quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Síndico é gestor do condomínio


 fonte: Folha

A primeira assembleia condominial do ano, que costuma acontecer no trimestre inicial, é o momento de discutir pendências e planejar o futuro do prédio

noticias meu imovel  : Síndico é gestor do condomínio
Na primeira assembleia geral de condomínio, moradores discutem previsões orçamentárias do ano e realizam eleição para síndico – Roberto Assunção – 21.dez.2004/Folhapress
Nela, acontece a prestação de contas do ano anterior e podem ser debatidas e votadas a eleição (ou reeleição) do síndico e a aprovação do orçamento para o próximo período.
O síndico pode ser proprietário, inquilino ou alguém de fora do prédio, conforme a decisão da maioria dos condôminos.
Suas principais atribuições são representar o condomínio, zelar pelo cumprimento da convenção e do regimento interno, cuidar da conservação e da manutenção das áreas comuns e equipamentos, bem como negociar com fornecedores.
Como em qualquer eleição, os moradores devem ter cuidado na hora de escolher quem irá comandar o dia a dia do prédio.
“Pergunte ao candidato quais são suas propostas e quanto tempo ele terá para se dedicar às demandas do condomínio. Procure saber quais as mudanças que ele pretende realizar na gestão e como fará para garantir segurança e comodidade aos moradores”, diz Angélica Arbex, gerente de relacionamento da imobiliária e administradora Lello.
Outro ponto importante da reunião é a previsão orçamentária, fundamental para tentar garantir o cumprimento do plano de trabalho do condomínio e a cobertura dos custos operacionais com funcionários, concessionárias de luz e água, além de prestadores de serviços, como empresas de manutenção e conservação de bombas, portões e elevadores.
“Planejar o orçamento é muito importante também para o controle da inadimplência no condomínio, evitando índices altos”, diz Arbex.
Uma das recomendações é que o síndico submeta à aprovação da assembleia a distribuição das despesas extras de final de ano ao longo dos 12 meses. A medida evita que a cota condominial paga pelos moradores sofra aumento de até 15% nos últimos meses do ano em razão de obrigações sazonais.
Rosely Benevides de Oliveira Schwartz, contabilista e professora do curso de administração de condomínios da EPD (Escola Paulista de Direito), não recomenda, porém, que neste primeiro encontro sejam aprovadas as contas da gestão anterior.
“O novo síndico deve primeiro inteirar-se da situação financeira real e legal do prédio, elaborar um relatório e, posteriormente, convocar uma assembleia exclusiva para essa votação”, diz.

VIREI SÍNDICO, E AGORA?

Pesquisa da imobiliária e administradora Lello aponta que 70% das assembleias realizadas para a escolha do novo síndico terminam com a reeleição do até então gestor.
O cenário, no entanto, está em mudança. Há dez anos, a reeleição acontecia em 90% dos condomínios.
Segundo Schwartz, a falta de preparo de síndicos recém-eleitos pode levar a descuidos como a falta do AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) e de inspeção na estrutura predial.
Ela sugere ações para os síndicos adotarem logo após a eleição:
DOCUMENTAÇÃO
Marque uma reunião com o antigo síndico para receber a documentação do edifício, que deverá ser listada e protocolada
FUNCIONÁRIOS
Reúna os funcionários do condomínio, apresente-se e explique como planeja sua gestão. Verifique se todos que trabalham no prédio estão devidamente registrados, incluindo os aposentados
ADMINISTRADORA
Reúna-se com a administradora para conhecer os procedimentos da empresa e explicar como pretender gerir o prédio
VISITAS
Conheça as áreas técnicas do condomínio, como arquivos, depósitos, cobertura, telhado, caixas d’água, casa de máquinas dos elevadores, entre outras
INSPEÇÕES
Verifique os prazos de todos os itens que precisam ser inspecionados, como extintores, mangueiras de incêndio, para-raios, iluminação de emergência, instalações elétricas, elevadores, área de lazer, desinsetização, entre outros
LAUDO ESTRUTURAL
Solicite a visita e o laudo de um engenheiro, que deve avaliar a situação estrutural do prédio
LEITURAS
Estude a convenção e o regulamento do condomínio, marcando os principais itens. Leia o livro de atas, se possível desde a implantação do condomínio, para se inteirar das deliberações que ainda são aplicadas
Fonte: Folha

5 coisas para fazer todas as manhãs e ser mais produtivo


O jeito como você encara as primeiras horas do dia pode influenciar seus níveis de stress e produtividade no trabalho; veja como lidar com isso


