domingo, 18 de agosto de 2013

Joe Bonamassa - Jockey Full of Bourbon LIVE at Vienna

SIMPLES ARITMÉTICA, por Anhangüera


Charge por Roque Sponholz
imagesUm assunto interessante. Debrucei-me sobre umas continhas e, a partir do resultado, fiz algumas perguntas intrigantes. Eu sou professor, quando não estou tentando ganhar algum dinheirinho em outra atividade para sobreviver neste país de empulhação:
Um professor trabalha 5 horas diárias, 5 salas com 40 alunos cada. Quantos alunos ele atenderá por dia?
200 alunos dia.
Se considerarmos 22 dias úteis. Quantos alunos ele atenderá por mês?
4.400 alunos por mês.
Consideremos que nenhum aluno faltou (hahaha) e, que em cada um deles, resolveram pagar ao professor com o dinheiro da pipoca do lanche: 0,80 centavos diários. Quanto é a fatura do professor por dia?
R$ 160,00 reais diários
Se considerarmos 22 dias úteis. Quanto é faturamento mensal do mesmo professor?
Final do mês ele terá faturado R$ 3.520,00.
O piso salarial é 1.187 reais, para o professor atender 4.400 alunos mensais. Quanto o professor fatura por cada atendimento?
Aproximadamente 0,27 mensais (valemos menos que o pacote de pipoca)…
Um professor de padrão de vida simples, solteiro e numa cidade do interior, em atividade, tem as seguintes despesas mensais fixas e variáveis:
Sindicato: R$ 12,00 reais
Aluguel: R$ 350,00 reais (pra não viver confortável)
Agua/energia elétrica: R$ 100,00 reais (usando o mínimo)
Acesso à internet: R$ 60,00 reais
Telefone: R$ 30,00 reais (com restrições de ligações)
Instituto de previdência: R$ 150,00 reais00rs0721a
Cesta básica: R$500,00 reais
Transporte: sem dinheiro
Roupas: promocionais
Quanto um professor gasta em um mês?
Total das despesas: R$ 1.202,00
Qual o saldo mensal de um professor?
Saldo mensal: R$ 1.187,00 – 1.202 = – 15 reais, passando necessidades.
Agora as indagações pertinentes:
- Que dinheiro o professor terá para seu fim de semana?
- Quanto o professor poderá gastar com estudos, livros, revistas, etc.
- Quanto vale o trabalho de um professor?
- Isso é bom para o aluno?
- Isso é bom para a educação pública do Brasil?
Ficam as perguntas no ar

O outono da ignorância

No Brasil, o poder não faz a menor ideia de como coibir protestos que resvalem para a violência

