quinta-feira, 30 de agosto de 2012

6 ensinamentos de Steve Jobs





Não precisamos de estar sempre a tentar inventar a roda, na maior pare das vezes apenas temos que olhar para os lados e ver o que é que os outros andam a fazer para ter sucesso. Nada melhor que estudar e analisar o comportamento dos grandes mestres da gestão, do empreendedorismo, da criatividade e inovação para recolher ideias e motivações para melhorarmos a nossa performance. Steve Jobs dispensa qualquer tipo de apresentações, sendo um fantástico exemplo de alguém que podemos estudar para recolher muitos e bons exemplos de gestão e de vida a seguir.
Baseando-me no livro de Walter Isaacson sobre Steve Jobs, o que tentei fazer foi uma adaptação das lições de gestão de Steve, com os fabulosos resultados que todos reconhecemos, para a esfera dos vendedores. O que podemos apreender com ele? Aqui seguem os 6 ensinamentos de Steve Jobs.

1.    FocoRecusava boas ideias e oportunidades para que pudesse executar as grandes ideias e oportunidades. Quando Steve Jobs chegou à Apple pela segunda vez, eliminou cerca de 340 produtos para se focar e concentrar todos os recursos da empresa a produzir os produtos estrelas.
Está a trabalhar nas suas prioridades mais importantes? Tem que estar constantemente a rever a sua lista para certificar-se que está ocupado a fazer o que é mais importante. Por vezes é mais difícil dizer que não, de excluir algo do que simplesmente aceitar mais um projeto, mais um cliente.
Saber qualificar os nossos prospectos, direcionar a nossa atenção e energia para os clientes de maior valor e estar disponível para atender e satisfazer as necessidades dos nossos melhores clientes é por vezes relegado para segundo plano quando estamos dispersos a tratar de prospectos, clientes e temas não relevantes. Podemos andar a correr por todo o lado, dando a impressão que estamos a trabalhar muito, mas na realidade apenas estamos a enganar a nós mesmos. Elimine tudo o que não interessa, eu sei que não é fácil, e foque-se naquilo que é verdadeiramente importante, verá como os resultados acabarão por aparecer.
O objectivo de Steve foi concentrar todos os recursos e capacidades da Apple naquilo que pensava ser o que lhe poderia trazer maiores retornos medido por variadíssimos indicadores (ROE, ROI, Satisfação clientes, ...). Nós vendedores teremos que fazer o mesmo, o nosso objectivo será alocar o nosso talento, habilidades e valências em projetos, prospectos, clientes que nos deem o maior retorno, isto é, mais vendas e/ou maior margem.
2.    Inspiração: Procurava por inspiração fora da sua indústria, era aqui que encontrava produtos que o inspiravam que geravam posteriormente ideias para o desenvolvimento de novo produtos.
No caso dos vendedores, temos que deixar de apenas ver o que a concorrência faz, o que os vendedores da mesma indústria fazem e passar a olhar para as boas práticas noutras indústrias. Se uma determinada forma de atuar, de fechar uma venda, de manter o relacionamento com os clientes funciona muito bem numa outra indústria, porque não copiar essas boas praticas para o nosso dia a dia? Temos que alargar o âmbito do nosso benchmark e não nos centrarmos apenas na nossa indústria.
Tente manter a sua curiosidade bem desperta para captar o que de bom se faz "lá fora", seja como as crianças, tente perceber porque é que determinado vendedor de outro sector é considerado um especialista em vendas por referencia, em fazer prospecção, em negociar, em fechar vendas, etc. Verá que irá aprender muito e poderá aplicar muito daquilo que observa na sua própria indústria.

3.    Produto: O produto é o mais importante. Jobs dava uma importância extrema ao produto, aos pormenores, à funcionalidade, à usabilidade, à qualidade de tudo o que fazia.
No caso dos vendedores o produto é o próprio vendedor! Terá que dedicar toda a atenção ao seu desenvolvimento pessoal, frequentar seminários, conferências, estar presente em formações, leitura de livros, revistas, blogs, ouvir podcasts, etc. Quanto mais conhecimento tiver mais valor acrescentado poderá transmitir aos prospectos e clientes.  Estes acabaram por perceber as mais valias que tem e que pode ajuda-lo a satisfazer as suas necessidades.
E para melhorar o seu produto, não se esqueça da aplicar a anterior regra de Steve, analise o que é que os vendedores de outras indústrias fazem para ter sucesso.   

4.    PlataformaConstruiu uma plataforma (iTunes, iCloud, IOS, OS X, Iphone, Ipad,...) para obter uma vantagem competitiva duradoura, 
Que ensinamentos poderemos retirar da estratégia de Steve Jobs? Se pensarmos naplataforma como o sistema ou método de vendasque cada empresa e/ou vendedor utiliza para vender, podemos perceber a mais valia de conseguir criar um sistema de vendas eficiente:poderemos criar uma vantagem competitiva sobre outros vendedores.
Como encontrar um método de vendas eficiente? Existem muitas empresas que utilizam excelentes sistemas de vendas (vejam podcast do Clube das Vendas ao Eurico Gomes da Xerox) que poderá analisar e obter ideias.
Utilize os princípios já explorados neste artigo: faça o seu benchmark fora da sua indústria, veja como é os outros vendedores estão a fazer, como atuam, o que fazem para ter o seu funil de vendas sempre atestado e como fecham tantas vendas. Investigue, leia livros, fale com especialistas em vendas, fale com outros vendedores e defina um sistema de vendas que se adapte à sua personalidade, às suas características, tirando o maior partido das suas valências para vender muito e bem.

5.    Ignorar a realidade: Coisas importantes e relevantes podem acontecer se nos recusarmos a ser realistas. 
Estabeleça objectivos irrealistas e encontre novas formas de os atingir. Não tenha medo de sonhar enão limite os seus objectivos e metas à mediania, aponte para a excelência e poderá surpreender-se quando o atingir. Não se conforme, seja atrevido e lute por aquilo que acredita.  Na nossa primeira entrevista no Clube das Vendas, o Adelino Cunha (especialista em PNL) dizia que "dificilmente vais conseguir mais do que aquilo que acreditas". Acreditar que conseguimos é a pedra basilar na concretização dos objectivos, quer sejam profissionais, pessoais, desportivos ou afectivos.