 
Getty Images
Xícara com café
São Paulo – O sucesso do seu expediente começa muito antes da hora que você bate o ponto ou passa o crachá no escritório.
A maneira como você encara o período que se estende entre o primeiro abrir de olhos até o momento em que chega ao trabalho pode ser determinante para a toada que o resto do seu dia seguirá. 
Não é por acaso que Chieko Aoki, CEO da Blue Tree Hotels, e Ernesto Haberkorn, fundador da TOTVS, dedicam uma atenção especial às manhãs. 
Para ambos, as primeiras horas do dia se revelaram como momentos preciosos para que eles conseguissem fazer a rotina caber na agenda, como revelaram recentemente para EXAME.com. 
Este é o mote do livro “What the most successful people do before breakfast” (O que as pessoas mais bem sucedidas fazem antes do café da manhã, em uma tradução livre), lançado em 2012.
Nele, a autora Laura Vanderkan elenca argumentos que provam que a chave para conseguir o que quer está na maneira como você lida com as primeiras horas do dia. "Este é o tempo que você pode ter para você mesmo, antes da prioridade das outras pessoas”, disse para oBusiness Insider.
Com isso em mente, elaboramos um guia para seguir todas as manhãs e que pode garantirprodutividade, além de leveza, nas horas que estão por vir. Confira.
1 Tire o peso
Antes qualquer coisa, calibre seus primeiros pensamentos. Em outros termos, pare de encarar o início de um novo dia com tanta ansiedade, medo e frustração. “Acordar cedo é acordar cedo, não é melhor, nem pior. É só acordar”, afirma Eduardo Shinyashiki, consultor de carreira.

Esforce-se, portanto, para apreciar o que está a sua volta – do sol que entra pela janela até a água que escorre pelo corpo durante o banho.

“Em vez de alimentar a rotina de levantar com pressa, dedique 15 minutos para sentar e olhar as pessoas que dividem a vida com você”, sugere o especialista. E, como ele aconselha, faça de cada manhã uma celebração. 
2 Faça uma atividade física 
Uma medida para começar o expediente já prevenido contra o stress é investir em atividade física. “Você deixa o stress na academia, na pista ou na praia”, diz Fernando Camilo, sócio da Kaminarh Consulting, que mora no Rio de Janeiro. 
 O exercício aeróbico oxigena o cérebro e diminui o cortisol no sangue”, descreve Luis Fernando Garcia, autor do livro “O cérebro de alta performance” (Editora Gente).
Quando combinada com uma boa noite de sono, a prática de exercícios faz toda a diferença na produtividade, segundo o especialista. 
3 Alimente-se
Para encarar o dia, é preciso de energia. Ou seja, café da manhã é indispensável. Afinal, como já diziam sua avó ou mãe, “saco vazio não para em pé”, brinca Garcia. Um cardápio rico em frutas e cereais pode ser uma boa pedida. 
4 Coloque coordenadas no dia
Aclamada por especialistas de gestão do tempo, a “ingênua” lista de tarefas do dia é uma "poderosa" ferramenta da neurociência para que seu cérebro não surte no meio do expediente. 
“O ser humano não funciona se não visualizar uma saída”, afirma Garcia. “Quando você materializa no papel tudo o que precisa fazer, em vez de circuitos desencontrados, você reduz a ansiedade”. 
Em outros termos, a lista de tarefas cumpre o mesmo papel de um mapa recheado de coordenadas para que seu cérebro encontre foco para as horas que estão por vir.
“Quando você sistematiza o dia, o cérebro cria um caminho para como o dia vai funcionar”, diz o especialista. 
Não é preciso muito para traçar este roteiro. Liste as atividades que devem ser feitas no dia usando verbos de ação no infinitivo e coloque um parâmetro de tempo para cada atividade. Por exemplo, fazer 10 ligações em 45 minutos. 
Depois, eleja uma ou duas tarefas que “farão seu dia” caso as concretize. “Quando a gente conclui uma coisa importante, temos uma leve sensação de satisfação”, afirma Garcia. 
Cuidado para não enumerar tudo - ou cair na tentação de fazer de todas as tarefas uma prioridade. Do contrário, seu mapa do dia pode desembocar em mais ansiedade e frustração. 
5 Adiante os ponteiros 
Agora, se você, de fato, quer começar a labuta com o pé direito, trate de rumar para o trabalho alguns minutos mais cedo. “Deus ajuda quem cedo madruga”, brinca Fernando. “Se você sai com antecedência, já sai tranquilo”. 
Lembre-se: “Trabalho não deve ser agonia. Deve ser satisfação, um local de realizações”, diz o especialista.

Os bancos com os melhores juros de financiamento imobiliário

São Paulo – Os juros cobrados por cada banco podem gerar uma diferença grande no valor final de uma compra feita a prazo. E no financiamento de imóveis, como o objeto do empréstimo tem um alto valor, escolher o banco com melhor custo pode gerar economias de mais de 90 mil reais.

