sábado, 5 de janeiro de 2013

Apadrinhado por Sarney, ex-chefe de agência ajudou grupo ligado a senador



Fernando Fialho favoreceu negócios de empresário no Porto de Santos quando comandava a Antaq, órgão regulador dos transportes aquaviários do País que agora está na berlinda por causa da Operação Porto Seguro da Polícia Federal

04 de janeiro de 2013 | 22h 30

Fábio Fabrini e Fausto Macedo - O Estado de S. Paulo
Apadrinhado político do presidente do Congresso, José Sarney (PMDB-AP), e atual secretário do governo Roseana Sarney (PMDB) no Maranhão, o ex-diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) Fernando Fialho favoreceu um empresário ligado ao senador com a extensão, por um ano e meio, de um contrato de exploração do Porto de Santos.
Resolução assinada por ele evitou que o Grupo Rodrimar disputasse licitação para se manter em área do terminal, cujo arrendamento venceria em 2011. O contrato prestes a caducar foi unificado a outro, com vencimento previsto para 2013, sem que nova concorrência fosse feita. Além disso, a área usada pela empresa para movimentação de cargas cresceu.
As investigações da Polícia Federal na Operação Porto Seguro desmantelaram um esquema que atuava em favor de empresários com interesses, entre outros, no Porto de Santos. Diretores de agências reguladoras, como Paulo Vieira (ex-Agência Nacional de Águas), foram denunciados. Fialho não está na lista.
O dono da Rodrimar é Antônio Celso Grecco, que tem ligações com o clã Sarney e é amigo pessoal de Fialho, que conheceu no mercado portuário. O grupo costuma se encontrar nos gabinetes de órgãos públicos e em festas em Brasília e no Maranhão.
Sarney e Grecco foram padrinho de casamento de Maria Vandira Peixoto, uma das principais assessoras do peemedebista, na capital federal. Em janeiro de 2011, meses antes de ser beneficiado com a decisão da Antaq, o empresário foi um dos convidados da festa de casamento de Lia Fialho, filha do ex-diretor-geral da Antaq, em São Luís. Além de Sarney, um dos padrinhos foi o ex-senador Gilberto Miranda (PMDB-AM), indiciado na Porto Seguro por integrar o suposto esquema de compra de pareceres.
O senador admite conhecer Grecco socialmente, mas diz que "nunca pediu nada" para ele na agência. Questionado, Fialho explica que, ao longo de sua vida profissional, tem "amealhado amigos em todas as esferas". Ele nega, no entanto, conflito de interesse em decisões que beneficiaram o empresário na Antaq.
Voto. A resolução de Fialho foi publicada em agosto de 2011, após o diretor-geral apresentar, como revisor, voto favorável ao negócio em reunião da diretoria da Antaq. O relator do processo foi o ex-diretor Tiago Lima, que pediu exoneração por suspeita de envolvimento com as fraudes investigadas.
Um dos artigos transferiu à empresa de Grecco o arrendamento de um terreno de 11,1 mil m², da Citrovita Agroindustrial, vizinho à área explorada pela Rodrimar, com cerca de 50 mil m². Os demais autorizaram a junção dos contratos, fazendo valer o vencimento inicialmente previsto só para a Citrovita - 18 de abril de 2013. O acordo com a Companhia Docas de São Paulo (Codesp), responsável pelo porto, permitia a permanência da Rodrimar até outubro de 2011, em caráter "impostergável".
O Tribunal de Contas da União suspendeu a transação dois meses após a resolução ser publicada, alegando não haver previsão legal para a manobra - a Lei 8.630, de 1993, determina licitação pública para a exploração de portos e fixa regras para a prorrogação. No entanto, ao avaliar recursos da Rodrimar, o TCU afrouxou as restrições.
Em novembro de 2011, a corte revogou a suspensão, proibindo apenas novos investimentos na área. Em outubro passado, liberou o negócio de vez. O plenário acolheu argumentos da Codesp de que a licitação não seria "oportuna", tendo em vista o interesse em organizar o cais para terminais maiores e mais eficientes, em concorrências futuras. E que a saída da Rodrimar traria prejuízos, com perda de arrecadação e descontinuidade de serviços.
Um dos mais antigos do setor portuário, o Grupo Rodrimar atua desde 1944. Hoje, tem ao menos cinco empresas, que oficialmente concorrem com operadoras investigadas na Porto Seguro, mas compartilham serviços de suspeitos de integrar a quadrilha. Acusado de movimentar dinheiro do esquema, o advogado Marco Antônio Negrão Martorelli consta como representante dessas empresas. 

