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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
Sem verba para cuidar de idosos Programas federais de proteção à terceira idade têm orçamento restrito
Vinicius Sassine
vinicius.jorge@bsb.oglobo.com.br
BRASÍLIA As ações do governo federal criadas especificamente para a proteção dos idosos têm, além de uma baixa previsão de recursos, um gasto muito aquém do autorizado para preservar os direitos de uma fatia da população cada vez mais submetida à exploração. Dentro do programa de aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde (SUS), o governo da presidente Dilma Rousseff autorizou nos últimos três anos repasses de R$ 28,5 milhões para implementar políticas de atenção à saúde de pessoas com idade superior a 60 anos. Porém, o Ministério da Saúde gastou apenas R$ 14,8 milhões — pouco mais de 50%.
No caso da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República, pasta que historicamente já convive com a baixa previsão de recursos orçamentários, os gastos efetivos são ainda menores. No ano passado, ficou autorizado o gasto de R$ 5,8 milhões com a ação de promoção e defesa dos direitos da pessoa idosa. Apenas R$ 623,1 mil — 10,7% — acabaram efetivamente pagos pelo governo.
Duas ações importantes a cargo da SDH desapareceram do Orçamento da União de 2013. A construção de centros integrados de apoio para prevenção e enfrentamento à violência contra idosos e o fortalecimento da rede nacional de proteção de direitos deixaram de existir como ações específicas. Em 2012, o gasto com os centros foi de R$ 645,4 mil. Já a rede nacional deveria receber R$ 3,3 milhões em recursos, conforme autorizado em 2011. Nada foi gasto nos últimos três anos.
O governo só consegue gastar o que prevê — ou até além do previsto — com um benefício instituído pela Constituição Federal de 1988. O Benefício de Prestação Continuada (BPC) foi regulamentado por uma lei que já tem mais de 20 anos. Idosos com 65 anos ou mais — e pessoas com deficiência física — com baixíssima renda têm direito a receber um repasse mensal de um salário mínimo. Em 2010, 1,6 milhão de idosos recebia R$ 9,6 bilhões por ano. Em 2013, a quantidade de beneficiários saltou para 1,8 milhão, e o total pago, para R$ 14,5 bilhões.
O GLOBO procurou o Ministério da Saúde em 29 de janeiro para obter uma explicação sobre os baixos gastos com ações específicas aos idosos. O programa “Valorização e saúde do idoso”, por exemplo, teve gasto zero em 2010, 2011, 2012 e 2013. A assessoria de imprensa do ministério disse que não conseguiria “finalizar o levantamento a tempo” e que daria um retorno “assim que possível”, o que não ocorreu até o fechamento desta edição.
Já a SDH sustenta que os desembolsos ocorrerão ao longo deste ano, como parte da execução dos convênios de capacitação assinados no ano passado. Boa parte do dinheiro é proveniente do Fundo Nacional do Idoso, que só começou a arrecadar mais a partir do segundo semestre, segundo os gestores da secretaria. Os editais só poderiam ser lançados a partir de uma previsão mais certa de recursos no fundo, sustenta o governo. Sobre a extinção das ações destinadas a financiar os centros integrados e a rede nacional de proteção dos idosos, a secretaria diz que já não fazia sentido manter os programas.
— A secretaria entendeu que seriam mais efetivos os centros de referência em direitos humanos, que são mais amplos. Já são 40 centros no país. E a rede está consolidada, articulada com vários ministérios. Não há mais necessidade de ser uma ação específica — explica a coordenadora geral dos Direitos do Idoso da secretaria especial, Neusa Muller.
O diretor de Promoção dos Direitos Humanos da secretaria, Marco Antonio Juliatto, cita o decreto assinado pela presidente Dilma que firmou o “compromisso nacional para o envelhecimento ativo”. O documento foi assinado em setembro do ano passado e criou uma comissão interministerial para avaliar ações na área.
— São 17 ministérios, sob o comando da Secretaria de Direitos Humanos. Os convênios assinados em 2013 serão pagos ao longo de 2014. O gasto de R$ 623,1 mil (com a ação de defesa dos direitos da pessoa idosa) é irreal — diz Juliatto.
* Publicado no O Globo de hoje.