Existem diferentes modalidades de financiamentos imobiliários hoje. Os financiamentos feitos pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) costumam ter taxas mais baixas, já que são regulados pelo governo e utilizam recursos da poupança e do FGTS. A modalidade contempla apenas imóveis de até 750 mil reais nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e no Distrito Federal e de até 650 mil reais nos demais estados.
Acima desse valor, o financiamento só pode ser feito fora do SFH, e as taxas de juros podem ser mais altas.
Além disso, os juros podem ser cobrados de duas maneiras: as linhas pré-fixadas têm juros acordados no ato da contratação e permanecem as mesmas até o fim do financiamento; e as linhas pós-fixadas têm uma taxa de juro prefixada e corrigida pela variação da Taxa Referencial (TR), que será tanto maior quanto maior for a taxa básica de juros (Selic) no Brasil.
As condições também variam de acordo com o relacionamento do cliente com o banco. É por isso que, mesmo que a Caixa costume cobrar os menores juros, dependendo do caso o cliente pode conseguir taxas mais baratas em outros bancos.
Como o imóvel funciona como uma garantia para o banco, o crédito imobiliário é uma das linhas de crédito mais em conta do Brasil. Mas, ainda assim vale a pena comparar, já que as taxas podem variar bastante, com juros oscilando entre 6,91% ao ano até 16,45% ao ano.
Veja nas tabelas a seguir as taxas de juros médias cobradas pelos grandes bancos no financiamento imobiliário em cada tipo de contrato. Os dados são referentes ao mês de janeiro e foram passados pelas próprias instituições financeiras ao Banco Central:
Dentro do SFH, com taxa de juros pré-fixada:
Fonte: Banco Central
Período: Janeiro de 2013

A tabela completa com todos os bancos está disponível em EXAME.com.
Dentro do SFH, com taxa de juros corrigida pela TR (pós-fixada):
Fonte: Banco Central
Período: Janeiro de 2013

A tabela completa com todos os bancos está disponível em EXAME.com.
 Fora do SFH, com taxa de juros pré-fixada:
Fonte: Banco Central
Período: Janeiro de 2013

A tabela completa com todos os bancos está disponível em EXAME.com.
Fora do SFH, com taxa de juros corrigida pela TR (pós-fixada):
Fonte: Banco Central
Período: Janeiro de 2013
A tabela completa com todos os bancos está disponível em EXAME.com.
Juros não são tudo
A comparação dos juros pode funcionar como uma primeira análise sobre quais bancos têm custos de financiamento mais caro ou mais barato.
Mas, muitos outros custos são envolvidos em um financiamento imobiliário e os juros podem ser negociados de acordo com o relaciomento que o cliente tem com o banco e com o seu perfil de crédito.
A melhor forma de comparar os custos é observar o Custo Efetivo Total (CET), taxa que engloba todas as despesas com o financiamento que vão além do valor efetivamente pago pelo imóvel.
O CET inclui os juros, os seguros habitacionais (MIP e o DFI), a tarifa mensal de serviços administrativos e a tarifa de avaliação do imóvel e impostos, quando aplicáveis, como o Imposto de Operações Financeiras (IOF).
Apenas os custos dos seguros habitacionais, por exemplo, podem facilmente superar o montante de 100 mil reais ao final do prazo, além de variar mais de 135 mil reais entre diferentes instituições financeiras.

Que ‘País das Maravilhas’ é este?