HUMOR A Charge do Chico Caruso




CRÔNICA Cartas de Buenos Aires - Linha A: polemica sobre os trilhos



Começaram a circular em 1913, a cidade já era uma grande metrópole, com cerca de 1,5 milhão de habitantes.
Foram os primeiros da América Latina, únicos nesta comarca do mundo e uma verdadeira maravilha da modernidade para a época.
Os vagões de madeira, com assentos em couro escarlate e capacidade para 42 passageiros sentados e 140 em pé cada um, rapidamente se transformaram num clássico portenho.
Buenos Aires passou a ser a 13ª cidade do mundo com o serviço subterrâneo. No dia seguinte à sua inauguração, viajaram na linha A mais de 170 mil passageiros.
Cem anos transcorreram desde que os portenhos se meteram pela primeira vez nas entranhas da cidade, fazendo do metrô, ou subte como chamamos por aqui, um dos transportes mais populares da capital.
Hoje, a linha A tem mais de 10,7 km de trilhos que vão da Plaza de Mayo à estação de Carabobo.
Além das milhares de pessoas que viajam todos os dias para alguma das 16 estações que a linha congrega, a linha A ganhou ainda importância turística depois que muitos viajantes se encantaram pelo charme antigo de seus vagões de madeira.

 
 Foto: Télam

Mas o metrô mais antigo em circulação no mundo periga virar lenha para churrasco, literalmente.
O Governo da cidade, a cargo de Maurício Macri, resolveu fechar o serviço por dois meses e substituir os vagões antigos por outros novos, chineses. Face às pressões que vem sofrendo, informou que zelaria pela preservação de alguns dos vagões. A ver.
Não é a primeira vez que o Governo da cidade demonstra desinteresse pelo patrimônio. Prédios históricos caem aos pedaços (quando não são demolidos), praças emblemáticas são cimentadas, lugares legendários fecham suas portas, entre outras atrocidades urbanísticas.
Horácio Rodriguez Larreta, chefe de gabinete de Macri, chegou a dizer, durante uma entrevista de rádio, que a madeira dos vagões podia servir para um bom churrasco.
O Governo argumenta que a substituição dos vagões é uma questão de segurança. No entanto, a linha A é considerada uma das mais seguras da rede, registrando número baixíssimo de avarias e acidentes.
Além disso, vários especialistas já garantiram que os vagões poderiam ser facilmente adaptados e modernizados. 
Cidadãos e ONGs lutam para que os vagões sejam mesmo preservados, como aconteceu com o antigo metrô de Budapeste, que funciona como atrativo turístico durante fins de semana e feriados.
Resta torcer para que esse não seja o fim da linha para os vagões belgas e para que Macri, descarrilado, acorde para a importância dos antigos bondes e não perca o trem da história.