PSICANÁLISE DA VIDA COTIDIANA O Beijo de Félix: Homossexualidade e Afeto
CARLOS VIEIRA
No dia 17 de maio de 1990, a Assembleia Geral da Organização de Saúde retirou a homossexualidade da sua lista de doenças mentais. Por fim, em 1991, a Anistia Internacional passou a considerar a discriminação contra homoafetivos uma violação aos direitos humanos.
É mister salientar que, homossexualidade se refere a uma qualidade de um ser (humano ou não) que sente atração física, estética e/ou emocional(afetiva) por outro ser do mesmo sexo ou gênero. A experiência homossexual é uma experiência afetiva, sexual e romântica.
Atente querido leitor: experiência afetiva, sexual e romântica! Dito de outro modo, hoje, ao contrário de um passado preconceituoso e cruel, não se pode mais negar que a relação homossexual contenha um aspecto sensual, sexual e outro terno, afetivo. Aliás, nada diverso do que nas relações heterossexuais quando existem integrados: ternura e afeto.
O beijo de Félix e Nico na novela Amor à Vida era uma cena desejada, querida, amedrontadora, rejeitada? A natureza da mente humana é ambivalente, pois sempre revela consciente e inconscientemente, desejos contrários. Houve até apostas, torcidas, discussões clamorosas e pressões sobre os diretores da novela! No entanto, sob um viés, não de torcida fundamentalista de time de futebol, mas de reflexão sobre os afetos humanos, o beijo foi um beijo sim, mas mais do que isso foi uma Metáfora - a metáfora da ternura entremeada com a sexualidade, coroando um momento no dizer de Bandeira, o poeta, momento de alumbramento. Em artigo escrito na revista Época, Walcyr Carrassco chega a afirmar: “...será um beijo de amor. Queria um beijo como algo que faz parte do cotidiano das pessoas. Não o beijo do gueto, com rapazes dançando de sunga ao fundo. Queria dizer que o beijo gay também pode fazer parte de uma vida familiar”. Aos curiosos ou voyeristas com um toque de sadismo triunfante, o beijo era necessário. Triunfar sobre que? Chocar o público? Ganhar a guerra, reagir ou coisa do tipo, acho que cabia pouco naquele momento. O beijo que segundo a lenda, o autor da novela e os diretores deixaram os atores livres para dramatizá-lo, entendo mais como um ato de reparação, de respeito e de consideração com pessoas que sofreram e ainda sofrem o preconceito. Penso também, ser uma contribuição para que a sociedade não encare a sexualidade e o amor entre pessoas do mesmo sexo com uma aberração psicopatológica.
Imagino que a novela intrigou expectadores; deve ter criado náuseas; fez surgir o afeto escondido de alguém, afeto de respeito e não de ódio; aliviou pais e mães que provavelmente estão mais livres para amarem seus filhos homoafetivos; reforçou a ideia que não é a lei que resolve o preconceito, ainda que fundamental, mas tolerância e aceitação de que: a escolha amorosa e sexual não é reservada aos casais de sexo diferentes!
O beijo de Nico em Félix e vice-versa, foi mais do que um beijo. Observando atentamente a cena, os olhares afetivos e as bocas se uniram numa comunhão de sinceridade, ética, empatia, carinho e ternura entre dois seres humanos. Não foi um beijo perverso, canibal, vampiresco, imoral, foi um beijo com expressão lírica, de um lirismo que entrava naquele momento em milhões de habitações! Não como um pedido de licença para “fazer a cabeça” de quem quer que seja, mas para expressar a legitimidade entre dois amantes que têm direitos de viver uma vida amorosa-sexual sem o rótulo diabólico da perversão. Lembro agora que, um eminente professor de cirurgia na minha faculdade de medicina chamava os homoafetivos de Invertidos!
Talvez faça sentido agora, o fato de que até deputados querem criar leis para “desinverter” os invertidos. A cura do mal! Creio que essas pessoas abominaram assistir à cena do beijo?