by mirandasa08
MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br )
Em 1975, mais precisamente no dia 19 de abril de 1975, Lula da Silva, pelego da Volkswagen e informante do Dops paulista, segundo Tuma Jr., um quadro sindical formado pela OIT, assumiu a direção de um Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista.
 Na presença de autoridades civis, militares e eclesiásticas, Lula leu um discurso, possivelmente escrito pela assessoria do general Golbery do Couto e Silva ou algum ghost-writer da Volkswagen, que mostra a sua amoralidade.
Lembrem-se, isto foi em 1975, há 37 anos. De um trecho dessa fala, elogiado por Delfin Neto, tiramos esta declaração: ”O momento da história que estamos vivendo apresenta-se, apesar dos desmentidos em contrário, como dos mais negros para os destinos individuais e coletivos do ser humano. De um lado, vemos o homem esmagado pelo Estado, escravizado pela ideologia marxista, tolhido nos seus mais comezinhos ideais de liberdade, limitado em sua capacidade de pensar e se manifestar. E, no reverso da situação, encontramos o homem escravizado pelo poder econômico, explorado por outros homens, privados da dignidade que o trabalho proporciona, tangidos pela febre de lucro, jungidos ao ritmo da produção, condicionados por leis bonitas, mas inaplicáveis, equiparados às máquinas e ferramentas."
Depois, como uma metamorfose ambulante, esse Pelegão juntou intelectuais oportunistas, padres de passeata, pelegos sindicais, dissidentes do movimento comunista, e fundou o PT, um partido contestador que nasceu propondo tudo aquilo que o imaginário popular queria: passar o Brasil a limpo. E enganou milhares de aderentes.
Hábil palanqueiro e fanfarrão, o Chefe petista denunciou os escândalos parlamentares, nomeando os deputados federais de “os trezentos picaretas do Congresso Nacional”. Criticou duramente as “bolsas” criadas por Cristovam Buarque e multiplicadas por Fernando Henrique.
Assim, fazendo concessões ao capital, Lula se elegeu presidente da República por dois mandatos e até hoje o PT está no poder através de um títere seu. Ele continua o mesmo, cultuando a ideologia dos pelegos; e seus joysticks, multiusuários desse vitorioso carreirismo seguem o seu exemplo de falta de caráter.
Aliaram-se aos trezentos picaretas, surfaram na onda do cinismo e da corrupção com menosprezo pela opinião pública. Esqueceram as críticas ao “bolsismo” dos antecessores, usando-as descaradamente para fins eleitorais; e enveredaram por um falso “esquerdismo” baseado no “marxismo dos Irmãos Marx”. Pura galhofa.
Assim, Lula e seus parceiros perderam o respeito nacional. Não se pode levar a sério um dirigente partidário e seguidores que não pensam no País e na Nação, perseguindo unicamente um projeto de poder. E para isso, expropriam o Erário, pervertem a administração pública, corrompem as empresas estatais e, através de uma propaganda miliardária, criaram um País das Maravilhas. Virtual.
O PT vai além: Ocupando o poder, subverte o sentido de República, desmoraliza o Legislativo com uma bancada de presidiários e desvirtua o Judiciário, tentando ridicularizar o presidente do STF, como fez o líder do partido na abertura do ano legislativo.
Felizmente, os mamulengos de Lula estão dominados pelo medo de perder as lucrativas posições político-administrativas. Suas últimas ações gangsteristas estão sendo repudiadas pela população, e eles sabem disto melhor do que ninguém.
Constata-se concretamente que o desvirtuamento das manifestações populares de protestos deve-se aos vândalos mercenários a serviço do PT-governo. Revelou-se a cumplicidade governamental com o MST na depredação de repartições públicas, invasões de fazendas produtivas e destruição de plantações e centros de pesquisa.
A política externa é vergonhosa. Serve apenas às ‘consultorias’ da pelegagem através dos empréstimos do BNDES e os perdões de dívidas dos ditadores africanos e caribenhos. Os paraísos fiscais acumulam contas desmedidas da companheirada, e a revista Forbes publica que Lula é possuidor de uma fortuna de US$ 2 bilhões.
Analisando a conjuntura econômica, vê-se Dilma Rousseff, a testa de ferro de Lula na Presidência, desmentindo o perfil proclamado na campanha ardilosa que a elegeu. Sua fama de gerentona é uma fraude, como fraude é o ‘País das Maravilhas’ que o marketing lulo-petista criou.  Mas isto é outra história, que fica para depois...

