segunda-feira, 4 de junho de 2012

Veja a melhor opção de pagamento para comprar desde um imóvel até um par de calçados



O romance do brasileiro e suas suaves prestações continua a todo vapor. Uma pesquisa realizada pela Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) e pelo Instituto Data Popular revelou que 61% da população economicamente ativa divide as compras em prestações, enquanto 39% prefere comprar à vista.

Com tanto parcelamento, resta a dúvida: pelas regrinhas básicas de saúde financeira, é recomendável financiar as compras ou pagar à vista? Quais são os "bons" e os "maus" parcelamentos?

O consultor de finanças pessoais do Itaú e professor da UFSC, Jurandir Macedo, resume que o bom parcelamento é aquele que melhora a vida. “Muitas pessoas acabam com a vida usando o mau crédito, por isso predomina essa impressão de que o crédito é ruim. Mas a verdade é que se a compra for consciente, se o consumidor souber que terá que pagar 10 dias de férias por uma bolsa da Louis Vitton e para ele isso fizer sentido, ele deve comprar”, explica.

Partindo do princípio de que o crédito bom é aquele que é gasto com consciência, nada melhor do que compreender as vantagens e desvantagens de comprar a prazo ou à vista diferentes tipos de bens. Veja a seguir algumas dicas para saber quando é aconselhável parcelar a compra e quando o cartão de crédito deve ficar bem guardado na carteira.

Imóveis

Para o professor de finanças da  Fundação Getúlio Vargas, Marcio Gabrielli, um dos financiamentos mais recomendáveis é o relacionado a imóveis. “Como é um bem que não vai perder muito valor em algum tempo, vale a pena fazer um financiamento. Além de ter o sentimento de que você está pagando por algo que pode estar ganhando valor, você vai deixar de pagar um aluguel para pagar as parcelas do financiamento”, explica.

Também pesa a favor o fato de que um financiamento aumenta muito as possibilidades de compra de um imóvel, uma vez que o investimento é elevado. Atualmente, inclusive, com o anúncio da Caixa de redução dos juros do crédito imobiliário, as condições de parcelamento ficaram ainda mais atraentes. E mesmo quem já tem um financiamento em outro banco pode aproveitar para pagar menos juros, já que é possível migrar o financiamento para a Caixa. É possível que, em breve, até outros bancos entrem nesse ciclo de redução das taxas de juros do financiamento habitacional. Em alguns casos, a portabilidade do crédito imobiliário pode gerar uma economia de milhares de reais. 

Apesar de o financiamento ser indicado neste caso, o pagamento à vista sempre deve ser considerado, se for possível. Além de liberar o comprador de um comprometimento futuro, ele pode ser mais vantajoso porque, em muitos casos, vem acompanhado de descontos.

Veículos

A pesquisa da Acrefi e do Data Popular mostrou que 8,5 milhões de brasileiros pretendem comprar um carro novo ou usado este ano. Entre as classes C, D e E, 71,5% dos entrevistados afirmaram preferir financiar a compra e entre as classes A e B, a preferência pelo parcelamento sobre para 75,3%.

Cerca de 1,7 milhões de brasileiros também pretendem adquirir uma moto nova ou usada esse ano, e o financiamento é a modalidade preferida para 86,8% dos entrevistados das classes C, D e E e 78,4% das classes A e B.

Estes dados já dizem muito sobre as opções de pagamento de veículos. Como o investimento para comprar um carro ou uma moto também é alto, o financiamento permite que a aquisição seja acessível a uma parcela maior da população.

Jurandir Macedo aconselha o financiamento para compra de automóveis: “Um carro normalmente traz um retorno muito significativo para quem compra, então mesmo que seja parcelado em 48 prestações, muitas vezes compensa”, diz. Ele ressalta, no entanto, que antes de tudo se avalie qual será o comprometimento do salário com o pagamento das parcelas, para que elas caibam no orçamento. Mas lembre-se, ao contrário dos imóveis, os carros se desvalorizam quase sempre.

Mesmo que neste caso o financiamento seja uma boa opção, a regra geral sobre o pagamento à vista deve ser aplicada. Isto é, se houver capital suficiente, devem ser considerados os descontos que podem ser oferecidos no pagamento à vista. Com o desconto e a ausência dos juros que seriam cobrados em um financiamento, em algumas concessionárias o consumidor pode chegar a economizar mais de 1.000 reais.