Enfim, mais uma vez enfatizo aqui, na minha Coluna, que a novela é um poderoso veículo cultural para atingir às massas. Gostaria que fosse também o teatro, a ópera, mas ainda está longe algum governo pensar em priorizar verbas para a Cultura, na mesma condição que financia obras monumentais, facilidades às classes privilegiadas ou coisa desse tipo que estamos cansados em presenciar. Parafraseando o beijo, fica aqui a esperança de que, nesse tempo de eleições, os futuros candidatos possam oferecer respeito humano e parceria como bem o fizeram Félix e Nico. O “beijo verdadeiro entre parcerias” que transmita afeto, consideração, generosidade, ética, sentimento de estar-com numa relação amorosa, e não numa falsa relação onde a perversidade impera entre os homens, como acontece nos dias atuais. Lamentável que, para mentir não se tenha preconceitos!
É mister salientar que, homossexualidade se refere a uma qualidade de um ser (humano ou não) que sente atração física, estética e/ou emocional(afetiva) por outro ser do mesmo sexo ou gênero. A experiência homossexual é uma experiência afetiva, sexual e romântica.
Atente querido leitor: experiência afetiva, sexual e romântica! Dito de outro modo, hoje, ao contrário de um passado preconceituoso e cruel, não se pode mais negar que a relação homossexual contenha um aspecto sensual, sexual e outro terno, afetivo. Aliás, nada diverso do que nas relações heterossexuais quando existem integrados: ternura e afeto.
O beijo de Félix e Nico na novela Amor à Vida era uma cena desejada, querida, amedrontadora, rejeitada? A natureza da mente humana é ambivalente, pois sempre revela consciente e inconscientemente, desejos contrários. Houve até apostas, torcidas, discussões clamorosas e pressões sobre os diretores da novela! No entanto, sob um viés, não de torcida fundamentalista de time de futebol, mas de reflexão sobre os afetos humanos, o beijo foi um beijo sim, mas mais do que isso foi uma Metáfora - a metáfora da ternura entremeada com a sexualidade, coroando um momento no dizer de Bandeira, o poeta, momento de alumbramento. Em artigo escrito na revista Época, Walcyr Carrassco chega a afirmar: “...será um beijo de amor. Queria um beijo como algo que faz parte do cotidiano das pessoas. Não o beijo do gueto, com rapazes dançando de sunga ao fundo. Queria dizer que o beijo gay também pode fazer parte de uma vida familiar”. Aos curiosos ou voyeristas com um toque de sadismo triunfante, o beijo era necessário. Triunfar sobre que? Chocar o público? Ganhar a guerra, reagir ou coisa do tipo, acho que cabia pouco naquele momento. O beijo que segundo a lenda, o autor da novela e os diretores deixaram os atores livres para dramatizá-lo, entendo mais como um ato de reparação, de respeito e de consideração com pessoas que sofreram e ainda sofrem o preconceito. Penso também, ser uma contribuição para que a sociedade não encare a sexualidade e o amor entre pessoas do mesmo sexo com uma aberração psicopatológica.
Imagino que a novela intrigou expectadores; deve ter criado náuseas; fez surgir o afeto escondido de alguém, afeto de respeito e não de ódio; aliviou pais e mães que provavelmente estão mais livres para amarem seus filhos homoafetivos; reforçou a ideia que não é a lei que resolve o preconceito, ainda que fundamental, mas tolerância e aceitação de que: a escolha amorosa e sexual não é reservada aos casais de sexo diferentes!
O beijo de Nico em Félix e vice-versa, foi mais do que um beijo. Observando atentamente a cena, os olhares afetivos e as bocas se uniram numa comunhão de sinceridade, ética, empatia, carinho e ternura entre dois seres humanos. Não foi um beijo perverso, canibal, vampiresco, imoral, foi um beijo com expressão lírica, de um lirismo que entrava naquele momento em milhões de habitações! Não como um pedido de licença para “fazer a cabeça” de quem quer que seja, mas para expressar a legitimidade entre dois amantes que têm direitos de viver uma vida amorosa-sexual sem o rótulo diabólico da perversão. Lembro agora que, um eminente professor de cirurgia na minha faculdade de medicina chamava os homoafetivos de Invertidos!
Talvez faça sentido agora, o fato de que até deputados querem criar leis para “desinverter” os invertidos. A cura do mal! Creio que essas pessoas abominaram assistir à cena do beijo?