Aluguel pressiona preços e fecha lojas no Rio


ASIDE

Em um ano, alta do metro quadrado supera em quase dez vezes a inflação e se reflete no custo de vida
Os valores dos aluguéis de lojas em alguns bairros do Rio subiram quase dez vezes mais do que a inflação e são apontados pelos comerciantes e economistas como um dos grandes responsáveis pela alta dos preços da alimentação fora de casa e pelo fechamento ou mudança de endereço de algumas lojas tradicionais, sobretudo na Zona Sul da cidade. Pesquisa do Secovi-Rio mostra que em janeiro do ano passado o metro quadrado nos bairros do Flamengo e de Botafogo era alugado, em média, por R$ 88,25. No mês passado, o valor já era R$ 141,98, um salto de 60,88%. No Leblon e em Ipanema, esse valor subiu de R$ 128,94 para R$ 163,24, alta de 26,60%. No mesmo período, a inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE, foi de 6,49%, os preços das roupas e calçados aumentaram 6,63% e comer na rua ficou 10,87% mais caro.
— O aumento do custo de locação é o principal responsável pelo aumento dos preços do vestuário e da alimentação e esse movimento não vai mudar de uma hora para outra. O Rio de Janeiro está sofrendo a inflação da Copa e depois vai continuar com a inflação das Olimpíadas — diz Daniel Plá, professor de Varejo da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Padaria tradicional fecha
Dono da Armazém do Café, rede que tem cinco de suas sete lojas no Leblon e em Ipanema, Marcos Modiano diz que, além de toda a propaganda em torno do Rio, os preços dos imóveis comerciais foram pressionados pela queda dos juros no ano passado, o que levou proprietários a buscarem no aluguel o ganho que deixaram de ter com as aplicações financeiras.
—Houve uma explosão nos valores dos aluguéis comerciais e a gente está sofrendo muito na hora de renovar os contratos. Eu acabei de negociar um, em que o proprietário entrou com ação para rever o preço, eu respondi e no fim fizemos um acordo para aumentar 50%. Daqui a pouco Ipanema e Leblon só vão ter bancos ou lojas de grandes redes, porque as pequenas e tradicionais não aguentam pagar o aluguel estratosférico que estão pedindo — diz Modiano.
Foi exatamente o que o aconteceu com a confeitaria Martinica, que funcionava na esquina da Rua Visconde de Pirajá com Vinícius de Morais, em Ipanema. A padaria fechou as portas em dezembro e os proprietários colaram na porta do imóvel um cartaz com o seguinte texto: “Prezados clientes, é com muita tristeza que comunicamos que a loja fechará as portas no final de 21/12. Devido aos aumentos do aluguel, a loja não tem condição de suportar esse elevado custo e, por isso, se vê obrigada a tomar essa decisão. Resta-nos agradecer os 17 anos na vossa companhia”. Os proprietários não falam sobre os valores da negociação, mas as informações extraoficiais são de que o aluguel subiria de R$ 20 mil para R$ 80 mil.
Problema parecido está sendo enfrentando pelo Cafeína. A tradicional rede de gastronomia anunciou que pretende fechar a filial do Leblon por causa do valor do aluguel, como antecipou Cleo Guimarães na coluna Gente Boa. A direção da empresa informou não aceitar a proposta de aumento de R$ 22 mil para R$ 30 mil por mês pelo aluguel da loja, que funciona há nove anos na Avenida Ataulfo de Paiva. De forma geral, os contratos de aluguel comercial são firmados pelo prazo de cinco anos e, quando esse período termina, o valor pode ser revisto.
Em entrevista ao colunista George Vidor, publicada na última segunda-feira, o advogado Júlio Monteiro, responsável pela rede Megamatte afirmou que o valor do aluguel do ponto comercial ou a própria valorização do imóvel já está pesando mais no preço final dos produtos do que os gastos com mão de obra e compra de insumos.
Efeito dominó em outros bairros
O vice-presidente do Secovi-Rio, Leonardo Schneider, explica que os preços de locações nas áreas mais nobres da cidade, como Ipanema e Leblon, ficaram tão proibitivos nos últimos anos que fizeram com que muitas empresas buscassem outras alternativas não tão caras, tanto dentro da própria Zona Sul como no Centro. É isso que explica, segundo ele, a recente disparada dos preços no Flamengo e em Botafogo.
Por outro lado, a Barra da Tijuca, que fez muito sucesso há poucos anos, deixou de ser tão atrativa por causa dos problemas de mobilidade da cidade. Lá, chegou a haver queda de 1% nos aluguéis comerciais entre janeiro do ano passado e o mesmo mês deste ano. Da mesma forma, a Tijuca, que passou por um processo recente de valorização intensa com a chegada das UPPs, agora está devolvendo parte dos ganhos e registrou redução de 15% nos valores médios de locação.
— Os preços estão puxados. O valor de R$ 250 o metro quadrado para locação, como cobrado nas áreas mais desejadas, não é qualquer empresa, qualquer negócio que tem rentabilidade para pagar. E não é só o aluguel, tem as luvas que encarecem mais. O momento, porém, é de acomodação de preços, está começando a haver maior oferta, há mais imóveis disponíveis para locação — diz Schneider.
Um relatório divulgado pelo banco Itaú no começo do mês afirma que a rentabilidade dos investimentos em imóveis comerciais do país está com “tendência de aceleração desde o terceiro trimestre de 2012 e atingiu um crescimento de 18,2% em 2013 em relação ao ano anterior”.
Fonte: O Globo

