quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

MAIS ARTE



Ancião
O projeto Your Paintings, da rede de notícias britânica BBC em parceria com a organização Public Catalogue Foundation, pretende disponibilizar para consulta on-line todo o acervo de pinturas a óleo dos museus e galerias do Reino Unido.
Lucian Freud auto-retrato (III) 1963
Lucian Freud auto-retrato (III) 1963
O acervo atual disponível . As pinturas compreendem o período de 1400 a 1990. O objetivo dos curadores do Your Paintings é catalogar e disponibilizar aproximadamente 200 mil obras nos próximos dois anos. Por meio da ferramenta de busca, os usuários podem localizar pinturas pelo nome do artista, nome da obra, museu ou região. Também é possível fazer uma visita guiada on-line com especialistas, ou montar uma galeria pessoal com as pinturas prediletas. Outro destaque do Your Paintings é uma galeria com os 36 pintores mais conhecidos, com obras inclusas no site, entre eles, Leonardo da Vinci, Francis Bacon, William Blake, Georges Braque, Delacroix, Caravaggio, Van Gogh, Raphael, Botticelli, Monet, Cézanne e Renoir. Por exemplo, em todo o Reino Unido existem 31 pinturas de Sandro Botticelli (1444/1510), um dos pintores do início da Renascença, entre elas as magníficas telas “5 Sibilas Nos Nichos” e “Venus e Marte”.
Para acessar:   BBC – Your Paintings

Os cinco mandamentos para expandir a rede de contatos e vender mais


Networking é a palavra da moda. Em todas as áreas, as pessoas falam da importância de ter uma rede de contatos. Diariamente são publicados muitos artigos sobre este tema, mas sempre falando da mesma coisa: frequenteeventos, distribua cartões de visita, divulgue seus serviços e aguarde que tudo vai dar certo. Será? Com o tempo as pessoas se frustram porque isso é apenas a ponta do iceberg quando se fala em networking. Para que sua rede de contatos funcione a seu favor, você precisa de muito mais. Pensando nisso, resolvi escrever os cinco mandamentos para ter uma excelente rede de relacionamentos e expandir as possibilidades para vender mais:

1º mandamento  – Qualidade e não quantidade – Não perca seu tempo se cadastrando numa infinidade de redes sociais, participando de todos os tipos de eventos , distribuindo cartões de visitas para todas as pessoas que você encontra pela rua. Pense primeiro na qualidade dos relacionamentos. Participar ativamente de uma rede é mais importante do que estar presente em muitas e não se fazer notar.

2º mandamento  – Ajude as pessoas – Este é o mandamento de ouro. Não pense em construir networking com objetivo de “sugar” as pessoas. Ajude os outros, contribua com o sucesso da sua rede de contatos e crie reciprocidade. Quando as pessoas precisarem de algo que você esteja vendendo, com certeza lembrarão entrar em contato. Você precisa transformar a vida das pessoas para melhor, antes de colher os frutos da sua rede de contatos.

3º mandamento  – Conquiste a confiança – Conquistar a confiança exige empenho e um pouco de tempo para que a pessoa possa lhe conhecer. Não pense que as pessoas lhe indicarão clientes apenas porque você distribuiu seu cartão de visitas. Lembre-se

de que diariamente, muita gente faz a mesma coisa. Você precisa ser confiável e isso é fruto de um bom relacionamento.

4º mandamento
 – Seja relevante – Transmita boas notícias, leve informação para as pessoas, estimule o crescimento do próximo e veja sua rede de contatos prosperar. Ser relevante é fazer com que as pessoas percebam que você tem algo de bom para elas. As pessoas pensam: Se ele é alguém interessante e posso aprender algo, então vou manter contato. Se a pessoa não me agrega nada, então não há porque manter contato com ela. Não estou sendo duro, mas sim realista.

5º mandamento – Mantenha a regularidade – Networking é um trabalho de “formiguinha”. Você precisa lapidar os contatos para que eles se transformem em um relacionamento. Manter a regularidade, estar sempre em contato e fazer a diferença é o caminho para melhorar a performance da sua rede de contatos. Você precisa se fazer presente e estar sempre por perto. Então, mantenha contato pessoalmente, por telefone ou e-mail.

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Elevadores automotivos permitem que um carro fique em cima de outro com segurança e ampliam espaço




Opção para garagens pequenas, duplicador de vagas já
é usado em concessio-nárias de Curitiba
Luxo ou dilema? O espaço 
destinado para estacionamento dos 
carros, tanto em empreendimentos
 residenciais quanto nos comerciais, 
é limitado e em vários casos é 
preciso encontrar alternativas para 
manter os veículos protegidos. 
Com a escassez de terrenos e a 
valorização do metro quadrado, 
uma vaga de garagem, em Curitiba,
 pode custar entre R$ 20 mil e 
R$ 50 mil. Já o aluguel mensal de  um local para o carro varia 
conforme a localização do imóvel, mas pode ser encontrado a partir
 de R$ 130.



