quarta-feira, 17 de julho de 2013

‘A rocha? Você quer comprar a rocha?’



Um lar grego esculpido na pedra em Mykonos

15/05/2013 | POR REDAÇÃO; FOTOS PAUL RYAN E ROLAND BEAUFRE
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  (Foto: Paul Ryan)
A primeira visita da escultora e designer Deborah French a Mykonos, uma das ilhas gregas, foi em 1978. Desde então ela se se tornou uma entusiasta da arquitetura tradicional local. Dois anos depois, Deborah se casou com Vangelis Tsangaris, um ateniense que passou inúmeros verões na infância naquelas ilhas. A decisão de ter um canto próprio em Mykonos foi natural. Assim, entraram em contato com um proprietário de terras da região para angariar para si alguns metros quadrados. Mas qual não foi a surpresa do fazendeiro ao descobrir que o casal queria comprar um espaço no topo dos rochedos.
‘A rocha? Você quer comprar a rocha?’, foi o que ele disse quando Tsangaris apontou para o alto e perguntou o preço do terreno. A compra foi uma pechincha, afinal, se nada poderia ser cultivado ali, porque cobrar caro? – assim pensou o fazendeiro. O próximo passo era gerar o projeto da casa. O casal estava determinado a construir um lar calcado nas tradições locais e, para isso, entraram em contato com os ”Lolos”, os construtores capazes de perpetuar os mais antigos traços das residências de Mykonos. Para que a planta fosse produzida, tornando possível a legalização da obra, chamaram também um arquiteto.
A participação do arquiteto na realização do sonho de Deborah e Tsangaris foi desastrosa e eles logo o dispensaram. Suas ideias eram demais modernas e ortogonais. Deborah concluiu, “vamos esculpir nossa casa na rocha, ou seja, trata-se apenas de uma grande escultura, posso fazer isso sozinha”. A morada faria parte da montanha. A designer começou a criar seu lar em argila, através de um modelo reduzido. Nele ela esculpiu cada porta, janela, nicho e escada que a versão em tamanho natural deveria ter. Os habitantes da ilha consideravam o casal mais atormentado que os “Lolos” (que significa, literalmente, “loucos” em grego).
  (Foto: Roland Beaufre)
Conforme a casa ganhava seus contornos, as pessoas mudavam de opinião. “Lembra-me da casa dos meus avós”, costumavam dizer os visitantes. No entanto, houve sim um toque de inovação: o exterior. Deborah decidiu renegar a alvura típica das casas da região em nome da melhor integração de seu lar com a montanha. Foi preciso conseguir um alvará para executar tal alteração. Mas a decisão foi tão acertada que três anos depois, surgiu uma nova lei que exigia que as novas construções executadas nos pontos altos da ilha tivessem acabamento de pedra ou de cimento com tonalidade próxima à do entorno.
No fim, a casa de Deborah e Tsangaris foi finalizada sem nunca terem sido feitos desenhos técnicos. O resultado foi fruto das demandas da rocha e do gênio dos “Lolos” – nem sempre tão fáceis de lidar. A morada tem muitos degraus e passagens estreitas, além de superfícies irregulares. Para a sustentação, foram adicionadas toras de madeira como vigas. No piso há madeira náutica, cerâmica e concreto. O objetivo, de evocar o espírito grego antigo, foi alcançado com sucesso. E se não bastasse a bela arquitetura como recompensa à audácia do casal de sonhadores, o lar ainda oferece-lhes uma vista privilegiada.
  (Foto: Paul Ryan)

  (Foto: Paul Ryan)

  (Foto: Paul Ryan)

  (Foto: Roland Beaufre)

  (Foto: Paul Ryan)

  (Foto: Paul Ryan)

  (Foto: Roland Beaufre)

  (Foto: Paul Ryan)

  (Foto: Paul Ryan)

  (Foto: Paul Ryan)

  (Foto: Paul Ryan)

  (Foto: Paul Ryan)

  (Foto: Paul Ryan)

  (Foto: Paul Ryan)

Antiga casa de servos torna-se lar moderno


17/07/2013 | POR REDAÇÃO; FOTOS MARTIN GARDNER
  (Foto: Martin Gardner)
Muitas casas são admiradas pela estética apurada ou pelo conforto que proporcionam. Se, além dessas características, o espaço contar também com algum valor histórico, seu apelo aumenta exponencialmente. É o caso deste lar na cidade inglesa de Winchester. Antiga morada dos servos de uma mansão construída por um nobre em 1856, o imóvel ganhou nova cara depois que os donos de metade da mesma mansão (ela foi dividida em dois nos anos 1950) decidiram se aposentar e viver em uma casa mais simples e prática.

