domingo, 23 de setembro de 2012

O MENINO VOLUNTARIOSO



Walter Marquart
Está reafirmado que o legislativo, sua ampla base de apoio, além de não cumprir com o dever Constitucional de fiscalizar os atos do executivo, se presta ao criminoso serviço de esconder os malfeitos, até aqueles que estão a roçar as suas barbas. O Congresso Nacional foi transformado em uma casa de recreio. As putas estão ávidas para os entendimentos com os putos para resolverem quem atenderá os “clientes” mais promissores (todas querem se abrir para as empreiteiras). O Ministério Público parece que ficou experto, e sabe que dependerá dele, acabar com o troca-troca dos corruptores e corruptos.
O MP pode e deve reabrir a casa, não mais para o recreio de safados, mas transformá-la na Casa Legislativa do Brasil; para restaurá-la ficou mais fácil, pois os pichadores ficaram manchados pelas tintas.
Exemplo retumbante do enquadramento dos pichadores foi a CPMI dos Correios; o que causa muita preocupação e vergonha é as CPIs e CPMIs, sempre dirigidas e relatadas pelo PMDB e PT, “anjos” protetores das empreiteiras e dos crimes da administração pública. Quando criam uma, imediatamente fica-se sabendo que foi para encobrir outra: a CPMI do Cachoeira foi exigida e instigada pelo Lula/PT para encobrir o julgamento do mensalão. Curioso notar que tudo o que embasou a do Cachoeira já era do conhecimento do Lula/Dilma, nos seus mínimos detalhes, há cinco anos. Os fatos foram retirados das gavetas da Polícia Federal, onde estavam adormecidos todo esse tempo porque envolvia as empreiteiras. Para não comprometer o fim desejado, encobrir o mensalão, o seu presidente e principalmente o seu relator da CPMI, o único foco liberado pelo Molusco, o único fim determinado com o aval de Lula, o foco Cachoeira, foi e está sendo o único liberado para estraçalhar. São as ordens. Foram proibidos, e criminosamente obedeceram não deixar que as investigações provassem o que já estava tudo comprovado pela PF. Crianças mal intencionadas estão obedecendo ao chefe, certos que ganharão uma balinha. Nada é inédito na cabeça bichada do PT: quando um “exercito” de fiscais invadiu a DASLU, em São Paulo, a motivação também visava esconder um escândalo fedorento do governo petista. Mas o PT está tranqüilo, tudo que possa lhe causar feridas, a mansinha base aliada engaveta e ainda estão com a esperança de formar maioria no STF (Supremo Tribunal Federal).
O que mais se ouve nos noticiários, opiniões de analistas ou jornalistas, versa sobre o julgamento do mensalão (e é um feito para ser comemorado), originado pela CPMI dos Correios, que conseguiu manter-se no curso da verdade, sem nenhuma chance aos apelos dos seus pares da base aliada, mantidos pela “confiança” de que a impunidade imperaria. Parabéns ao Serralho, relator daquela Comissão. Todas, rigorosamente todas as Comissões instaladas para analisar as roubalheiras das empreiteiras, foram neutralizadas por seu presidente e relator, todos representando o PMDB do Sarney e o PT do Lula. Eles sabem que não é necessário ser justiceiro para, a partir de uma empreiteira, chegar às outras, porque as relações governamentais são as mesmas, mesmo antes das obras serem “disputadas” nas concorrências públicas. Sempre que os congressistas foram chamados para o vespeiro das empreiteiras, fugiram com medo das ferroadas. Quando muito, condena o humilde, tão voluntarioso quanto ingênuo mequetrefe, peixe miúdo. Descarregam toda a culpa, sem atenuantes ou divisão da responsabilidade.
Na sinfonia da corrupção, o menino voluntarioso, Marcos Valério (foto)  foi apanhado; de assistente de palco ele aceitou o papel de Maestro da orquestra, sem entender a pauta; os que a entendem são o Sarney e Lula, companheiros inseparáveis que dividem os instrumentos milimetricamente, pois o samba do crioulo doido é igual e a impunidade, a música preferida.  O Foro de São Paulo levou-os a dividir o comando das casas do Congresso Nacional: alternam o presidente das duas casas ou, como foi juramentado, o presidente das casas legislativas são obrigados a acatar as ordens do Palácio do Planalto.
Na sinfonia da maldade instalada desde 1985, música de uma nota só, tecla que soa só em ambientes sigilosos, estão em uma disputa interminável para estabelecer quem pode mais, quem executa a partitura da música delinqüir com o maior número de instrumentos e instrumentistas.

