domingo, 12 de março de 2017

Muçulmanos no Brasil querem fim do Judaísmo e do Cristianismo: não diga? - por bordinburke

Muçulmanos no Brasil querem fim do Judaísmo e do Cristianismo: não diga?

por bordinburke

Mais de 900 mil cristãos foram martirizados nos últimos 10 anos em decorrência de sua fé, mormente no Oriente Médio, afirmou empresa de pesquisa cristã afiliada ao Seminário Teológico Gordon-Conwell, em Massachusetts (EUA); o êxodo judaico dos países árabes e muçulmanos a partir de 1948 foi, em verdade, um processo de expulsão em massa das comunidades judaicas estabelecidas nos países de maioria árabe e islâmica, tendo como pretexto principal o restabelecimento do Estado de Israel; não é razoável, então, alguém quedar-se surpreso com o título desta  notícia veiculada pela Veja e repercutida pelo Antagonista:


Despertou a atenção a frase do xeque dando conta de que as pessoas "lidam com o Islamismo de forma natural" em países de maioria muçulmana: quer dizer que cristãos e judeus são bem-vindos por lá? Estranho, porque 16 deles proíbem a entrada de "infiéis" em suas fronteiras. Em número muito maior são os que não permitem a construção de sinagogas e templos de louvor a Cristo em seu território. O natural por aquelas bandas, pois, é justamente a segregação religiosa, a qual não tardaria, por certo, para começar a ser difundida pelos adoradores de Alá em terra brasilis - aproveitando a brecha aberta pelo multiculturalismo, os muxoxos contra uma suposta islamofobia, bem como o apoio da esquerda e o suporte esquizofrênico dos movimentos feministas.
E o que viria a ser a aventada "forma equivocada de lidar" com a religião de Maomé? Parece-me que o equivocado aqui é o próprio entrevistado, pois a lei islâmica, a Sharia, prescreve a missão de que toda a humanidade seja convertida ao Islã  (ou encare os brandidos da cimitarra), para que seja formado um califado mundial - já almejado pelo Império Otomano. O "errado", portanto, não é o muçulmano extremista, mas sim aquele que aceita conviver harmonicamente com outras crenças.
A este, aliás, caberia tomar precauções para com seus correligionários "cegos pelo credo", visto que, aos olhos daqueles que seguem ao pé da letra o Corão, não discriminar (na melhor das hipóteses) cristão e judeus implica em desvirtuar os versos sagrados. Melhor entrarem eles em um acordo interno para que se possa definir, então, quem é "radical" e quem não é.

Cedo ou tarde, seguidores fiéis da religião que mais persegue gays e humilha mulheres no planeta acabam, inevitavelmente, por entrar em conflito com os princípios da sociedade do hemisfério ocidental que os recebeu de braços abertos - afinal, foram justamente os valores judaico-cristãos que forjaram a civilização mais livre e agraciada com a melhor qualidade de vida  da história. É absolutamente esperada, pois, esta "radicalização" das comunidades muçulmanas contra costumes tidos por sua religião como blasfêmias, aos quais não lhes é facultado adaptar-se - sob risco de afrontar os desígnios do profeta militar que decapitava em profusão.
Não por acaso, países como a Holanda movem-se para banir a Sharia desde 2011, tendo em conta que "a mesma não tem raízes nos princípios que formam a cultura holandesa; os nossos direitos, a forma como tratamos o próximo, as nossas normas sobre o bem e o mal foram todas moldadas pelo Cristianismo", conforme prevê um dos projetos de lei apresentados pelo parlamento local. Tal iniciativa vai na mesma direção da postura adotada pelo Japão em relação aos redutos islâmicos, os quais são monitorados permanentemente pelo governo - com apoio total da imprensa e da população.
Ninguém, afinal, quer tomar o posto da Suécia de "capital do estupro", assolada diariamente por episódios violentos em seus subúrbios desde que resolveu fazer de conta que "a religião da paz e do amor" era só uma forma diferente de rezar - realidade esta denunciada por Trump e desdenhada pela mídia tradicional. Viva a diversidade - muito embora o pessoal de Hijab não pareça ter muita liberdade de escolha.
Rodrigo Jalloul faz a ressalva de que tais extremistas não estariam ligados à grupos terroristas, só que o que ele não compreende (ou não quer dizer) é que esta incompatibilidade entre os normas islâmicas e nosso modo de viver (incluindo a democracia e o Estado secular/laico) é que gera o ódio que irá, eventualmente, insuflar o espírito do homem-bomba - ou homem-caminhão, tanto faz - e condenar à morte pessoas inocentes (até mesmo ateus, outra excrescência para os muçulmanos ). Ou seja, a semente do terror está semeada no Brasil, sim - não que nossa população já não esteja acostumada à violência de padrões sírios, mas submetê-la a mais essa bronca é sacanagem da grossa.