Bens de consumo duráveis

Nesta classe, vamos considerar principalmente os eletrodomésticos. A compra à vista deve ser a primeira opção, caso haja condições para isso e principalmente se forem oferecidos descontos. Ainda assim, o parcelamento deste tipo de bem pode ser utilizado, sobretudo por se tratar de itens bastante necessários.

Gabrielli acredita que quanto mais necessário for o bem, mais prioridade ele deve ter no orçamento. “Uma geladeira ou um fogão são bens necessário. É melhor financiar esse tipo de produto do que bens supérfluos”, diz.

Além do fator da importância, Macedo lembra ainda que em alguns casos fazer este tipo de parcelamento pode gerar até mesmo uma economia: “No caso de uma geladeira velha, que gasta muita energia, o parcelamento de uma nova pode ser melhor, em termos de custos, do que o desperdício de energia que a pessoa terá se esperar ter o dinheiro para consertar ou comprar uma nova à vista”.

Bens de consumo não duráveis

Geralmente os bens de consumo não duráveis, como roupas e sapatos, são menos essenciais que outros bens. Sendo assim, a avaliação sobre a vantagem de fazer o parcelamento deve ser mair rigorosa.

Se para fazer o parcelamento deste tipo de bem, outros essenciais tiverem que ser comprometidos, então, obviamente, não é aconselhável que ele seja feito. Neste caso, a recomendação seria que este bem mais supérfluo fosse comprado à vista, depois que o consumidor conseguisse poupar o valor destinado à compra.

Este tipo produto tem ainda outro fator que pode ser desfavorável ao parcelamento. Normalmente, os bens não duráveis não se valorizam e se o consumidor fizer o pagamento em 12 vezes, por exemplo, depois de algum tempo vai sentir que ainda está pagando por algo que já foi usufruído.

Uma boa medida para o consumidor é ponderar se, ao parcelar esta compra, que não é essencial, ele irá ultrapassar o limite do cartão de crédito. “O crédito ruim é esse que você entra e começa a calcular como se fosse um complemento do salário. Ao estourar o cartão de crédito, você entra no rotativo do cartão, que é muito caro, pode chegar a 10%”, afirma Macedo.

Compras e contas mensais

As contas de água e luz e outros gastos fixos, como as compras de supermercado e gasolina, devem estar entre as despesas prioritárias de um orçamento e por isso não devem ser pagas parceladamente. Como estes pagamentos são feitos todo mês, se forem pagos com cartão de crédito, as parcelas nunca irão acabar, já que a cada mês novas contas virão, mesmo que as mais antigas já tenham sido quitadas.

Além disso, outra desvantagem dos pagamentos de algumas contas feitas com cartão de crédito é a cobrança de IOF, de 3% ao ano.

Viagens

Dependendo da companhia aérea ou da agência de viagem, existem bons descontos no pagamento à vista. No entanto, se não houver o desconto ou se não houver verba suficiente para o pagamento à vista, entram em jogo algumas das mesmas considerações válidas para os bens não duráveis.

Como a viagem não é um gasto essencial na maioria dos casos, neste caso também recomenda-se que o comprador observe como o parcelamento comprometeria sua receita. Se as parcelas não couberem no orçamento, a sugestão é que seja feita uma economia para este fim durante algum tempo. É melhor pagar a viagem à vista depois, ou mesmo parcelar, desde que o comprador tenha uma margem na receita para isso.

Se a viagem for para o exterior, deve-se evitar o parcelamento no cartão de crédito durante a viagem. Isto porque as compras com o cartão de crédito internacional sofrem cobrança de 6,38% de IOF. Outra desvantagem ainda é que, como a conversão não é feita no dia em que é realizada a compra, mas sim no fechamento da fatura, não é possível saber com qual cotação sua cobrança virá. As exceções ficam por conta das compras imprevistas de alto valor e dos casos em que o banco oferece ao cliente uma taxa de câmbio mais vantajosa que o câmbio turismo, o que pode compensar, mesmo com o IOF mais alto.