O DOIDO E O BÊBADO (1)



Luiz Berto
O nome dele eu não digo, para evitar possíveis ingrezias no futuro. Afinal, trata-se de um militar da ativa, soldado da nossa briosa Polícia, grande amigo, de papo e de cana. Respeitado em Palmares e na região, valente, não leva desaforos para casa. Sempre admirei sua coragem pessoal. Não provocava ninguém, mas nunca levava a pior. Todavia, essa história não tem nada a ver  com suas brigas. Deu-se assim:
À falta de um hospital especializado, os doidos furiosos que por ali aparecem são despachados para o Hospital Psiquiátrico da Tamarineira, no Recife. Os mansos ficam por lá mesmo, e as ruas estão cheias deles. Pacíficos, cada um com sua mania, colorindo a paisagem já tão rica e variada com os sãos.
Pois sucedeu-se que este meu amigo da Polícia foi escalado, junto com outro colega, para levar um doido ao Recife. O infeliz estava amarrado na cadeia, único lugar seguro antes de se iniciar a viagem. De manhã, embarcaram numa camioneta da corporação, com o paciente devidamente amarrado no banco de trás. Na saída da cidade, pegaram a BR-101 e descambaram no rumo da Capital.
Viagem pequena, pouco mais de cem quilômetros, toda em pista asfaltada.
Na entrada do Recife, precisamente no Bairro de Prazeres, pararam com a camioneta em frente a uma venda e desceram para tomar uma bicada de cachaça. O doido ficou lá dentro, bem amarrado e de olhos abertos. Os dois soldados tomaram um trago cada um, se preparando para a conclusão da missão. Era só entregar o doido e sua papelada no hospital, e regressar a Palmares.
Saíram da venda, voltaram à camioneta e tomaram um susto: o banco estava o lugar mais limpo; o doido fugira e só deixara a corda no assento. Conseguira se desamarrar durante a viagem. Olharam para os lados, e nada. Havia muito mato por ali. Pelo tempo que haviam passado na bodega, o doido fujão devia estar bem longe.
- Tamos fodidos! – foi o comentário do meu amigo.
Mas o susto só durou até o momento em que deram com os olhos num bêbado maltrapilho, dormindo numa esquina ao lado da bodega. Tinha o mesmo tipo físico do doido fujão; viera a calhar.
Suspenderam o infeliz e enfiaram-no na camioneta.
- Mas eu não fiz nada: só tava dormindo – ainda protestou debilmente o bêbado.
- Te cala, que tu és doido.
E dispararam rumo à Tamarineira. Lá, entregaram o homem, despacharam os papéis e ainda tiveram o cuidado de alertar o funcionário que os recebeu:
- Cuidado que este é perigoso. A mania dele é dizer que não é doido. Lá em Palmares, já enganou muita gente com essa conversa.
Despediram-se e entraram na camioneta. Regressaram a Palmares, felizes por  mais uma missão cumprida
(1) Do livro “A Prisão de São Benedito e Outras Histórias”