6.    Experienciadominar toda os ponto de contacto com o consumidor é critico para o sucesso do negócio
Para ter sucesso um vendedor também tem que dominar toda a sua experiencia com o prospecto e com o cliente. Desde o primeiro contacto, onde terá que ganhar a confiança do prospecto, demonstrar como é que irá aportar benefícios e como poderá satisfazer os seus desejos e necessidades, até à entrega do que prometeu, ao acompanhamento do cliente e à manutenção de uma relação em que esteja sempre a acrescentar valor, o vendedor terá que dominar bem todas estas interações com o prospecto e cliente para se poder diferenciar da concorrência.
Faça com Steve Jobs e surpreenda o seu cliente com uma experiência excepcional! Diferencie o sua oferta, seja memorável e criativo.

Se o conseguir aplicar estes 6 ensinamentos de Steve Jobs, não tenho dúvidas que terá ainda mais êxito na sua carreira profissional, poderá tornar-se num super vendedor e bater muitos records de vendas!

O calendário do futebol brasileiro em 2013




Ao invés de se buscar tímidas mudanças que pouco acrescentam, por que não se fazem amplas alterações, que muito podem contribuir para a saúde financeira e organizacional dos clubes?
Por Luis Filipe Chateaubriand*
Foi lançado, esta semana, o calendário do futebol brasileiro para 2013. Pode-se dizer que há melhorias em relação a anos anteriores. No entanto, estas são tímidas, pontuais, insuficientes.
Não seria melhor fazer um calendário definitivo, com mudanças profundas, transformadoras e adequadas?
Para não se dizer que “não falei das flores”, há dois fatores a serem louvados no projeto divulgado: a volta da Copa do Nordeste e a inclusão dos clubes que participam da Taça Libertadores da América na Copa do Brasil.
A volta da Copa do Nordeste é imperiosa! É muito penoso – tanto do ponto vista técnico, como do ponto de vista comercial – para os grandes clubes nordestinos jogarem deficitários campeonatos estaduais da região, ao invés de se confrontarem em interessante torneio interestadual (ou regional, se preferirem esta denominação). Grande “bola dentro” da CBF.
No entanto, é um erro fazer com que os clubes que disputam o Nordestão tenham que disputar, também, os Estaduais, que lhes são deficitários. O certo seria que os grandes clubes do Nordeste – Sport, Náutico, Santa Cruz PE, Bahia, Vitória, Fluminense, Ceará, Fortaleza, América, ABC, Botafogo, Treze – disputassem apenas o torneio nordestino, que é rentável, e não torneios que não lhes servem para nada.
Outra modificação interessante é permitir que os clubes que irão à Libertadores em 2013 possam jogar a Copa do Brasil. Não faz sentido os clubes que jogam as competições continentais ficarem alijados das copas nacionais – em nenhum país do mundo civilizado do futebol isso acontece. Corrigir a distorção é algo benéfico.
No entanto, mesmo esta modificação, louvável, apresenta problemas em sua configuração: os clubes que estão na Libertadores só começam a jogar a Copa do Brasil quando a Libertadores acabar; por óbvio, a Libertadores termina bem antes da Copa do Brasil.
Isso não deveria acontecer. Em países com futebol desenvolvido e organizado, tanto as competições continentais, como as copas nacionais, estendem-se ao longo da temporada toda, para evitar que clubes priorizem, em dado período, uma competição, em detrimento de outra.
De resto, as mesmas monumentais e irracionais distorções de sempre. Relato apenas as principais – pois, para relatar todas, o leitor ficaria por boas horas à mercê deste texto –, que são:
• Não se adaptou nosso calendário ao europeu ou, como Juca Kfouri diz, ao mundial. Com isso, vamos continuar sofrendo com transferências de jogadores na “janela” de meio de ano (muito mais nociva que a do início do ano) e com a perda de grandes jogadores para os clubes, como Neymar, para disputarem Olimpíadas, Copa América, etc.
• O Campeonato Brasileiro continua tendo rodadas aos meios de semanas, quando deveria ter rodadas apenas aos fins de semanas.
• Os campeonatos estaduais continuam inchados – seja em número de rodadas, seja em número de participantes – e ainda têm algumas rodadas jogadas em fins de semanas, obrigando rodadas do Campeonato Brasileiro a serem alocadas em meios de semanas.
• Quando a seleção joga, clubes também jogam: um absurdo!
• As competições jogadas em meios de semanas não são distribuídas ao longo da temporada, mas jogadas em partes específicas desta, fazendo com que clubes, em determinado período, deixem em segundo plano alguma competição para priorizar outra.
• A pré-temporada é ridícula, limitando-se a pouco mais de uma semana.
• Clubes grandes podem fazer mais de 80 jogos oficiais por temporada, mais do que o razoável.
• Centenas de clubes pequenos podem fazer menos de 20 jogos oficiais ao longo de três ou quatro meses do ano, menos que o razoável e uma aberração dolorosa, que gera desemprego em massa de profissionais do futebol.
Então, fica aqui a minha sugestão para a nova diretoria da CBF: por que, ao invés de se buscar tímidas mudanças que pouco acrescentam, não se fazem amplas mudanças, que muito podem contribuir para a saúde financeira e organizacional dos clubes?
Não é preciso mudar o eixo da Terra para se fazer o óbvio.
Nota do blogueiro: assino embaixo!

*Luis Filipe Chateaubriand é Mestre em Administração Pública pela EBAPE / FGV, Analista de Logística e Suprimentos da DATAPREV e Autor do Livro “Futebol Brasileiro: Um Novo Projeto de Calendário”.
Transcrito do Blog do Juca Kfouri

Atenção, Apedeuta! O mensalão não só existiu como vai render cadeia em regime fechado, entendeu? Já são cinco os considerados “corruptos” pela Justiça!



