correm o mesmo risco dos italianos no que diz respeito à formação de um governo estável –, surge, agora, um partido, Alternativa para a Alemanha, que tem como lema a substituição do euro pelo velho marco alemão. E as pesquisas eleitorais lhe são bem favoráveis.
Por outro lado, vi, durante as comemorações do aniversário da Revolução de Abril, em Lisboa, o mais profundo estranhamento em relação aos alemães. Não poucas vezes, cartazes de Angela Merkel são acrescidos que um repugnante bigode, cuja origem todos conhecem. E isso se repete na Espanha, na Itália e na Grécia. Na Bulgária, dois blocos partidários autoritários ganharam projeção nas últimas eleições. A Rússia dispensa comentários. E, como se tudo isso não bastasse, as bombas que explodiram na Turquia, país filiado à Otan, podem levar a uma incontrolável ampliação do conflito sírio.
Tudo isso posto, podemos dizer que o sonho da cidadania europeia, que foi acalentado há pouco com um prêmio Nobel da Paz, parece cada vez mais distante. A passagem de uma institucionalidade confederativa para uma sólida federação, aos moldes dos Estados Unidos da América, embora necessária, parece ser uma estrada que não vai dar em nada.

NEONAZISMO

Um casal de amigos alemães, que viveu o horror da Segunda Guerra Mundial, me afirmou que o desconforto atual se assemelha, em muitas coisas, com o mal-estar da década de 1920 do século passado. E ele profetiza: infelizmente, um novo ciclo nazifascista se implantará na Europa. E aqui nem vale a pena comentar os desacertos diplomáticos nas costas asiáticas do Pacífico.
Evidentemente, estamos atravessando um período de desarranjos nas áreas de influência política e econômica. Se quiséssemos utilizar uma linguagem que muitos julgam ultrapassada, diríamos que as grandes potências testam seus projetos de hegemonia, para não falarmos de suas pretensões imperialistas. Mesmo os membros dos BRICS dão lá suas trombadas, especialmente no continente africano.
Falo disso pensando no Brasil. Gostaria de ver os que já vão se articulando para a disputa da Presidência da República tratar desses temas, que deveriam nos interessar mais de perto. Um exemplo de questão: o que esperar de uma OMC, agora sob a direção de um brasileiro, ante a fúria por acordos bilaterais de comércio, sendo o mais importante deles o que Obama propõe para salvar a si próprio e a Europa?
Mas, entre nós, isso pouco importa. Tudo indica que partiremos para as próximas eleições sob o signo da mesma mediocridade de sempre. E, depois, que não venhamos dizer que nos arrependemos de nossas escolhas equivocadas. (transcrito do jornal O Tempo)

