sábado, 12 de outubro de 2013

Universidade não é nem deve ser democrática - MARCOS FERNANDES G. DA SILVA


FOLHA DE SP - 12/10

A atual ocupação da reitoria da Universidade de São Paulo (USP), por parte de alguns alunos e funcionários, além de arranhar sua natureza pública, levanta algumas questões sobre a improcedência da reivindicação dos invasores: eleição direta para reitor e questionamento da escolha do mesmo pela lista tríplice, por parte do governador.

O sindicato dos trabalhadores da USP apoiou a ocupação da reitoria. Em texto, afirmou que considerava "total desrespeito a decisão do Conselho Universitário aos anseios e à luta dos estudantes, funcionários e professores por democratização na Universidade de São Paulo ".

A universidade não é nem deve ser democrática no que tange sua administração financeira e de recursos humanos e na gestão acadêmica. A democracia deve existir na garantia da liberdade intelectual e no debate científico, mas, neste caso, a palavra --que se refere a um tipo de regime político-- deve ser substituída por "crítica intersubjetiva", conceito que Karl Popper criou para explicar a natureza provisória do conhecimento científico, que somente progride com liberdade e discussão.

Mas a eleição direta para reitor é refutável por razões bem mais simples. Em primeiro lugar --e chega a ser acintoso o tom da nota do sindicato--, a USP é como uma empresa e funcionário trabalha para os alunos e professores produzirem conhecimento e ensino.

Em segundo lugar, aluno não vota, mas estuda e pesquisa. Ainda mais numa universidade pública, cuja gratuidade tem características regressivas e de injustiça social.

Do ponto de vista da administração, a universidade é uma empresa, portanto, não há democracia. Da mesma forma, a gestão acadêmica não é democrática, mas meritocrática. A meritocracia é um sistema administrativo em que o mérito conduz ao topo: os mais educados, a elite, governa.

Quem sabe ensinar e pesquisar, que ao fim e ao cabo fica e faz sua carreira na universidade, é o professor. Funcionários podem até fazer a carreira nela, mas os alunos chegam, se formam e vão embora. Deveriam sim voltar e ajudar a universidade, fazendo doações, participando de conselhos de administração, algo tão raro Brasil.

Por outro lado, vamos aos fatos: entre as 30 melhores universidades do mundo, por qualquer ranking respeitável, nenhuma tem eleição direta para reitores. Para citar algumas, Oxford, Cambridge, Amsterdã, Harvard, Stanford, Autônoma de Barcelona e o mexicano Instituto Técnico de Monterrrey.

A universidade brasileira está em crise, fora alguns poucos centros de excelência em exatas, biológicas, matemática, engenharias e ciências sociais aplicadas (levadas a sério, como ciência dura, "hard science").

Por que, então, essa discussão tresloucada? Por que não protestar, chamando a imprensa, por exemplo, e exigir que se cumpram metas de colocar a universidade brasileira no topo das avaliações globais?

Por outro lado, quem tem mandato para escolher o reitor, em última instância, é o governador. Aí sim a democracia tem que existir e ser respeitada, pois tal ato é intrinsecamente legítimo.

A USP é um patrimônio paulista, financiada regressivamente, com recursos arrecadados dos cidadãos de São Paulo. Não bastasse tal fato, o seu gasto em educação também é regressivo. Mas é nossa única universidade bem posicionada nas avaliações internacionais e merece reformas, mas não essas propostas.

Que tal debater o fim da gratuidade, socialmente injusta?

Algo de podre - ÁLVARO PEREIRA JÚNIOR


FOLHA DE SP - 12/10

Quando uma novata assume o cargo mais importante do país, os princípios são logo esquecidos


Em uma sequência especialmente nauseante, a chefe decide que um de seus colaboradores mais íntegros precisa ser enquadrado. Andava meio rebelde, contestava as linhas de comando. Seria bom tomar um susto.

"O que temos contra ele?", pergunta a mulher ao marqueteiro de quem não desgruda um segundo.