Gabriela G. Antunes é jornalista e nômade. Cresceu no Brasil, mas morou nos Estados Unidos e Espanha, antes de se apaixonar por Buenos Aires. Na cidade, trabalhou no jornal Buenos Aires Herald, mantém o blog Conexão Buenos Aires e não consegue imaginar seu ultimo dia na capital argentina. Estará aqui todos os sábados.Quando os vagões belgas La Brugeoise da linha A do metrô de Buenos Aires c

Charge do Duke (O Tempo)



Honestidade em 73º lugar



Vittorio Medioli
Numa das minhas últimas colunas, abordei o tema da honestidade e do desenvolvimento social, dois fatores interligados e imprescindíveis, um ao outro, para realizar justiça, progresso e bem-estar de uma nação.
Basta analisar o ranking dos países mais socialmente “desenvolvidos” e outro ranking dos “menos corruptos” e se encontrará uma inquestionável coincidência de nomes e endereços. Entre os 155 países avaliados por institutos de transparência internacional e pela consultoria KPMG, emergem Nova Zelândia, Dinamarca, Finlândia, Suécia, Cingapura, Noruega, Holanda e Austrália como os mais “honestos”. Na lista do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), a sequência começa com
Noruega, Austrália, Holanda, Estados Unidos, Nova Zelândia, e ainda tem a Suécia entre os dez primeiros colocados. O Brasil, em 2011, caiu do 66º para o 73º lugar.
Já o pior IDH anda junto com a maior incidência de corrupção, e a essa se associa também a burocracia. Quanto maior, pior para a nação. Inexplicavelmente justificada para um maior controle, acaba por ser o meio mais certo de corrupção, desvios e desmandos. Entre as principais democracias do planeta, o Brasil se apresenta como o mais burocrático, portanto, o mais exposto ao risco da corrupção, e ainda é avaliado como o mais corrupto entre as primeiras 20 economias mundiais.
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ESTÁGIO DEMENCIAL
Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), entre os anos de 1988 e 2008, transcorridos 20 anos da Constituição em vigor, foram editadas 3.776.364 de leis ordinárias, decretos, decretos-lei, medidas provisórias, emendas constitucionais, portarias, regulamentos e outros dispostos, provocando a média de 774 normas por dia útil.
O acinte burocrático revela um estagio demencial da catástrofe a qual se chegou. Pode-se citar, a título de exemplo de um dos incontáveis absurdos, o ICMS incidente sobre as contas de energia elétrica. Para a nossa burocracia predatória, o imposto é 18%, mas quando se trata de energia elétrica, não é suficiente. Apenas por esse serviço, contrariando os demais casos, o ICMS incide “por dentro”, ou seja, o “disposto” obriga a calcular o ICMS sobre o próprio ICMS.
Quer dizer, a alíquota “especial” se calcula, por exemplo, em 18% de R$ 100 mais 18%, assim a garfada sobe para R$ 21,2. Pouco importa que a constituição vete a cobrança de imposto sobre o próprio imposto que, nos demais casos, não se aplique “por dentro”. Coerência, legalidade e respeito são as últimas preocupações do bizantinismo governamental. Também o povo desorientado e inculto não aprendeu a reagir, limita-se a pagar a conta e ponto final.
Essa é apenas uma das 220 mil alterações na legislação tributária que ocorreram nos 20 anos subsequentes à proclamação da Constituição de 1988, uma lei maior que deveria colocar o país em ordem. Pior que a fúria dos burocratas, chega a ser, no contexto, a corrupção que se desencadeia nesse cipoal, pois a “propina” passou a ser o meio mais comum para dirimir dúvidas.
Quando será que a consciência da maioria se dará conta? Certamente, não será em 2013, mas é dever augurar a nação que algo aconteça; que Deus permita que muitas mentes e consciências recebam um raio de luz; enfim, que se faça um passo na direção certa para nossos bisnetos gozarem de um Brasil melhor.
(Transcrito do jornal O Tempo)