RUTH DE AQUINO
03/07/2013 13h43 - Atualizado em 03/07/2013 13h45

até demorou. Não se dizia que os brasileiros eram passivos demais, sem consciência política? Um povo inebriado por futebol, Carnaval e cerveja, que só se aglomerava em show, bloco e passeata gay ou evangélica? Agora, uma fagulha, o aumento das tarifas de ônibus, incendiou multidões. São especialmente jovens. Como em qualquer lugar do mundo. Entre os que protestam pacificamente com flores na mão, há os vândalos que, rindo e xingando, depredam o patrimônio, quebram lojas, incendeiam ônibus. Alguma novidade? Sempre foi exatamente assim, em Paris, Londres, Buenos Aires ou Istambul.
Os excessos devem ser repudiados, os vândalos detidos. Mas a reação truculenta das tropas de choque e as declarações de prefeitos e governadores de todos os partidos mostram algo preocupante: o poder – no Brasil, como na Turquia – não faz a menor ideia de como coibir com eficácia protestos que resvalem para a violência. Policiais e políticos igualam-se aos arruaceiros na ignorância, tornam-se delinquentes por trás de armaduras e gravatas, tacham de ilegítimas todas as manifestações, não param para escutar, entender ou negociar. O resultado é este: cidadãos encurralados na volta do trabalho, crianças atemorizadas. Os jornalistas são feridos pela polícia com balas de borracha, bombas de gás e spray de pimenta nos olhos. São coagidos e xingados por jovens mascarados e desinformados.
Os preços sobem, a inflação está em alta, os impostos absurdos não revertem em saúde, moradia, transporte e educação para a população, os empregos para a juventude começam a minguar, as empresas demitem em massa sem repor vagas. A presidente Dilma diz que a economia está sob controle. A farra nos Três Poderes continua. Ninguém aperta o cinto de couro em Brasília. O noticiário continua coalhado de mordomias no Legislativo, Judiciário e Executivo. 
O jornalista Zuenir Ventura um dia cunhou a expressão Cidade Partida para se referir à divisão entre asfalto e morro, no Rio de Janeiro. Hoje, está claro que vivemos num País Partido. O Brasil dos que produzem e trabalham quase cinco meses só para pagar impostos... e o Brasil dos que mamam nas tetas do Estado, com aposentadorias vitalícias polpudas e múltiplas, e ainda têm a cara de pau de discutir o rombo da Previdência. É corrupção, nepotismo, promiscuidade, formação de quadrilha nas altas esferas, desmoralização dos sindicatos que se lambuzam com o melado federal. A casta superior do País Partido insiste em ignorar o sentimento de vulnerabilidade da população assalariada.
Com a ditadura, o Brasil se desacostumou a conviver com manifestações e greves. Tudo vira sinônimo de anarquia. Estava em Londres em 1979, no “winter of discontent”, o inverno da insatisfação, que encheu a cidade de lixo e mau cheiro e derrubou os trabalhistas, abrindo o caminho para Margaret Thatcher. Trafalgar Square equivale simbolicamente à Praça Taksim, de Istambul – mas com os bobbies (policiais ingleses) protegendo os manifestantes.
Estava em Paris no outono de 2005, quando jovens da banlieue (a periferia) invadiram a Rive Gauche e saíram quebrando tudo, em protesto contra a situação de jovens imigrantes nos subúrbios. Foram 19 noites de distúrbios na França, 9 mil carros queimados, 3 mil jovens presos. Essa revolta saiu de controle. A “manif” já faz parte da cultura parisiense – quase como a praia no Rio de Janeiro e o restaurante em São Paulo. Não há fim de semana em que avenidas não sejam bloqueadas por protestos. As tropas de choque se organizam, com o objetivo de garantir a passeata, e não de fomentar a violência. 
No Brasil, o Movimento do Passe Livre é o estopim, ou a parte visível de um descontentamento que não pode ser minimizado. O péssimo serviço de ônibus, metrôs e trens, aliado a aumentos nas passagens, é, sim, revoltante. Ouvir de Sérgio Cabral, Geraldo Alckmin e Fernando Haddad que os protestos “têm motivação política” causa risos. É lógico que protestos sejam políticos. Não existe crime nisso. Ouvir das autoridades que os manifestantes são mauricinhos causa desconforto. É preciso ser prostituta para defender os direitos da classe nas ruas? É preciso ser povão para protestar contra a indignidade dos trens?
Torço para que os manifestantes expulsem de suas alas os marginais que aterrorizam exatamente aqueles que mais se servem do transporte público. Espero que os governos não mandem às ruas policiais despreparados, brutamontes e enraivecidos, que atacam pelo prazer da repressão. “Baderna é inaceitável”, diz Alckmin. Concordo. Mas os piores baderneiros são os armados pelo Estado. Deslizes policiais e insensibilidade governamental podem nos lançar ao caos. 

O Brasil e o mundo têm muito mais pobres do que afirmam os governos


E você, é da classe média?