HISTÓRIA DA LOUCURA



Laurence Bittencourt (*)
A história da loucura já tem um razoável caminho percorrido, isso desde os gregos antigos e que envolveu (e envolve ainda) um acalorado debate sobre as suas causas e motivações. É muito comum (e correto) se afirmar que para os gregos antigos, a começar por Homero, a loucura era vista como algo “de fora”, imposta pelos deuses, sendo os homens meros “bonecos” ou fantoches em suas mãos. O louco era alguém possuído por uma força exterior.
Erasmo de Rotterdam
Erasmo de Rotterdam
Coube a Hipócrates (também grego), uma percepção diferente dos seus conterrâneos, menos “espiritual”, tentando mostrar que não havia doença e sim doentes, com um olhar mais materialista sobre essa ideia. Hipócrates acreditava que a epilepsia (tida como um Mal sagrado) era uma enfermidade natural com origem no cérebro e que a maioria das chamadas doenças resultava de transtornos de humores.
Já na Idade Média com a ascensão do cristianismo (ao poder), houve uma radicalização sobre o caráter de exterioridade da loucura, atribuindo suas causas ao “demônio”, sendo a mesma uma espécie de produto do pecado, e com isso, responsabilizando novamente o sujeito acometido por ela.
Não é à toa, que epidemias e pestes também tinham como causa “desvios” do homem pelo maligno, o que terminou levando a criação da “Inquisição” como forma de “curar” esta doença espiritual. Claro que mesmo na Idade Média, houve quem pensasse diferente ou mesmo resistisse a tal motivação como, por exemplo, Erasmo de Rotterdam ao escrever o clássico e subversivo “Elogio da Loucura”. Mas não foi o suficiente para fazer contraponto ao bloco monolítico católico.
Na Idade Moderna a loucura foi retirada do campo sagrado e colocada dentro do altar da razão, ou melhor, como uma desrazão. E coube a Philiphe Pinel dar o grande passo de separar o louco do criminoso, afastando o aspecto de julgamento moral que se abatia sobre ela. Nesse mesmo caminho foi importante a participação de Hegel ao afirmar (1817) que a alienação mental não seria a perda abstrata da razão e sim que a loucura seria decorrente de uma contradição interna à própria razão e com isso abriu as portas para o entendimento da loucura como a de uma doença mental.
Se opondo a esse caminho irá surgir na contemporaneidade a chamada anti-psiquiatria, mas a meu ver, o mais brilhante teórico a se opor a idéia de doença, será Michel Foucault para quem a loucura tinha como “causa” a própria cultura, ou seja, o social, que determinaria quem era louco e quem não era. Para Foucault em todas as épocas, a própria cultura definiria o que era a loucura.
Foucault, portanto, situava a loucura como não sendo algo natural e sim cultural (ou se quiserem antropológica). Mas será com a psicanálise que o conceito de loucura ganhará melhores definições e terminologias, ao entendê-la como algo situado não como um déficit neurológico, mas como um acidente no percurso no chamado “complexo de Édipo”.
“Não é louco quem quer”, escreveu Jacques Lacan quando ainda era um jovem psiquiatra numa das salas de plantão de um hospital psiquiátrico em Paris. Isso explica de uma forma muito mais nítida e compreensível porque certos sujeitos mesmo tendo uma estrutura psicótica, não desencadeiam a própria psicose ou surto psicótico.
(*) Jornalista. laurenceleite@bol.com.br

CHARGE DO BOOPO



Esta charge do Boopo foi feita originalmente para o

Apartamento de 39 m² com até oito Cômodos!



projetos



Com parede móvel, mesa desmontável e cortinas para mais "privacidade", o pequeno apartamento promove um estilo de vida mais simples.


Comprar mansões ou apartamentos espaçosos é o sonho de consumo de muitos, inclusive dos nova-iorquinos, que precisam ficar apertados em apartamentos minúsculos, para morar em uma das cidades mais populosas do mundo: 

O empresário e fundador do site Treehugger, Graham Hill, no entanto, pensa diferente. Cansado deste estilo de vida consumista, o milionário encontrou uma maneira de ter um apartamento com um espaço de apenas 39 metros quadrados, sem sacrificar o conforto e a comodidade.

Batizada de Life Edited, o projeto desenvolvido por Hill junto a arquitetos promove um estilo de vida mais simples em Nova York. O apartamento de 39 m² tem tudo que um de 1.000 m² oferece, porém, com mais mobilidade, tecnologia e design.

Os apartamentos custam entre US$ 250 mil e US$ 300 mil. Confira abaixo algumas fotos e o vídeo no qual o empresário apresenta as principais características do apartamento:
projetos

Ele possui paredes móveis e cortinas, que transformam o pequeno ambiente em oito cômodos diferentes, como dois quartos, sala de jantar, sala de estar, escritório e até uma aconchegante sala de TV, além de cozinha e banheiro.
Projetos

Se você gosta de receber muitos amigos, sem problemas. Em poucos minutos, uma mesa para 12 pessoas é montada e as cadeiras são empilhadas em um dos armários. Se alguns deles precisarem passar a noite, dois beliches retráteis estão à disposição.
projetos

“No Life Edited, vemos um novo futuro, onde os espaços e os produtos são projetos em torno das coisas que realmente importam para as pessoas, e aquelas que não são importantes são ‘editadas’ para fora”, explicou Hill em seu site.

