quarta-feira, 6 de março de 2013

O pai dos 99% que não são ricos



Paulo Nogueira (Diário do Centro do Mundo)
Etienne de La Boétie é o pai dos “99%” – a vasta maioria da sociedade para a qual cabe uma pequena parcela de um bolo quase todo devorado pelo restante “1%”, para usar expressões vinculadas a um movimento que marcou intensamente 2011, o “Ocupe Wall Street”.
 O genial pensador La Boétie
La Boétie escreveu aos 18 anos, em 1548, um pequeno grande livro chamado “Servidão Voluntária”. Nele, La Boétie sustentava que são as pessoas que dão poder aos tiranos. Por isso elas são mais dignas de desprezo do que os ditadores de ódio.
Foi o primeiro livro francamente libertário. Foi usado pelos protestantes franceses como uma inspiração para reagir à violência dos católicos, expressa tenebrosamente no Massacre de São Bartolomeu, na segunda metade do século XVI. Milhares de protestantes que tinham acorrido a um casamento da família real francesa foram mortos por forças católicas.
REVOLUCIONÁRIOS
Mais tarde, o tratado circulou entre revolucionários em vários momentos da história. Em 1789, por exemplo. Os teóricos do anarquismo foram também fortemente influenciados por la Boétie. O autor avisa, logo no início de “Servidão Voluntária”, que seu objetivo é entender como “tantas pessoas, tantas vilas, tantas cidades, tantas nações sofrem sob um tirano que não tem outro poder senão o que a sociedade lhe concede”.
La Boétie formou-se com louvor advogado pela Universidade de Toulouse, e depois foi um juiz especialmente admirado pela integridade. Arbitrou, por seu caráter libertário e equânime, muitas disputas entre católicos e protestantes.
Morreu aos 33 anos. Deixou todos os seus papéis a um amigo que o imortalizaria num ensaio sublime sobre a amizade: Montaigne. Tinham-se aproximado na juventude, depois que Montaigne leu com encanto uma cópia manuscrita de “Servidão Voluntária”. É com base na amizade entre ele e la Boétie que Montaigne escreveu seu célebre tratado sobre a amizade. “Dois amigos formam uma unidade tão absoluta que é como se fossem dois tecidos em que é impossível ver a costura que os junta”, disse Montaigne.
INSPIRAÇÃO
Montaigne tinha 31 anos quando seu amigo morreu. Ficou arrasado a ponto de se recolher e largar tudo que fazia. A dor da morte de La Boétie acabaria sendo vital para que ele começasse a escrever seus Ensaios.
O livro de La Boétie foi lido durante muito tempo em edições clandestinas por pequenos grupos de gente culta e rebelde. Um editor francês, muito tempo depois da morte de Montaigne, teve a idéia de publicar o tratado de La Boétie como um apêndice dos Ensaios, logo depois do que tratava da amizade e do próprio La Boétie.
Foi então que “Servidão Voluntária” ganhou reconhecimento em grande escala. Quando os “99%” se insurgem contra a desigualdade em várias partes do mundo, eles podem até não saber – mas estão prestando um tributo a um gênio que ainda na universidade compôs linhas perenes contra a tirania e os tiranos.

O bom consumidor recicla, por Ateneia Feijó



Ateneia Feijó
Lembro-me de ouvir esquerdistas radicais se insurgindo contra as novas tecnologias. Apregoavam que elas multiplicariam o número de excluídos, aprofundariam o abismo das desigualdades.
Não foi exatamente o que aconteceu. Políticas sociais, curiosidade, crédito fácil e um baita incentivo ao consumo serviram para a inclusão de uma classe emergente na sociedade que adora comprar eletroeletrônicos e eletrodomésticos. Ou seja, haja novos produtos porque não faltam consumidores.
Um capitalismo “amigo” como querem quase todos os cidadãos de classe média e particularmente o governo petista.
Mas faltam planejamento e certos cuidados. Se o consumidor adquirir, por exemplo, um bom tablet e se der por satisfeito, restringirá seus gastos e pronto. Porém, o status social e a mensagem governista pressionam para ele continuar adquirindo as últimas novidades. O estímulo ao crédito está aí para isso. Ora, pois.
E tudo bem se as pessoas quiserem se atualizar sem inadimplência e exageros viciosos.


O risco é cair na irracionalidade semelhante a que levou o mesmo governo a querer acelerar o desenvolvimento de indústrias e de agronegócio sem a infraestrutura adequada de estradas, ferrovias, portos e aeroportos para o escoamento da produção.
Como assim? Explico. Apesar de liderar nas pesquisas mundiais de consumo de celulares, TVs de alta definição, câmeras digitais e netbooks, este país não está preparado para o descarte dos equipamentos.
Ao contrário de países realmente desenvolvidos, o Brasil não tem logística para os milhões de eletroeletrônicos e eletrodomésticos que são descartados. O material consumido acaba sendo jogado em qualquer lugar e atirado em aterros sanitários.
Absurdamente insustentável. Perigoso. Esse material se compõe de grande quantidade de metais pesados, como chumbo e mercúrio, nocivos à saúde.
Segundo a reportagem de Eliane Oliveira, “500 milhões de eletrônicos à procura de um lixo” (O Globo, 3/3/2013), governo, fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes desses equipamentos pretendem amenizar essa ineficiência do setor. Como? Por meio de um acordo que colocará em prática o descarte correto nos próximos cinco anos.
Bastante atrasado. O projeto de lei que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, incluindo a logística reversa, foi encaminhado por Marina Silva ao então presidente Lula, em 2007. Na época, ela era ministra do Meio Ambiente. O projeto só foi sancionado em agosto de 2010. Por motivos políticos.

