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domingo, 7 de abril de 2013
Corretor, cuidado para não ser um guia turístico.
Tem coisa melhor que chegar ao escritório com muita vontade de vender, ligações certas para marcação de uma ou duas visitas pela manhã? Com certeza é muito bom para iniciar o dia.
Você marca com seu cliente a primeira visita, ele gosta do imóvel, mas quer ver mais. Então, se você for um corretor de imóveis (bem preparado), terá em mãos sua agenda e anotará tudo o que o cliente quer, não sendo o suficiente terminar o relacionamento com o cliente nesta visita certo? Ok, você anota tudo, chega ao escritório faz uma excelente seleção e liga para o cliente para marcar mais uma visita.
Na continuação, você e o seu cliente vão juntos visitar mais cinco imóveis, no final ele diz: “-Ok, mas ainda não sei o que realmente me interessa, você tem mais imóveis para me mostrar?”.
Olha, caro colega, vamos ser sinceros e realistas! Hoje em dia, um cliente que almeja comprar um imóvel sabe bem o que é um site de busca de imóveis, Google, faixas e etc. Provavelmente ele está vendo outros imóveis com outro corretor e, quando cansar das visitas, acaba fechando com o corretor que estiver em contato com ele. Se você cansou das visitas e o abandonou, é bem provável que ele feche com outro. O que você fez? - Ensinou muito sobre a região ao cliente que conheceu vários empreendimentos, preço de mercado ... Foi um excelente guia turístico de imóveis, mas não fechou venda. Vamos reverter esta situação e ser mais objetivos! Ok?
Você é um Corretor de Imóveis, um realizador de sonhos da casa própria, um profissional no mercado imobiliário da sua região e deve saber, na primeira visita, que o que o seu cliente realmente procura é preço e qualidade. Tenha sempre isto em mente! É preciso estar preparado para fazer as perguntas certas ao cliente sobre: região de localização do imóvel; posição em relação ao sol - nascente ou poente; tamanho; forma de pagamento; etc. Verificar se o imóvel que você está mostrando não está sendo anunciado por um preço menor - porque, infelizmente, os donos de imóveis dificilmente dão exclusividade a um só corretor. é necessário verificar, na região que ele procura, quais são os outros imóveis no mesmo padrão que concorrem com o imóvel que você está oferecendo. Muito importante:estabeleça um limite de visitas, mas visitas boas e objetivas! Assim você terá sempre um bom argumento, com maiores chances de chegar à tão sonhada reunião de fechamento de negócio
Use sua criatividade, mas não se esqueça de valorizar seu trabalho e ser objetivo nas suas visitas. O cliente quer comprar! E você, está pronto para vender? Abraço e boas vendas corretor!
Thiago Tizon Corretor de Imóveis
Compradores preferem imóveis compactos nas capitais
Em São Paulo e Curitiba, apartamentos de dois quartos já representam mais da metade da preferência entre clientes.
Com a nova configuração familiar brasileira, os casamentos tardios e o aumento do crédito para imóveis, cresce a procura por apartamentos de dois quartos. Dados da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná, Ademi/PR, mostram que em Curitiba este tipo de imóvel é maioria no volume de lançamentos.
O Jornal Gazeta do Povo analisa os dados e informa que “esse tipo de unidade é maioria no volume de lançamentos na cidade: em 2009, eles corresponderam a 52% do total de unidades novas e em 2012 eram 44%”. A partir de 2008 é que a mudança começou a ser sentida na capital paranaense.
Já na cidade de São Paulo, a venda de apartamentos compactos foi preferência e liderou as vendas. Segundo estudo realizado pelo Departamento de Economia e Estatística do Sindicato da Habitação de São Paulo, Secovi-SP, e divulgado no portal Tacasas “em julho de 2012, as vendas de imóveis residenciais novos em São Paulo totalizaram quase 1,7 mil unidades. Desse montante, ainda de acordo com o sindicato, 766 corresponderam a apartamentos de dois dormitórios, seguido por 456 unidades residenciais de três quartos, 324 unidades de apenas um dormitório e outras 143 de quatro dormitórios”.
Mas a preferência também é vista em cidades do interior de São Paulo, local em que, de acordo com a reportagem, o índice de empreendimentos com dois quartos chega a 90%.