Pressões sobre Dilma - Carlos Chagas



Faz suspense a presidente Dilma, em vias de retornar do repouso no litoral baiano. Vai ou não recompor o ministério? Tudo indica que não, que a grande reforma em sua equipe acontecerá apenas em abril do ano que vem, quando sairão os ministros candidatos às eleições daquele ano, seja para o Congresso, seja para os governos estaduais. O problema são as pressões dos partidos da base oficial. Todos querem mais espaço, de olho, também, nas eleições gerais de 2014.
O PMDB não se contenta em assumir as presidências da Câmara e do Senado, com Henrique Eduardo Alves e Renan Calheiros, caso não sobrevenham surpresas. Não é de hoje a reivindicação de o partido ocupar ministérios mais densos, mais importantes do que os já ocupados. Mesmo com o vice-presidente Michel Temer mudo para a imprensa, parece óbvio que ele também integra a corrente sequiosa de indicar ministros para os Transportes, as Comunicações, as Cidades e outras pastas de igual quilate orçamentário.
Dois anos atrás o PT imaginou-se condômino do poder, supondo que Dilma dividiria com o partido não apenas os ministérios, mas até as grandes decisões de governo. Frustraram-se os companheiros ao perceber que a administração é dela, não deles. Mesmo assim, e apesar do desgaste provocado pelo julgamento do mensalão, mantém-se todos de tocaia, confiando nas bençãos de seu padrinho maior.
Só que o Lula, se participa espiritualmente do governo, aconselhando a sucessora, não aceitou o papel de bigorrilho petista. Os ministros que ele havia indicado para continuar, em especial de outros partidos, foram sendo catapultados um a um, ainda no primeiro ano de Dilma. Por que iria comprometer-se com indicações pontuais?
Entre os pequenos, PSB e o recém-criado PSD passam o chapéu pelas ante-salas do palácio do Planalto, mas certeza não tem de que indicarão ministros. O PR insiste em que Paulo Passos não representa o partido, mas falta-lhe fôlego para respirar o ar do ministério dos Transportes, que um dia já poluiu. PTB, PDT e outros, de quando em quando ameaçam com apoios esdrúxulos, como quando namoraram José Serra, nas eleições para a prefeitura de São Paulo, mas refluíram diante da força de Fernando Haddad.
Em suma, a presidente Dilma assiste essas evoluções mas rejeita sugestões fisiológicas. Pode ser que mude um ou outro ministro, durante o mês de janeiro, mas garantir, ninguém garante.
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A PRIMEIRA BOMBA
Não se trata de uma bomba de alto poder explosivo, até porque seu detonador só vai funcionar a partir de fevereiro. Mesmo assim, algum barulho se ouvirá caso o futuro presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, confirme declarações de ontem, sobre estar disposto a não cumprir a decisão do Supremo Tribunal Federal que fixou a cassação automática dos deputados condenados pelo mensalão. Essa é a mesma posição do presidente que sai, Marco Maia, ou seja, os quatro mensaleiros continuarão deputados até que o plenário, por maioria absoluta, casse os seus mandatos.
Traduzindo: mesmo depois de transitadas em julgado as sentenças contra os condenados, e ainda que tenham decretada sua prisão, Pedro Henry, Valdemar da Costa Neto, João Paulo Cunha e agora José Genoíno não perderão automaticamente seus mandatos. Só depois de aberto processo no Conselho de Ética, com direito a ampla defesa e, em seguida votação nominal e secreta pelos 513 deputados. Apenas pela maioria absoluta serão cassados.
E se não forem? Caso a Câmara decida pela inexistência de provas capazes de afastá-los, como ficará o Supremo Tribunal Federal, que os condenou e encontra-se prestes a decretar-lhes a prisão? Como desde a proclamação da República não há mais o Poder Moderador no país, ninguém espere iniciativas por parte do Executivo. Legislativo e Judiciário estarão em guerra.

Vamos às notícias...



Últimos recursos dos réus do mensalão serão apenas protelatórios. As possibilidades de mudança nas sentenças são mínimas.



