terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Julgar juízes


Sou do tempo em que a lei, pelo menos em tese e em princípio, era igual para todos, homens e mulheres, vilões e barões. E até agora pensava que essa norma igualitária continuava valendo. Por exemplo, no caso de julgamentos por júri, quando sete cidadãos votam pela punição ou absolvição dos réus. E a decisão é por maioria simples: sete a zero ou quatro a três, não faz diferença.

Santa ingenuidade. Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal decidiu, por oito votos contra três, que juízes respondendo a processos disciplinares nas corregedorias dos tribunais e no Conselho Nacional de Justiça só serão punidos se a maioria absoluta dos seus julgadores concordar com uma determinada punição. ...

Como era antes, essa maioria era exigida apenas para determinar que os magistrados mereciam castigo. E já existia uma extraordinária colher de chá: na decisão sobre a pena. se não existisse metade mais um dos votos, podia ser determinada a punição mais suave. Mas era comum que não existisse castigo algum, quando as corregedorias que os julgavam não chegavam a um acordo sobre a pena.

O novo sistema é, em princípio, um tanto mais rigoroso. Mas o privilégio continua valendo: juízes acusados de algum delito disciplinar correm menos risco de serem castigados do que cidadãos comuns processados por delitos previstos no Código Penal. Por exemplo, um Zé Mané acusado de brigar com a lei pode ser preso preventivamente, mas um juiz em situação equivalente não pode mais ser afastado de suas funções antes de começar a responder a um processo administrativo. Ou seja. a suspeita de mau comportamento tem menos peso quando o acusado veste toga.

Uma boa decisão do STF foi manter o prazo de 140 dias. com uma prorrogação, nos processos disciplinares contra juízes. A Associação dos Magistrados Brasileiros - uma espécie de sindicato dos juízes, coisa que com certeza não existe na maioria dos países, digamos assim, mais antigos - tentou derrubar o prazo, alegando que ele seria inconstitucional. O que permite a desconfiança de que não é um mau prazo.

Por Luiz Garcia

Fonte: Jornal O Globo

Estudo de viabilidade técnica: o raio-x do terreno




Postado por: Redimob  |  14/02/2012 13:45:39
Fonte: Redação Redimob

Através do EVT é possível identificar o que pode ser edificado no terreno. Especialista alerta que o estudo completo também apresenta todos os débitos, como dívidas ou multas.

A aquisição de um terreno é um investimento tentador. Mas o comprador sabe o que pode ser feito nele? E o corretor de imóveis que vai apresentar o produto? Pensa que qualquer edificação pode ser realizada no local?
Para aqueles que ainda acham que sim, precisam ter acesso ao estudo de viabilidade técnica, realizado por arquitetos e engenheiros.
Segundo o diretor da Gustavo Feola Negócios Imobiliários e especialista em mercado de terrenos, Gustavo Feola, um estudo de viabilidade técnica, ou EVT, nada mais é que um “raio X” do que pode ser edificado em um determinado terreno.
“São levados em consideração aspectos quanto aos índices como taxas de ocupação, coeficiente de aproveitamento, recuos, zoneamentos, quadras fiscais, histórico da edificação, gabaritos (alturas máximas permitidas), consulta de processos, entre outros dados”, explica Feola, em seu blog, e ainda ressalta. “O EVT completo também permite verificar informações detalhadas junto aos órgãos públicos que analisam os melhoramentos, como desapropriações e benfeitorias públicas, além de órgãos do Patrimônio Histórico - tombamentos - no caso”.
Trabalho em conjunto
Um bom profissional que realiza o EVT trabalha também em parceria com assessores da área do Meio Ambiente, como engenheiros ou arquitetos especializados no ‘‘verde”, recomenda o especialista. “Estes profissionais promovem exames por meio de levantamento planialtimetrico e arbóreo, o tipo de vegetação e suas interferências. Em paralelo, o EVT completo apresenta ainda todos os débitos relacionados ao terreno, como dívidas ou multas municipais e estaduais”, ressalta.
Corretor de imóveis: apure informações
Aos corretores de imóveis, Feola recomenda que ao negociarem um terreno procurem antes apurar mais sobre o que pode ser construído nele. “Especialistas que negociam terrenos necessitam receber já apurados os detalhes e informações sobre as áreas. Dessa forma o trabalho em parceria ganha mais agilidade, maior credibilidade junto ao comprador e aumenta a possibilidade de comercialização”, finaliza o especialista.


Trabalhar ou enriquecer?