O ministro Ayres Britto se pronunciará hoje sobre o chamado Item III da denúncia. Deve ser o 11º (ONZE A ZERO!) a condenar Henrique Pizzolato, ex-gerente de marketing do Banco do Brasil, por peculato e corrupção passiva. E o nono a condenar o deputado João Paulo Cunha por esses mesmos crimes. Marcos Valério e dois de seus sócios — Ramon Hollerbach e Criatiano Paz — estão também enroscados. Se Britto considerar que o parlamentar praticou ainda lavagem de dinheiro, a coisa ficará ainda mais feia para o seu lado. Dificilmente deixará de ser condenado à prisão em regime fechado, a exemplo do que deve acontecer com os outros. Por isso, a pressão já começou para que o presidente do tribunal ao menos alivie esse crimezinho, entenderam? O STF tem tudo para fazer um julgamento histórico — aliás, em parte, a boa história já está feita.
Estamos diante de um marco importante. A corte suprema do país está a dizer que certos comportamentos não são mais tolerados e toleráveis. Ontem, Celso de Mello — o mais citado pelos advogados de defesa como o homem que exige “ato de ofício” para condenar — deixou claro o que tenho repetido aqui desde o começo e também nos programas da VEJA.com: basta a expectativa do tal ato. Como observou com acerto Marco Aurélio Mello — observação que vocês conhecem —, o ato que se pratica ou que se deixa de praticar no caso de corrupção passiva e ativa é agravante de pena. A definição do crime está no caput, respectivamente, dos artigos 317 e 333 do Código Penal.
Houve mais: evocaram-se também o Artigo 239 — que trata das provas indiciárias — e o 156 do Código de Processo Penal, que deixa claro que a obrigação de produzir a prova é de quem alega. No primeiro caso, pois, basta um conjunto de evidências que convergem para um determinado resultado para formar a convicção de um juiz. No segundo caso, também à defesa cabe comprovar um álibi quando diz haver um. Até havia pouco, os nossos homens públicos flagrados com a boca da botija se escondiam num conforto: para eles, dizer “eu não fiz” era o mesmo que afirmar “não há provas de que eu fiz” — e essa prova era entendida como o efetivo ato de ofício (que se praticou ou que se deixou de praticar). A frase, aliás, que melhor define todo o imbróglio do mensalão é de autoria de José Dirceu: “Estou cada vez mais convencido da minha inocência”.
E não que os ministros do Supremo tenham decidido se comportar como Torquemadas ou Savonarolas… Alguns não duvidaram de nenhuma das evidências. Outros acharam que poderia haver um dúvida aqui e ali. Quando acharam, votaram pela absolvição: livraram João Paulo de uma das imputações de peculato Rosa Weber, Cezar Peluso, Gilmar Mendes, Marco Aurélio e Celso de Mello (além, claro, de Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli, que votaram pela absolvição total); rejeitaram a lavagem, além dos dois absolvedores gerais da República, Peluso e Marco Aurélio. Falta o voto de Britto e de Rosa Weber, que deixou esse particular para mais tarde.
Vale dizer: havendo uma dúvida, os ministros estão se mostrando, sim, criteriosos. Parece — tomara que seja verdade — que estão a dizer: “Contem com este tribunal para o exercício do devido processo legal, mas não nos tomem como uma seção de um partido político ou como instrumento de um projeto de poder”.
Prerrogativa de foroOs meus próprios leitores já brigaram comigo algumas vezes porque estou entre aqueles que defendem a prerrogativa de foro, mal chamado por aí de “foro privilegiado”. Se serviu, no passado, para não punir ninguém, parece que está claro que não servirá mais. E, de novo, espero que assim seja. Não tenham dúvida: esse processo, se corresse em outras instâncias da Justiça, estaria emperrado em uma das malhas da nossa teia jurídica. Não precisa ir muito longe: fosse o STF um “privilégio”, Márcio Thomaz Bastos não teria tentado explodir o julgamento, mandando o processo para instâncias inferiores.
Não estou fazendo acusação a esse ou àquele ou afirmando que juiz de primeira instância é mais mole ou menos competente. Não é disso que se cuida aqui. Apenas chamo a atenção para o, se me permitem, “encompridamento” do caminho que leva à punição. Sem contar que há de se considerar o seguinte: se ministros do Supremo sofreram as pressões que sofreram, imaginem o assédio a que não estariam expostos juízes de outras instâncias. Não! Não estou a dizer que seriam mais suscetíveis. Estou apenas sustentando que teriam menos condições objetivas de se proteger. Se o Supremo cumpre a sua tarefa, a prerrogativa de foro é um instrumento da democracia.
Chamo a atenção para o fato de que, em nenhum momento, os ministros se descuidaram da doutrina. Ao contrário. Levaram adiante a máxima segundo a qual “quod non est in actis non est in mundo” — o que não está nos autos não está no mundo. Ocorre que os elementos que levaram à condenação estavam nos autos, sim; eram peças do processo. A condenação vai ao encontro do anseio de amplas parcelas da população — mas não é esse anseio que está decidindo; são os fatos.
O mensalão — ou se chame aquilo ao gosto de cada um; poderia ser, sei lá, “Roberval” ou “Jurandir” — existiu. Se foi ou não caixa dois de campanha (sobram evidências de que não, diga-se), tanto faz, destacaram os ministros. Isso não muda os crimes praticados. O mensalão não só existiu como já tem cinco corruptos condenados: João Paulo Cunha, Henrique Pizzolato, Marcos Valério, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz. Quatro deles, já dá para saber, dificilmente escaparão da cadeia em regime fechado; um quinto, João Paulo, ainda pode se juntar ao grupo.
Finalmente, DirceuE Dirceu? Bem, é claro que não sei o que vai acontecer com ele. No máximo, posso torcer e observar que os critérios — que são os da lei — com os quais trabalharam até agora nove ministros não lhe são favoráveis. Se isso implicará condenação, o tempo dirá. Os petistas, na sua ânsia loquaz, começaram a espalhar ontem que só a condenação do ex-ministro significaria uma condenação moral ao governo Lula; as outras seriam menos importantes.
Huuummm… Vamos ver: em primeiro lugar, o governo Lula não está em julgamento. Em segundo lugar, a questão não é moral, mas criminal — crimes ocorridos na cúpula do governo petista, sim! Em terceiro lugar, esses caras deveriam cuidar melhor do seu protegido. Se a eventual absolvição de Dirceu servirá para que eles saiam por aí a dizer que tudo era mesmo uma farsa, passarão a tratar o STF como seu cúmplice. Está dado um bom recado ao tribunal, não é mesmo?
Por Reinaldo Azevedo