Carlos Newton
Com o fim do julgamento do mensalão, começam agora as expectativas sobre as possibilidades de recursos dos 25 réus condenados, para tentar rever as sentenças aplicadas pelo Supremo Tribunal Federal.
Os advogados já anunciaram que esperam apenas a publicação do acórdão com as conclusões do julgamento para apresentar os recursos – embargo infringente ou embargo de declaração, dependendo da situação.
De acordo com o Regimento do STF, os réus têm direito a usar embargos infringentes quando são condenados em votações não unânimes, em que haja voto a favor da absolvição. Em casos de decisão no plenário, como o julgamento do mensalão, o Regimento exige que haja quatro votos contrários.
Os embargos infringentes são usados para forçar os ministros a julgar novamente algumas questões, o que poderia até mesmo anular condenações ou reduzir as penas já fixadas, caso algum ministro mude de opinião.
Dos 25 condenados do mensalão, 15 poderão apresentar embargos infrigentes, entre eles o ex-ministro José Dirceu. Ele foi condenado por corrupção passiva e formação de quadrilha a dez anos e dez meses de prisão. No segundo crime, perdeu por 6 votos a 4.
Mas todos os 25 réus poderão apresentar embargos de declaração, inclusive com “efeito modificativo”, uma novidade jurídica surgida nos últimos anos, mostrando que os advogados brasileiros são mesmo muito criativos.
Anteriormente, os chamados embargos de declaração eram usados apenas para esclarecer casos de obscuridade, contradição ou omissão no texto do acórdão, mas pouco a pouco passaram a ser aceitos também com efeito modificativo.
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DISCUSSÃO INTERNA
Reportagem de Felipe Seligman e Márcio Falcão, na Folha, mostra que, antes de rediscutir os argumentos dos réus contra suas condenações, o Supremo terá que decidir se os embargos podem mesmo ser examinados ou se eles não têm cabimento no caso do mensalão.
A dúvida existe por causa da Lei 8.038, de 1990, que criou procedimentos para processos no STF e no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Essa lei prevê embargos infringentes para tribunais de segunda instância, mas não para o Supremo.
“O que se diz é que a Lei 8.038 pode ter revogado a norma do regimento sobre os embargos infringentes, mas isso vai ter que ser definido porque não foi objeto de discussão”, disse o ministro Gilmar Mendes.
“É mais uma discussão que precisará ser feita”, disse o ministro Marco Aurélio, lembrando que os embargos infringentes foram criados na época em que o Supremo tinha votações secretas, na ditadura militar (1964-1985).
No pedido de prisão imediata dos condenados que apresentou na semana passada, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou que, na sua opinião, esse recurso não poderá ser usado no mensalão.
Como o processo foi conduzido no Supremo do começo ao fim, não haveria sentido em obrigar os ministros a rever suas próprias decisões. Os embargos infringentes só poderiam ser usados, de acordo com essa tese, em casos iniciados em outras instâncias do Judiciário.
Ao rejeitar o pedido de prisão, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, afirmou que “em tese” esses recursos são possíveis em situações excepcionais, mas disse que o problema terá que ser analisado pelo tribunal.
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NAS MÃOS DO RELATOR
Mesmo se o plenário do Supremo decidir que a Lei 8.038 não revogou o exame de embargos infringentes pelo Supremo, pouca coisa mudará no julgamento do mensalão, pois a decisão final caberá ao ministro Joaquim Barbosa, que não parece disposto a reverter seus votos.
Diz o art. 335 do Regulamento do STF que, feita a distribuição, “serão conclusos os autos ao Relator, para serem ou não admitidos os embargos”. E certamente Barbosa não os admitirá.
Restará, então, os embargos de declaração, com os advogados forçando a barra para que tenham “efeito modificativo”, uma possibilidade remotíssima, no caso.
As petições dos embargos de declaração serão dirigidas ao relator Joaquim Barbosa, que, sem qualquer outra formalidade, a submeterá a julgamento na primeira sessão do plenário.
A expectativa dos ministros do Supremo é que o acórdão com os votos dos ministros e as conclusões do julgamento do mensalão seja publicado depois de fevereiro. Os recursos dos advogados só poderão ser apresentados após a publicação e, tudo indica, somente servirão para protelar a prisão dos principais réus.