SOBRE A NATUREZA HUMANA E SEUS IMPASSES



Laurence Bittencourt (1)
Todo grande sistema de pensamento, seja ele político ou econômico, tem como meta o desejo de transformar a natureza humana. Esse tema é tão amplo que pode abarcar tanto a história das religiões, as teorias políticas e filosóficas, como a própria educação.
A ânsia do homem em “corrigir” os defeitos do próprio homem já produziu desde o Terror instalado com a Revolução Francesa através dos Jacobinos (foto) própria revolução russa na ex-União Soviética a partir de 1917 e em especial depois que Stalin assumiu o poder com a morte de Lênin.
Mesmo com as evidências do desastre de várias dessas tentativas, ainda assim a ânsia humana não se abate. Em um mergulho vertical, é possível asseverar que a história de todo preconceito deriva também dessa tentativa, em alguns casos ensandecidos, de tamponar as “falhas” da natureza humana corrigindo-as. Por sinal, é possível perceber que a história da pedagogia está envolta com essa discussão.
Na antiguidade, o precursor dessa idéia no sentido filosófico foi Platão em seu livro “A República” dando inicio a essa busca de criar uma sociedade modelo, ideal e perfeita, originando uma seqüência que terminou desaguando em Thomas Hobbes até atingir em cheio a mente poderosa de Karl Marx.
A questão central que se mostra por trás dessa tentativa de correção humana é a dificuldade que o ser humano tem de conviver e aceitar as diferenças humanas. Não é à toa o ditado popular que diz após uma discussão em que os combatentes passam as vias de fato: “vamos tirar nossas diferenças”. Ou seja, o que sobressai dessa frase é que não pode haver espaço para dois tipos de pensamento, ou mesmo duas formas de compreender e estar no mundo. O que sobre é: um ou outro e não um e outro.
Esse desejo de pensamento único foi a força motriz de onde as grandes tiranias retiraram sua força e ideologia se erguendo, sempre sobre os ombros dessa ânsia. Por outro lado, não é difícil enxergar que a democracia enquanto sistema de governo continua ainda sendo o melhor confronto a essa idéia de não conviver com os contrários. Desse choque nasce o que se chama de civilização. Trata-se de uma luta titânica, porque a sedução que pode aparecer e se erguer a partir e com a ideia de modelar a natureza humana ronda no ar permanentemente.
Em época de debate e disputa política como agora aqui entre nós, no Brasil, nunca é demais voltar a um tema que já produziu algumas das mais bárbaras e sangrentas páginas da história humana.
(1) Jornalista. laurenceleite@bol.com.br

SOCIALISMO/COMUNISMO



Magu
O nosso redator Walter escreveu bem sobre o Socialismo do foro de São Paulo! 22/09. O que ele aborda me fez buscar dois textículos que guardei, para uso oportuno, que chegou. O regime que essa putada do Foro quer implantar aqui nos levará a coisas como as que passo a relatar:
Empalação – “Suplício antigo, que consistia em espetar o condenado em uma estaca, pelo ânus, deixando-o assim até morrer.” (Dicionário Aurélio). Olavo de Carvalho (foto), em seu artigo O espírito da clandestinidade, afirma:
“O requinte soviético foi que os candidatos a empalamento não foram escolhidos entre empaladores em potencial, mas entre padres e monges, para escandalizar os fiéis e fazê-los perder a confiança na religião, segundo a meta leninista de `extirpar o cristianismo da face da terra`; esfolar prisioneiros, fechá-los numa tumba junto com cadáveres em decomposição, colocá-los na ponta de uma prancha e escorregá-los lentamente para dentro de uma fornalha, encostar na sua barriga uma gaiola sem fundo, com um rato dentro, e em seguida aquecer com a chama de uma vela o traseiro do rato para que, sem saída, ele roesse o caminho no corpo da vítima – eis alguns dos processos então documentados por uma comissão de investigação dos países aliados. (…) O canal dos exilados cubanos, TV Martí, exibe semanalmente uma procissão infindável de dedos cortados, orelhas arrancadas e olhos vazados que atestam a continuidade do leninismo nas prisões políticas de Havana.”
Tibete – “O décimo Panchen Lama, nascido na China e rival do Dalai Lama, apoiou a instalação do regime comunista na China, em 1949, e a ocupação do Tibete, a partir de 21 de outubro de 1950, no desenrolar da Guerra da Coréia. Após a rebelião tibetana de 1959, esmagada pela China, o Dalai Lama refugiou-se na Índia. Em 1970, a China anexou ‘definitivamente’ o Tibete, que passou a ter status de região autônoma. Segundo o escritor soviético Alexander Soljenítsin, “a ocupação chinesa do Tibete é obra do mais brutal e desumano de todos os regimes comunistas que já existiram no mundo”. Dos seis mil mosteiros antes existentes no Tibete, os comunistas deixaram apenas oito em pé. Morreram cerca de 1.200.000 tibetanos, assassinados, torturados, ou queimados vivos em campos de concentração, além de milhares de mulheres obrigadas a abortar e esterilizadas à força.”