Categoria representa 56% do mercado
Categoria representa 56% do mercado
De acordo com uma pesquisa realizada pela Lopes Inteligência de Mercado, empresa de intermediação e consultoria imobiliária, os apartamentos de dois quartos são preferência entre compradores. Com 92 mil unidades pesquisadas, a categoria representa 56% do total do mercado. Além do preço acessível – em média R$ 4,08 mil– ele é procurado por clientes recém-casados ou que possuem apenas um filho.
Fonte: http://migre.me/dZx79
O ônibus e a van, por Ruth Aquino
RUTH DE AQUINO
São dois crimes bem diferentes na essência: o ônibus que despencou de um viaduto, matando sete e ferindo nove, e o estupro coletivo de uma americana numa van. Duas coisas aproximam os crimes. A primeira é o cenário: a cidade do Rio de Janeiro, um dos destinos mais na moda hoje no mundo, sonho de consumo de jovens estrangeiros. A segunda é o caos do transporte formal e informal, a máfia de empresas legais e ilegais. O Rio costuma ser adorado pelos turistas, mas uma das críticas mais comuns é: “Os motoristas de ônibus e de van são loucos”.
Por “loucura”, entenda-se: andam em altíssima velocidade em carcaças velhas, saem costurando todo mundo, ultrapassam sinais vermelhos, aceleram nos amarelos, inclinam-se em curvas como se fossem pilotos de corrida, sobem na calçada, atropelam ciclistas e pedestres, não respeitam faixa, fecham os carros e os cruzamentos, não param nos pontos, dirigem falando ao celular, não têm paciência com passageiros idosos, trabalham irritados e cansados por horas extras e engarrafamentos. É claro que esse não é o retrato de todos os motoristas dos 8.777 ônibus do Rio. Mas os maus motoristas são suficientes para construir uma imagem de irresponsabilidade e insegurança. No caso do ônibus emborcado abaixo do viaduto da Avenida Brasil, via de acesso ao Rio, a principal causa pode ter sido uma briga entre um passageiro universitário e o motorista. O veículo já tinha 46 multas.
As vans, muitas caindo aos pedaços e irregulares, andam de portas abertas, gritam o destino, mexem com as moças que passam, cantam os pneus gastos, param subitamente sem sinalizar em qualquer ponto da avenida, alheias ao risco de acidentes. As 6 mil vans do Rio são um penduricalho aceito para suprir as deficiências do transporte público formal. Uma terra de ninguém sobre rodas. Isso quando não são dirigidas por bandidos, como os que violentaram a americana e algemaram seu namorado, agredindo-o com uma barra de ferro. Os dois jovens pegaram a van em Copacabana, a princesinha do mar, para ouvir música na Lapa, um dos programas mais recomendados pelos guias oficiais. O show foi de estupro, agressão e assalto. Não esquecerão o pesadelo.
Por “loucura”, entenda-se: andam em altíssima velocidade em carcaças velhas, saem costurando todo mundo, ultrapassam sinais vermelhos, aceleram nos amarelos, inclinam-se em curvas como se fossem pilotos de corrida, sobem na calçada, atropelam ciclistas e pedestres, não respeitam faixa, fecham os carros e os cruzamentos, não param nos pontos, dirigem falando ao celular, não têm paciência com passageiros idosos, trabalham irritados e cansados por horas extras e engarrafamentos. É claro que esse não é o retrato de todos os motoristas dos 8.777 ônibus do Rio. Mas os maus motoristas são suficientes para construir uma imagem de irresponsabilidade e insegurança. No caso do ônibus emborcado abaixo do viaduto da Avenida Brasil, via de acesso ao Rio, a principal causa pode ter sido uma briga entre um passageiro universitário e o motorista. O veículo já tinha 46 multas.
As vans, muitas caindo aos pedaços e irregulares, andam de portas abertas, gritam o destino, mexem com as moças que passam, cantam os pneus gastos, param subitamente sem sinalizar em qualquer ponto da avenida, alheias ao risco de acidentes. As 6 mil vans do Rio são um penduricalho aceito para suprir as deficiências do transporte público formal. Uma terra de ninguém sobre rodas. Isso quando não são dirigidas por bandidos, como os que violentaram a americana e algemaram seu namorado, agredindo-o com uma barra de ferro. Os dois jovens pegaram a van em Copacabana, a princesinha do mar, para ouvir música na Lapa, um dos programas mais recomendados pelos guias oficiais. O show foi de estupro, agressão e assalto. Não esquecerão o pesadelo.
