quinta-feira, 28 de novembro de 2013

40 frases impagáveis do Barão de Itararé



Barão de Itararé


Um grande humorista ganhou uma biografia alentada, “Entre Sem Bater — A Vida de Apparício Torelly, o Barão de Itararé” (Casa da Palavra, 480 páginas), de Cláudio Figueiredo. Criador do jornal “A Manha”, o Barão ridicularizava ricos, classe média e pobres. Não perdoava ninguém, sobretudo políticos, donos de jornal e intelectuais.

Ele não era barão, é claro. Mas deu-se o título de nobre e nobre se tornou. O primeiro nobre do humor no Brasil. Debochava de tudo e de todos e costumava dizer que, “quando pobre come frango, um dos dois está doente”. Ele é um dos inventores do contra-politicamente correto.
Há muito que o gaúcho Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly (1895-1971) merecia uma biografia mais detida. Em 2003, o filósofo Leandro Konder lançou “Barão de Itararé — O Humorista da Democracia” (Brasiliense, 72 páginas). O texto de Konder é muito bom, mas, como é uma biografia reduzida, não dá conta inteiramente do personagem, uma espécie de Karl Kraus menos filosófico mas igualmente cáustico.
Quatro depois, o jornalista Mouzar Benedito lançou o opúsculo “Barão de Itararé — Herói de Três Séculos (Expressão Popular, 104 páginas). É ótimo, como o livrinho de Konder, mas lacunar. No final, há uma coletânea das melhores máximas do humorista, que dizia: “O uísque é uma cachaça metida a besta”.
O que se leva desta vida é a vida que a gente leva.
A criança diz o que faz, o velho diz o que fez e o idiota o que vai fazer.
Os homens nascem iguais, mas no dia seguinte já são diferentes.
Dizes-me com quem andas e eu te direi se vou contigo.
A forca é o mais desagradável dos instrumentos de corda.
Sábio é o homem que chega a ter consciência da sua ignorância.
Não é triste mudar de ideias, triste é não ter ideias para mudar.
Mantenha a cabeça fria, se quiser ideias frescas.
O tambor faz muito barulho, mas é vazio por dentro.
Genro é um homem casado com uma mulher cuja mãe se mete em tudo.
Neurastenia é doença de gente rica. Pobre neurastênico é malcriado.
De onde menos se espera, daí é que não sai nada.
Quem empresta, adeus.
Pobre, quando mete a mão no bolso, só tira os cinco dedos.
O banco é uma instituição que empresta dinheiro à gente se a gente apresentar provas suficientes de que não precisa de dinheiro.
Tudo seria fácil se não fossem as dificuldades.
A televisão é a maior maravilha da ciência a serviço da imbecilidade humana.
Este mundo é redondo, mas está ficando muito chato.
Precisa-se de uma boa datilógrafa. Se for boa mesmo, não precisa ser datilógrafa.
O fígado faz muito mal à bebida.
O casamento é uma tragédia em dois atos: um civil e um religioso.
A alma humana, como os bolsos da batina de padre, tem mistérios insondáveis.
Eu Cavo, Tu Cavas, Ele Cava, Nós Cavamos, Vós Cavais, Eles Cavam. Não é bonito, nem rima, mas é profundo…
Tudo é relativo: o tempo que dura um minuto depende de que lado da porta do banheiro você está.
Nunca desista do seu sonho. Se acabou numa padaria, procure em outra!
Devo tanto que, se eu chamar alguém de “meu bem”, o banco toma!
Viva cada dia como se fosse o último. Um dia você acerta…
Tempo é dinheiro. Paguemos, portanto, as nossas dívidas com o tempo.
As duas cobras que estão no anel do médico significam que o médico cobra duas vezes, isto é, se cura, cobra, e se mata, cobra.
O voto deve ser rigorosamente secreto. Só assim, afinal, o eleitor não terá vergonha de votar no seu candidato.
Em todas as famílias há sempre um imbecil. É horrível, portanto, a situação do filho único.
Negociata é um bom negócio para o qual não fomos convidados.
Quem não muda de caminho é trem.
A moral dos políticos é como elevador: sobe e desce. Mas em geral enguiça por falta de energia, ou então não funciona definitivamente, deixando desesperados os infelizes que confiam nele.

Nos últimos 12 meses, a variação nos preços reais foi de 10,4% em São Paulo, praticamente o triplo do crescimento de 3,2% registrado em 2012


Nem mesmo a grande oferta de imóveis novos em São Paulo fez os preços praticados no mercado imobiliário paulista caírem em 2013. Pelo contrário.
Segundo levantamento do Secovi-SP (sindicato da habitação), o aumento nos valores da casa própria tem sido três vezes maior em relação a alta anotada ao término de 2012.
noticias  : Preços dos imóveis triplicam em 2013

Nos últimos 12 meses, a variação nos preços reais, descontado o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), foi de 10,4% na capital paulista, praticamente o triplo do crescimento de 3,2% registrado no último mês de dezembro ante 2011. Em dez anos, o aumento real já alcançou 44%.
Para os profissionais da entidade, a concentração de lançamentos de imóveis de um e quatro dormitórios em bairros centrais da cidade contribuiu para que os preços continuassem subindo no decorrer do ano.
“Os preços subiram porque houve uma concentração de lançamentos no chamado centro expandido. Nesta região, os terrenos são mais caros, pois há um maior número de empresas por habitante e uma maior concentração de eixos estruturantes [metrô, por exemplo]. Então, isso tem um grande peso neste aumento”, avaliou Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi.
Os custos para se construir um apartamento na principal cidade do país também são outra justificativa para o crescimento dos valores dos imóveis residenciais, já que as construtoras repassam todos os gastos a mais para o consumidor.
noticias  : Preços dos imóveis triplicam em 2013
De acordo com pesquisa, o preço médio do metro quadrado por área útil passou de R$ 7,2 mil (em 2012) para R$ 8,2 mil (em 2013) (Foto: Banco de Imagens / Think Stock)
De acordo com balanço da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), o preço médio do metro quadrado por área útil passou de R$ 7,2 mil (em 2012) para R$ 8,2 mil (em 2013) nos imóveis verticais novos em São Paulo.
“Os preços dos imóveis estão chegando a valores muito elevados e, às vezes, até proibitivos”, completou Emílio Kallas, vice-presidente de incorporação imobiliária e terrenos urbanos do sindicato.
A alta nos preços chegou até a gerar um recorde histórico de VGV (Valor Geral de Vendas) em São Paulo. O VGV comercializado no período de janeiro a setembro de 2013 foi de R$ 14,5 bilhões, o melhor resultado entre os nove primeiros meses desde 2004.
A quantia acumulada até o último mês de setembro, inclusive, é o equivalente ao total comercializado em todo o ano de 2012.
Ainda segundo o Secovi, nos primeiros nove meses de 2013, foram lançados 21,2 mil imóveis, quantidade 25% maior que o mesmo período do ano passado. A expectativa é de que 33 mil unidades sejam lançadas até o fim do ano, marca acima da média histórica de 31,5 mil na cidade.


    Fonte: ZAP Imóveis