Ministério Público pede bloqueio de bens de Lula


Correio da Manha - Diário Português de maior circulação


O Ministério Público Federal (MPF) de Brasília pediu à justiça o bloqueio dos bens do ex-presidente Lula da Silva, a quem acusa de improbidade administrativa por ter usado verba pública com claro intento de promoção pessoal.


Ministério Público Federal de Brasília pediu à justiça o bloqueio dos bens do ex-presidente Lula da Silva, a quem acusa de improbidade administrativa por ter usado verba pública com claro intento de promoção pessoal

Por uso de dinheiro público para promoção pessoal

Por:Domingos Grilo Serrinha, Correspondente no Brasil

O bloqueio de bens tem como finalidade garantir a devolução aos cofres públicos de quatro milhões de euros que Lula, segundo o MPF, usou indevidamente.
A acção interposta pelo MPF refere-se ao gasto desses quatro milhões de euros com a impressão e o envio pelo correio de mais de dez milhões de cartas enviadas pela Segurança Social a reformados entre Outubro e Dezembro de 2004, segundo ano do primeiro mandato de Lula.
A missiva avisava os reformados que um convénio estabelecido entre a Segurança Social e o até então desconhecido Banco BMG lhes permitia a partir de então pedirem empréstimos a juros baixos e sem qualquer burocracia àquela instituição bancária, com o desconto das parcelas sendo feito directamente nas reformas.
 Até aí não haveria problema, não fossem dois detalhes, que chamaram a atenção dos promotores. O BMG, único banco privado a ser autorizado na altura a realizar esse tipo de empréstimo, conseguiu a autorização em menos de duas semanas, quando o normal seriam vários meses, e as cartas, simples correspondência informativa, eram assinadas por ninguém menos que o próprio presidente da República, algo nada comum para esse tipo de aviso.
Para o Ministério Público, não há dúvida de que Lula e o então ministro da Segurança Social, Amir Lando, que também assinou as cartas e é igualmente acusado na acção, usaram a correspondência para obterem promoção pessoal e lucro político e que a acção do presidente da República favoreceu a extrema rapidez com que o BMG conseguiu autorização para operar o negócio, desrespeitando as normas do mercado. A 13.ª Vara Federal, em Brasília, a quem a acção foi distribuída, ainda não se pronunciou sobre o pedido do MPF.

QUANDO SE CULPA O TERMÔMETRO POR CAUSAR A FEBRE


Por Carlos Chagas



                                               Nem só os asnos produzem asneiras. Os seres humanos também. Exemplo disso está no discurso pronunciado terça-feira, na Câmara, pelo deputado André Vargas, secretário de Comunicação do PT. Imaginando desafogar seu partido das evidências da corrupção praticada nos tempos do mensalão,  o parlamentar afirmou, da tribuna, haver risco para a democracia brasileira se as sessões de julgamento no Supremo Tribunal Federal  continuarem a ser transmitidas ao vivo.    
                                               Quer dizer, pregou a censura. Ignorou o quanto nossa democracia progrediu depois que o cidadão comum passou a assistir, ao vivo, eventos de toda espécie, credenciando-o a formar sua opinião sem intermediários.  Tempos atrás ouvíamos apenas pelo rádio o relato das partidas de futebol. Ficávamos na mão de locutores de diversos  matizes, uns de boa, outros de má fé, torcendo pelos clubes de sua preferência. Quando íamos ao cinema, uma semana depois, a indignação era geral durante os cine-jornais. Não tinha sido  nada daquilo que os locutores narraram.
                                               Vieram os fatos políticos mostrados ao vivo, como os comícios das “Diretas Já”, a eleição de Tancredo Neves e  sua agonia. Mais tarde, o impedimento de Fernando Collor, a posse do Lula  e quanta coisa a mais, até hoje? Para não falar na tragédia das Torres Gêmeas, em Nova York, ou ainda no recente vexame da seleção  olímpica de futebol diante do time do México.
                                               Ganhou a democracia, e muito, pelo fato de cada cidadão poder tirar suas próprias conclusões do que se passa à nossa volta. Não dá para turvar ou omitir os fatos, ainda que cada um possa interpretá-los como bem entender.
                                               O Supremo Tribunal Federal, através da TV-Justiça, presta inestimáveis serviços à causa pública, pois mostra, vale repetir, ao vivo e sem montagens nem edições, os votos dos diversos ministros, as acusações do Procurador-Geral da República e do relator do processo contra os mensaleiros, assim como a defesa deles, por seus advogados. Qual o risco para a democracia em podermos ver e ouvir,  na hora, tudo o  que está acontecendo? Pelo contrário, o regime se aprimora e  a população se conscientiza. E se vão aparecendo podres praticados por partidos políticos e por  líderes variados, melhor para todo mundo. 
                                               André Vargas cometeu o absurdo de culpar o termômetro como causa  da febre. Tinha e tem  todo o direito de defender sua legenda e de tentar livrar o ex-presidente Lula de quaisquer responsabilidades. Trata-se de questão ainda em aberto, que o desenrolar do processo criminal 470 esclarecerá. Mas não será pela proibição da transmissão direta  dos trabalhos da mais alta corte nacional de justiça. Muito pelo contrário.