Abbas nunca assinará um acordo de Paz



por Deborah Srour 
De acordo com o Secretário de Estado americano John Kerry, seu objetivo nestas energéticas negociações de paz entre Israel e os palestinos, é “implementar a solução de dois estados, isto é, estabelecer um estado palestino independente e soberano, que viva em paz com seu vizinho Israel”.
O que está faltando nesta definição é a palavra “democrático”. Um estado palestino democrático, independente e soberano. E porque isso é importante?
Na época de Bill Clinton, a administração americana trabalhou incessantemente para dar um estado a Yasser Arafat, um terrorista, ladrão e assassino do embaixador americano no Sudão Cleo Noel, Jr. em 1973. Apesar disso Arafat foi a pessoa mais convidada na Casa Branca nos oito anos da presidência Clinton.
Esta política mudou com George Bush e os ataques de 11 de setembro de 2001. Bush começou a se preocupar não só com as fronteiras do que seria a futura Palestina mas com o tipo de governo que estaria dentro destas fronteiras. Bush disse que não apoiaria a criação de mais uma ditadura, mais uma cleptocracia ou mais um refúgio de terroristas.
Hoje, parece que voltamos aos tempos de Clinton e Arafat em que não há qualquer preocupação sobre o que realmente acontece dentro desta Palestina. Senão vejamos:
O relatório da Comissão Palestina Independente de Direitos Humanos emitido em Janeiro deste ano descreve “que casos de tortura e maus- tratos de detentos aumentaram”. Só neste mês a Comissão recebeu 56 reclamações. Outras incluem apreensões e encarcerações arbitrárias, expropriações por agentes de segurança sem ordem judicial, violações do direito de expressão, de imprensa, de congregação pacífica, da liberdade acadêmica além de agressões contra pessoas e propriedades privadas e públicas por representantes do governo palestino.
Tudo isso num só mês e de uma só organização. Há outros relatórios. O Comitê para a Proteção de Jornalistas, por exemplo, notou que “apesar das imensas diferenças com o governo de Israel, a Fatah e o Hamas tiveram uma similaridade em 2013: uma ação consistente e preocupante em silenciar jornalistas que reportam perspectivas dissonantes.”
A Human Rights Watch, uma organização notadamente anti-Israel reportou que “os serviços de segurança da Autoridade Palestina agrediram manifestantes pacíficos e arbitrariamente detiveram e ameaçaram jornalistas. Alegações críveis de tortura cometidas pelos serviços de segurança da Autoridade Palestina persistem”.
E há outras dezenas de exemplos. A corrupção na Autoridade Palestina não começou com Abbas mas sem dúvida explodiu desde a saída do Primeiro-ministro Salam Fayyad. Em outubro do ano passado, o Sunday Times de Londres publicou um relatório da Corte Européia de Auditores denunciando a perda de “bilhões de euros em ajuda européia aos palestinos ao mal-uso, desperdício e corrupção. Mas não é surpresa.
Arafat desviou bilhões de dólares e desperdiçou o que não foi desviado pagando seus comparsas em vez de investir na criação da Palestina. Suas extorsões, pagamentos de propinas, tráfico ilegal de armas, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e fraude eram conhecidos por anos e estão detalhados num relatório da Inteligência Britânica de 1993. A revista Forbes o nomeou um dos líderes mais ricos do mundo. Salam Fayyad, quando era seu ministro das finanças, disse que pelo menos 900 milhões de dólares em ajuda americana e européia haviam sumido das contas controladas por Arafat.
Mas ainda hoje é quase impossível convencer os maiores veículos de mídia a reportarem sobre a corrupção de Arafat ou da Autoridade Palestina. Ao contrário. Quando Arafat morreu, o então secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, tremendo de emoção, anunciou aquele como um “dia grave para o mundo” e ordenou que a bandeira da ONU fosse hasteada a meio mastro apesar da ONU jamais ter honrado qualquer líder morto desta forma.
E Abbas não é melhor. Além de se manter no poder sem eleições desde Janeiro de 2009 quando seu termo como presidente acabou, em 2012, o conselheiro financeiro de Arafat, Mohammed Rashid, acusou Abbas de ter desviado pelo menos 100 milhões de dólares para seu bolso.
Então, a questão se repete: É importante ou ficamos indiferentes sobre o que acontece dentro das fronteiras desta Palestina que Kerry quer criar? O objetivo real aqui é ignorar a conduta de Abbas e dar a ele um estado sem qualquer cobrança ou devemos exigir um estado livre de corrupção e que funciona dentro da lei?
Os objetivos palestinos obviamente não mudaram desde a criação da OLP em 1964. Nesta semana circulou um vídeo mostrando Abbas Zaki, um membro do Comitê Central da Fatah e ex-embaixador palestino no Líbano, dizendo que o objetivo de destruir de Israel se concretizará em fases e que eles têm que aceitar um acordo como um passo a mais para alcançarem este objetivo.
Recebi o link de diversas pessoas escandalizadas com o vídeo. Porque o escândalo?? O mesmo Zaki está no Youtube desde 2009 repetindo a mesma coisa na Al-Jazeera e na televisão libanesa. Em 2010 ele chorou a morte do planejador do massacre de Munique dizendo que “Abu Daoud ficará para todas as futuras gerações como o ideal palestino”.
Pergunto: como é que líderes como Zaki e Abbas podem contribuir para a criação de um estado decente, pacífico e democrático? Como pode a América, a Europa e a mídia mundial continuarem a ficar indiferentes com a conduta desta liderança palestina e a premiarem com um estado?
Kerry e outros membros do governo americano falam frequentemente sobre as negociações de paz e seus objetivos, mas não lembro de uma só vez alguém ter levantado uma discussão honesta sobre o problema da corrupção e falta de lei e ordem na Autoridade Palestina.
O Departamento de Estado americano emite declaração após declaração sobre as atividades israelenses dos assentamentos, de permissões para construções futuras e reportam cada tijolo colocado. A Europa boicota todos os produtos vindos de companhias judias da Judéia e Samária mesmo que estas companhias empreguem centenas de palestinos. A mídia demoniza os israelenses das comunidades além da linha verde. Mas todos eles ignoram a corrupção, falta de lei e de direitos na Autoridade Palestina.
E depois temos uma realidade mais acusadora: Abbas nunca assinará um acordo de paz com Israel. Quem duvida é só perguntar a Ehud Olmert. Na semana passada o ex-primeiro ministro contou o que aconteceu na sua época. Ele disse que depois de 36 encontros, Abbas havia concordado com tudo. O que estava faltando era a assinatura.
Olmert renunciou ao Vale do Jordão, dividiu Jerusalém, deu aos palestinos o controle sobre o Templo, retornou às linhas de 1967, evacuou os blocos de assentamentos de mais de 200 mil familias, aceitou o princípio do direito de retorno, aceitou receber 5 mil refugiados de imediato e convidou Abbas a ir com ele para a ONU para juntos declararem a criação do estado da Palestina. E Abbas recusou.
Nesta altura do campeonato, os céticos já deveriam se dar conta que se Abbas não assinou na época de Olmert, ele não assinará nunca.
Alguém deveria avisar o Kerry…