Casa na Web

Casa na Web

Casa na Web

Veja o Vídeo do Projeto:

Cozinhas externas estão em Alta.


cozinhas projetos



Cada vez mais charmosas e bonitas, as cozinhas ganharam novos espaços na casa.


Para receber melhor os convidados e permitir que os anfitriões não fiquem confinados, foram parar nas varandas e quintais e ganharam o status de gourmets:

Confira na galeria 10 projetos de cozinhas externas e inspire-se para montar a sua!

cozinhas fotos

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Lula foi à Argentina para receber um balde de sete títulos de doutor de uma vez só



Posted: 15 May 2013 08:29 PM PDT

O ex-presidente Lula desembarcará nesta quinta-feira em Buenos Aires para se encontrar com a presidente argentina, a peronista populista e muito incompetente Cristina Kirchner, e para a inauguração da Universidade Metropolitana para a Educação e Trabalho, criada pelo sindicato de porteiros e zeladores da Argentina. Além de discursar nessa inauguração, Lula será homenageado na sexta-feira no Senado, em Buenos Aires. Nessa cerimônia, o ex-presidente receberá de uma vez só sete títulos de doutor honoris causa, que serão entregues pelas Universidades de Córdoba, Lanús, Três de Febrero, San Martín, Cuyo, La Plata e a Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso). Os sete títulos haviam sido concedidos entre 2003 e 2011. Isso diz tudo sobre as universidades argentinas. Segundo a reitoria da Universidade Nacional de Córdoba, a mais antiga do país, o motivo da entrega do título a Lula é sua "vigorosa defesa da democracia e da integração sul-americana, especialmente do Mercosul". A Universidade de La Plata argumenta que o título será concedido pela "vocação de defesa da educação pública" protagonizada por Lula em seus dois governos. Lula chegará em Buenos Aires proveniente de Mendoza, onde participou nesta quarta-feira à noite de uma conferência para 500 empresários, organizada pela espanhola Telefônica, que controla a maior parte da telefonia na Argentina. Ou seja, em apenas dois dias, Lula já captou mais de 500 mil reais em ganhos por suas "palestras" para grande grupos empresariais.

SIMPLESMENTE GENIAL



A Redação, imagem enviada por Ralph J. Hofmann
Anúncios impensados, quando do surgimento da televisão, hoje fazem parte do dia a dia no vídeo. MOD.Quem poderia imaginar reclames (como se dizia na época) de papel higiênico, da conhecida pelo eufemismo “camisa de Vênus”, preservativo, chamado no popular de “camisinha”, ou  absorventes femininos, que eram conhecidos pela marca do fabricante  Johnson & Johnson, Modess (foto).
Finalmente a hipocrisia vitoriana foi vencida e hoje anuncia-se tudo, todavia os magos da propagando valem-se cada vez mais da inteligência apurada, como pode ser visto na outra página
Em uma rodovia na Riviera Francesa, na periferia da cidade de Monte Carlo, um enorme cartaz se destaca por sua criatividade.
A poucos metros antes de entrar em um túnel, o anúncio em inglês que diz: Enter the tunnel safely (Entre no túnel com segurança).com segurança
O anúncio é assinado pela Durex, uma marca de preservativos.