Um dia de vexame para José Eduardo Cardozo, atual ministro da Justiça



Vocês devem se lembrar do post que escrevi aqui apontando a patuscada da ministra Ana Arraes, do TCU, que recorreu à lei 12.232, de 2010, que legalizava a retenção dos bônus de volume pelas agências de publicidade nos contratos com as estatais. Voltei ao tema, depois, em outro texto.
Ora, o que fez essa lei? “Legalizou” retroativamente retenções irregulares praticados pelas agências, inclusive SMP&B, de Marcos Valério. Para escândalo do estado de direito, a lei passou a considerar regular o desrespeito ao contrato. Sim, senhores! O contrato assinado pela SMP&B com o Banco do Brasil previa a devolução.
Britto considerou o texto “escrito sob medida”, acusou-o de ter sido feito “intencionalmente” e “maquinadamente” para legalizar o ilegal. Chamou a lei de “atentado veemente” à Constituição.
Quem foi o autor da lei? José Eduardo Cardozo, atual ministro da Justiça. Britto ainda foi delicado. Lembrou que o texto originalmente apresentado por ele não trazia essa licença verdadeiramente pornográfica, que foi acrescentada ao texto como emenda. Mas o fato é que isso se deu sob o comando do PT e com a concordância do agora ministro. E, é claro!, a lei foi sancionada por Lula.
Em tempo: José Eduardo Cardozo é considerado um dos candidatos a uma das duas vagas no Supremo que se abrem neste ano: a de Cezar Peluso, no dia 3, e a do próprio Britto, em novembro. Com a palavra, em primeiro lugar, Dilma Rousseff. Com a decisão, o Senado da República.
Por Reinaldo Azevedo

Dois ministros citam o “Sermão do Bom Ladrão”



No voto que deu ontem, o ministro Celso de Mello, decano da corte, citou o Sermão do Bom Ladrão, de Padre Vieira (1608-1697), aquele que o poeta Fernando Pessoa chamava, com justiça, “o imperador da Língua Portuguesa”. Nesta quinta, o ministro Ayres Britto referiu-se, mais uma vez, ao sermão. Lá vai um trecho:
“Não são só ladrões — diz o Santo — os que cortam bolsas ou espreitam os que se vão banhar, para lhe colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os pobres. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos; os outros furtam debaixo de seu risco, estes sem temor, nem perigo; os outros, se furtam, são enforcados, estes furtam e enforcam. Diógenes que tudo via com mais aguda vista que os outros homens, viu que uma grande tropa de varas (juízes) e ministros de justiça levavam a enforcar uns ladrões e começou a bradar: “Lá vão os ladrões grandes enforcar os pequenos.” Ditosa Grécia que tinha tal pregador! E mais ditosas as outras nações se nelas não padecera a justiça as mesmas afrontas. Quantas vezes se viu em Roma ir a enforcar um ladrão por ter furtado um carneiro, e, no mesmo dia, ser levado em triunfo um cônsul ou ditador por ter roubado uma província.”
(…)
É nesse texto que Vieira diz que “o roubar pouco faz os piratas”, e o “roubar muito, os Alexandres”. 
Por Reinaldo Azevedo

Será que começaram agora a apostar na aposentadoria de Britto?



Parece que teve início uma nova aposta: a aposentadoria de Ayres Britto, que acontece em novembro. O ministro Ricardo Lewandowski, revisor, já havia dito que aceitava reduzir o tamanho do seu voto se Joaquim Barbosa fizesse o mesmo, com o que concordou o relator. Lewandowski, agora, recuou. Não quer mais reduzir nada. Quer impor horas a fio de seu augusta presença.
Hoje, sabe-se lá por quê, tentou evitar até a proclamação parcial dos votos. Convenham: o Item V da denúncia, a rigor, poderia ser concluído hoje. Os demais ministros aderiram ao bom senso e estão sendo sintéticos em sua exposição oral, entregando ao Supremo votos mais repolhudos. É a extensão dos votos de relator e revisor que prolonga o julgamento desnecessariamente. Barbosa, claro!, não poderia ser sintético com um revisor que já havia anunciado a disposição de apresentar um “voto alternativo”. Isso teria de ser decidido em acordo.
Lewandowski é mesmo corajoso. Não tem o juízo da história.
Por Reinaldo Azevedo

Seu cliente tem curso superior?




Julgamento avança

Com a onda de condenações anunciada no julgamento do mensalão, as penas de prisão dominaram as rodas de conversa no plenário do STF pouco antes do início da sessão de hoje. ...

Um dos exemplos foi o de Arnaldo Malheiros Filho, advogado de Delúbio Soares. Ao entrar no plenário foi questionado por jornalistas se seu cliente possuía curso superior. A reposta foi positiva.

Malheiros, no entanto, disse acreditar na possibilidade de seu cliente ser inocentado e lembrou que, com a condenação final dada pelo STF, independentemente de curso superior, quem for condenado à prisão vai para a ala comum da cadeia, junto de todos os presos.

Ele disse que cela especial só seria possível no caso de uma prisão preventiva ou provisória, não em condenações definitivas.

Por Lauro Jardim
Fonte: Veja.com - Radar on-line - 30/08/2012

Enquadrar o funcionalismo público (Editorial)



O Globo
A lentidão com que o governo Dilma atuou no início da maior onda de greves no funcionalismo público federal dos últimos tempos terminou compensada pelo enfrentamento da crise a partir de uma posição dura, como era necessária.
A presidente desestabilizaria o próprio projeto de reciclagem da política econômica, para dar sustentação aos investimentos — esgotada a fórmula de incentivo ao consumo —, caso se curvasse a reivindicações descabidas de várias categorias. Parecia um teste feito por corporações sindicais acostumadas a ser tratadas como sócias no poder durante os governos Lula.
Principalmente no segundo mandato, quando um generoso “pacote de bondades” distribuiu reajustes que consolidaram a remuneração de carreiras no serviço público num nível bem acima dos salários pagos em idênticas funções na iniciativa privada. Esta vantagem, somada à estabilidade no emprego, confirmou o enorme privilégio de segmentos do funcionalismo em relação à grande maioria da população brasileira.
Esta realidade não impediu a onda grevista, com reivindicações de aumentos inexequíveis. Somadas, equivaliam a um aumento de cerca de 50% da já enorme folha de salários dos servidores, algo como mais R$ 90 bilhões nos gastos públicos, aproximadamente um orçamento do SUS.
O governo, enfim, passou a cortar ponto de grevistas. Para isso derrubou pelo menos uma liminar na Justiça, e estabeleceu 15,8%, distribuídos em três anos, como o índice possível. Considera-se, também, a devolução do ponto cortado, caso haja plano de reposição das horas não trabalhadas. Voltou-se ao mundo real.
Ajudou a pressionar os sindicatos o fato de os aumentos salariais precisarem estar definidos esta semana, para que sejam incluídos na lei orçamentária a ser enviada ao Congresso no dia 31, sexta-feira. Quem não chegasse a um acordo não teria reajuste no ano que vem.
Até o final do dia de terça-feira, mais de 30 categorias, em que estão 90% dos servidores do Executivo, haviam aceitado a proposta. Ontem, foi a vez dos policiais rodoviários e servidores administrativos da PF, entre outras categorias.
A questão não está esgotada. O governo, ao se convencer que o sindicalismo estatal usa a população de refém — como sempre faz —, decidiu, com razão, encaminhar um projeto de regulamentação da greve do funcionalismo. Algo que o Congresso não fez, tanto que o Supremo Tribunal Federal, para evitar o vácuo legal, estendeu a lei geral de greve aos servidores.
Mas o ideal é mesmo uma legislação específica, para definir com clareza áreas essenciais que não podem ser paralisadas, a fim, por exemplo, de evitar a falta de produtos essenciais, como medicamentos, o que aconteceu agora. E as devidas punições.
Porém, é preciso resistir às pressões prováveis por parte do PT e de legendas aliadas para que o funcionalismo continue a ser uma casta inimputável em questões sindicais.