A ideia dos arquitetos do AR Design Studio foi criar uma intervenção arquitetônica de vidro junto à estrutura original. A adição abriga a cozinha e as salas de estar e jantar. A casa antiga também foi clareada por meio da abertura de vãos, tornando-se mais iluminada e aberta, e perdendo assim o aspecto fechado que tinha antes.
Como as dependências dos empregados estavam abandonadas havia anos, uma boa reforma era necessária. O casal contratou o escritório local de arquitetura AR Design Studio para criar um espaço adicional e modernizar o projeto do século 19, ao mesmo tempo respeitando suas origens. No início da obra, uma surpresa: foram encontrados três corpos enterrados no solo em torno da casa. Para o alívio de todos, com a vinda de policiais e, em seguida, arqueólogos, descobriu-se que as ossadas haviam sido enterradas na época do Império Romano. Após a escavação de diversas outras relíquias, a obra prosseguiu normalmente.
No anexo, a decoração segue uma veia minimalista, cujo intuito é dar ênfase ao vidro, quase atribuindo ao novo espaço o aspecto de uma instalação artística. A reforma, com suas sutis mudanças, criou novas possibilidades e preservou a tradicional casinha do século 19, apesar do design inovador.
  (Foto: Martin Gardner)

   (Foto: Martin Gardner)

  (Foto: Martin Gardner)

  (Foto: Martin Gardner)

  (Foto: Martin Gardner)

  (Foto: Martin Gardner)

  (Foto: Martin Gardner)

  (Foto: Martin Gardner)

  (Foto: Martin Gardner)

  (Foto: Martin Gardner)

  (Foto: Martin Gardner)

  (Foto: Martin Gardner)

Sebastião Nery: O mausoléu do Coronel


Posted: 16 Jul 2013 04:58 PM PDT
Sebastião Nery

São Luís, MA – Fernando Sarney, o filho empresário do senador José Sarney, pegou de manhã o ex-presidente de Portugal, Mario Soares, no belo São Luis Resort Hotel, na praia do Calhau, aqui em São Luis, e o levou à casa do pai, um majestoso e coronelado quarteirão cheio de arvores e todo cercado de muro branco, bem ao lado do hotel.

Quando entraram, Fernando foi logo com Mario Soares para um salão repleto de riquíssima coleção de objetos e imagens sacras de muitos séculos. Fernando mostrando, explicando, e Mario Soares olhando, perguntando, surpreso com tanto santo, de tantos séculos, na coleção de um cristão só. Depois de ver tudo, Mario Soares foi saindo:

- Tudo bem, obrigado, já vi o museu, agora me leve à casa do Sarney.

Sarney vinha chegando. Só então Mario Soares percebeu que o museu era apenas uma sala do casarão do “Coronel do Calhau”.

Sarney
A marca macabra do letrado acadêmico dono da casa está logo na entrada. O portão de ferro do casarão, antigo, esverdeado e patinado, é um secular portal tirado do tombado cemitério de Alcântara. As duas pilastras de granito que sustentam o portão também saíram do cemitério de Alcântara.

O magico e fúnebre sopro da morte não está só aí. Castro Alves, cantando a batalha do “2 de Julho” da Bahia, disse que “o anjo da morte pálido cosia uma vasta mortalha em Pirajá”. A maior batalha de Sarney, aqui no Maranhão, nem foi, como se poderia imaginar, a trágica e acachapante derrota de Roseana na eleição para governador. É a luta por seu mausoléu:

- “Num belíssmo jardim, no pátio externo do Convento, cercado de imensas palmeiras imperiais e de um exemplar de pau-brasil, está um retângulo, com três metros de largura por seis de comprimento, isolado por grossas correntes de ferro e coberto de granito preto”. O mausoléu do coronel.