OMISSÃO DO PODER PÚBLICO

                                                        Importa menos saber se são os banqueiros que exploram os bancários ou se estes é que reivindicam   reajustes financeiramente  impossíveis de ser atendidos. Vale o mesmo para os funcionários dos Correios, para os policiais, os motoristas de ônibus, os metalúrgicos ou quantas outras categorias de trabalhadores entrem ou se preparem para entrar em greve.
                                                        O difícil de entender,  na questão,  é a omissão do poder público. Seria estultice pretender que os governos, quaisquer que sejam, venham a proibir as greves usando o cassetete e  as forças de segurança para sufocar movimentos na maior parte das vezes justos. O que não dá para aceitar é que,  na iminência das paralisações, depois de esgotadas as hipóteses de entendimento direto  entre patrões e empregados, os encarregados de manter o funcionamento das instituições lavem as mãos e deixem as coisas acontecer. Porque na grande maioria dos casos sofre  a população.  Foi-se a máxima de que greves  se fazem contra patrões, porque entre nós elas só prejudicam o cidadão comum. Os grevistas sempre conseguem receber os dias parados e os empresários, tantas vezes estimulando os movimentos de seus empregados, geralmente obtém  aumento de tarifas, facilidades fiscais  e sucedâneos.
                                                  Caso dispuséssemos, por lei, da obrigação de governos eleitos democraticamente começarem  a agir, nada disso aconteceria. Bastaria que diante de impasses, a palavra final fosse dada de imediato pelos detentores do poder público,  valendo repetir, se existissem leis nesse sentido, obrigando as partes em litígio a submeter-se à decisão final. E antes da deflagração dos movimentos paredistas. Se é para atender  reivindicações, que assim se faça.  Se são exageradas, que sejam contidas. Na era das comunicações eletrônicas, tudo pode realizar-se em questão de horas. Em especial se houver a integração  do Judiciário  nesse processo onde o   Executivo é responsável pela preservação da ordem.   O diabo é que o Legislativo, a quem caberia ordenar essa omissão secular,  omite-se também.
                                               Dirão os apressadinhos que tal equação não se completa quando são funcionários públicos a entrar em greve, sendo patrão o governo.
                                               Por causa disso deveria o povo sofrer? Nem pensar, pois  a premissa de tudo é evitar que as conseqüências das paralisações desabem  sobre nossas cabeças. No caso dos servidores do Estado, devem ser aplicadas sobre o seu patrão as mesmas regras válidas para o empregador privado. Que os tribunais decidam, mesmo precisando intervir no orçamento da União.   Haveria, então, a verdadeira harmonia e integração entre  os poderes independentes.  
                                              
                                              