RAFAEL CISCATI E MARCOS CORONATO
01/08/2013 08h00


SOMOS POBRES Favela de Paraíso, em São Paulo. Se a referência for a classe C, dois terços dos moradores de favelas são de classe média (Foto: Raimundo Pacco/Folhapress)
"A classe mais importante em qualquer comunidade é a classe média, os homens de vida módica, que vivem à base de milhares de dólares por ano ou perto disso”, escreveu Walt Whitman na metade do século XIX. Whitman era jornalista e também poeta, e por esse ofício entrou para a história. Naquele ano de 1858, em que percebeu a relevância da classe média, o jornalista Whitman deu um furo. Percebia que o destino do país estava atrelado definitivamente àquela grande parcela da população com renda alta o bastante para se educar, criticar, influenciar e recusar trocar seu voto por benesses populistas. Ao mesmo tempo, essa parcela da população, bem diferente dos ricos, dependia do próprio trabalho e não podia ignorar crises e trapalhadas econômicas de governos incompetentes. Whitman entendeu o conceito, mas não chegou nem perto de definir, precisamente, que habitantes dos Estados Unidos formavam a classe média. Não foi culpa dele. Essa conceituação continua, até hoje, a confundir. E, quando é usada por governos, serve para dourar a realidade.

Por não haver uma definição indiscutível desse grupo, governantes tendem a adotar ou a criar as que melhor se adaptem a sua conveniência. Classificar vastos contingentes da população como de “classe média”, em vez de “pobres”, faz qualquer governo parecer mais eficaz. A prática leva a contradições evidentes. No Brasil, tratar toda a classe C como classe média significa afirmar também que são de classe média 65% dos moradores de favelas no país. Na China e na Índia, o inegável enriquecimento, por vezes, nubla os fatos: a população é, majoritariamente, pobre. Há várias formas objetivas de identificar a classe média, e elas contam diferentes histórias sobre a real melhora do Brasil e do mundo.
>> Mundo terá 3 bilhões de pobres até 2050, diz ONU 

Uma dessas formas é descobrir onde estão as famílias com poder considerável para comprar bens e serviços, sob o ponto de vista de vendedores de qualquer lugar do planeta. O critério pode parecer injustamente rigoroso com nações muito pequenas ou pobres. Não é o caso do Brasil, um país extremamente desigual, mas com renda per capita de média para alta e com preços e salários elevados, diante da média mundial. Com esse enfoque, a consultoria Ernst & Young (EY) chegou a uma definição própria, a partir de estudos iniciados em 2010 pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Num relatório recente, a EY denomina como pertencentes à “classe média global” os indivíduos com rendimento diário entre US$ 10 e US$ 100, uma renda mensal equivalente, agora, à faixa entre R$ 660 e R$ 6.600. O governo brasileiro considera de classe média os cidadãos com renda entre R$ 291 e R$ 1.019. Pelo critério do governo, a classe média é maioria no Brasil: 53% dos habitantes. Pelo critério da EY, a classe média encolhe para 41%, e os pobres são a maior parte da população.
INDICADOR RUIM Barraca de comércio popular em São Paulo. A classe C consome mais, mas se endivida perigosamente (Foto: Diego Padgurschi/Folhapress)
Embora possa parecer renda de rico para os milhões de brasileiros pobres, a faixa proposta pela EY ainda inclui famílias com ganhos módicos. É um grupo próspero o bastante para consumir eletrodomésticos, carros, lazer, educação e serviços de saúde, de forma semelhante em qualquer lugar do mundo, esteja na América Latina, na África ou na América do Norte. O critério da EY é tão atacável quanto qualquer outro. Tem a seu favor o objetivo de aplicação prática: presente em 140 países, a EY tem de orientar seus clientes, interessados unicamente em vender. No mundo, ainda mais que no Brasil, o critério rigoroso faria um estrago terrível nos discursos de governantes. Se o adotarmos, em vez do critério mais frouxo do Banco Mundial, a fatia da população classificada como classe média cai, globalmente, de 48% para 30% da humanidade. Na China, a queda é de 62% para 11%. Para o Banco Mundial, pertence à classe média quem tem rendimento diário entre US$ 2 e US$ 13 (o equivalente a uma renda mensal entre R$ 132 e R$ 858). No Brasil, a definição foi dada em 2012 pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), ligada à Presidência da República. 
>> Cadê a estadista? 