Aceita denúncia contra militares que atuaram na Guerrilha do Araguaia



Roldão Arruda, O Estado de S. Paulo
A juíza federal Nair Cristina Corado Pimenta de Castro, do Tribunal Regional da 1.ª Região, Subseção de Marabá, aceitou ontem a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o major da reserva Lício Augusto Maciel, acusado de sequestro de militante político durante o período do regime militar.
A juíza também acatou ação contra o coronel da reserva Sebastião Rodrigues de Moura, mais conhecido como Major Curió, pelo mesmo tipo de crime. Os dois serão processados de acordo com o artigo 148 do Código Penal.
Trata-se de uma decisão inédita na Justiça do Brasil. Até agora haviam sido rechaçadas todas as tentativas de responsabilização penal de agentes de Estado acusados de violações de direitos humanos. Os juízes sempre alegaram, ao recusar as denúncias, que crimes estão prescritos ou foram abrangidos pela Lei da Anistia de 1979.
O major Lício e o coronel Moura participaram das atividades de combate à Guerrilha do Araguaia, no início dos anos 70. No caso do Major Curió, a juíza reformou uma decisão anterior, de um juiz substituto, que havia negado o pedido de ação penal do MPF.

FOGO MUY AMIGO (1)



Magu
O Estadão, jornal diário de São Paulo, sob o título “Documentos do Planalto expõem ações de José Dirceu no comando da Casa Civil”, informa que “Governo federal libera ofícios enviados e recebidos por homem forte do início da gestão Lula que explicitam troca de cargos por apoio parlamentar, intervenção para audiência com empresa privada e investigações internas de integrantes da máquina pública”. O zé do caroço está definitivamente frito.
O título do artigo refere-se a ataque feito por amigos, colegas ou aliados. Se o próprio Planalto está vazando as correspondências confidenciais, bilhetes manuscritos e ofícios, é porque o famigerado zé passou a ser página virada na HB (história do brasil) e isso só pode ter acontecido sob a orientação da nossa senhora dona “presidenta”. De certa forma, mais uma queima de arquivo, como no caso do Celso Daniel ou no do primo do goleiro Bruno, Sérgio Rosa Sales. A queima de arquivo é expressão que denota a execução de uma testemunha importante e que poderia denunciar executores de um delito. Mas também, na minha redação lembrando o personagem do Jô Soares, o Gardelón, serve para desacreditar alguém pretensamente importante que passou a ser inconveniente para uma administração. E considero isso não uma boa mas, uma excelente notícia.
Como o artigo é um pouco longo, fugindo à política deste nosso pequeno jornal (se eu disser nanico o senhor editor vai me comer o rabo), prefiro enviar os leitores à página da internet daquele periódico:Documentosdo Planalto expõem açõesdeJosé Dirceu
(1) Fogo amigo é expressão utilizada em guerras quando algum ataque ou bombardeio atinge as próprias tropas ou as tropas aliadas, normalmente por erro de cálculo ou de interpretação.Diz-se, também, de atitudes de traição.
(2) Fotomontagem: José Dirceu e Gardelon