PICARETAS



Mami
Vou dividir com os outros leitores o artigo do Fernando Gabeira, publicado no Estadão de 01 de Fevereiro de 2013, onde ele conta a história do conjunto Paralamas do Sucesso, que foram acusados de calúnia, em 2003, pela canção que lançaram em 1995, Luis Inácio 300 picaretas, e ele defendeu os rapazes, em nome da liberdade de expressão. Gabeira era deputado recente. Agora ele aproveita, mais uma vez, para espinafrar os colegas. Vocês vão gostar.PICAS copy
“300 picaretas e uma pá de cal.
Num dos meus primeiro mandatos de deputado federal defendi na tribuna da Câmara Os Paralamas do Sucesso, acusados de caluniar o Congresso Nacional com a música Luís Inácio (300 picaretas). Os primeiros versos diziam: “Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou/ são trezentos picaretas com anel de doutor”.(veja o vídeo Lula e os 300 picaretas – Ele faz parte !!!)
Defendi-os em nome da liberdade de expressão. Não concordava inteiramente com Lula. Talvez fossem 312 ou 417. Reconheço que 300 é um número redondo, mais fácil de inserir nos versos de uma canção popular. Além do mais, nem todos têm anel de doutor.
Mas isso são detalhes. O mais importante é registrar que estávamos na véspera da chegada do PT ao governo federal, início da era do “nunca antes neste país”. E aonde chegamos, agora, uma década depois?
Renan Calheiros deve assumir a presidência do Senado, Henrique Eduardo Alves, a da Câmara e o deputado Eduardo Cunha, a liderança do PMDB. Caso se concretizem, esses eventos representam um marco na História do Congresso. Significa que, para muitas pessoas informadas, o Congresso deixa de existir. É o fim da picada…
Conheço os passos dessa estrada porque transitei nela 16 anos. O mensalão significa o ato inaugural, a escolha do tipo e da natureza de alianças políticas do novo governo. O mensalão significa a compra de votos dos partidos, uma forma de reduzir o Congresso a um balcão de negócios. Em seguida vieram as medidas provisórias (MPs). Governar com elas é roubar do Congresso tempo e energia para seus projetos. A liberação das emendas parlamentares era a principal compensação pelo espaço perdido.
Fiquem sabendo o que ele diz, lendo o artigo na íntegra, 300 picaretas e uma pá de cal

Artigo excelente: Sobre os “terríveis” médicos cubanos!



Posted: 15 May 2013 04:55 PM PDT

no Blog do Bernardo Pilotto

Nos últimos dias, ganhou peso nas redes sociais uma polêmica acerca da vinda de 6.000 médicos cubanos para trabalharem no Brasil. Ao ler vários comentários, parecia que estava de volta aos tempos da Guerra Fria: “os médicos vêm ao Brasil para doutrinar crianças”, “Cuba é um país comunista e o Brasil é contra esta ideologia” e assim por diante. Gostaria de apontar algumas questões visando limpar o meio-de-campo do debate.
Essa não é a primeira vez que trabalhadores de outros países virão ao Brasil para ocupar postos de trabalho. Em muitos estados brasileiros, há bolivianos, haitianos e imigrantes de outros países, normalmente ocupando vagas com péssimas condições de trabalho (algumas em condição análoga ao trabalho escravo). E assim como há imigrantes de países latino-americanos no Brasil, há milhares de brasileiros em países da Europa, na Austrália e na América do Norte trabalhando como cozinheiros, garçons, babás, entre outros trabalhos de baixa remuneração. Muitas vezes, esses brasileiros tem formação de nível superior e se submetem a trabalhos de menor formação em troca do “privilégio” de morar no “primeiro mundo”.