Oligarquia
É uma historia metade Freud metade Odorico Paraguassu. Está contada em dois excelentes livros maranhenses : - “Sob o Signo da Morte : o Poder Oligárquico de Vitorino a Sarney”, do professor Wagner Cabral da Costa, mestre da Unicamp, “uma radiografia do poder oligárquico”:

- “Sarney pretende erigir em seu nome um museu-mausoléu em São Luis. Por meio de uma fundação privada e utilizando-se de uma vasta rede de trafico de influencia, que abarca vários governadores do Estado, Assembléia, Justiça, Senado, pretende estabelecer uma espécie de Taj-Mahal maranhense, um monumento à morte, que celebra a dominação política dos vivos”.

O outro é “O Caso do Convento das Mercês”, do jovem jornalista, formado em Políticas Publicas pela Fundação Getúlio Vargas, Emilio Azevedo. Minuciosamente, documentadamente, ele conta a historia de um esperto golpe dado por Sarney e seus amigos para transformar o histórico Convento das Mercês, patrimônio publico, em propriedade familiar.

Convento
1. – “Poucos dias antes de deixar a Presidência da Republica em 1990, Sarney vai ao cartório de sua irmã, em São Luis, e cria a Fundação José Sarney, para ter, ilegalmente, a posse, o domínio, a propriedade do histórico Convento das Mercês, onde o Padre Antonio Vieira fez muitos de seus sermões. Tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional, com mais de 3 seculos e meio de historia, comprado pelo Estado à Arquidiocese de São Luis em 1905, ocupa uma área de 6.500 m2, integrando um conjunto arquitetônico considerado pela UNESCO Patrimônio Cultural da Humanidade”.

2. – Em 90, o governador Cafeteira, aliado de Sarney, gastou 9 milhões e meio de dolares na reforma do Convento, propôs e a Assembléia aprovou sua doação para uma “Fundação da Memoria Republicana”. Era um disfarce. Logo o nome foi trocado para “Fundação José Sarney”. Assumindo, o vice João Alberto, o “Carcará”, assessor de Sarney, fez um decreto de “uma doação firme e valiosa (sic) transferindo para a Fundação José Sarney todo o domínio, posse, direito e ação sobre o Convento, para que possa usar e gozar livremente como seu”. E pôs a doação em “escritura publica em cartório,em junho de 90”.

Senado e Supremo
3. – O deputado Freitas Diniz, dos Autênticos do MDB e fundador do PT, protestou. O Ministério Público denunciou e a Assembléia aprovou projeto do deputado Aderson Lago “anulando a doação” e “assegurando ao acervo privado do Memorial do ex-presidente a permanência no Convento”. Mas o Senado, numa ação de curriola jamais vista, foi ao Supremo Tribunal “em defesa dos direitos de um senador”. E o Supremo, minusculo, anulou a decisão da Assembléia e garantiu o Convento como propriedade dos Sarney. 

4. – Em entrevista à “Carta Capital” de 23 de novembro de 2005, Sarney disse que seu mausoléu “será um atrativo turístico e, no futuro, até ponto de peregrinação” (sic). E começou a faturar o mausoléu. Alem dos US$9,5 milhões já gastos, a Fundação alugou ao Estado parte do Convento por R$80 mil mensais, recebeu mais R$1.139.142,72, tomou R$1.348,005,00 da Petrobrás, tem gordas verbas anuais do Orçamentos Federal e comercializa para casamentos, festas, quermesses, shows. Nunca se viu cova tão rentável.


Mansão de Sarney

Chinês se recusa a abandonar casa para construção de imóveis de luxo e tem moradia cercada por fosso

Idoso afirma que não pretende mudar de casa

Um homem chinês que travou uma batalha durante 10 anos contra agentes imobiliários foi abandonado após sua casa ser rodeada por um fosso cheio de água na aldeia de Pangyang, no leste da China


Zhuang Longdi se recusava a deixar sua casa, que deveria dar espaço a um projeto de casas de luxo.


A construtora nega que tenha forçado o senhor de 75 anos de idade e sua família a sair do local


Todos os vizinhos de Longdi aceitaram o acordo proposto e mudaram-se, enquanto ele permaneceu ali com a família. Agora, a única maneira de entrar e sair da casa é percorrer as ruas com água até a cintura  

No entanto, o idoso diz que não pensa em se mudar.