"Quase nada", diz o estrategista. Só uma fofoca: que, apesar de político verde, ele coleciona carros antigos, do tipo de que bebe dez vezes mais gasolina que os atuais. Até importou um Cadillac anos 50 de Cuba, onde as banheiras ainda rodam.

"Vaze isso para a imprensa", ordena a chefe.

As consequências são devastadoras. O fato de a notícia não ser exatamente nova, de já ter saído antes, pouco importa. O colaborador, homem reto, tem a vida pessoal e profissional destruída pelo pecadilho do Cadillac. E por obra da chefe a quem servia tão fielmente.

A chefe é Birgitte Nyborg, primeira-ministra fictícia da Dinamarca, personagem central de uma série de TV fascinante, chamada "Borgen". O subordinado que ela apunhalou é um de seus ministros, Amir Dwian, do Partido Verde.

Em 2012, "Borgen", produção da emissora dinamarquesa DR, fez muito sucesso na BBC de Londres. Mesmo com legendas, coisa a que o público de fala inglesa está pouco acostumado.

Também chamou a atenção da crítica americana, quando foi exibida em canais alternativos por lá. Chegou a passar no Brasil, no cabo, mas quase ninguém percebeu.

A boa notícia é que as duas primeiras temporadas saíram em DVD nos EUA. Ficou fácil achar na internet.

"Borgen" gira em torno de Birgitte Nyborg, interpretada pela magnética Sidse Babett Knudsen, 45, cujo sorriso caloroso é capaz de derreter as mais renitentes geleiras.

Nyborg comanda um partido pequeno, o Moderado, que apoia causas fofas e politicamente corretas: condenam leis duras de imigração, querem a saúde cada vez mais pública, defendem o estado de bem-estar social típico da Escandinávia, pretendem preservar a natureza.

A trama começa em uma crise do regime parlamentar. Nenhum dos dois maiores partidos, o Trabalhista e o Conservador, consegue formar um gabinete. Entregar o posto de primeira-ministra à novata Birgitte Nyborg, líder dos moderados, surge como solução conciliadora.

Se "Borgen" fosse uma série tradicional, mais próxima do padrão americano, mostraria o embate da militante íntegra conta o pântano da política tradicional.

Mas não é o que se vê. Um pouco desajeitada no começo, Birgitte rapidamente pega o jeito do cargo e faz aquilo que políticos fazem: trai companheiros, esquece quase todos os princípios, guia-se pela obsessão de manter o poder a qualquer custo. Tem seus dramas de consciência, mas são poucos e passam logo.

A seu lado, inseparável, o marqueteiro Kasper Juul. Figura misteriosa, ele é ex-namorado da principal apresentadora do maior canal da Dinamarca, a jovem, combativa e estonteante Katrine Fønsmark. "Ex" talvez não seja a melhor definição, já que Kasper e Katrine vivem uma relação de idas e vindas.

Birgitte, a primeira-ministra, tem marido e dois filhos (um menino de oito anos e uma menina de 13). O marido é um executivo importante, que, muito escandinavamente, vinha passando os últimos anos em casa, a cuidar das crianças, para que a mulher se dedicasse à política. Não demora muito para tudo isso ruir. A vida pessoal de Birgitte se transforma em pesadelo.

O marqueteiro Kasper --que talvez nem se chame Kasper-- esconde o passado "white trash" e um histórico de abuso doméstico quando criança. Foi justamente por ser tão envolto em segredos que a deusa Katrine Fønsmark o abandonou pela primeira vez.

Katrine, mesmo bela e famosa, vive só, em um apartamento bagunçado de estudante. De vez em quando, se entrega ao primeiro desclassificado que vê pela frente. De vez em quando volta para Kasper.

Birgitte, Kasper e Katrine são os três pilares que sustentam a narrativa densa e cadenciada de "Borgen".