A vinda dos médicos cubanos para trabalhar em cidades afastadas dos grandes centros, em que não há altos salários (em alguns locais, paga-se cerca de R$20 mil por 20 horas semanais de trabalho) que segurem os médicos, tem uma lógica parecida com o ponto acima descrito. Os cubanos vêm ao Brasil onde sobrem empregos e faltam trabalhadores. A diferença é que a mão-de-obra excedente em Cuba é de alta qualidade: são médicos formados em escolas que tem a saúde coletiva e preventiva como fundamento, nas quais o sistema de saúde brasileiro tem mais peso nos currículos do que em muitas escolas do Brasil. Em Cuba, há 6,39 médicos por mil habitantes, mais do que na Noruega (4,02), Suíça (4,07), EUA (2,67) e Brasil (1,49).
E, assim como os europeus, americanos e australianos argumentam que os brasileiros que vão pra lá podem “gostar da coisa” e querer ficar no país para trabalhar em outras ocupações, muitos agora argumentam que tais médicos podem vir ao Brasil para trabalhar em cidades afastadas e depois procurarem trabalho em grandes centros urbanos.
A questão de fundo está em entender porque não há fixação de médicos em locais afastados dos grandes centros urbanos, onde a relação médicos por mil habitantes chega a 0,98 na região Norte e a 0,68 no interior do Maranhão. Em que pese o Ministério da Saúde ter escolhido a interiorização de médicos como sua pauta central, a política do governo federal é bastante contraditória em relação a isso. Medidas do MEC (Ministério da Educação), como a nacionalização do vestibular a partir do ENEM, atuam na contramão disso. Antes, a maior parte dos estudantes de medicina da UFAC (Universidade Federal do Acre) era originária deste estado. Agora, com o método SISU, esta proporção tende a se inverter, dificultando que os profissionais a serem formados pela UFAC trabalhem neste estado.
Vale registro também que nestas longínquas cidades a ausência não é só de médicos: em geral, faltam todos os profissionais da área de saúde, como enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos, psicólogos, entre outros. E, para estas outras profissões, não há altos salários (a maior parte dos concursos para enfermeiros oferece salários entre R$1.500,00 e R$2.500,00). E a ausência de médicos também é muito influenciada pelo setor privado de saúde, que tem condições de pagar salários maiores para os médicos, mas apenas naquelas áreas que dão lucro (pesquisas direcionadas, atenção secundária, etc); mesmo assim, essa dinâmica influencia todo o mercado de trabalho médico.
A experiência recente tem mostrado que é preciso muito mais do que um salário alto para a fixação de profissionais em regiões afastadas. E, com certeza, a vinda de 6.000 médicos cubanos não vai resolver esta questão. Mas a gritaria criada por conta do anúncio da vinda desses médicos mostra o quanto ainda pensamos pequeno sobre as questões de saúde pública no Brasil. Para se contrapor aos cubanos, setores reacionários e privatistas da saúde passaram a posar de defensores do SUS, se colocando ineditamente preocupados com a qualidade da saúde brasileira.
O que a gritaria tenta esconder é o fato de Cuba, uma pequena ilha no caribe, pobre, que sofre com bloqueios econômicos há mais de 45 anos, que vive um regime político que se afasta da democracia, tem uma saúde pública de excelência e tem condições de exportar médicos para outros países. É semelhante ao que acontece a cada competição pan-americana ou olímpica, em que a pequena ilha supera as medalhas do “gigante” Brasil, com facilidade.
O que o sistema de saúde de Cuba mostra é que é a supremacia do sistema público que produz uma saúde de qualidade, com pesquisas de ponta, com vacinas avançadas, com a prevenção de doenças. Não são, como alguns tentam provar como verdade, o mercado e os grandes conglomerados capitalistas da saúde que fazem esta área avançar rumo ao atendimento das reais necessidades da maioria da população. Se Cuba consegue, imagina o que o Brasil poderia fazer se olhasse com mais atenção para seu sistema de saúde.
É esse ranço preconceituoso que dificulta a validação de diplomas nas universidades brasileiras. É um ranço irracional, que foge do bom senso, parecido com o ranço que faz a ideia democrática (e de bom senso) da paridade entre docentes, técnico-administrativos e estudantes nos Conselhos Superiores não ser implementada. Os Conselhos destas instituições, em geral espaços conservadores e tradicionalistas, não admitem que faculdades de medicina vindas de um sistema que se destaca pela coletividade e eficiência preventiva e terapêutica com uso racional de tecnologia e medicação, podem ser superiores ao modelo brasileiro, que é consumidor e desperdiçador de tecnologia, caro e focado na prática curativa e individual. Quando participei do Conselho Universitário da UFPR, como representante dos técnico-administrativos, entre 2009 e 2011, revalidava-se diplomas de todas as áreas, sem crises ou grandes debates. Mas os diplomas da área da medicina eram cercados de grande tabu.
Portanto, nada de achar que a saúde pública brasileira vai ser salva com a vinda desses médicos. Muitos menos ache que esses médicos vão acabar com a qualidade do sistema brasileiro. Essa é mais uma medida paliativa e contraditória do Ministério da Saúde e que tem um grande mérito: escancarar o quanto o sistema de saúde brasileiro, marcado por ser privatizado, curativo, médico-centrado, hospitalocêntrico e individual, está defasado e precisa ser revisto.