O Império Mouro (muçulmano), que conquistou o norte da África, Oriente Médio e Península Ibérica ( onde hoje se localizam Portugal e Espanha) escravizando europeus,  destruindo igrejas e praticando genocídio de dissidentes religiosos por 741 anos, é uma das muitas versões "retrô" do ISIS. Com o regime de Califado, um homem seria escolhido por Deus para liderar o povo muçulmano na conversão do mundo todo para o islamismo. Eis aí o sentimento de querer "pregar o fim de cristãos e judeus" já batendo à porta em nosso país.
Cabe aqui transcrever as palavras de Olavo de Carvalho ainda em 2007, antecipando este processo de islamização do ocidente que ora atravessamos:
Continua, portanto, válida a análise feita em 1924 por René Guénon (ele próprio um mussulmano) em Orient et Occident, segundo a qual o Ocidente só teria, daquele momento em diante, três caminhos a escolher: a reconquista da tradição cristã; a queda na barbárie e em conflitos étnicos sem fim; e a islamização geral. Os que pretendem defender o Ocidente na base do laicismo ou do ateísmo só concorrem para fortalecer a segunda alternativa, ante a qual a terceira pode surgir, mais dia menos dia, até como alternativa humanitária. A “civilização laica” não é uma promessa de vida: ela é a agonia de uma humanidade declinante que, um minuto antes da morte, terminará pedindo socorro ao Islam.
Como dizem meus amigos cariocas: sinistro, mané. E o pior é que, ao contrário do xeque xiita supracitado, as lideranças não negam nada do que foi afirmado neste texto; ao contrário, fazem questão de deixar claro para quem quiser filmar e difundir:
Se Deus quiser, vamos escapar dessa e manter o direito de professar as fés que nos conduziram ao atual estágio de desenvolvimento e convivência pacífica. Mas é bom começar a orar (e agir) desde já.

Na corte do Rei Artur - FERNANDO GABEIRA


O GLOBO - 12/03

Janot decidiu não quebrar o sigilo da ação internacional da Odebrecht: é o que dizem os jornais



As revelações dos dirigentes da Odebrecht inauguram a fase da tsunami que deverá levar o Brasil a reformar seu sistema político. Não podia dar certo. A Odebrecht deu R$ 10,5 bilhões aos políticos. De um modo geral, ela ganha quatro vezes o valor de suas propinas. Uma só empresa, portanto, deve ter faturado R$ 42 bilhões de vantagem nessas operações. Janot decidiu não quebrar o sigilo da ação internacional da Odebrecht: é o que dizem os jornais. Isso esconderia um pedaço do Brasil por algum tempo.

É um pedaço tão sinistro que, no futuro, de alguma forma, o país terá que se desculpar por ele. Interferência em seis processos eleitorais estrangeiros, compra de ministros e até de presidentes, como no Peru — tudo isso é um escândalo sem precedentes. Ele vai se tornar muito mais grave se concluirmos que a Odebrecht foi financiada pelo BNDES. A corrupção no continente e na África era movida com dinheiro oficial, um eufemismo para dinheiro do povo.