Dois crimes chocantes na semana. Na cidade que vai receber o papa e a Olimpíada, está acesa uma luz vermelha
Acabo de chegar de Nova York. Fiquei no bairro do Brooklyn e usei metrô o tempo todo, feliz da vida. Com um bilhete de viagens ilimitadas por uma semana, a um custo de US$ 29, percorri distâncias infinitas em horários mais e menos movimentados. Misturei-me a pessoas de todas as idades, de bebês a octogenários, de todas as ascendências, cores, nacionalidades e classes sociais, que dependem do transporte público para trabalho ou lazer. O metrô de Nova York tem pouco mais de 100 anos, pouco menos de 500 estações, espalha-se por 370 quilômetros. A média de viagens, na semana, é de 5 milhões por dia. Funciona 24 horas por dia, 365 dias por ano.
Sentada ou em pé nos vagões nova-iorquinos, antes dessas tragédias no Rio, eu já pensava na equação perversa do subdesenvolvimento: por que os países onde há mais pobres são os que menos investem no bem-estar público? Por que despejar tantos carros particulares a mais nas ruas se não há espaço para eles? Por que quase tudo que é público é tão ruim no Brasil, a sétima economia do mundo? Por que maltratar quem mais precisa de transporte, educação e saúde?
Como sou carioca, falo com tristeza especificamente deste momento do Rio: a cidade está infernal, barulhenta, intransitável, poluída, malcheirosa e mal-educada. Um dos maiores motivos do estresse é a falta de um transporte público amplo, fiscalizado e decente. É inconcebível que a rodoviária (indigna da cidade) e os aeroportos não estejam conectados com os vários bairros. Para sediar eventos internacionais com menos atropelos, o Rio precisa mesmo decretar feriado. Cria-se uma vida artificial temporária para fazer de conta que tudo funciona.
Não é só o Rio que pede socorro. Os paulistanos sabem muito bem disso, um ônibus despencou num barranco na Zona Sul na sexta-feira (“por causa da chuva”...) e motociclistas e ciclistas morrem como moscas no trânsito da capital. Os brasilienses também sabem disso, bastou um carro inocente ser parecido com um carro roubado para um universitário acabar morto com um tiro na cabeça, disparado por PMs ignorantes ou truculentos. José Pereira, de 27 anos, saíra da faculdade em Taguatinga e ia para casa de carona com amigos.
Nenhum país e nenhuma grande cidade estão livres de tragédias, mas o noticiário no Brasil está de lascar. Ficou muito difícil assistir a um telejornal sem se deprimir. Na cidade que vai receber o papa e a Olimpíada, está acesa uma luz vermelha.
Sentada ou em pé nos vagões nova-iorquinos, antes dessas tragédias no Rio, eu já pensava na equação perversa do subdesenvolvimento: por que os países onde há mais pobres são os que menos investem no bem-estar público? Por que despejar tantos carros particulares a mais nas ruas se não há espaço para eles? Por que quase tudo que é público é tão ruim no Brasil, a sétima economia do mundo? Por que maltratar quem mais precisa de transporte, educação e saúde?
Como sou carioca, falo com tristeza especificamente deste momento do Rio: a cidade está infernal, barulhenta, intransitável, poluída, malcheirosa e mal-educada. Um dos maiores motivos do estresse é a falta de um transporte público amplo, fiscalizado e decente. É inconcebível que a rodoviária (indigna da cidade) e os aeroportos não estejam conectados com os vários bairros. Para sediar eventos internacionais com menos atropelos, o Rio precisa mesmo decretar feriado. Cria-se uma vida artificial temporária para fazer de conta que tudo funciona.
Não é só o Rio que pede socorro. Os paulistanos sabem muito bem disso, um ônibus despencou num barranco na Zona Sul na sexta-feira (“por causa da chuva”...) e motociclistas e ciclistas morrem como moscas no trânsito da capital. Os brasilienses também sabem disso, bastou um carro inocente ser parecido com um carro roubado para um universitário acabar morto com um tiro na cabeça, disparado por PMs ignorantes ou truculentos. José Pereira, de 27 anos, saíra da faculdade em Taguatinga e ia para casa de carona com amigos.
Nenhum país e nenhuma grande cidade estão livres de tragédias, mas o noticiário no Brasil está de lascar. Ficou muito difícil assistir a um telejornal sem se deprimir. Na cidade que vai receber o papa e a Olimpíada, está acesa uma luz vermelha.
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