FOTOS: Cenas que muito poucos vêem — a intimidade na Casa Branca


Blog do Ricardo Setti - Revista VEJA

Barack Obama, na Casa Branca
Obama de pé, no Salão Oval, contemplando os jardins da Casa Branca
Essas fotos são extraordinárias, amigas e amigos do blog. Feitas por diferentes fotógrafos da Casa Branca, mostram o homem mais poderoso do mundo — o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama –, sozinho, com a família, amigos ou assessores, de uma forma que raramente aparece na mídia: concentrado ou brincalhão, relaxando ou parecendo sentir o enorme peso do cargo nos ombros.
Referências
Num dos recantos do Salão Oval, o presidente repassa a galeria de quadros de alguns dos antecessores mais remotos
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Um momento de reflexão
Um momento de reflexão
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Obama e a escrivaninha presidencial: já faz parte da mitologia dos presidentes mantê-las sem montanhas de papeis
Obama e a escrivaninha presidencial: já faz parte da mitologia dos presidentes mantê-las sem montanhas de papeis
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Esta foto nem precisa de legenda, já diz tudo
Esta foto nem precisa de legenda, já diz tudo
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Durante despacho, enquanto Michelle o aguarda
Durante despacho, enquanto Michelle o aguarda
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Obama com Joe Biden
Obama com o vice, Joe Biden
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Com o mais frequente companheiro de almoços de trabalho: o vice-presidente, Joe Biden
Com o mais frequente companheiro de almoços de trabalho: o vice-presidente, Joe Biden
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Esta foto é rara mesmo: o presidente dos Estados Unidos carrega uma cadeira de seu gabinete para a sala contígua
Esta foto é rara mesmo: o presidente dos Estados Unidos carrega uma cadeira de seu gabinete para a sala contígua
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Brincando com uma bola de futebol americano em pleno Salão Oval
Brincando com uma bola de futebol americano em pleno Salão Oval
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Michelle Obama
A primeira-dama Michelle Obama com uma amiga, e assessores por perto
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Barack Obama
Um momento divertido do presidente com Michelle e assessores

Contemplação
Só, nos jardins posteriores da Casa Branca, falando ao celular, enquanto descansa os pés
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Barack e Michelle Obama
Barack e Michelle Obama prestes a ingressar no Cadillac presidencial blindado
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Exercícios presidenciais
De terno e gravata -- mas tentando encestar uma bola
Um momentinho de atenção para a primeira-dama
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Um namorico presidencial sob o olhar vigilante de George Washington
Um namorico presidencial sob o olhar vigilante de George Washington
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Sob as vistas da primeira-dama, Obama afaga a caçula das duas filhas, Malia
Sob as vistas da primeira-dama, Obama afaga a caçula das duas filhas, Malia
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O elevador privativo é revestido de madeira nobre
O elevador privativo é revestido de madeira nobre
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Cochilo presidencial
Cochilo presidencial
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Barack Obama
Barack Obama
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O casal Obama em traje a rigor, em foto que inclui a iluminadora
O casal Obama em traje a rigor, em foto que inclui a iluminadora
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O presidente dirige palavras ao pessoal da Casa Branca, inclusive os cozinheiros
O presidente dirige palavras ao pessoal da Casa Branca, inclusive os cozinheiros
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Todos em traje a rigor, e a gravata borboleta tem que estar em ordem para a foto
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Agora é Michelle quem ajeita a gravata borboleta
Agora é Michelle quem ajeita a gravata borboleta
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É hora de festa na Casa Branca, e lá vai o casal anfitrião
É hora de festa na Casa Branca, e lá vai o casal anfitrião
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Partidos à parte: o democrata Obama recebendo o então governador republicano da Califórnia, Arnold Schwarzenegger e sua então mulher, Maria Shriver, da democratíssima família Kennedy
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O presidente, romântico, dança de mãos entrelaçadas com Michelle. Ao fundo, o ex-casal Schwarzenegger
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Aoj lado do lanche, uma pasta com o selo de confidencial
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Um bilhete presidencial-
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Obama em seu gabinete a bordo do Air Force One, o Boeing 747 presidencial
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Ainda no Air Force One, uma conferida no noticiário