Os danos à imagem do Brasil, infelizmente, não se esgotam nessa trama que Janot, aparentemente, quer manter em sigilo. O jornal “Le Monde”, numa reportagem de grande repercussão, afirmou que o Brasil teria comprado a escolha do Rio para a Olimpíada. Um empresário brasileiro depositou cerca de US$ 1,5 milhão na conta de um dirigente do COI. Nesta semana, um dos envolvidos no episódio, Frank Fredericks, pediu demissão. Ele monitorava o sorteio e levou US$ 300 mil. O mais interessante da história é o personagem que surgiu como o corruptor ativo, o empresário brasileiro Arthur César de Menezes Soares Filho, velho conhecido da política fluminense: o Rei Artur. Ele era dono da Facility e tinha amplos negócios com o governo Cabral. Eram amigos. Lá fora, isso não importa. O que as pessoas guardam é a ideia de que o Brasil comprou a Olimpíada.

Se chamo a atenção para as manchas na imagem do país é porque realmente me sinto um pouco confuso sobre o país em que estou vivendo. Em 1949, os norte-americanos fizeram um filme chamado “Na corte do Rei Artur”. É a história de um mecânico que leva um golpe na cabeça e acorda na corte do Rei Artur, no século XVI, e se apaixona por Alessandra. São os artifícios da máquina do tempo. Agora, levamos uma pancada na cabeça e acordamos na corte do Rei Artur, uma versão pós-moderna na qual o melhor amigo do rei é, na verdade, o Tio Patinhas, Sérgio Cabral, que estocava dinheiro, joia, ouro, diamante, quem sabe um dia para despejá-los em sua piscina de Mangaratiba.

Sempre se falou no Rei Artur e em seus negócios escusos. Mas comprar uma Olimpíada é algo que surpreende pela audácia, assim como surpreende pela audácia a fortuna de seu amigo, que considerávamos apenas um corrupto de médio porte. Nesse livre devaneio, a corte do Rei Artur se estende por todo o país. Levamos uma pancada na cabeça e constatamos que o sistema partidário brasileiro está em vias de desaparecimento.

Marcelo Odebrecht, bobo da corte? É um luxo mesmo para um lugar com tanta esperteza. Literalmente, essas empresas devem ter roubado do Brasil o valor do déficit orçamentário deste ano, R$ 139 bilhões. Associadas a um governo corrupto, roubaram tudo o que podiam aqui e, com uma parte do dinheiro, foram comprar autoridades lá fora. E como se não bastasse, o tronco fluminense teria comprado uma Olimpíada, uma festa internacional teoricamente voltada a estimular valores éticos e fraternidade entre os povos.

Finalmente roubaram também a limpidez da imagem do país no exterior. Esse sistema político partidário está pela hora da morte. A insistência da esquerda em negar o gigantesco processo de corrupção e o papel de Lula no seu comando é um dado imutável, mas, ao mesmo tempo, decisivo para as eleições de 2018. A autocrítica é uma saída que poderia fortalecer a esquerda a longo prazo, mas a tiraria do páreo. Por outro lado, o confronto com a avalanche de dados que surgem das delações e documentos é um caminho masoquista que vai arrasá-la ainda mais.

Apesar da pancada na cabeça que me levou à corte do Rei Artur, creio que posso imaginar paisagem depois da batalha ao acordar desse golpe. Passada a tsunami, o sistema partidário será levado na enxurrada ou terá de se abrigar em patamares éticos mais elevados, através de uma reforma.

E as eleições presidenciais brasileiras podem tomar, por caminhos diferentes, o mesmo rumo da francesa. Pela primeira vez, a tradicional alternativa esquerda-direita não irá ao segundo turno.

O chamado momento pós-ideológico não significa o fim do populismo, pois na França, assim como nos Estados Unidos, ele assume outras formas, canaliza o ressentimento popular e torna-se um dos atores principais do processo.

No filme “A corte do Rei Artur”, o mecânico americano Frank Martin, de Connecticut, termina pedindo reformas no reino. Aqui, além de reformas, algumas prisões são necessárias, inclusive a do próprio rei.