Democracia de baixa qualidade - MERVAL PEREIRA


O GLOBO - 18/02

Os pontos-chave

1 - A preocupação de proteger as manifestações populares é legítima, mas seria desnecessária se nosso sistema democrático estivesse já mais consolidado. Ou se o sistema jurídico funcionasse com eficiência e rapidez.
2 - Em democracias maduras, a legislação antiterrorismo não impede demonstrações populares a favor ou contra qualquer coisa, com o detalhe de que elas têm dia e hora marcados com as autoridades locais, que definem a área em que poderão ser feitas.
3 - Extrema esquerda e direita achavam que a confusão generalizada serviria a seus interesses imediatos e foram lenientes na condenação dos atos de vandalismos.
A discussão sobre a lei antiterrorismo brasileira fica emperrada pelo temor de que uma definição muito ampla do que seja o crime possa permitir uma ação autoritária do governo da ocasião para enquadrar movimentos sociais legítimos nas duras penas que seriam aplicadas aos terroristas.
E todos aqueles que defendem um rigor na punição passam a ser considerados white blocs, reacionários, saudosistas da ditadura militar.

Os dois acusados da morte do cinegrafista Santiago Andrade responderão por homicídio doloso (com intenção de matar) triplamente qualificado: motivo torpe, que a vítima não teve possibilidade de defesa e que foi usado um artefato explosivo para tirar a vida da vítima, o que demonstra como é preciso recorrer a estratagemas jurídicos para punir com rigor os autores desses atos criminosos, pois a legislação atual é muito branda.

Quando não há mortes, então, aí o melhor é liberar os vândalos, que dá menos aborrecimento político. O tal do "Fox" já havia sio preso duas vezes em manifestações.

A pena existente hoje para danos ao patrimônio público, por exemplo, é de seis meses a um ano de reclusão.

Os dois ainda responderão pelo crime de explosão em área pública - com pena de até quatro anos.

O projeto antiterrorismo inclui previsão de pena maior quando há emprego de "explosivo, fogo, arma química, biológica ou radioativa, ou outro meio capaz de causar danos ou promover destruição em massa".

A preocupação de proteger as manifestações populares é legítima, mas seria desnecessária se nosso sistema democrático estivesse já mais consolidado. Ou se o sistema jurídico funcionasse com eficiência e rapidez.

Em democracias maduras, a legislação antiterrorismo não impede grandes demonstrações populares a favor ou contra qualquer coisa, com o detalhe de que essas manifestações têm dia e hora marcados com as autoridades locais, que definem a área em que poderão ser feitas. Esse detalhe é fundamental para que o dia a dia das pessoas seja protegido.

Essa discussão toda deixa claro que ainda estamos em uma democracia incipiente, de baixa qualidade, na qual quem se julga "de esquerda" sente-se protegido por suas supostas boas intenções, e quem é considerado "de direita" é automaticamente um ser inferior, culpado de todos os males sobre a terra.

Por isso os black blocs foram tratados, e ainda o são, por setores de nossa intelectualidade e por políticos como uma vanguarda do progresso, e os primeiros movimentos no sentido de enquadrá-los em legislação mais dura encontraram resistência de partidos e intelectuais "de esquerda" que consideram ainda, a despeito da morte do cinegrafista, uma estética de luta adequada à pós modernidade.

Desde os anos 1980, esse tipo de ação política vem sendo combatido com rigor na Europa e países democráticos como a Alemanha e a Holanda já proibiram os mascarados em manifestações há muito tempo, e nós aqui ficamos brincando de democracia, preocupados com a proteção de pessoas que a desprezam e estão nas ruas para tentar destruí-la.

Se já tivéssemos tido uma ação mais rigorosa, talvez não acontecesse a tragédia que agora todos lamentam.

Se partidos políticos de extrema esquerda em vez de apoiar a tática dos black blocs tivessem repelido as ações violentas, talvez a tragédia não se consumasse.

Se direitistas empenhados em tumultuar o ambiente político não tivessem utilizado o lumpesinato para promover arruaças pelas ruas do Rio ou se fossem repelidos desde o primeiro momento, talvez a ação dos black blocs não chegasse onde chegou. Mas todos, no íntimo, achavam que a confusão generalizada serviria a seus interesses imediatos, e foram lenientes na condenação dos atos de vandalismos.