Enfim, mais uma vez enfatizo aqui, na minha Coluna, que a novela é um poderoso veículo cultural para atingir às massas. Gostaria que fosse também o teatro, a ópera, mas ainda está longe algum governo pensar em priorizar verbas para a Cultura, na mesma condição que financia obras monumentais, facilidades às classes privilegiadas ou coisa desse tipo que estamos cansados em presenciar. Parafraseando o beijo, fica aqui a esperança de que, nesse tempo de eleições, os futuros candidatos possam oferecer respeito humano e parceria como bem o fizeram Félix e Nico. O “beijo verdadeiro entre parcerias” que transmita afeto, consideração, generosidade, ética, sentimento de estar-com numa relação amorosa, e não numa falsa relação onde a perversidade impera entre os homens, como acontece nos dias atuais. Lamentável que, para mentir não se tenha preconceitos!
Carlos.A.Vieira, médico, psicanalista, Membro Efetivo da Sociedade de Psicanálise de Brasília e de Recife. Membro da FEBRAPSI e da I.P.A - London
Serra diz que não há descontrole fiscal no Brasil
SILVIA AMORIM
Serra contraria análise de Aécio sobre economia. Em palestra, ex-governador de São Paulo diz que não há descontrole fiscal, como afirmou o senador mineiro, Aécio Neves.
SÃO PAULO - O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) fez ontem análises sobre o quadro econômico brasileiro que se contrapõem ao que tem pregado o pré-candidato tucano à Presidência, o senador Aécio Neves (MG). Em teleconferência para consultores financeiros, ele disse que não vê no Brasil situação econômica "calamitosa" nem "descontrole inflacionário e fiscal".
— Eu não vejo que o quadro econômico seja tão calamitoso quanto se divulga. Não significa que estamos bem, mas o que não vejo é que seja tão calamitoso — disse Serra, ao começar a análise da conjuntura econômica.
Inicialmente, ele avaliou que não há no país um descontrole da inflação, ao contrário do que têm defendido o PSDB e o próprio Aécio desde o ano passado. O tema foi um dos destaques do programa nacional do partido em 2013 e tem sido usado pelo PSDB para tentar desgastar a imagem do atual governo.
— Há uma perda por ensaio e manobra em relação à inflação, mas não há o risco de descontrole inflacionário — avaliou Serra na palestra.
O tucano também afirmou que a situação na área fiscal do governo federal não é de descontrole nem de calote:
— Há perda de manobra na área fiscal, mas não há perspectiva de descontrole na área fiscal e muito menos de calote. Não há isso.
Em janeiro deste ano, em artigo para o jornal "Folha de S.Paulo", Aécio afirmou haver no país "um descontrole fiscal generalizado".
Mais adiante, Serra citou a projeção de crescimento do PIB para 2014 — que ontem foi rebaixado pelo governo de 3,8% para 2,5%. Num discurso moderado, disse que o índice — que o PSDB tem chamado de "pibinho" — não chega a ser uma "tragédia".
— O PIB por habitante, se crescer 2% este ano, em termos per capita, vai ser da ordem de 1,2%. Não é um desempenho negativo. Não chega a ser uma tragédia. Nada brilhante, nada desastroso.
Serra disse que a presidente Dilma Rousseff tem parcela de culpa pelo pessimismo mundial que ronda a economia brasileira. Segundo o tucano, ela pouco entende de economia e, quando fala sobre o tema, atrapalha, em vez de ajudar.
Sobre o futuro político, Serra não quis falar. Perguntado sobre temas eleitorais,não respondeu, alegando que a palestra era para tratar de questões econômicas.
Cresce no PSDB a pressão para que o ex-governador se candidate a deputado federal. Serra e Aécio têm um acordo para que a pré-candidatura do mineiro à Presidência seja lançada em março. Não está certo se, até essa data, José Serra anunciaria seus planos eleitorais.
— Eu não vejo que o quadro econômico seja tão calamitoso quanto se divulga. Não significa que estamos bem, mas o que não vejo é que seja tão calamitoso — disse Serra, ao começar a análise da conjuntura econômica.
Inicialmente, ele avaliou que não há no país um descontrole da inflação, ao contrário do que têm defendido o PSDB e o próprio Aécio desde o ano passado. O tema foi um dos destaques do programa nacional do partido em 2013 e tem sido usado pelo PSDB para tentar desgastar a imagem do atual governo.
— Há uma perda por ensaio e manobra em relação à inflação, mas não há o risco de descontrole inflacionário — avaliou Serra na palestra.