Publicado em: - 14-02-2012
Você já deve ter ouvido aquela máxima que diz que quem trabalha não enriquece. Infelizmente, ela traz uma verdade.
A maioria dos assalariados nunca parou para refletir sobre o motivo de uma empresa lhe pagar salário. Seria por caridade, altruísmo, generosidade? Longe disso: um empregado assalariado dedica nove, dez ou mais horas por dia para, simplesmente, enriquecer os donos ou acionistas da empresa para a qual trabalha.
Passa, portanto, a maior parte de seu tempo dedicando seu suor, sua inteligência, sua experiência e seu networking para gerar riqueza para os outros.
Isso não é injusto; é só a mais franca tradução do que é o capitalismo. Quem tem riqueza põe essa riqueza para trabalhar e multiplicar seu capital, convidando aqueles que não têm capital para ajudá-lo nesse objetivo de multiplicar riquezas. Em troca, oferece parte da riqueza gerada, na forma de salário.
É fundamental, para a sobrevivência do capitalismo, que todo trabalhador perceba isso e se esforce para virar o jogo a seu favor, poupando parte do que ganha (isto é, acumulando capital) para que, no dia em que sua carreira se esgotar, ele tenha capital suficiente para viver de renda ou, melhor ainda, para investir esse capital em um negócio próprio, gerando oportunidades para vários outros trabalhadores sem capital.
Imagine se cada trabalhador de hoje criasse condições de emprego para dois ou três trabalhadores no futuro. Seria muito bom para ele, para os futuros empregados e para a economia como um todo. Obviamente, pensar que todo trabalhador conseguirá isso é uma visão utópica, pois temos que considerar que muitos empreendedores não conseguirão fazer seu negócio sobreviver e que muitas pessoas nem sequer têm vocação para empreender.
Mas é provável que quem continuar dependendo de todo o salário para pagar as contas a cada mês precisará ser empregado a vida toda ou verá seu padrão de vida decair após sua aposentadoria. Se, por outro lado, optar por reservar para o futuro, estará gerando uma riqueza potencial muito importante para todos que o rodeiam.
Para virar o jogo, é preciso entender a essência do papel do trabalhador nas empresas. Quando alguém trabalha, dedica tempo para obter recursos monetários, mas deixa de dedicar tempo para sua família, para cuidar de sua saúde, para suas relações pessoais e para outros projetos pessoais. Muitas pessoas sentem dificuldade em melhorar seus conhecimentos porque dedicam tanto tempo ao trabalho que não sobra tempo para estudos.
Trabalhar, portanto, rouba tempo que o trabalhador poderia dedicar a seus investimentos pessoais, consequentemente prejudicando o aumento de sua riqueza. É por essa interpretação que eu defino salário não como renda, mas sim como indenização. O trabalhador apenas passaria a ter renda quando decidisse construir patrimônio que lhe gerasse ganhos, como aplicações financeiras, imóveis alugados, bens para revenda com lucro ou algo do tipo. Quem optar pelo caminho de ser empregado a vida toda estará se autossabotando, fadando-se a receber uma simples compensação pelo uso de seu tempo em favor dos outros.
Não prego aqui o fim do emprego. Ele sempre será necessário para os primeiros passos em um projeto de construção de riqueza. Quem não tem recursos para investir deve buscar um emprego que lhe gere esses recursos. Porém, por estar nessa condição, é essencial para seu futuro que o trabalhador tenha um projeto de longo prazo, que envolva a acumulação de parte do salário ganho para que, um dia, ele possa abandonar seu emprego e dedicar seu tempo para o crescimento da própria riqueza.
Entender o ganho dos investimentos como renda e o salário como indenização é exatamente a forma de pensar daqueles que enriquecem. Por isso, quem sonha em sair das amarras do emprego deveria trabalhar um pouco para si também.
A conclusão é simples: se você pensa em enriquecer, não é você quem deve trabalhar pelo dinheiro, mas sim o dinheiro é quem deve trabalhar para você.
Gustavo Cerbasi (www.maisdinheiro.com.br) é consultor financeiro e autor de Casais Inteligentes Enriquecem Juntos (Ed. Gente), Como Organizar sua Vida Financeira (Elsevier Campus) Pais Inteligentes Emriquecem seus Filhos (Ed. Sextante).

O que é empreendedorismo


Por Robson Paniago, www.administradores.com.br


Identificar oportunidades, agarrá-las e buscar os recursos para transformá-las em negócio lucrativo. Esse é o papel do empreendedor

A palavra "empreendedorismo" vem de entrepreneur, palavra francesa usada no século XII para designar aquele que incentivava brigas. O grande economista Schumpeter dizia que é o empreendedor que movimenta a sociedade e a inova.

Identificar oportunidades, agarrá-las e buscar os recursos para transformá-las em negócio lucrativo. Esse é o papel do empreendedor. Não é necessário possuir os meios necessários à criação de sua empresa.

O empreendedor é motivado pela liberdade de ação, automotivado. Significa que ele tem consciência de que seus caminhos dependem muito do suor, trabalho redobrado e perspicácia nos negócios.

Ele arregaça as mangas, colabora no trabalho dos outros e transforma o ambiente a sua volta. Naquilo em que os outros enxergam crise, ele deve enxergar oportunidades.

Ele tem mais faro para os negócios do que habilidades gerenciais ou políticas. É o que denominamos "tino comercial" e isso nenhuma universidade consegue ensinar, deve-se nascer com ele.

Freqüentemente, tem formação em áreas técnicas, como engenharia, ou ser da área de ciências sociais aplicadas, tais como Administração, Economia, Contabilidade etc.

O centro de seu interesse é principalmente a tecnologia e o mercado, e considera que o erro e o fracasso são ocasiões nas quais se pode aprender alguma coisa.

Entendo que aprendemos mais com nossos erros do que com nossos acertos, apesar de ver que na maioria das escolas de negócios do Brasil os professores gostam de mostrar os casos de sucesso, e não o contrário.

Ser empreendedor é um estado de espírito e mais do que isso, uma necessidade na sociedade atual. Cabe ao empreendedor ser o agente de mudança e ainda fazer do seu autodesenvolvimento a mola mestra do seu sucesso, do sucesso da sua empresa (como funcionário ou dono) e, consequentemente, do seu país.

É de empreendedores que o Brasil mais necessita e deve cultivá-los e dar condição ao florescimento dos mesmos. Viva o empreendedorismo!

Prof. Dr. Robson Paniago - é Doutor em Ciências Empresariais pela Universidad Del Museo Social Argentino, Coordenador do Curso de Administração do Centro UNISAL – Campinas e Professor de graduação de graduação e MBA da FGV.