A luz é sempre angulosa (estamos perto do polo Norte, afinal). Vive-se de modo impensável para brasileiros --a primeira-ministra continua morando em sua casa de classe média, reuniões ministeriais só têm 16 pessoas (incluindo assessores), os políticos não roubam e muitos deputados vão trabalhar de bicicleta. Os diálogos fluem com naturalidade, sem a concisão forçada de tantas séries americanas.

"Borgen", e a produção dinamarquesa em geral, não são televisão como a conhecemos. São uma outra TV. Preste atenção.

Cartas de Buenos Aires: Plantão médico, por Gabriela Antunes

Blog do Noblat

“Como Cristina vem administrando seus nervos e ansiedade? Como o estresse afeta seu comportamento em relação a assessores/decisões? Que passos Cristina ou seus assessores(as) tomam para ajudá-la com seu estresse? Ela está tomando alguma medicação?”, perguntava a Secretaria de Estado americana à Embaixada dos Estados Unidos em Buenos Aires há exatos quatro anos, em um e-mail interceptado pelo WikiLeaks.
Nesta semana, os argentinos e a imprensa internacional se fizeram as mesmas perguntas quando a Casa Rosada anunciou repentinamente uma cirurgia para a retirada de um coágulo do cérebro da Presidenta.
Nos bastidores, deu-se início a corrida por informação. A Casa Rosada, notoriamente conhecida pela falta de transparência, se fecha de maneira hermética, enquanto jornalistas começam a gincana, a busca por neurologistas no intuito de entender melhor o quadro médico de Cristina. A fábrica de versões está a pleno vapor.
A versão oficial, a princípio, pareceu pouco crível: uma queda enquanto juntava os presentinhos para seu neto na saída do avião há quase dois meses havia causado um coágulo que estava ocasionando fortes enxaquecas à Presidenta e deveria ser drenado.
Milhares de pequenos rumores acerca da saúde da mandatária começaram a circular: desmaios, manipulação política, saúde deteriorada.

Cristina Kirchner, presidente da Argentina. Foto: Télam

A verdade é que Cristina adoece a poucas semanas das eleições legislativas, quando se espera que o kirchnerismo sofra uma expressiva derrota. Muitas especulações nascem daí, mas ninguém sabe ao certo o verdadeiro estado de saúde e ânimo da Presidenta.
Jornalistas de todo o mundo fazem plantão na porta da Fundação Favaloro, onde está internada e de onde todos os dias, por volta do meio dia, saem os “relatórios médicos”. Mas não há nenhum detalhe quanto ao tamanho do coágulo. No entanto, abundam detalhes mundanos como “hoje ela comeu purê de abóbora e maçãs assadas e mandou beijos a todos os argentinos”.
Enquanto isso assume o Vice-presidente Amado Boudou, bastante queimado por acusações de corrupção. Ele garante que, da UTI, é Cristina que segue tomando as rédeas do país.
Na quarta-feira, surge um fato insólito: o jornalista Jorge Lanata, arqui-inimigo da mandatária, é internado na mesma Fundação, por uma suposta falência renal. Uma nuance de realismo fantástico aos eventos que já, por si só, parecem oníricos. Lanata é transferido logo depois do frenesi que o fato causou nas mídias sociais.
A sensação é a de um episódio de plantão médico cercado de incertezas, algo que é comum por aqui. Todos querendo saber o que se passa dentro da cabeça da Presidenta.

Gabriela Antunes é jornalista e nômade. Cresceu no Brasil, mas morou nos Estados Unidos e Espanha antes de se apaixonar por Buenos Aires. Na cidade, trabalhou no jornal Buenos Aires Herald e mantém o blog Conexão Buenos Aires. Escreve aqui todos os sábados.

O metrô é mera jogada eleitoral de Dilma e Tarso

Transcrito do Blog do Políbio Braga

A cada dia que passa o metrô de Porto Alegre aumenta de preço. Agora a obra custará R$ 5,5 bilhões. Os novos cálculos são do prefeito José Fortunati. Até sexta-feira de manhã, os números revisados pelos governos federal, estadual e municipal indicavam gastos de R$ 4,8 bilhões, mas os valores já foram de R$ 2,5 bilhões, R$ 3 bilhões e R$ 3,5 bilhões, dependendo de quem fosse o autor ou o local da promessa.