O tucano também afirmou que a situação na área fiscal do governo federal não é de descontrole nem de calote:
— Há perda de manobra na área fiscal, mas não há perspectiva de descontrole na área fiscal e muito menos de calote. Não há isso.
Em janeiro deste ano, em artigo para o jornal "Folha de S.Paulo", Aécio afirmou haver no país "um descontrole fiscal generalizado".
Mais adiante, Serra citou a projeção de crescimento do PIB para 2014 — que ontem foi rebaixado pelo governo de 3,8% para 2,5%. Num discurso moderado, disse que o índice — que o PSDB tem chamado de "pibinho" — não chega a ser uma "tragédia".
— O PIB por habitante, se crescer 2% este ano, em termos per capita, vai ser da ordem de 1,2%. Não é um desempenho negativo. Não chega a ser uma tragédia. Nada brilhante, nada desastroso.
Serra disse que a presidente Dilma Rousseff tem parcela de culpa pelo pessimismo mundial que ronda a economia brasileira. Segundo o tucano, ela pouco entende de economia e, quando fala sobre o tema, atrapalha, em vez de ajudar.
Sobre o futuro político, Serra não quis falar. Perguntado sobre temas eleitorais,não respondeu, alegando que a palestra era para tratar de questões econômicas.
Cresce no PSDB a pressão para que o ex-governador se candidate a deputado federal. Serra e Aécio têm um acordo para que a pré-candidatura do mineiro à Presidência seja lançada em março. Não está certo se, até essa data, José Serra anunciaria seus planos eleitorais.
Publicado no Globo de hoje.
Cartas de Nova Iorque: Retratos no metrô, por Luisa Leme
Eram oito horas da manhã e mesmo com a neve acumulada lá fora e a chuva que cai, a linha 6 verde do metrô corre do lado leste de Manhattan pra me levar do Lower East Side até o Upper East. O vagão e as pessoas estavam estranhamente tranquilos, prontos para serem observados.
Evitando os rostos mais sisudos e os malucos que são muitos no metrô de Nova Iorque, é só olhar em volta para a viagem ficar mais interessante. Não é difícil encontrar as mesmas pessoas, que pegam o mesmo vagão no mesmo horário todos os dias. O hábito faz com que eu as reconheça. E nessa semana trombei com um dos meus personagens favoritos, ele parece com o ator Timothy Spall, a cara do Castrinho da Escolinha do Professor Raimundo. Lembra?
Ele está indo trabalhar, mas todos poderiam achar que ele pega a linha 6 por puro prazer. Uma pasta surrada, jeans, tênis pretos imitando sapatos, camiseta e moletom. Os cabelos ruivos estão dando mais espaço para a testa, as bochechas sempre vermelhas, e óculos discretos - desses quase sem armação. Os fones de ouvido azuis conectados a um tocador de mp3 velho, imitando um iPod. Ele gosta de clássicos do jazz, interpretados por cantoras pelo que eu consegui ver no monitor do radinho.
Em meio aos telefones, tablets, e todo “personal space” americano, ele carrega folhas de papel branco e uma caneta preta (um marcador permanente). O transeunte é mestre de observar as pessoas, e não o faz de maneira discreta. O pescoço estica, os olhos se apertam, e a cabeça move rapidamente entre o momento proibido, de encarar estranhos no metrô, e a folha de papel.
Alguns segundos depois, o senhor sentado do outro lado do vagão surge na folha. O desenho é bem rabiscado, as vezes atrapalhado pelo movimento do trem, e a única moldura são os riscos que o artista faz para representar as pilastras do vagão. Mas a expressão de cada um dos “modelos” não poderia ser mais perfeita.
Sobrancelhas franzidas, guarda-chuva na mão, jornal estirado em frente ao peito. Mal reconheci o retrato do homem alto que acabara de entrar depois da porta abrir e uma nova produção começa - com a mulher ao meu lado. Cabelo preso, casaco torto no braço. Ela deixa o trem na próxima estação…o jeito é começar outra folha. Homem de costas, de orelhas grandes, um senhor com nariz pontudo, um gordinho com uma cara engraçada.
O desenhista é uma máquina de retratos. São tantos que as folhas quase acabam, com dois ou três retratos produzidos entre uma estação e outra. Folha branca, rabiscos, um retrato, e o desenhista parte para outra pessoa.