MAIS UMA BOLSA



Walter Marquart
A necessária é a que diminui a dor que aumenta ao ouvir o (EX sempre) advogado do PT, agora também Ministro do STF. Socorro! Digam para ele não ofender o Tribunal.
Estamos nos embebedando com as próximas olimpíadas, programadas para serem no Brasil. Na última, fomos representados por 259 atletas, participando em 32 modalidades e segundo dados oficiais, foram gastos perto de 2 bilhões de reais no aperfeiçoamento dos atletas. Mais uma Bolsa, tão prejudicial como as outras. A origem dos futuros atletas deve ser na escola, e esta não esta cumprindo a tarefa de educar, o Brasil perde até os alunos que potencialmente poderiam almejar medalhas. A cultura reinante é gastar com aqueles que chegaram ao topo, já provaram que são atletas.
Míseras medalhas foram conquistadas. Parabéns aos medalhados. Meus pêsames para os que pagaram impostos para que milhões fossem gastos com as comitivas oficiais: federal, estaduais, municipais e cartolas até de papel. Para fins de publicidade da próxima olimpíada, foram ganhas inúmeras medalhas, que justificam os bilhões gastos e outros tantos a gastar. Os banqueiros estão esfregando as mãos, contentes com o aumento da dívida brasileira, poder ficar com a corda, regulando-a para orientar a determinação dos juros, no presente e no futuro. Arde saber que os contribuintes é que arcarão com tudo. É o que determina a consciência dos socialistas atuais e passados. Eles não querem saber quem paga, os atuais escravos, mas dominar os que recebem.
Há muito que o lombo está ardendo: daqueles para os quais foi abolida a lei dos direitos adquiridos, os aposentados da iniciativa privada.
Até inventaram uma nova moeda para eles: SALÁRIO REFERÊNCIA. Os felizes “assalariados” devem tudo ao inventor desta maldade. Mais felizes ainda são aqueles que podem, todo mês, dispor de um salário mínimo para torrar onde quiserem. EITA SOCIALISMO QUE AMPARA O POBRE! Está em gestação uma lei que proíbe o idoso de comer, vestir ou ir e vir. A publicidade para exibir as vantagens da lei, o aumento da qualidade da vida do idoso ficara à cargo do marqueteiro oficial.
Implantado em todos os países que dizem ter adotado o regime socialista: (AINDA NÃO ESTÁ CONFIRMADA A VIRADA QUE HOLLANDE ADOTOU) justifica a contratação de milhares de novos cargos de confiança, tão necessários quanto os que já existiam. Justifica as greves destrambelhadas de servidores públicos, que já ganham mais do que seus iguais de outros países. É UM ESCÁRNIO casado com um incontido egoísmo. Brasília, onde irás enterrar o Brasil?
No Brasil inauguramos outro pilar do socialismo lulopetista: o dízimo eleitoral. Para que o feliz funcionário público pague o dízimo partidário, foram aumentados os seus contracheques. Ex: A Marta na Prefeitura de São Paulo, aumentou o rendimento dos funcionários, para que compensasse o IR e o dízimo eleitoral. O mesmo fez o Lula que, no seu governo, inchou a folha de pagamento dos servidores em mais de 250 %. As greves atuais pipocam com deslavada ganância, o PT orienta para que exijam até o que não existe. Desde que continuem fiéis dizimistas.
Para neutralizar a ira popular, inventaram todo tipo de Estatutos: raça, religião, estado civil, direito de abortar, idade, direito do consumidor; para engordar o caixa partidário e se o homossexualismo será ideal para diminuir o crescimento demográfico. Para que a ira popular fique sonolenta, criaram muitos “nichos”: aumento do número de diretores, chefes, conselheiros, agências da água, medicamentos, transportes e programam criar mais outras: do ar, da liberdade, da fome, do direito de ir e vir e a que cuidará de vigiar os gastos de todos os que recebem as elevadas importâncias do salário referência e do salário mínimo (estão gastando muito, insuflando a inflação. Cada nicho, acompanhado das respectivas leis regulamentadoras das respectivas bolsas.
“Está programado que a bolsa proposta pela OAB”, o projeto já está pronto, só falta a já prometida aprovação do congresso e a necessária sanção presidencial, trata-se da BOLSA que aumenta a liberdade do governo de criar dificuldades para vender facilidades.
Outra agencia, está saindo do forno: é a que garante a manutenção dos currais eleitorais do Sarney, – a desproporcionalidade do voto não sofrerá nenhum arranhão – e aquela que garante quotas nas universidades porque considera a raça negra e os indígenas incapazes. Eita! Que socialismo empreendedor, que garante igualdade de oportunidade, busca a eficiência e ilude o povo com discussões sobre a abrangência que deve ter a nova lei que irá cuidar da descriminação, isto é, da legalização das drogas em nosso país. Estão garantindo lama (drogas) para todos e liberdade para a juventude enlamear-se o quanto quiser. Afinal, os deuses do socialismo lulopetista sabem que uma juventude fraca, dependente, juventude que não raciocina mais, não manuseia livros, viciados e crentes fervorosos nas verdades que a publicidade governamental prega, são eleitores ideais para a manutenção do projeto de poder de longo prazo.
Quero aprender a votar ou entender as palavras do Itamar: QUEM ROUBA JESUS MERECE PERDÃO?
A meta olímpica é atingirmos o degrau máximo da maldade, do escárnio e garantir aos lulopetistas muitas medalhas.
(1) Fotomontagem: Nas  Olimpíadas de Londres o Brasil gastou uma fortuna, mas colheu mais lágrimas das derrotas que emoções de vitórias

JOSÉ DIRCEU SUBIU NO TELHADO…



Charge de Roque Sponholz e Texto de Giulio Sanmartini
No tarde da quarta feira 29/8, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso’, começou a mostra seu voto com relação ao réu do “Mensalão”, deputado João Paulo Cunha (PT-SP) Na época do escândalo ele ocupava a presidência da Câmara dos Deputados, quando  chegou até a ser por dois dias, em 2004, presidente República em função de uma viagem de Lula ao exterior e o vice José Alencar estar licenciado.
Cezar Peluso foi o primeiro a falar usou argumentos fortes para sustentar seu voto pela condenação do João Paulo Cunha por corrupção passiva e uma das acusações de peculato. Para Peluso, o fato de Cunha ter recebido dinheiro já exemplifica uma conduta ilícita. “O denunciado não podia ter aceitado o dinheiro dos sócios da empresa que participa da licitação. Tenho como tipificado o crime de corrupção passiva por João Paulo Cunha”, afirmou.
Sobre o crime de lavagem de dinheiro, Peluso absolveu Cunha. “Eu só admitiria o crime de lavagem se esse recebimento fosse usado para ocultar a prática de outro delito. Eu considero possível a hipótese de auto-lavagem”, afirmou
O ministro, que deixa o STF no próximo dia 03 de setembro, finalizou dizendo: Antes de eu encerrar este meu voto, quero dizer o seguinte: este não é apenas o último voto que dou nesta Casa, onde tive a honra de servir por quase 11 anos. Devo dizer que nenhum juiz ciente da sua vocação condena alguém por ódio. Nada mais constrange o magistrado em ter que condenar o réu em uma ação penal. E recorro a Santo Agostinho: “Há uma misericórdia que pune”. O magistrado condena, primeiro, por exigência de Justiça e, segundo, porque reverencia a Lei e a salvaguarda e a garantia da própria sociedade em que vivemos. E também em respeito aos próprios réus. Porque uma condenação é um chamado para que se reconcilie com a sociedade”.
Portanto, poucos dias antes de deixar o STF, ele já entrou para história, resgatando a dignidade de milhões de brasileiros honesto, que labutam e pagam seus impostos em dia.
A impunidade no mensalão, seria  institucionalizar a corrupção, o que tanto agrada aos petistas.
Para o ministro, há provas da prática de crimes por parte dos réus. “O delito está em pôr em risco o prestígio, a honorabilidade da função. Se tratava da função de uma das mais importantes Casas do Legislativo. O denunciado, a meu ver, não poderia, sem cometer o crime de corrupção, ter aceitado esse dinheiro dos sócios da empresa que concorria a essa licitação [...]. Tenho por tipificado o crime de corrupção”, afirmou.
O até agora impune e todo poderoso PT, colocou suas barbas de molho, corre a voz  que sua  cúpula e o governo da presidente Dilma Rousseff temem o “efeito dominó” da condenação do deputado João Paulo Cunha. A preocupação é que, se for por terra o argumento do caixa 2 petista para alimentar campanhas políticas de aliados, ministros do Supremo Tribunal Federal passem a condenar todos os homens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre eles José Dirceu.