. A não ser pelo dinheiro do governo federal, que sairá da máquina de fazer reais do Tesouro Nacional, todos os demais parceiros do metrô terão que pegar dinheiro emprestado, coisa que no momento nenhum deles poderá fazer. É que os governos estadual e municipal estão sem margem de endividamente e o parceiro privado nem existe ainda.

. É sobre isto que o editor fala no seu comentário de hoje, intitulado:

O metrô de papel só serve à agenda eleitoral de Dilma e Tarso

Clientes acampam e fazem churrasco em fila para compra de terrenos

Pode fazer calor, frio, sol ou chuva. As barracas ao longo de um loteamento na Vila Hípica, em Franca (SP), permanecem montadas desde a semana passada. O motivo é o lançamento de 650 lotes de terrenos a preços acessíveis, que despertou o interesse de moradores do município. Nesta semana, mais de cem pessoas ocupavam o local para garantir um lugar na fila. As vendas, no entanto, só começam amanhã, 12 de outubro.
Para passar o tempo, os futuros compradores usaram a criatividade e improvisaram: entre uma conversa e outra, um grupo de amigos decidiu montar uma “casa” improvisada no local. E não é só no bate-papo que a turma se distrai. Os amigos jogam baralho e fazem até churrasco enquanto esperam pelo dia na expectativa de fazer um bom negócio.
“Fizemos isso aqui para ter mais conforto, mais liberdade. Está todo mundo na mesma luta. Então resolvemos nos reunir e viramos uma família. Aqui nós ficamos mais à vontade, temos uma boa conversa. Minha expectativa é ter minha casa própria. Por isso improvisamos aqui até chegar o dia das vendas”, afirma o pintor Paulo César Gabriel, idealizador da área comunitária. Quem não gosta muito de barraca se acomoda no carro. É o caso do aposentado Benedito Adão, que chegou ao loteamento no dia 29 de setembro. Primeira pessoa da fila, Adão conta que a iniciativa em esperar por mais de dez dias é um gesto de solidariedade: o interessado pelo terreno, na verdade, é um amigo do aposentado.
“Fico no carro durante o dia e à noite temos uma barraca. Eu fico das 6h às 18h para segurar um terreno para um amigo. Combinamos de ficar aqui. Comecei dia 29. Fui o primeiro a chegar. É meio complicado, mas já que a gente combinou, vamos cumprir”, diz. A antecipação dos interessados surpreendeu até o dono da imobiliária, Eli Faleiros. Segundo ele, os motivos são condições de pagamento dos terrenos, que chamaram a atenção do público. Cada terreno tem 250 metros quadrados e custa R$ 73 mil.
“Acredito que o grande número de interessados seja pelas condições que estamos oferecendo o terreno, com 20% de entrada e o restante em 84 meses. Esse pessoal está acampado aguardando a data. Temos nosso plantão de informações, mas a organização da fila é deles”, diz.
fonte: G1

Conheça as casas de alguns dos maiores arquitetos e decoradores do País

Todos os cantos do imóvel têm a marca do autor e também alguns segredinhos de decoração
publicado em 17/04/2013 às 8:03 ,
atualizado em 17/04/2013 às 9:55
por Verônica Lima | Fonte: ZAP Imóvei

Bom gosto é um predicado que não falta nas casas dos arquitetos e decoradores de interioresmais queridinhos do Brasil. Todos os cantos do imóvel têm a marca do autor e também alguns segredinhos de decoração que instigam a curiosidade das pessoas. O ZAP Imóveis conseguiu descobrir os mistérios que as residências de Fernanda Marques, Brunete Fraccaroli, Guto Requena, Guilherme TorresDavid Bastos e Ricky Dayan escondem. Confira você também:
Esta é a vista que Fernanda Marques tem logo após atravessar o hall de sua casa. Neste área, ela apostou em uma solução de continuidade, o ambiente se abre para a área externa, logo anexa. Por isso, a principal preocupação da profissional ao decorar foi exatamente esta: procurar objetos com as mesmas características para os dois cômodos. Daí os móveis de altura reduzida, a opção pelo branco e o apego ao essencial. “Eu queria deixar a arquitetura falar. E me arrisco a dizer que acho que cheguei lá!”, disse Fernanda.