Esse encolhimento estatístico em nada minimiza o impressionante movimento de ascensão social ocorrido nas últimas décadas, no Brasil e no mundo. Por aqui, as classes D (dos indiscutivelmente pobres) e E (dos miseráveis) diminuíram, à medida que as famílias enriqueceram. A classe C ganhou 35 milhões de integrantes numa década e concentra, hoje, a maioria dos empreendedores e consumidores. Esse grupo passou a ver possibilidades reais de melhorar de vida. Obrigou empresas e governos a trabalhar com escalas maiores de produção e infraestrutura. “Para os países que passam por transformações assim, o impacto é brutal. Aumenta o consumo de produtos industrializados, a exigência por serviços, como educação e transporte”, diz André Ferreira, sócio líder de mercados estratégicos da EY. Mesmo pelo critério exigente dos consultores, o movimento de ascensão nos países emergentes continua perceptível. Hoje, 60% da classe média global vive na Europa e na América do Norte. Em 2030, esses 60% deverão estar na Ásia.

Mesmo se nos ativermos apenas aos critérios econômicos, é possível construir conceitos mais sólidos que uma faixa de renda. Em 2011, os economistas Luis Lopez-Calva e Eduardo Ortiz-Juarez, do Banco Mundial, mostraram quão frágil era a classe média de México, Chile e Peru, três países emergentes que também exibem resultados de enriquecimento impressionante na última década. Eles dividiram a classe média oficial entre domicílios vulneráveis e não vulneráveis a cair na pobreza. Nos três países, tanto nas cidades como no campo, os domicílios vulneráveis superavam os não vulneráveis. No Brasil, o governo leva em consideração apenas a renda corrente, de que o indivíduo dispõe no mês. “Ao considerar apenas a renda corrente, o governo deixa o critério extremamente pobre”, afirma o professor José Mazzon, da Faculdade de Economia e Administração da USP. “A mudança de comportamento no consumo ocorreu, em parte, por causa da expansão do crédito. A população se endividou.” Em 2012, as dívidas comprometeram, em média, 42% da renda das famílias brasileiras. Na classe C, essa fatia chegou a 47%. A própria SAE reconhece as limitações do critério exclusivamente por renda, que chama de “unidimensional”. No relatório de 2012, em que conceituou a classe média brasileira, o governo explicita sua opção pela simplicidade.
>> Ruth de Aquino: Você quer mesmo um Brasil melhor? 

Tal simplicidade tem seu valor, além de rechear facilmente os discursos com números impressionantes. Ela permite que o governo defina políticas públicas mais fáceis de compreender. Com a simplicidade, porém, vem o perigo de acomodação e percepção distorcida da realidade. Um país de classe média certamente tem menos de que reclamar e menos a exigir. Não sem motivo, o Partido Trabalhista britânico e o Partido Democrata americano debatem o uso indiscriminado, por seus filiados, da expressão “classe média” para designar a maior parte da população, de que se apresentam como defensores. As alas mais à esquerda dessas agremiações temem perder a identidade com os mais pobres. No Reino Unido, os trabalhistas mais à esquerda preferem usar “classe trabalhadora”, quando se referem a todos que dependem de salário. No Brasil, o sociólogo Jessé de Souza, da Universidade Federal de Juiz de Fora, chama a classe C de “batalhadora”, em vez de classe média.
>> Investimentos: como se beneficiar da alta dos juros 

Na origem, “média” é um conceito puramente matemático. Todos os estudiosos do tema, porém, reconhecem que a expressão “classe média” ganhou contornos mais sofisticados, que podem incluir visão de mundo, educação e aspirações. A sociedade ganharia na qualidade do debate público se considerasse os fatores que permitem ao cidadão manter seu padrão de vida, mesmo em momentos mais difíceis. Um desses fatores é o grau de instrução – com mais anos de educação, aumentam as chances de o indivíduo buscar outro emprego ou abrir um negócio próprio. Tal segurança econômica deveria ser um traço característico e desejável em qualquer grupo denominado classe média.
 