CHARGE DO SANDRO - The Walking Greve


Posted: 15 May 2013 12:02 PM PDT

A mãe do Freud - por Paulo Blank


Faz muito tempo que os psicanalistas deveriam ter construído um monumento homenageando Amália Malka Freud e, através dela, todas as mães que vêm dando sustento a quem vive de ouvir os outros falarem das próprias genitoras. No entanto, até onde sabemos Salomão Sigismund Freud nunca deitou num divã para exercitar o seu direito, nato, de se queixar daquela mulher plantada atrás da sua vontade obstinada. Meu Zig de ouro, era assim que a mãe chamava o filhinho concordando com a parteira que, ao vê-lo pela primeira, previu que o recém-nascido seria um grande homem.
Martin, filho de Zig Freud, conta que a avó Amália nasceu na Galitzia e que os judeus daquelas bandas do império austro-húngaro eram grosseiros e suas mulheres não eram, exatamente, “damas”. Emotivos, explosivos, considerados bárbaros indomáveis aos olhos das pessoas mais civilizadas, ou seja, dos judeus vienenses educados segundo os padrões refinados da capital do império. Mas, ressalta Martin cheio de orgulho, foram homens da mesma origem de Amália, habitantes do leste europeu, que se sublevaram nas ruas de Varsóvia contra o poder do exército alemão, produzindo a única revolta urbana na segunda guerra mundial. Um misto de espanto e admiração perpassa o testemunho de um neto fascinado pela avó.
Dolfi, a filha escalada para cuidar da mãe, dedicou-se a Amália Malka e, segundo o neto, cumpriu à risca o seu destino. Certo dia Dolfi levou-a a uma chapelaria. Experimenta daqui e dali, a filha lhe oferece um chapéu e leva uma bronca: “Este eu não levo, me envelhece muito”. Nada mal para uma mulher com mais de noventa anos que seguia aflita quando Zig demorava a chegar às festas familiares. Nervosa, abria a porta a toda hora. Apesar da casa cheia, o que lhe importava era a ausência do pequeno Zig que, àquela altura, era um médico conhecido e cheio de filhos. Segundo Martin, o melhor era fingir que não se notava o ir e vir da avó, pois qualquer comentário desencadeava um ataque de fúria. 
Ao que parece, a Sra. Freud soube despertar adjetivos em toda a família. Foi descrita pela filha Julie como sedutora, egoísta, caprichosa, enérgica, competente e egocêntrica, mas, ao mesmo tempo, e não por acaso, capaz de rir de si mesma e se fazer de ridícula quando falhava em alguma coisa. Esforçando-se para realizar a previsão da parteira, dedicou-se a preparar o rebento para adentrar em um mundo tão antissemita quanto culto. Morando na parte pobre de Viena, ela sabia que só com muito estudo a filharada sairia daquelas condições. Era Amália quem ensinava ao pequeno Salomão Sigismund Freud o mistério das letras, da ortografia e da aritmética. Fazer de Zig um menino de ouro implicou em transformar este objetivo numa finalidade familiar.
Conta a filha Julie que, num belo dia, as meninas ganharam um piano comprado pela mãe, sabe-se lá com que esforço de economizar do que não tinha. Meninas ao piano, menino aos livros, todos felizes e em seus devidos futuros. Mas, aí, a coisa complicou. As valsinhas vienenses incomodavam os estudos do garoto, que, irritado, ameaçou abandonar o lar. A mãe, contou Julie mais tarde, deu um sumiço no piano que desapareceu sem deixar vestígios, acalmando o filho voltado para realizar o sonho de dona Amália. Uma mulher de verdade. 
Não sem razão, diria Freud, que perdeu a sua Amália quando ela já tinha noventa e cinco anos, que a morte de uma mãe é um acontecimento incomparável a qualquer outro e capaz de despertar emoções difíceis de conter. Vinda de um homem dedicado a decifrar as nossas paixões, esta frase enviada a um amigo tem a força de uma humilde confissão acerca da complexidade e da delicadeza da experiência humana.