Living de Fernanda Marques


Sala de jantar da Fernanda Marques
Já na sala de jantar, é possível ver que a arquiteta faz as suas refeições praticamente ao ar livre. Segundo Fernanda, a opção mais uma vez é pelo essencial. “Acredito que decorar seja, antes de tudo, resolver questões imediatas”, comentou. E, assim, ela criou condições que facilitassem a integração de todos à mesa. Fazendo com que todos se sentissem realmente confortáveis.
Guilherme Torres resolveu ousar na criação dos cômodos de sua casa. A mesa em concreto foi desenhada pelo arquiteto e se chama Half. Para o assento do sofá, foram revestidos dois colchões em tecido preto e as almofadas foram revestidas com tecidos desenhados pela Estilista Adriana Barra para a Micasa. Já o quarto do jovem arquiteto tem ares de loft, com um clima mais quente do que o resto da casa por conta dos tijolos aparentes que revestem a parede de fundo da cama.


Sala de estar de Guilherme Torres


Quarto do Guilherme Torres

A arquiteta com mais de 20 anos de profissão, Brunete Fraccaroli, que já projetou a casa de personalidades como Amaury Jr, Celso Portiolli e João Dória Jr, enfeitou seu apartamento de 350 metros quadrados, localizado no bairro Jardim Paulista, em São Paulo, com muitos móveis brancos e espelhos. Entre as mobílias do apartamento há itens assinados por designers famosos, como a poltrona Banquete dos irmãos Campana e a cadeira de papelão enrugado Wiggle, de Frank Gehry.


Sala da Brunete Fraccaroli


Quarto da Brunete Fraccaroli

No imóvel de Guto Requena é possível deslocar paredes e mobiliários, customizando e transformando os ambientes conforme a necessidade dele, em um processo de design que o profissional chama de participativo. O espaço pode ganhar mais de 10 configurações possíveis, como loft, escritório, galeria de arte, cozinha gourmet ou uma pista de dança.


Sala de estar do Guto Requena

O arquiteto de Salvador, David Bastos, derrubou as paredes e eliminou alguns cômodos de um antigo apartamento de quatro dormitórios em São Paulo, e criou a cozinha integrada ao jantar, onde recebe amigos em momentos de intimidade ou em grandes comemorações.


Cozinha do David Bastos

Já Ricky Dayan optou por um apartamento em estilo clássico. Na sala de jantar tem uma cristaleira que guarda porcelanas antigas da proprietária e que recebeu acabamento em pátina envelhecida e iluminação embutida. A cozinha tem ares acolhedores e pessoal.