Dilma envia seu clone de chanceler a Cuba para monitorar situação de Chávez


QUINTA-FEIRA, 3 DE JANEIRO DE 2013


A presidente Dilma Rousseff enviou a Cuba o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, o clone de chanceler Marco Aurélio "Top Top" Garcia, para acompanhar situação do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Ele é um ex-dirigente da 4ª Internacional comunista trotskista. "Top Top" Garcia é o principal interlocutor de Dilma com o governo de Chávez e já foi diversas vezes procurado por Nicolás Maduro, o vice-presidente do país. Maduro, e o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, retornaram esta quinta-feira à Venezuela após visitar, em Havana, o ditador Hugo Chávez, que continua em estado vegetativo. "Chegamos de Havana, Cuba, uma equipe de trabalho que foi ver o presidente Hugo Chávez", explicou Maduro à TV oficial. Maduro, que apareceu ao lado de Cabello em uma "inspeção produtiva" de uma usina de produção de café em Caracas, disse que Chávez continua "batalhando" por sua saúde e explicou que em breve será divulgado um novo boletim oficial sobre seu estado de saúde.

As 10 piscinas mais incríveis do mundo vão fazer você querer parar de trabalhar agora para dar um mergulho. Sejam elas na casa de praia, no topo do condomínio ou aquecida dentro de seu imóvel, a certeza é que deixam o ambiente mais bonito e trazem diversão e lazer a todos. Confira os modelos que mais atraem os olhares daqueles que gostam de curtir a vida em uma bela piscina:



Fonte: ZAP Imóveis

É possível admirar a paisagem sem precisar sair da piscina (Fotos: Divulgação)

Se você não tem medo de altura, a vista pode ser maravilhosa

O bar molhado permite que você possa tomar drinks ou comer um petisco sem sair da piscina

Piscinas dentro de casa podem ser aquecidas e esta parece ser bastante relaxante

Esta piscina faz parte do empreendimento Bora Bora, no Rio de Janeiro

Paisagismo caprichado deixa a piscina ainda mais bonita

Quem gosta de ir à praia mas não gosta de água salgada pode ficar na piscina e admirar o visual
Esta piscina foi projetada a 2,44 metros sobre a rua

Placa de acrílico faz com que piscina pareça um aquário

Dentro desta piscina que fica no interior do ambiente é possível visualizar o lado de fora

SIMUN (1)



Eu tô achando que entrou vento nas relações simbióticas entre a nossa senhora dona presidenta e a ex Casa Civil, a Ereni6, amiga de petcho da presidenta. Pois não é que a coluna Holofote, em Veja, do jornalista Pedro Dias Leite, nos dá conta que o conselho diretor da Anatel Agência Nacional de Telecomunicações acaba de cassar a licença da Unicel para operar sinal de telefonia celular em SP. ERENICE GUERRA DILMA ROUSSEFF IRMAS SIAMESASA empresa picareta (perdão pela redundância), que deve em torno de 150 milhões e vem dando calote há anos em clientes e fornecedores, para quem não lembra, é dirigida pelo marido da Ereni6. A Anatel também proibiu a fusão entre a empresa e a Nextel, um negócinho de cerca de 1/2 bilhão. Mas em se tratando de brasil petralha, como a Anatel vinha blindando o marido da petralha ex-ministra, o que aparenta ser um simun, pode ser só um ventinho que entrou no negócio, apenas para inglês ver, para tirar da reta o da presidenta. O pai de um colega de ginásio, mineiro lá das Geraes, tinha uma frase supimpa para isso: Um amigo é potro.
(1) Simun (do francês simoun) ou samiel é um vento quente que sopra do centro da África em direção ao norte. No deserto do Saara, por exemplo, o simum é capaz de provocar grandes tempestades de areia.
Aproveitando o espaço, e para não dizerem que “a gente” tem má vontade apenas contra os petralhas, leio na mesma coluna que o ex-lider senador Mario Couto, do PSDB-PA, que agora é dono de um time de futebol em Salinópolis, conhecido por gastos da verba indenizatória em tapiocas e sorvetes, gastou também, em um único posto de gasolina da cidade, mais de 51 mil reais em 2011, e mais 23 mil, de janeiro a outubro deste ano. Putz, ele deve ter medo de avião e faz a rota Belém-Brasilia duas vezes por semana. Veja foi lá investigar e descobriu que o dono do posto é filho do deputado estadual Luiz Rebelo. Advinhem de onde é o deputado? PP-PA. Em agosto, a única nota apresentada era de R$ 3.700,00. Pois é, isso reforça meu entendimento que nosso congresso é mesmo um valhacouto.