Como grandes líderes inspiram a ação?



Essa é uma pergunta que todo mundo quer saber a resposta.
Nesse Talks, Simon Sinek analisa, a maneira com que as pessoas e as organizações no mundo sabem o que fazem e, como os grandes líderes conseguem o gancho para inspirar as ações de seus liderados.
Simplesmente imperdível.
Este vídeo foi enviado pelo Alan Bueno.

Autor

Enrico Cardoso – escreveu  posts no Jornal do Empreendedor.
Enrico Cardoso trabalha com storytelling para construção de marcas. Acredita que toda empresa tem uma única oportunidade de se transformar em uma grande marca: contando histórias.

Franquia: para comprar uma, ter o capital não é o primordial


by Felipe R. Magalhães
shutterstock_26747671Toda vez que leio algo sobre franquias e que o tema é: O tamanho de franquia que "cabe no seu bolso", ou que mostre o valor da franquia como principal atrativo "franquias baratas", fico imaginando como o candidato a franqueado estará correndo riscos. Se ele tem em mente a estratégia de comprar uma franquia "só porque tem capital para comprar esta", ou seja, nada mais é analisado a princípio antes que a decisão seja tomada, o risco de fracasso será maior.
Todo candidato a franqueado deve ter em mente que está iniciando um trabalho no qual terá responsabilidades de um empresário, o que geralmente é diferente da responsabilidade de uma pessoa que está empregada. Além disto - e o mais importante - é que ele terá que se dedicar muito a este trabalho. Desta forma, o "prazer" de administrar o negócio será fundamental para o sucesso do mesmo.
Logo, o tipo do negócio, o modelo de trabalho da franqueadora, e a marca do produto que ele vai representar são fatores preponderantes para se escolher que tipo de franquia comprar. Claro que após esta escolha outros aspectos são de vital importância para que o franqueado obtenha o sucesso desejado, mas a identificação franqueadora x marca x tipo de negócio deve ser avaliada primeiro. Caso não encontre um negócio no qual se identifique versus o capital que você possue, não entre no negócio, sob pena de ter prejuizos que você jamais recuperará.
Nestes anos de gestão no varejo, já vi muitos franqueados se decepcionarem com o negócio, pois só perceberam muito depois que não existia identificação com franquia/produto/marca. Quase sempre, a performance deste grupo não era das melhores e assim o retorno financeiro ficava comprometido.
Em alguns casos, trocamos o franqueado ou a franqueadora assumiu a franquia por algum tempo, e, consequentemente, as vendas tiveram um aumento significativo. Todas as demais condições foram mantidas: a mesma equipe de vendedoras, o mesmo ponto, a loja sem nenhuma reforma e o mesmo mix de mercadorias.
Após esta mudança, sempre fizemos pesquisa junto aos consumidores e às supervisoras das lojas, para entender o por que deste sucesso, e quase sempre a resposta era a mesma - qualidade do atendimento, motivação da equipe de vendas, liderança. Ou seja, este "contágio" motivacional foi o que ocasionou o sucesso da loja.
Portanto, tenha em mente que a condição psicológica de escolha de um candidato à compra de uma determinada franquia tem que ser a mesma de um aluno do ensino médio em busca da sua "profissão dos sonhos": - Um dia serei um grande profissional e serei bem remunerado por isto.
E você, investidor candidato a franqueado, já pensou nisto?