Sala de jantar da Ricky Dayan


Cozinha da Ricky Dayan

PANTOMIMA NO STF – Por Old man


 Neste país onde impera a corrupção a impunidade, a desonestidade e a roubalheira, já será de bom tamanho se os três patetas, forem pernoitar na cadeia, em regime semi aberto concedido, pelos vestais do STF.  A seita que jurava combater a roubalheira agora luta para conseguir que os sacerdotes corruptos passem só as noites na cadeia.
boopo-2-460x460Leiam sem pressa os quatro parágrafos, transcritos em negrito e itálico, extraídos de um artigo publicado pelo Estadão sob o título “A corrupção e morte da cidadania”. Volto em seguida com o nome do autor e a data da publicação.
A corrupção representa uma violação das relações de convivência civil, social, econômica e política, fundadas na equidade, na justiça, na transparência e na legalidade. A corrupção fere de morte a cidadania. Num país tomado pela corrupção, como o Brasil, o cidadão se sente desmoralizado porque se sabe roubado e impotente. Sabe-se impotente porque não tem a quem recorrer. Descobre que os representantes traem a confiabilidade do seu voto, que as autoridades ou são corruptas ou omissas e indiferentes à corrupção, que os próprios políticos honestos são impotentes e que a estrutura do poder é inerentemente corruptora.
Dessa impotência se firmam as noções de que “nada adianta” e de que no fundo “são todos iguais”. A fixação desses sentimentos representa o fim da cidadania, pois ela se baseia na participação ativa do indivíduo na luta por direitos e na cobrança e fiscalização do poder. Quanto mais agonizante a cidadania, mais ativa se torna a corrupção. O corrupto sente-se à vontade para se justificar e até para solicitar o aval eleitoral para continuar na vida política.
O poder no Brasil protege os corruptos. A estrutura do poder público é corruptora. Em paralelo, a estrutura fiscalizadora favorece a impunidade. Mas se a corrupção, sua proteção e a impunidade se tornaram estruturais, há uma vontade explícita de manter intacta a estrutura corruptora. Essa vontade se manifesta de várias formas. A principal é a falta de iniciativa das autoridades constituídas. Outra ocorre pelo bloqueio das mudanças institucionais e legais que visam a ampliar e aperfeiçoar os instrumentos de combate à corrupção. No Congresso, medidas de combate à corrupção e mudanças moralizadoras da Lei Eleitoral foram sistematicamente derrotadas pela maioria governista, com o apoio de chefes dos poderes superiores.
A sociedade já percebeu que a corrupção estrutural está albergada na falta de vontade de mudar e de punir e na vontade explícita de proteger. A racionalidade do cidadão não consegue compreender o porquê e o como de tantos casos de corrupção não resultarem em nenhuma prisão dos principais envolvidos. E porque a razão não consegue compreender essa medonha impunidade, o cidadão sente-se desmoralizado. A corrupção assume a condição de normalidade da vida política do país. A degradação e a ineficiência do poder público atingiram tão elevado grau que não se pode mais acreditar que, apesar de lentas, as mudanças virão.
O autor só pode ser algum falso moralista enfurecido com a transformação do embargo infringente em primo do habeas corpus, certo? E o texto só pode ser coisa da elite golpista ainda inconformada com a derrota decidida pelo voto do ministro Celso de Mello, certo? Errou duplamente quem embarcou nessas deduções. O artigo saiu na edição de 29 de abril de 2000. E foi escrito por José Genoino, então ─ como agora ─ deputado federal do PT paulista. Parece mentira, mas é isso mesmo.
Também parece mentira que há menos de 14 anos, quando já ia longe o ataque aos cofres estaduais e municipais controlados pelo partido, as vestais de araque ainda reivindicassem aos berros o monopólio da ética. Na virada do século, embora Delúbio Soares já ocupasse o posto de tesoureiro da quadrilha em formação, José Dirceu seguia recitando de meia em meia hora, com sotaque de Passa Quatro, o mantra hoje reduzido a refrão do hino do grande clube dos cafajestes: “O PT não róba nem dêxa robá”.
É compreensível que o deputado federal José Genoino, sem ficar ruborizado, ousasse exigir cadeia para quem fazia o que ele faria na presidência do partido que, ao alcançar o poder federal, acabou transformando o assalto ao dinheiro público em programa de governo. O artigo publicado pelo Estadão sugere que são até brandas as penas aplicadas pelo STF aos companheiros condenados por corrupção ativa: 7 anos e 11 meses para José Dirceu, 6 anos e 8 meses para Delúbio Soares e 4 anos e 8 meses para Genoino.
Não há embargo infringente que dê jeito nisso. Para recorrer à esperteza que justificou um novo julgamento e provavelmente os livrará  da punição por formação de quadrilha, os três mensaleiros precisariam de quatro ministros dispostos a não enxergar o que eles são: corruptos ativos.  Dirceu, condenado por 8 a 2, teve o apoio de Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli. Genoino (9 a 1) só foi socorrido por Lewandowski. Delúbio (10 a 0) não comoveu sequer o ministro da defesa dos pecadores.
A seita que prometia acabar com a ladroagem, quem diria, agora luta para conseguir que três sacerdotes corruptos se safem da pena adicional por formação de quadrilha, que submeteria a trinca à prisão em regime fechado. Eufóricos com o adiamento do embarque no camburão, os devotos já preparam um carnaval temporão para festejar a conquista do regime semiaberto. O desfile da Unidos do Mensalão, de qualquer forma, não poderá ultrapassar o fim da tarde.
No começo da noite, os três destaques terão de recolher-se à cadeia. É lá que os companheiros presidiários vão dormir por centenas de noites
Jornalista Augusto Nunes da revista Veja.