Classe média inflada (Foto: ÉPOCA)


Pareceres desaparecidos


11:53:17

...
Fonte: Revista VEJA - edição Nº 2335 - 17/08/2013

Concessionárias e prestadoras de serviço do Rio são clientes do escritório da mulher do governador


21:10:04


Reportagem da revista 'Veja' deste fim de semana revela que 60% do faturamento do escritório de advocacia da mulher do governador Sérgio Cabral, Adriana Ancelmo, vêm de honorários recebidos por serviços prestados a empresas que, "direta ou indiretamente, dependem de dinheiro público", ou seja, do governo do Estado do Rio, como concessionárias e prestadoras de serviço. ...

De acordo com a reportagem, antes de Cabral tomar posse, o escritório Coelho & Ancelmo Advogados Associados tinha apenas 2% de seu faturamento vindo desta origem. A revista destaca ainda que o escritório teve um crescimento "espetacular" nos últimos seis anos, saltando de três profissionais e 500 processos em carteira para 20 advogados e cerca de 10 mil ações.

A receita do escritório, segundo a "Veja", também saltou de R$ 2,1 milhões em 2006 para R$ 9,5 milhões no ano passado, o que faz com que os rendimentos de Adriana Ancelmo - apelidada de "Riqueza" por Cabral - cheguem a R$ 184 mil mensais.

Entre as concessionárias e prestadoras de serviço que são clientes do escritório da mulher de Cabral estão o MetrôRio, a SuperVia, a Telemar e a Facility (fornecedora de serviços de segurança). 


Cabral disse a "Veja" que não interfere nos negócios da mulher. A primeira-dama não quis conversar com a revista, mas o escritório disse em nota que "desde 2007, por deliberação dos sócios, não atua em processos administrativos e judiciais contra o Estado do Rio de Janeiro ou pessoas jurídicas por ele controladas, nem tampouco presta consultoria a seus clientes em matérias que envolvam interesse do Estado".

O MetrôRio toca atualmente as obras da construção da Linha 4, cujo consórcio conta com a participação da Odebrecht e que estão orçadas em R$ 8,5 bilhões. O trajeto da linha foi alvo de polêmica e contestações, mas mesmo assim foi mantido pelo governador.

A SuperVia foi adquirida em 2010 pela mesma Odebrecht e tem no seu histórico incontáveis relatos de acidentes e mau funcionamento. Revoltados com a qualidade do serviço prestado, passageiros já realizaram inúmeros protestos, sem contudo obter qualquer resposta para as suas queixas.

A Telemar, uma das campeãs de reclamações por parte dos consumidores, tem entre seus donos a construtora Andrade Gutierrez, também sempre presente nas mais importantes obras tocadas pelo governo do Estado.

Por sua vez, a Facility se viu recentemente envolvida num escândalo sobre fraudes em licitações. De acordo com denúncias investigadas pelo Ministério Público, concorrências eram forjadas para que suas propostas vencessem disputas.

A denúncia da revista "Veja" se junta a muitas outras envolvendo o governador e o mau uso do dinheiro público. Helicóptero oficial utilizado indiscriminadamente pela família de Cabral em viagens particulares e relações nebulosas com empreiteiras, como a Delta de Fernando Cavendish, também vieram à tona, causando indignação da sociedade. 

Os protestos que sacodem o Rio de Janeiro desde junho são uma consequência clara, direta e objetiva do mau exemplo que vem da maior autoridade do Estado.
Fonte: Jornal do Brasil - 17/08/2013

Carlos Brickmann: O bufê de milhões para atender a Cid Gomes, o ministro Barroso e o mensalão, as dívidas das empresas aéreas…