Agora, mais uma vez, nos vemos envolvidos em uma discussão banal sobre a proibição de mascarados em manifestações. O ministro da Justiça José Eduardo Cardozo a muito custo aceitou a proibição das máscaras, mas ainda insiste na possibilidade de os mascarados serem abordados pelos policiais para que se identifiquem e só depois da recusa poderiam ser detidos. Ora, quem vai mascarado para um protesto está disposto a se esconder, a fugir de suas responsabilidades. Não há por que aceitar esse tipo de procedimento.

Um esquerdista pode tudo - RODRIGO CONSTANTINO


O GLOBO - 18/02

Um esquerdista pode tudo



Ser de esquerda, no Brasil, significa ter um salvo-conduto para defender todo tipo de atrocidade e cair nas maiores contradições. É o monopólio das virtudes após décadas de lavagem cerebral demonizando a direita liberal ou conservadora.

Um esquerdista pode, por exemplo, mostrar-se revoltado com o regime militar, tentar reescrever a história como se os comunistas da década de 1960 lutassem por democracia e liberdade, tentar mudar o nome até de ponte, e logo depois partir para um abraço carinhoso no mais velho e cruel ditador do continente, Fidel Castro.

Um esquerdista pode, também, repudiar o “trabalho escravo” em certas fazendas brasileiras, o que significa não atender às mais de 200 exigências legais (incluindo espessura de colchão), e logo depois aplaudir o programa Mais Médicos do governo Dilma, que trata cubanos como simples mercadoria.

Um esquerdista pode tentar desqualificar uma médica cubana que pede asilo político, alegando que tinha problemas com bebida e recebia amantes em seu quarto (é proibido isso agora?), para logo depois chamar de preconceito de elite qualquer crítica ao ex-presidente chegado a uma cachaça e a “amizades íntimas”.

Um esquerdista pode culpar o embargo americano pela miséria da ilha-presídio caribenha, ignorando que toda experiência socialista acabou em total miséria, e logo depois condenar a globalização e chamar o comércio com ianques de “exploração” (decidam logo se ser “explorado” pelo capitalismo é bom ou ruim).

Um esquerdista pode execrar uma jornalista que diz compreender a revolta que leva ao ato de se fazer justiça com as próprias mãos, e logo depois aplaudir invasores de terras e outros “movimentos sociais”, que se julgam acima das leis em nome de suas “nobres” causas. Pode até receber os criminosos no Palácio do Planalto!

Um esquerdista pode aliviar a barra do criminoso, tratar o marginal como “vítima da sociedade”, e logo depois posar como defensor dos pobres honestos, ignorando que a afirmação anterior representa uma grave ofensa a todos aqueles que, apesar da origem humilde, mostram-se pessoas decentes por escolha própria.

Um esquerdista pode repudiar a ganância dos capitalistas, condenar o lucro, e logo depois aplaudir socialistas milionários, ou “homens do povo” que vivem como nababos, que cobram fortunas para fazer palestras, ou artistas que negociam enormes cachês com multinacionais para seus filmes ou comerciais.

Um esquerdista pode ser um músico famoso ou um comediante popular, e basta a fama por tais características para fazê-lo acreditar que é um grande pensador político, um intelectual de peso, alguém preparado para opinar com embasamento sobre os mais diversos assuntos sem constrangimento.

Um esquerdista pode insistir de forma patológica na cor do meliante preso ao poste, um rapaz negro, e logo depois ignorar outro bandido amarrado a um poste, pois este tinha a cor “errada”: era branco. Pode, ainda, acusar todos que condenam as cotas raciais de “racistas”, e logo depois descascar Joaquim Barbosa, inclusive por causa de sua cor.

Um esquerdista pode alegar ser a pessoa mais tolerante do mundo, isenta de qualquer preconceito e apaixonada pela diversidade, para logo depois ridicularizar crentes evangélicos, conservadores católicos ou liberais céticos.

Um esquerdista pode surtar com o uso de balas de borracha pela polícia contra “ativistas” mascarados que quebram tudo em volta, para logo depois cair em um ensurdecedor silêncio quando o governo socialista venezuelano manda tanques para as ruas para atirar a esmo em estudantes durante protestos legítimos contra um simulacro de democracia.

Um esquerdista, por fim, pode pintar as cores mais românticas e revolucionárias sobre as máscaras de vândalos e arruaceiros que atacam policiais, para logo depois chamar de “fascista” a direita liberal, ignorando que o fascismo de Mussolini tinha os camisas-negras que agiam de forma bastante similar aos black blocs.

Assim caminha a insanidade na Terra do Nunca, com “sininhos” aprontando por aí enquanto os artistas e “intelectuais” endossam a agressão contra o “sistema”. No fundo, defendem a barbárie contra a civilização. Abusam da dialética marxista, do duplo padrão moral de julgamento, da revolta seletiva, do cinismo, do monopólio da virtude.

Um esquerdista jamais precisa se importar com a coerência, com o resultado concreto de suas ideias, com pobres de carne e osso. Ele goza de um álibi prévio contra qualquer acusação. Afinal, é de esquerda, ou seja, possui as mais lindas intenções. É o suficiente. Um esquerdista pode tudo!