TCU FAZ "PENTE FINO" EM REPASSES DO TESOURO AO BNDES

sábado, 12 de outubro de 2013


Às vésperas de receber um novo empréstimo do Tesouro Nacional, o BNDES é auditado pelo Tribunal de Contas da União. Analistas rastreiam todas as operações de repasse de títulos públicos feitas pelo Ministério da Fazenda desde 2009. Um dos focos da auditoria é o ganho obtido pelo BNDES com a rentabilidade dos títulos no período que os papéis ficam na carteira do banco. Os papéis do governo rendem ao banco mais do que as operações de crédito, por causa do diferencial de taxas. O BNDES empresta dinheiro que é corrigido pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), hoje em 5% ao ano, mas tem sido principalmente financiado por títulos públicos do Tesouro, que têm como base de remuneração a taxa básica de juros, a Selic, hoje em 9,5% ao ano. O BNDES acaba tendo ganhos significativos com a sua carteira de renda fixa. Essa arbitragem garante um lucro maior para o banco e, por consequência, amplia o recolhimento de dividendos para a União. O universo de auditoria do Tribunal de Contas da União não é pequeno. Nos últimos cinco anos, o Tesouro transferiu ao BNDES mais de 300 bilhões de reais em títulos públicos. Outros 20 bilhões de reais ainda devem engordar essa conta nas próximas semanas. Nessas operações, o Tesouro emite papéis e os transfere para o caixa do banco. Com o pente-fino no BNDES, os auditores apuram as operações de venda dos títulos no mercado secundário realizadas para que o banco transformasse os papéis do Tesouro em dinheiro e, assim, fizesse frente aos desembolsos necessários aos empréstimos tomados pelas empresas. O TCU quer saber se houve prejuízos nas operações em função do volume gigantesco de títulos injetados pelo banco no mercado nesses últimos quatro anos. A quantidade é tão grande que representa 73% de toda a necessidade líquida de financiamento da dívida pública federal (interna e externa) deste ano, que soma 412 bilhões de reais. Recentemente o ex-ministro Antônio Delfim Netto chamou atenção para o problema ao afirmar que, com os aportes aos bancos públicos, o governo "transformou a dívida pública em receita pública". Ganhos de arbitragem (compra e venda de ativos com o objetivo de gerar lucro) também têm sido obtidos com os aportes transferidos para a Caixa Econômica Federal (CEF). Segundo fontes, o BNDES tem recebido um volume maior de recursos justamente para garantir essa arbitragem. Esses aportes estão no centro das críticas à política fiscal brasileira. O próprio TCU determinou que o Ministério da Fazenda fizesse o cálculo do subsídio dessas operações. Mesmo com as críticas, o governo vai editar uma nova Medida Provisória autorizando mais um aporte ao BNDES, para atender a necessidade de desembolsos até o final do ano.

Criminoso da alemanha nazista morre na Itália aos 100 anos


Posted: 11 Oct 2013 02:21 PM PDT
O Povo Online

Ex-oficial da SS Erich Priebke foi responsável pelo massacre de mais de 300 civis italianos durante a Segunda Guerra Mundial. Em prisão domiciliar, depois de décadas livre na Argentina, ele nunca demonstrou remorso.