— A pior coisa é que há todas essas moradias de luxo em todos os lugares, mas eu ainda vivo nessa casa pobre e me envergonho 

Fonte: R7 

DEPOIS DE APANHAR BASTANTE DOS INVASORES, O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE DEBULHA-SE EM LÁGRIMAS NA RÁDIO GAÚCHA


Posted: 16 Jul 2013 12:49 PM PDT
Do jornalista Políbio Braga - Na manhã desta terça-feira, o presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, Thiago Duarte, foi entrevistado por André Machado e Rosane de Oliveira (Rádio Gaúcha). Enquanto respondia a perguntas, e comentava a invasão na Câmara, o vereador ficou emocionado e se debulhou em lágrimas, em pleno ar. A Câmara Municipal está ocupada há uma semana por delinquentes políticos ligados ao PSOL, PSTU e PT. Na Casa, eles contam com a cobertura dos 7 vereadores do PT e PSOL, já que o PSTU não conseguiu eleger ninguém. A Câmara possui 36 vereadores. Desde o início da invasão e ocupação violenta da Câmara, o vereador do PDT vacilou, evitou recorrer ao Judiciário, não quis reunir os vereadores em outro local e sequer tentou impedir os atos de vandalismo, mesmo depois de ser espancado às portas do seu gabinete. No final de semana, um juiz de plantão mandou desocupar a Casa, mas na segunda-feira uma juiza cassou a liminar, alegando que "a ocupação ocorrida ordeira e pacificamente", portanto ignorando tudo o que de fato acontece e é documentado por toda a mídia do Rio Grande do Sul.

MESA DA CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE ACHA QUE TARSO GENRO PREVARICOU AO IMPEDIR AÇÃO DA BRIGADA MILITAR, E CASO PODE VIRAR EM PEDIDO DE IMPEACHMENT


Posted: 16 Jul 2013 12:56 PM PDT
Do jornalista Políbio Braga - O governador do Rio Grande do Sul não  enviou força policial para proteger a Câmara dos Vereadores. É o seu método preferido:  usar o cargo em que está e os poderes que tem, contra os adversários. Já fez isto com a Polícia Federal contra Yeda Crusius. Nada se encontrou no processo de Santa  Maria e o Tribunal Regional Federal mandou expurgar Yeda Crusius da denúncia. Tarso Genro, que já recebeu líderes dos ativistas em reunião no Palácio Piratini, há três semanas, é um neomarxista de  estilo positivista do século 19, início dos 20, acrescido do que aprendeu no leninismo. No final, sempre sai perdendo. Sua carreira está na aposentadoria. Já aos vereadores faltou coragem para apelar imediatamente ao Judiciário e sabedoria política para abandonar o prédio e legislar em outro local,  já que o prédio é o mínimo. Suas idéias é que valem, para fazer andar o Poder Legislativo e não fazê-lo sufocar, como querem os invasores. O editor também está estupefato pela falta de apoio decisivo de entidades como OAB e ARI e dos próprios partidos, aos vereadores e aos jornalistas que estão sendo impedidos de trabalhar no local, em clara violação da Constituição da República. Em entrevista concedida na Assembléia Legislativa, o presidente da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, Thiago Duarte, solicitou que seja feita uma investigação sobre o possível uso político da Brigada Militar pelo governador Tarso Genro. Ele denunciou que enviou tres e-mails para a Casa Civil pedindo a intervenção da Brigada Militar para desalojar invasores que ocupam a Câmara e, no entanto, ainda aguarda a resposta. O vereador Idenir Cecchim (PMDB) chegou a mencionar a abertura de um processo de impeachment de Tarso Genro: “Os vereadores querem trabalhar e pedimos para que o governo cumpra essa reintegração. Não podemos permitir que o governador do Estado, que é costumeiro em descumprir ordens, faça isso. Podemos até mesmo pedir um impeachment”.