Ele me conta que já foi ameaçado, que as pessoas tiram foto dele com telefones, que ele deixa muita gente zangada. Mas que o treino é positivo para o artista, e eu adoro ver a cara dos nova-iorquinos que começam o meu dia, todos os retratos do metrô.
Luisa Leme é jornalista e produtora de documentários. Passou pela TV Cultura e TV Globo em São Paulo, e pelas Nações Unidas em Nova York. Mora nos Estados Unidos há sete anos e fez mestrado em relações internacionais na Washington University in St. Louis. Escreve aqui sempre às quintas-feiras. Mantém o blog DoubleLNYC com imagens e impressões sobre Nova York. Twitter: @luisaleme
Cartas de Seattle: O melhor amigo do homem também é o melhor vendedor
Melissa de Andrade
Essa tendência que os moradores de Seattle têm de valorizar a autenticidade das pequenas lojas como uma alternativa à padronização das grandes cadeias de varejo gerou um fenômeno na profissionalização do pequeno empreendedor local: a informalidade como fator de diferenciação.
Já que não podem competir com o preço das grandes marcas, cafés e butiques oferecem personalização no atendimento e no ambiente, para que o cliente sinta que está tendo uma experiência única, que não poderia ter em outro estabelecimento. Muitas apostam em atrações à parte: bichos de estimação que “vivem” na loja.
Pense em uma loja de materiais delicados como ervas aromáticas e sabonetes, os vidrinhos e potinhos cuidadosamente arrumados em mesinhas de vidro redondas de várias alturas, com um sofazinho em estilo vitoriano num canto.
Agora pense em um cachorro de grande porte, tipo um golden retriever, abandonando o rabo pela loja. Minha primeira reação foi procurar o dono, achei logo que era um cão-guia que tinha se soltado da coleira, só podia ser, daquele tamanho numa loja daquelas.
“A loja é dele”, me disse a dona, revelando a importância do bichinho. “Já está acostumado, não derruba nada. E ainda ajuda os clientes a decidir as melhores fragrâncias.” Então tá.
O gerente de uma loja de materiais de arte em Capitol Hill, o bairro moderninho da cidade, jura que tem gente que só vai lá para “falar” com a gata de estimação. “Eles trazem comida, caminha, brinquedo. Ela tem mais amigos do que eu”, diverte-se. “Ela” é Zelda, a gata branca de olhos bem azuis, que gosta de ficar na seção de pintura. Coincidência ou não, é a que tem mais procura.
E que tal entrar numa loja de consertos de bicicleta, meio de transporte muito comum por aqui, e dar de frente com uma espécie de Capitão Gancho urbano, com boné servindo de chapéu, óculos de grau em vez de tapa-olho e um gato no ombro, no lugar do papagaio?
Arnold tem cara de quem não arreda as patas dali por nada nesse mundo. E o atendente, John, tem cara de que andar com um gato no ombro é a coisa mais normal do mundo.
Os exemplos são muitos. Claro que oferecer um bom serviço também é importante – mesmo em Seattle, ninguém vai ficar frequentando um lugar medíocre só para apoiar um empreendimento local que tenha um poodle simpático.
Mas a aposta desses empresários é que a interação positiva com os bichinhos acabe se refletindo também no reforço da marca da loja junto à clientela. Numa cidade que tem mais casas com bicho de estimação do que com criança, a estratégia faz todo o sentido.
Melissa de Andrade é jornalista com mestrado em Negócios Digitais no Reino Unido. Ama teatro, gérberas cor de laranja e seus três gatinhos. Atua como estrategista de Conteúdo e de Mídias Sociais em Seattle, de onde mantém o blog Preview e, às sextas, escreve para o Blog do Noblat.
Petralhas já começam ensaios da guerra cibernética contra páginas pessoais, blogs e sites de oposição
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
A máquina de contrainformação petralha, montada para a reeleição de Dilma Rousseff, começa a dar sinais de que vai endurecer contra sites e blogs e espaços de oposição nas redes sociais. No melhor padrão venezuelano, hackers petralhas vão usar alta tecnologia para sabotar e tirar do ar aqueles que consideram seus “inimigos”. Na prática, serão cometidos crimes cibernéticos, na tentativa de impedir a livre informação.