Justiça proíbe banco de retomar imóvel hipotecado pela construtora



Contrato de hipoteca firmado entre construtora e banco não deve ser vista como responsabilidade do consumidor, diz Ibedec

Uma ação movida pelo Ibedec (Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo) na Quinta Vara Cível de Brasília proibiu que um banco retomasse um imóvel hipotecado pela construtora.

Segundo o Instituto, quando a construtora deixa de pagar alguma parte da dívida que fez junto ao banco para construir o imóvel, é comum que a instituição financeira notifique os compradores dos apartamentos ou casas que foram construídos, de que vai retomar os imóveis se eles não pagarem a dívida da construtora.

Em alguns casos, o banco pode até se negar a liberar carta de quitação mesmo para aqueles consumidores que já tenham quitado a dívida do imóvel junto à construtora. “A conduta é abusiva por parte dos bancos e o consumidor não deve se deixar intimidar pelas cobranças, recorrendo ao Judiciário caso haja alguma notificação de retomada do imóvel”, explica o presidente do Ibedec, José Geraldo Tardin.

Como agir

De acordo com Tardin lembra que existe a súmula 308 do STJ, onde está claro que eventual hipoteca firmado pela construtora em favor do Banco é ineficaz em relação ao comprador do imóvel. Por isso, saiba como agir nestes casos:

   - Caso o consumidor esteja passando por problemas semelhantes, é necessário procurar o banco para buscar a liberação da hipoteca. Neste momento, o consumidor não deve aceitar pagar qualquer quantia fora do pactuado no contrato;

   - Quando houver parcelas pendentes de pagamento, o consumidor deve resguardar-se através de uma ação de consignação em pagamento judicial, para que a justiça decida se quem deve receber as parcelas faltantes do contrato é a construtora ou o banco.

   - Se o banco ameaçar ou notificar o consumidor sobre uma eventual retomada do imóvel, é necessário recorrer à justiça para impedir a ilegalidade do banco e obter a liberação da hipoteca e eventual indenização por prejuízos sofridos em relação à negócios desfeitos ou impossibilidade de entrar e usar do imóvel.

Por Fabiana Pimentel

Fonte: InfoMoney

Com 9 votos a 2, João Paulo é condenado por corrupção passiva. Apenas Lewandowski e Toffoli votaram pela absolvição.



Carlos Newton
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Ayres  Britto, acompanhou o voto de alguns dos ministros e abordou o uso de provas colhidas fora do processo pela acusação, como depoimentos em CPIs e no inquérito policial. Britto disse que as provas podem ser usadas “sem embargo”, desde que sejam usadas “a título de confirmação, de corroboração em prova realmente produzida e válida realmente no processo penal”.
  Britto fechou o  placar
A seguir, Britto analisou as acusações de desvios da agência DNA no contrato com o Banco do Brasil, a título de bônus volume, e disse ver a intenção de Henrique Pizzolato em desviar o dinheiro do BB.
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“COISA ANTIGA NO BRASIL”
Sobre a corrupção, o presidente do STF citou um trecho de um sermão do padre Antônio Vieira, para ilustrar que “esse avanço no patrimônio público e o fazer do patrimônio um prolongamento da casa, da copa, da cozinha, tudo isso é coisa antiga neste Brasil”.
Segundo o ministro, o Ministério Público conseguiu provar as acusações contra os réus, no capítulo três da denúncia. O ministro disse que seguiria o voto de Joaquim Barbosa e concordou inteiramente com o relator. E condenou João Paulo por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e duas vezes por peculato (desvio do dinheiro)
O ministro então citou a frase de Cezar Peluso sobre “o magistrado que se vê na obrigação de condenar alguém”. Peluso disse que a condenação tem “gosto amargo”. Britto concordou, afirmando que tem “gosto de jiló″.
O ministro também condenou os publicitários Valério, Hollerbach e Paz duas vezes por corrupção ativa e peculato (desvio do dinheiro), e Pizzolato por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e duas vezes por peculato (desvio do dinheiro).
Fim de papo: 9 a 2 pela condenação.
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BRITTO DESEMPATOU
A maioria dos ministros inocentou o deputado petista da acusação de peculato pela contratação de um assessor quando presidente da Câmara. A acusação sustentava que houve desvio de dinheiro público, já que a contratação serviu para assessoria pessoal dele.
Quanto à acusação de lavagem de dinheiro contra o petista, os ministros estavam divididos e a questão foi definida no voto do presidente Ayres Britto. Votaram pela condenação neste ponto Celso de Mello, Gilmar Mendes, Luiz Fux, Carmén Lúcia e Joaquim Barbosa. Avaliaram que o fato de João Paulo mandar a mulher receber os R$ 50 mil em uma agência do Banco Rural foi para ocultar a movimentação financeira. E Britto concordou com essa tese, aumentando a condenação de João Paulo.

Cartas de Paris: O preço da Torre Eiffel


CRÔNICA


Você já pensou em comprar a Torre Eiffel? Pois ela já tem preço. Custa 434 bilhões de euros. Pelo menos esta foi a estimativa feita pela Câmara de Comércio de Monza e Brianza, na Itália, que determinou o preço dos mais importantes monumentos do mundo e colocou a “dama de ferro” no topo da lista como o mais caro. Para se ter uma ideia de como a torre Eiffel é cara, o Coliseu, segundo no ranking, custa a bagatela de 91 bilhões de euros.
O preço foi calculado segundo a representatividade do monumento em termos de lucros culturais e financeiros. O valor representa um quinto do PIB francês e seu preço poderia pagar os interesses da dívida do país durante 10 anos.
Por incrível que pareça, a torre já foi “vendida” uma vez por um malandro chamado Victor Lustig, em 1890. Ele ficou conhecido internacionalmente como o homem que vendeu a Torre Eiffel. Sua vítima foi o empresário parisiense André Poisson, que comprou o monumento pela módica soma de 100.000 francos, aproximadamente 40.000 reais.
Como eu faço parte do grupo dos “amantes da Torre Eiffel”, para mim, ela não tem preço. Por que eu gosto tanto dela? Primeiro por sua originalidade. O mundo está cheio de museus, igrejas e palácios, mas ela é um símbolo pagão, fruto do sonho de um homem apaixonado pelo modernismo da sociedade industrial nascente.
Segundo, porque ela representa muito bem a França. Ela é alta, magra e elegante como uma verdadeira parisiense.
Terceiro, por sua onipresença cativante. Ela continua sendo o ponto mais alto de Paris, junto com a Torre de Montparnasse, e pode ser vista de vários pontos da cidade. Mas às vezes, temos a impressão que é ela que nos observa e brinca de se esconder entre os prédios.
A última razão é a principal: a capacidade que ela tem de melhorar meu humor. Às vezes, quando atravesso a ponte Mirabeau, voltando do trabalho depois de um plantão, sou surpreendida por suas luzes brilhando. Tenho que confessar que neste momento todas as penas da adaptação em um país estrangeiro e as dores causadas pela saudade são esquecidas. Sorrio e fico ali parada, como hipnotizada, igual a um turista que acabou de chegar na cidade. E, lá no fundo, escuto uma voz que diz: “C’est vrai, chérie, vous êtes à Paris!” Isso me deixa imensamente feliz.
Ah! Esqueci de dizer, a Torre Eiffel já tem preço, mas claro, não está à venda!