‘Gritos presidenciais não ocultam fracassos’, por Marco Antonio Villa









MARCO ANTONIO VILLA
O sonho acabou. Sonho ingênuo, registre-se. Durante quase dois anos, a oposição ─ quase toda ela ─ tentou transformar Dilma Rousseff em uma estadista, como se vivêssemos em uma república. Ela seria mais “institucional” que Lula. Desejava ter autonomia e se afastar do PT. E até poderia, no limite, romper politicamente com seu criador.
Mas os fatos, sempre os fatos, atrapalharam a fantasia construída pela oposição ─ e não por Dilma, a bem da verdade.
Nunca na história republicana um sucessor conversou tanto com seu antecessor. E foram muito mais que conversas. A presidente não se encontrou com Lula para simplesmente ouvir sugestões. Não, foi receber ordens, que a boa educação chamou de conselhos.
Para dar um ar “republicano”, a maioria das reuniões não ocorreu em Brasília. Foi em São Paulo ou em São Bernardo do Campo que a presidente recebeu as determinações do seu criador. Os últimos acontecimentos, estreitamente vinculados à campanha municipal, reforçaram essa anomalia criada pelo PT, a dupla presidência.
Dilma transformou seu governo em instrumento político-eleitoral. Cada ato está relacionado diretamente à pequena política. Nos últimos meses, a eleição municipal acabou pautado suas ações.
Demitiu ministro para ajeitar a eleição em São Paulo. Em rede nacional de rádio e televisão, aproveitou o Dia da Independência para fazer propaganda eleitoral e atacar a oposição. Um telespectador desavisado poderia achar que estava assistindo um programa eleitoral da campanha de 2010. Mas não, quem estava na TV era a presidente do Brasil.
É o velho problema: o PT não consegue separar Estado, governo e partido. Tudo, absolutamente tudo, tem de seguir a lógica partidária. As instituições não passam de mera correia de transmissão do partido.
Dilma chegou a responder em nota oficial a um simples artigo de jornal que a elogiava, tecendo amenas considerações críticas ao seu antecessor. Como uma criatura disciplinada, retrucou, defendendo e exaltando seu criador.
O governo é ruim. O crescimento é pífio, a qualidade da gestão dos ministros é sofrível. Os programas “estruturantes” estão atrasados. O modelo econômico se esgotou.
Edita pacotes e mais pacotes a cada quinzena, sinal que não tem um consistente programa. E o que faz a presidente? Cercada de auxiliares subservientes e incapazes, de Lobões, Idelis e Cardozos, grita. Como se os gritos ocultassem os fracassos.
O Brasil que ainda cresce é aquele sem relação direta com as ações governamentais. É graças a essa eficiência empresarial que não estamos em uma situação ainda pior. Mas também isso tem limite.
O crescimento brasileiro do último trimestre, comparativamente com os dos outros países dos Brics (Rússia, Índia e China) ou do Mist (México, Indonésia, Coreia do Sul e Turquia), é decepcionante. E o governo não sabe o que fazer.
Acredita que elevar ou baixar a taxa de juros ou suspender momentaneamente alguns impostos tem algum significado duradouro. Sem originalidade, muito menos ousadia, não consegue pensar no novo. Somente manteve, com um ou outro aperfeiçoamento, o que foi organizado no final do século passado.
E a oposição? Sussurra algumas críticas, quase pedindo desculpas.
Ela tem no escândalo do mensalão um excelente instrumento eleitoral para desgastar o governo, mas pouco faz. Não quer fazer política. Optou por esperar que algo sobrenatural aconteça, que o governo se desmanche sem ser combatido. Ao renunciar à política, abdica do Brasil