NazistaNazista

Morreu nesta sexta-feira (11/10) o criminoso nazista Erich Priebke, ex-oficial da SS. Ele se encontrava em prisão domiciliar em Roma desde 1998, quando foi condenado à pena perpétua por um massacre em março de 1944.

Até 1994, Priebke vivera despreocupadamente numa cidade balneária da Argentina, usando o verdadeiro nome. Até que um jornalista americano especializado em investigações sobre antigos nazistas o descobriu, e ele foi entregue à Itália, onde era procurado pelo massacre das Fossas Ardeatinas.

Em 23 de março de 1944, durante a Segunda Guerra Mundial, membros da resistência italiana mataram com bombas 32 homens de uma unidade policial alemã. Supostamente por ordens diretas de Adolf Hitler, decretou-se que, por cada soldado nazista morto, dez italianos fossem executados.

Na qualidade de capitão de tropa, Priebke preparou a lista dos condenados o mais jovem tinha 15 anos. Apenas um dia após o atentado, os 335 civis, entre os quais 75 judeus, foram levados até as Fossas Ardeatinas, nas cercanias de Roma, para serem fuzilados. O oficial confessou também ter executado pessoalmente dois presos, e nunca demonstrou remorso pelos atos.

Em 1999, um ano após a condenação, Erich Priebke foi retirado do presídio militar, devido a seu estado de saúde precário, e colocado em prisão domiciliar.

A caça continua

Em reação à morte do ex-oficial da SS, o Centro Simon Wiesenthal de Israel exigiu que se intensifiquem as investigações contra criminosos ainda vivos.

"A alta idade que Priebke alcançou, nos recorda o quão importante é realmente perseguir agora os criminosos nazistas ainda vivos. Muitos gozam de saúde robusta, mesmo em idade avançada. Desta forma, podem e devem ser levados a tribunal", disse Efraim Zuroff, diretor da seção israelense da organização.

Em julho último, o Centro Simon Wiesenthal iniciou na Alemanha uma campanha de busca aos últimos nazistas sobreviventes. A iniciativa incluía um apelo à população, em cartazes com os dizeres: "Tarde. Mas não tarde demais. Operation Last Chance II. Alguns dos criminosos estão livres e vivos! Ajudem-nos a apresentá-los à Justiça".

A organização que leva o nome do famoso "caçador de nazistas" de origem judaica ficou conhecida pela perseguição em larga escala de criminosos de guerra e colaboradores ocultos na clandestinidade. Atualmente ela também se dedica ao combate e punição do racismo, antissemitismo, terrorismo e genocídio, além de se empenhar em prol da tolerância em todo o mundo.

Dilma vem ao RS anunciar o metrô. De novo???

Transcrito do Blog do Diego Casagrande

Posted: 11 Oct 2013 06:29 PM PDT

Dilma vem ao RS para tratar do metrô com Fortunati e Tarso. De novo???? É marketing, marketing, marketing e resultado que é bom, nada. Perdi a conta de quantas vezes já anunciamos reuniões que "podem" definir o metrô na capital. A única coisa que se tem concreta até agora é que o governo federal reduziu a verba que destinaria para nós, levando à diminuição do traçado que antes iria até a Fiergs e agora deve ir até a rótula da Assis Brasil. Anotem aí: talvez vejamos esta cena - o homem em Marte - antes do metrô em Porto Alegre...
Foto: Dilma vem ao RS para tratar do metrô com Fortunati e Tarso. De novo???? É marketing, marketing, marketing e resultado que é bom, nada. Perdi a conta de quantas vezes já anunciamos reuniões que "podem" definir o metrô na capital. A única coisa que se tem concreta até agora é que o governo federal reduziu a verba que destinaria para nós, levando à diminuição do traçado que antes iria até a Fiergs e agora deve ir até a rótula da Assis Brasil. Anotem aí: talvez vejamos esta cena - o homem em Marte - antes do metrô em Porto Alegre...