Ateneia Feijó é jornalista

Ernest Lane & The Kings of Rhythm: Caldonia


 Ricardo Noblat - 
5.3.2013
 | 16h04m
HORA DO RECREIO



A Charge de Amarildo




CHARGE DO ALPINO - Polícia do Rio pacifica o Complexo do Caju



Imóveis comerciais no Rio de Janeiro tem o terceiro aluguel mais caro no mundo



O preço do aluguel de um imóvel comercial no Rio de Janeiro é o mais caro das Américas. Já a nível mundial, a capital fluminense ocupa o terceiro lugar no ranking, atrás das cidades de Londres e Hong Kong.
O dado é resultado de uma pesquisa da consultoria imobiliária Cushman & Wakefield, que comparou valores de endereços comerciais entre as cidades mais caras de 63 países.
Nas primeiras posições, a lista ficou organizada da seguinte maneira:
- 1º Londres, no Reino Unido (2.137 euros m² anual);
- 2º Hong Kong, em Hong Kong (1.505 euros m² anual);
- 3º Rio de Janeiro, no Brasil (1.343 euros m²);
- 4º Nova Déli, na Índia (1.324 euros m² anual);
- 5º Tóquio, no Japão (1.274 euros m² anual).
O ranking dos 10 países mais caros é composto ainda por Rússia, China, Estados Unidos, Austrália e França, respectivamente.
Aluguel de imóvel comercial no Rio de Janeiro é o mais caro das Américas | Via: Flickr.
Segundo a pesquisa, os valores referentes ao metro quadrado no Rio de Janeiro equivalem a cerca de R$ 3.514 por ano, destacando ainda a região da Zona Sul como a mais cara da cidade. Isso porque lá os preços subiram 43% em relação ao ano passado.
O relatório mostrou ainda que a capital fluminense passou da 8ª para a 3ª posição no ranking, graças ao valo doa aluguel comercial que está 5 vezes mais elevado.
Entre as justificativas para tal valorização, a Cushman & Wakefield apontou o crescimento populacional como o grande causador do aumento nos custos de ocupação em mercados emergentes da América do Sul e Ásia. Além disso, destaca-se o fato da capital fluminense ter sido eleita sede para a Copa de 214 e para as Olimpíadas de 2016.

16 fatos sobre consumidores que não podem ser ignorados




Empresas estão tão focadas em vender, em criar uma grande campanha, 
melhorar processos ou reduzir custos que acabam esquecendo uma 
maneira muito mais simples e fácil de vender de ganhar dinheiro: cuidar 
do cliente.


Como diz a própria administração, você não pode administrar o que não 
pode medir, certo? Então, grave bem as informações que você irá ler a 
seguir.


Mostre a todos do departamento, salve, compartilhe, porque esse é o dia a dia da vida corporativa. Sempre 
foi assim, mas 
apenas recentemente se conseguiu mensurar o valor do relacionamento com os clientes. O BSI fez um ótimo 
trabalho em reunir vários dos principais números sobre a importância do relacionamento cara a cara com o 
cliente. Esqueça um pouco o lado financeiro e os resultados da última campanha e vamos a quem realmente 
importa.


- Atrair novos clientes custa de 6 vezes mais do que manter um cliente antigo. O que você faz pelos clientes 
que já conquistou? [Ruby Newell-Legner]


- 89% dos consumidores compram do concorrente quando tem uma experiência de compra ruim. 
[Harris Interactive]


- Apenas 4% dos clientes insatisfeitos reclamam. 96% simplesmente vão embora. [Harris Interactive]


- 50% dos clientes dão uma semana para a empresa se pronunciar antes de deixar de fazer negócios com ela.
 [Harris Interactive]


- Apenas 37% consideraram suas experiências com as marcas “excelentes” ou “boas” em 2011.


- Apenas 1% dos consumidores se satisfazem sempre.


- Empresas americanas deixam de ganhar cerca de $83 bilhões em vendas todos os anos devido a má e
xperiência dos consumidores. [Parature Customer Service blog]


- 5% a mais em retenção de clientes resulta em até 125% a mais de lucro. [Bain & Company]


- Chances de vender para um cliente atual: 60-70%. Chances de vender para um novo: 5-20%. 
[Marketing Metrics]


- 2% a mais em retenção de clientes tem o mesmo resultado de reduzir custos em 10%. Mesmo assim, a 
maioria das empresas tem programas de redução, não de retenção.


- Lealdade do cliente rende 10 vezes mais do que uma única compra.
É necessário 12 interações positivas com a empresa para anular uma experiência negativa.
 [Rudy Newell-Legner]


- 70% dos clientes voltarão a fazer negócios com a empresa, se ela resolver suas reclamações.


- 73% amam uma marca devido a um amigável SAC. [Harris]


- 68% dos consumidores deixam a empresa por pensar que a empresa não se importa com eles. 
[Rockefeller Corporation]


- 70% dos consumidores confiam na opinião de desconhecidos publicadas online. [Nielsen]

Fonte: www.pequenoguru.com.br