Sartre do Hamas - Diogo Mainardi



- Hamas, Hamas, os judeus na câmara de gás.
O bordão foi entoado na Holanda, durante uma passeata organizada por grupos de esquerda para protestar contra a batalha de Gaza. Dois parlamentares do Partido Socialista participaram da passeata.
O antissemitismo? Foi tomado pela esquerda. Gadi Luzzato Voghera é autor de um ensaio sobre o assunto, "Antissemitismo à esquerda", da editora Einaudi. Professor da universidade de Veneza, judeu e esquerdista, ele comparou a cumplicidade da esquerda européia com o Hamas à cumplicidade da esquerda européia com o stalinismo. Assim como os intelectuais de esquerda, no passado, se recusaram a condenar o totalitarismo de Stalin e o caráter assassino de seu regime, os intelectuais de esquerda, atualmente, acobertam o totalitarismo do Hamas e o caráter terrorista de seu regime - são os Jean-Paul Sartre do Hamas.
O antissemitismo de esquerda é camuflado como antissionismo. Para poder colaborar abertamente com os assassinos do Hamas, os antissemitas de esquerda falsificaram a história, associando os terroristas palestinos aos grupos anticolonialistas do século passado ou ao movimento contra o apartheid na África do Sul, como se Israel fosse um império colonial ou um regime segregacionista. Pior: eles igualaram Gaza ao gueto de Varsóvia, como se Israel fosse a monstruosidade nazista. Em nome do antissionismo, a esquerda acolheu alegremente o despotismo do Hamas, o fundamentalismo religioso, a opressão das mulheres e a retórica genocida contra os judeus.
De setembro para cá, o antissemitismo de esquerda ganhou o impulso da crise financeira internacional. De acordo com uma pesquisa realizada em sete países europeus, 31% dos entrevistados culparam os judeus pelos desastres da economia mundial. É o retorno em grande escala daquele arraigado preconceito antissemita do judeu agiota, do judeu conspirador, do judeu inescrupuloso, do judeu golpista. Agora é a vez do judeu do subprime, do judeu dos ativos tóxicos, do judeu capitalista. Os novos Protocolos dos Sábios do Sião afirmam que o neoliberalismo é obra de judeus apátridas, como Bernard Madoff, e que só a esquerda pode extirpá-lo, com um vigoroso Pogrom keynesiano de investimentos estatais.
A esquerda nem sempre foi assim. Eu, como Tristram Shandy, relato o que aconteceu antes de meu nascimento, quando ainda estava acomodado no útero materno. Passei a gravidez num kibbutz, em Israel. O kibbutz Ashdot Iaakov, pertinho do mar da Galiléia, aos pés das colinas de Golan. Data: 1962. Lá estou eu, boiando no líquido amniótico. Lá está ela, minha mãe, aos 27 anos, grávida de mim, trabalhando na creche do kibbutz. Lá está ele, meu pai, colhendo uvas no vale do Jordão. E lá está ele, meu irmão, aprendendo Hebraico na escola. Nenhum deles era - ou é - judeu. O que faziam num kibbutz? Experimentavam a vida comunitária, aquele ideal socializante de irmandade e de partilha dos bens. O ideal socializante, agora, é outro:
- Hamas, Hamas, os judeus na câmara de gás.

(Colaboração de Ester Miriam Menda)