Por: Priscila Yazbek
Fonte: Exame

Galoucura gaúcha! - Juca Kfouri


 

Divulgação/CAM
Se Cuca pediu por ser, desde os tempos de Grêmio,  amigo de Assis, que é só amigo da onça e irmão de Ronaldinho, Cuca pirou de vez.
E Alexandre Kalil entrou na dele.
E, a se confirmar que Adriano também pode chegar, os dois, mais Jô, formarão um trio que Belo Horizonte jamais esquecerá.
Mas não será por dar o bicampeonato brasileiro ao glorioso Clube Atlético Mineiro.

O governo que anexou os pobres à classe média acaba de inventar o mendigo rico


Augusto Nunes

Com a entrada em cena de Wellington Moreira Franco, o interminável espetáculo do cinismo descambou para o terreno da galhofa. Único integrante do primeiro escalão que jamais conseguiu uma conversa a dois com Dilma Rousseff, o (segundo o cartão de visitas) Ministro-Chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República resolveu chamar a atenção da chefe com uma vigarice estatística de deixar ruborizado até dono de instituto de pesquisa. Graças ao ministro do Nada, foram extintos os pobres que restavam no Brasil Maravilha.
Neste 29 de maio, Moreira Franco revelou que, a partir de agora, pertencem à classe média todos os brasileiros cujos rendimentos individuais alcancem de R$ 250 a R$ 850. São 48% ─ quase metade ─ da população. Como explicar a proeza assombrosa? O ministro se dispôs a decifrar o enigma em dilmês castiço: “A classe média foi delimitada ainda de acordo com o grau de vulnerabilidade, ou seja, a probabilidade de retorno à condição de pobreza, definido como o percentual de pessoas que vivem em locais cuja renda per capita caiu abaixo da linha de pobreza em algum momento em cinco anos”, complicou Moreira Franco.
Em 2007, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada pareceu ter alcançado o limite da audácia malandra ao descobrir como se faz para mudar de categoria sócio-econômica sem sair do lugar. De um dia para outro, as famílias cuja renda mensal superava a marca dos R$1.063 souberam que haviam sido transferidas para a classe média. Como constatou em julho de 2009 o post reproduzido na seção Vale Reprise, o governo Lula inventou o pobre que sobe na vida sem deixar a pobreza.
Ainda mais ousado que os alquimistas do IPEA, Moreira Franco também prometeu criar um “instrumento de pesquisa” chamado Vozes da Classe Média.  “Queremos saber quais são as aspirações e os desejos desse novo universo”, explicou o milagreiro de araque. A pesquisa é dispensável: 100% dos entrevistados dirão que tudo o que querem é viver como vive gente da classe média de verdade.
Estudos recentes atestam que os mendigos que esmolam nas esquinas de São Paulo ganham, em oito horas de expediente, entre R$35 e R$40 . Em 25 dias, embolsam de R$875 a R$1.000. Os pedintes das ruas, portanto, não têm nada a pedir ao governo Dilma Rousseff. Ganham mais que a classe média do Brasil Maravilha. São mendigos ricos.

Dados o atraso de Lewandowski e o ritmo escolhido para julgamento, Peluso deve deixar tribunal antes de conclusão de julgamento, como quer Lula. E aí?



A demora do ministro Ricardo Lewandowski na entrega da revisão do processo do mensalão — ele dispensou ajuda oferecida pelo presidente do STF, Ayres Britto, e ainda se abespinhou — vai produzir ao menos um efeito certo. Se ele concluir mesmo o seu trabalho na segunda semana de junho e dado o ritmo de trabalho acordado pela maioria dos ministros, o caso se arrastará setembro afora, e Cezar Peluso certamente terá de deixar o tribunal antes da conclusão. Ele pode antecipar o seu voto? Pode, sim! Mas não sei se vai fazê-lo. Se não o fizer, serão dez votos em vez de 11. Como Lula quer Peluso fora, a demora terá rendido ao menos um fruto positivo. Mais: número par no tribunal pode levar a uma situação embaraçosa: um empate em cinco a cinco, hipótese em que o presidente vota duas vezes. A praxe, nesses casos, é que esse voto qualificado seja sempre em benefício do réu.
Por Reinaldo Azevedo