CHARGE DO SINOVALDO


Esta charge do Sinovaldo foi feita originalmente para o

Para a Bolívia, o Brasil é um grandalhão medroso que reage a afrontas com outro gesto de carinho e o sorriso dos palermas


Disfarçado de Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Defesa, o polivalente Celso Amorim divulgou nesta tarde os seguintes ─ aspas obrigatórias ─ “esclarecimentos”.
A propósito de informações veiculadas na edição de hoje (16/07) do jornal Valor Econômico, na matéria intitulada “Bolívia revistou avião de Amorim em busca de opositor”, o Ministério da Defesa esclarece o seguinte:
1 ─ Não procede a informação de que o avião da FAB utilizado nesta viagem oficial, no dia 3 de outubro de 2012, foi vistoriado por autoridades bolivianas no aeroporto de Santa Cruz de La Sierra;
2 ─ Houve, no segundo semestre de 2011, ações por parte de autoridades bolivianas que configuraram violações de imunidade de aeronaves da FAB, uma delas envolvendo o avião que levou o ministro da Defesa em viagem oficial a La Paz no final de outubro de 2011;
3 ─ O ministro da Defesa brasileiro nunca autorizou tal vistoria;
4 ─ Os episódios ocorridos em 2011 foram objeto de nota de reclamação encaminhada pela embaixada do Brasil em La Paz à chancelaria boliviana;
5 ─ No documento, a embaixada informou que a repetição de tais procedimentos abusivos levaria à aplicação, pelo Brasil, do princípio da reciprocidade;
6 ─ Desde o envio da nota, a FAB não registrou novos episódios de vistorias em suas aeronaves por autoridades bolivianas.
Tradução: Amorim jura que não foi agora que o governo de Evo Morales ordenou à polícia que desse uma geral no avião que o transportava. A humilhação ocorreu em 2011, garante. Num rasgo de bravura, o Pintassilgo do Planalto deixou claro que não foi ele quem determinou a revista (nem a entrada de cães farejadores estrangeiros no jato da FAB). De volta ao lar, o ministro que comanda as Forças Armadas pediu que o embaixador em La Paz comunicasse ao presidente Morales que ficara muito triste com a vistoria.
(Lula vivia dizendo que seus ministros jamais tirariam os sapatos na alfândega americana. Esqueceu de recomendar-lhes que não ficassem de quatro em aeroportos de países vizinhos).
A notícia confirmada pelo jornal Valor (e detalhada pelo próprio Amorim) acrescentou mais um andor vergonhoso à procissão de afrontas iniciada em maio de 2006, quando os bolivarianos do leste expropriaram os ativos da Petrobras e sugeriram ao Planalto que se queixasse ao bispo.
De lá para cá, entre outros abusos, o companheiro Morales elevou unilateralmente o preço do gás fixado no contrato com o Brasil, trancafiou numa cela 12 torcedores corintianos, soltou sete depois de 100 dias, mantém cinco presos sem acusação formal, ignora sistematicamente as cláusulas dos acordos para a proteção das fronteiras, vive amedrontando investidores brasileiros e se recusa a permitir que o senador oposicionista Roger Pinto Molina, asilado há mais de um ano na embaixada em La Paz, embarque rumo a Brasília.
Desde a chegada de Evo Morales ao poder, o Brasil é tratado como um grandalhão medroso que se ajoelha ao som do primeiro grito. “Devemos ser generosos com a Bolívia, é um país muito sofrido”, recitava Lula a cada insulto. Dilma prefere ser humilhada em silêncio. Com Antonio Patriota no comando do Itamaraty, o Planalto decidiu que é melhor apanhar sem contar a ninguém.  A cada pancada desferida pelo Lhama-de-Franja, o governo lulopetista revida com mais um gesto de carinho e o sorriso inconfundível dos palermas.

Livre pensar é só pensar (Millôr Fernandes)


Milagre: Eduardo Paes, prefeito do Rio, pede que os políticos corruptos se confessem. Será ele o primeiro a fazê-lo?


Isabela Vieira (Agência Brasil)
O prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse hoje (16) que os políticos e autoridades brasileiras deveriam aproveitar a vinda do papa Francisco para confessarem seus pecados. Segundo ele, o papa, que virá ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude, não pode ser culpado pela corrupção e pelo mau funcionamento das instituições no país. Para Paes, o momento é de estimular corruptos “a se confessar”.
“Ele [o papa] não é responsável pelos pecados da sociedade brasileira, dos governos brasileiros, das autoridades. O bom, pelo contrário, é que as autoridades brasileiras se confessem com o papa Francisco e deixem de cometer os seus pecados. A presença dele pode ajudar neste sentido”, declarou Paes.