Ana Carolina Peliz é jornalista, mora em Paris há cinco anos onde faz um doutorado em Ciências da Informação e da Comunicação na Universidade Sorbonne Paris IV. Ela estará aqui conosco todas as quintas-feiras.

Livro de militar traz uma versão diferente sobre a morte de Bin Laden


Relato diz que terrorista foi atingido assim que saiu do quarto e não teria esboçado reação


A capa do livro “No easy day”, sobre a operação que matou Osama bin Laden
Foto: AP
A capa do livro “No easy day”, sobre a operação que matou Osama bin LadenAP
WASHINGTON - O relato em primeira pessoa de um membro dos Seals - a unidade de elite da Marinha americana responsável pela morte de Osama bin Laden - contradiz a versão apresentada pelo governo, com uma descrição menos heroica da operação que se converteu num dos principais trunfos políticos do presidente Barack Obama. As revelações fazem parte do livro “Não há dia fácil: Um líder da tropa de elite americana conta como mataram Osama bin Laden”, que teve seu lançamento adiantado para o dia 4 de setembro (inclusive no Brasil). De acordo com o relato da agência Associated Press e do site Huffington Post, que tiveram acesso à publicação, Bin Laden estava desarmado e já havia levado um tiro na cabeça quando os Seals invadiram o quarto, em sua casa, em Abbottabad, no Paquistão.
As divergências em relação à narrativa apresentada pelo governo começam já na chegada da equipe ao complexo onde Bin Laden morava. O conselheiro de Contraterrorismo da Casa Branca, John Brennan, disse, inicialmente, que o terrorista havia se engajado num tiroteio com os militares. “O ataque foi relatado como um filme de ação ruim”, afirma o Seal. De acordo com o livro, o famoso tiroteio de 40 minutos mencionado pela imprensa jamais ocorreu.
O autor, que escreveu o livro sob o pseudônimo de Mark Owen, foi identificado pelo canal Fox News como Matt Bissonnette, de 36 anos, militar que já foi condecorado com cinco Estrelas de Bronze (medalha por bravura ou mérito) e com o Coração Púrpura (honraria concedida pelo presidente aos que se feriram ou morreram em combate).
Segundo o relato de Bissonnette, enquanto os Seals subiam por uma escada estreita, o militar que seguia na frente da equipe avistou um homem espiando pela porta. “Estávamos a menos de cinco passos de chegar ao topo (da escada) quando ouvi tiros abafados. Não poderia dizer da minha posição se os tiros haviam atingido o alvo ou não. O homem desapareceu no quarto escuro”, descreve.
Quando a equipe entrou no quarto, Bin Laden já estava mortalmente ferido. “Sangue e miolos espalhados do lado de fora de seu crânio”, escreveu, embora ainda tivesse espasmos e convulsões.
Enquanto Bin Laden estava em seus últimos momentos de vida, Bissonette e outro Seal apontaram os lasers na direção do peito do terrorista e atiraram diversas vezes. “As balas o rasgaram, batendo seu corpo contra o chão até que ele ficasse imóvel”. A partir deste momento, os militares examinaram o rosto do líder da al-Qaeda para se certificar de sua identidade. Uma jovem garota e uma das mulheres que choravam a morte do terrorista confirmaram. A descrição se opõe ainda à versão corrigida dos fatos pela Casa Branca, que disse, um dia depois da operação, que Bin Laden não estava armado, mas havia resistido à operação de captura.
Durante a operação de busca, os militares encontraram um fuzil AK-47 e uma pistola Makarov, mas elas estavam descarregadas. “Ele não havia preparado uma defesa. Não tinha intenção de lutar. Ele pediu a seus seguidores por décadas que usassem coletes suicidas ou que jogassem aviões contra prédios, mas não foi capaz de pegar sua própria arma”, relata Bissonnette.
O livro desmente ainda o relato de que o corpo do líder da al-Qaeda teria sido tratado com dignidade antes de ser jogado no mar. O autor afirma que num voo de helicóptero lotado na saída de Abbottabad, um militar viajou sentado sobre o peito de Bin Laden, enquanto o corpo jazia aos pés de Bissonnette no meio da cabine.
História pode virar filme
O porta-voz do Conselho Nacional de Segurança, Tommy Vietor, se recusou a comentar sobre o livro. “Como o presidente Obama disse na noite em que a justiça foi trazida a Osama bin Laden, ‘nós agradecemos aos homens que realizaram essa operação por seu exemplo de profissionalismo, patriotismo e coragem sem paralelo daqueles que servem nosso país’”.
O anúncio de lançamento causou enorme polêmica nos EUA, especialmente porque o livro não passou por uma revisão do Pentágono para evitar a revelação de segredos. Com uma cópia do livro em mãos, o órgão revisa agora o conteúdo da publicação para verificar se ela tem informação confidencial e determinar que passos podem ser tomados em relação ao autor, inclusive do ponto de vista judicial. Após a divulgação do nome de Bissonnette, fotos do militar foram publicadas num site oficial da al-Qaeda sob a descrição “o cão que assassinou o mártir Osama bin Laden”.
“É um livro que tenho orgulho de ter escrito. Minha esperança é que ele dê a meus companheiros americanos um vislumbre da grande honra que é servir ao país”, disse Bissonnette, em nota, ao “New York Times”. Ele ressaltou que o livro não contém informações que coloquem em risco a segurança nacional.
Tudo isso só aumentou o interesse do público pela obra. A primeira edição foi ampliada de 300 mil para 575 mil exemplares e a pré-venda já ocupa o primeiro lugar nas listas de best-sellers da Amazon e da Barnes&Noble. E a hitória pode acabar no cinema. O cineasta Steven Spielberg já estaria negociando os direitos de filmagem.