Os “testes” já começaram. No facebook, vários alvos dos petistas tiveram ontem, em suas páginas, um post (vindo do nada), com uma mensagem ridícula contra o idiotizante BBB da Rede Globo. Os mesmos alvos também vêm sofrendo ataques de “cavalos de Tróia” e invasões em seus e-mails. O objetivo tático é preparar o terreno para neutralizar a publicação e difusão de postagens negativas, principalmente quando a campanha reeleitoral estiver no ápice, pouco antes da “copa das copas”.
A guerra eleitoreira cibernética será coordenada, pessoalmente, por Franklin Martins. Mas o jogo sujo – no estilo das SS nazistas – será praticado por “militantes” e “simpatizantes” – preferencialmente sem ligações identificáveis com o sistema que vai lhes financiar via caixa dois de campanha. Grande parte dos R$ 2 bilhões que o PT tem guardados para torrar em 2014 vai ser investido na “guerrilha de internet”.
Na hora que o bicho pegar, ficaremos muito próximos do que acontece na Venezuela – onde o despotismo pseudodemocrático de Nicolas Maduro promove censura direta e sabotagem na internet contra os opositores, jornalistas e meios de comunicação. A ordem para a grande ofensiva contra os inimigos no mundo virtual já foi dada pelo chefão Lula da Silva.
Só o que pode neutralizar a guerrilha petralha é uma atitude enérgica de empresas como o Google, Facebook e Twitter – cujos clientes serão vítimas dos crimes cibernéticos eleitoreiros. Também se espera uma postura ética das empresas de telecomunicação, que são os grandes provedores de internet, para que não sejam coniventes e façam “olhos de mercador” para as sabotagens petralhas.
Petralhice na Venezuela
Simplesmente nojento o apoio dos petistas aos atos autoritários de Nicolas Maduro – companheiro deles no Foro de São Paulo.
Exército de ocupação cubano
A oposição venezuelana denuncia que pelo menos 60 mil soldados de uma força de ocupação cubana, com treinamento em repressão e guerrilha urbana, já está atuando contra as gigantescas manifestações de rua, na Venezuela sob clima de guerra civil.
A denúncia é confirmada pelo ex-presidente do Conselho de Segurança da ONU, Diego Arria:
“Venezuela é um país ocupado. O regime venezuelano é uma marionete dos cubanos. Já não se trata de tutela pelos cubanos, mas sim de controle exercido por eles”.
O clima na Venezuela tende a se radicalizar com a trágica morte da miss turismo, Génesis Carmona, assassinada por tiros dados por milicianos pró-Maduro.
Capa Fake
Quem dera que a revista Época pudesse publicar uma página assim, com a Dilma tirando sua máscara de velha guerrilheira... Mas a imagem, que tanto sucesso faz na internet, é inteiramente falsa. Uma montagem verdadeira...
Feia a coisa
Rápido esquecimento
Isonomia mensaleira?
Homem do Castelo
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.
© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 20 de Fevereiro de 2014.
© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 20 de Fevereiro de 2014.
Opinião do leitor - Festa com churrasco e droga no Presídio de Ijuí mostra a desordem na área de segurança públicas do governo do RS
CLIQUE AQUI para examinar o video da churrascada
no presídio administrado pelo governo do PT.
no presídio administrado pelo governo do PT.
Há uma grande repercussão na internet sobre a matéria da Record, exibida no Cidade Alerta, que mostra um deboche na sociedade gaúcha. Falo do vídeo de um churrasco feito por presos dentro da Penitenciária Modulada de Ijuí, gravado com o celular de um preso. As autoridades, no entanto, ficaram em silêncio sobre essa barbaridade, esse tapa na cara dos gaúchos.
Mais de 10 mil pessoas já viram o vídeo no site da Record. Espero ver isso publicado para o Rio Grande do Sul tomar conhecimento sobre como anda (precária) a nossa segurança!
João Edgar Teixeira
A notícia da Record vai a seguir:
As imagens foram feitas por celular, durante a festa de confraternização de fim de ano dos presos da Penitenciária Modulada Estadual de Ijuí (RS). A gravação ainda mostra o consumo de drogas pelos detentos. O evento é liberado e tem a autorização da superintendência do Sistema Penitenciário. A farra dos presidiários revoltou os moradores da cidade.
CLIQUE AQUI para ler e ver tudo.
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