ZAVASCKI COMO MINISTRO DE UM STF QUE COMEÇA A SE PARTIDARIZAR



Teori Zavascki, indicado de Dilma do PT para o Supremo Tribunal Federal para ocupar o lugar deixado por Cesar Peluso, compulsoriamente aposentado ainda nas primeiras seções do julgamento do mensalão, já é sim, o novo ministro da Corte Maior. Na constitucionalmente falha política dos freios e contrapesos para a nomeação ministerial do Supremo, o papel do Senado Federal é pateticamente proforma em sua sabatina e em nada contributivo ao equilíbrio dos poderes da República.
Zavascki, metodicamente escolhido pelo Partido dos Trabalhadores para sufragar em conformidade com os ideais de partido, já é antigo companheiro de Luta. Foi Zavascki quem proferiu o voto condutor no STJ que absolveu Palocci de processo de improbidade administrativa, onde o MP o denunciou por irregularidades em um milionário processo de licitação quando prefeito de Ribeirão Preto, dispensando sem qualquer razão a devida licitação. Esta absolvição pavimentou seu caminho para que subisse a rampa do Palácio como ministro-chefe da Casa Civil do governo Dilma. Seis meses depois, apenas rememorando, Palocci deixou o ministério quando foi descoberto, via imprensa, por sua espantosa evolução patrimonial, além de se haver demonstrado ser um assíduo praticante do crime de tráfico de influências.
A ideia de se partidarizar o STF está sendo posta em prática e ganhou força quando o Partido dos Trabalhadores conseguiu demonstrar a presidente Dilma que suas indicações não estavam alcançando o objetivo do partido. Que Dilma deveria seguir na esteira de Lula pós-desnudamento do mensalão, indicando ministros não por seus notórios saberes jurídicos e reputações ilibadas, mas por seus graus de comprometimento com a causa de partido, na esteira do Ministro Dias Tóffoli... Neste momento, não comparo o grau de expertise jurídica de Tóffoli ao de Zavascki, cometeria heresia, comparável apenas seus graus de comprometimento com a causa PT.
Cogita-se, que após sabatinado, Zavascki possa de pronto assumir seu assento e penetrar em meio ao julgamento do mensalão. Divergem, entretanto, entendimentos: Parcela dos ministros entende, que o ministro para votar no mensalão as matérias não votadas por Peluso deve estar habilitado, não sendo possível o pedido de vista para este mister. Em contraponto, há os que defendem que pode sim pedir vistas para se habilitar, pois a partir de sua posse possuiria todos os poderes dos demais ministros.
Faço firmar, que a meu ver, o pedido de vista em meio ao julgamento do mensalão revela-se um irrazoável despautério lógico pelo atraso irremediável que gerará ao julgamento. Mas não atenho-me apenas a este pesar...
A partir de sedimentado conceito cognitivo próprio, sustento que a indicação despida de controle exercida pelo Chefe do Executivo Federal é aviltante a democracia e a independência dos poderes. Cria-se a possibilidade um executivo insindicável capaz de coordenar a partir de suas conveniências, inclusive, os pronunciamentos da mais alta Corte do país. Partidariza-se a Corte Constitucional aos interesses de governo, que passará a votar prioritariamente não mais segundo a melhor justiça, mas segundo razões de ordem política. Nas palavras de Montesquieu: “Se o poder de julgar estiver unido ao Poder Executivo, o juiz terá a força de um opressor”. Completaria Montesquieu, segundo nossa realidade, que teria o juiz a força de um opressor da moralidade...
Vejam o caso do mensalão como se denota um absurdo permitido: Permitir-se-á a entrada de um novo ministro do partido do governo, indicado pelo governo, para proferir seus votos no meio do julgamento como quase um ministro de exceção, a meu ver, contrário ao princípio do juiz natural.
Para início de conversa, Ministros deveriam ter mandatos prefixados. A aposentadoria compulsória aos 70 anos é vetusta e de razões indefensáveis. Aos 70 anos um ministro pode estar no ápice de sua compreensão jurídica e fisicamente habilitado para cumprir em toda inteireza suas funções, melhor inclusive que a quase totalidade dos de 30/40, pelo grau de experiência angariado em sua missão.
Ocorre que a democracia não convive bem com o perene. Um maior rodízio produz um maior arejamento de ideias, uma maior discussão das temáticas mais caras a sociedade de acordo com as mutações e desenvolvimentos sociais. Nos EUA, que possuem um modelo vitalício, muito próximo ao nosso, discute-se firmemente sua alteração para o modelo mais democrático de mandato, como o adotado na Alemanha entre outros países da Europa.
Voltando as nossas realidades, segundo nosso modelo, será factível termos que conviver com o “púbere” ministro Tóffoli do PT até os 70 anos de idade com toda a sua fragilidade jurídica e comprometimento com causas menos de justiça e mais de partido. Entendo que o mandato seria a melhor solução para que a sigla STF mantenha-se íntegra também em sua representação, não se tornado, por exemplo, SPT, quando o símbolo da mulher vendada, representação da imparcialidade, cederá seu lugar a estrela vermelha.

Reflitamos...
Sem mais.

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