Cid Gomes, tres chic (Foto: Raul Zito)
Cid Gomes, très chic (Foto: Raul Zito)
Notas da coluna de Carlos Brickmann publicadas hoje por diversos jornais
FINESSE OBLIGE
O governador socialista do Ceará, Cid Gomes (firme aliado do Partido dos Trabalhadores e dilmista desde criancinha), acaba de contratar um bufê para prestar serviços ao Palácio e à residência oficial.
Preço: 3,4 milhões de reais, por um ano.
Os 700 garçons, 500 garçonetes e 15 chefs de cuisine oferecem um cardápio com 495 itens, como bombinhas de escargot, crepe de lagosta, pães exóticos, vieiras, paellas, frigideiras de camarão com arroz selvagem, bombinhas de salmão com caviar, arroz de champagne, bolinhos de bacalhau com sementes de papoula e molho de vinho tinto, camarão ao Sol Nascente, seja lá isso o que for.
Bom gosto
O bufê Anira, contratado pelo governo cearense, deve ser bom.
Cid Gomes tem gostos refinados: por exemplo, contratou o tenor Plácido Domingo, estrela internacional, para um espetáculo; e Ivete Sangalo para o show de inauguração de um hospital, cuja marquise, aliás, caiu antes da inauguração.
Bandas e shows custaram ao Tesouro cearense, nos dois mandatos de Cid, 81 milhões de reais. Mais 67 milhões de reais foram gastos com aluguel de jatinhos – num deles, recorde-se, Cid Gomes levou a família inteira para a Disney. E, mostrando sua devoção pela esposa, levou junto também a sogra.
Como perguntaria o imortal personagem Justo Veríssimo, e o povo? O povo, ora, participa da festa. Pagando a conta.
Dúvida cruel 1
Sr. Ministro, senão o mensalão, qual então? (Foto: Nelson Jr. / STF)
Sr. Ministro, senão o mensalão, qual então? (Foto: Nelson Jr. / STF)
O ministro Barroso diz que o Mensalão não é o maior escândalo da História do país. Se ele o diz, deve ser verdade.
Este colunista, que nem sabia que houvesse ranking de escândalos, está curioso: ministro, qual então é o maior?
Dúvida cruel 2
O ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, está tentando salvar as empresas aéreas brasileiras, que vêm tendo prejuízos bilionários. Reuniu-se com os presidentes da TAM, Gol, Azul e Avianca, que pediram a redução dos impostos sobre combustível de aviação para que possam enfrentar seus problemas. Só que o Governo está estimulando a Azul a comprar a portuguesa TAP.
Se a empresa tem prejuízo, por que comprar outra cujo prejuízo é tamanho que teve de ser posta à venda?
Tudo bem, o BNDES financia.
Mas como pagar o financiamento?

BLOG DO CAZO


Esta charge do Cazo foi feita originalmente para o

Amy Winehouse - Back To Black

SECRETÁRIO DOS ESTADOS UNIDOS DIZ QUE EMPRESAS NORTE-AMERICANAS PRECISAM DE GARANTIA PARA INVESTIR NO BRASIL

Videversus

O secretário de Energia dos Estados Unidos, Ernest Moniz, disse que as empresas norte-americanas querem investir “grande capital” no Brasil, “mas precisam de garantia razoável para seus investimentos” e que eventuais parcerias devem ser operadas com “bons modelos de negócios”. Moniz se reuniu na sexta-feira com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão e, depois, participou de almoço com cerca de 30 empresários na Confederação Nacional da Indústria (CNI). Moniz avalia como “muito bem sucedida” a participação de empresas norte-americanas nos leilões de petróleo no País e que o Brasil é visto por elas como local “muito importante” para negócios. “O potencial do Brasil é gigante e nossas empresas querem participar”, disse referindo-se aos leilões previstos para o pré-sal e para gás não convencional. Após os encontros, Moniz falou sobre possíveis novos acordos bilaterais com o Brasil nas áreas de biocombustíveis, gás não convencional (shale gas), eficiência energética e, também, sobre questões ambientais. “Estados Unidos e Brasil representam 70% da produção e uso de etanol no mundo. Somos os gigantes dos biocombustíveis e tivemos os benefícios de um comércio bilateral nesse setor”, disse o secretário norte-americano. Moniz lembrou que, ao lançar o plano de ação em matérias sobre o clima, o presidente Barack Obama declarou que seu objetivo era diminuir a emissão de gases, seus efeitos no meio ambiente e preparar o país para os efeitos das mudanças climáticas.