Uma das maneiras de driblar a falta de espaço são os elevadores de veículos. É um sistema mecânico que 
eleva um carro e deixa espaço para outro embaixo. O aparelho, que custa cerca de R$ 12 mil, pode ser 
uma opção mais barata para acomodar dois carros no mesmo espaço do que dispor de novas vagas físicas. 
No entanto, o elevador requer um espaço mínimo: pé direito de pelo menos três metros e espaço da vaga 
de cerca de 5 por 2,5 metros.


“O duplicador pode ser uma solução para que o carro não consuma um espaço nobre da construção”, avalia 
o arquiteto Rodrigo Freire, sócio da Garage Plan Park Design, empresa de Curitiba especializada em layout 
de garagens e estacionamentos. O sistema de carros engavetados já está sendo testado em algumas 
concessionárias da cidade. “É uma solução para a falta de espaço, mas as pessoas ainda desconfiam do 
aparelho porque não é comum”, comenta o arquiteto.


A ferramenta é fabricada por várias marcas, todas fora do Brasil, e precisa ser importada. Funciona como os
 elevadores de carros usados em oficinas e possui sistema de segurança, evitando que seja acionada quando
 há um carro no chão.


Custos


Norimar Ferraro, professor de arquitetura da Universidade Positivo, lembra que a solução automatizada para 
guardar o carro traz gastos com manutenção. “Os elevadores são um bom recurso, com custo de aquisição 
até 30% menor com relação às garagens em subsolo, mas o sistema exige manutenção, da mesma forma que
elevadores de pessoas, e a vida útil dos equipamentos também deve ser contabilizada”, comenta.


A metragem destinada aos veículos em empreendimentos imobiliários é considerada nobre. “Nos edifícios
 residenciais as vagas são limitadas e previstas de antemão, por isso não há terreno disponível para ampliar o
 estacionamento”, comenta Ferraro. Mas é preciso destinar metragem para os carros. “Edifícios de médio a
 alto padrão que não oferecem entre duas e três vagas de garagem não têm aceitação no mercado”, diz F
erraro. Por isso, na hora da negociação, as construções mais antigas estão em desvantagem - não oferecem 
a quantidade de vagas necessárias com relação à metragem do apartamento.



Soluções
Conheça opções para o espaço dos carros.
• Vagas descobertas: quando o terreno permite, os carros podem ser guardados sem proteção. Sem custo 
de construçã, leva ao desgaste dos veículos.
• Vagas cobertas fora da construção: espaços cobertos com pequenos apoios e telhas leves. Essa opção e a
 anterior são mais comuns em edifícios e conjuntos populares por envolverem menos gastos.
• Garagem sobre o solo na construção: as vagas ficam no corpo do edifício. Podem ser vedadas com
 paredes ou não, como no caso dos pavimentos no térreo. O custo se eleva consideravelmente. É uma 
solução para edifícios de médio padrão.
• Garagens enterradas: têm o maior custo de construção. Quanto mais pavimentos de garagens no subsolo, 
maior o custo. Destina-se a edifícios de médio a alto padrão. Nesse caso, as circulações dos carros também
 são cobertas, o que encarece bastante a obra, influenciando o custo final do empreendimento. Com isso, o 
arquiteto tenta otimizar ao máximo o espaço de garagens em seus projetos, aumentando o número de vagas
 ao mesmo tempo em que reduz o espaço para a circulação dos veículos.

Adaptação
Para que uma garagem ofereça espaço suficiente para o carro e conforto para manobra é preciso estudar o 
melhor layout para o espaço disponível. Uma vaga ideal tem 18 metros quadrados, mas é possível oferecer 
espaços com 12 metros quadrados, onde cabe um veículo. “Em alguns casos de garagem mal desenhada, 
encontramos vagas de até 33 metros quadrados”, explica o arquiteto Rodrigo Freire, da Garage Plan Park 
Design. Como as vagas físicas, em Curitiba, custam de 20 a 50 mil reais, um projeto de adaptação das 
vagas pode ser positivo para os condôminos.


Fonte: gazetadopovo.com.br


Casa em Joinville é uma aula de arquitetura


Integração é a palavra de ordem


Na faculdade de arquitetura aprendem-se teorias e práticas de 

naturezas diversas, mas alguns conceitos são repetidos 
frequentemente no decorrer dos anos de estudo. Os bons projetos 
têm em comum algumas características, como o melhor 
posicionamento da construção no terreno, em relação aos aclives
 e declives e à iluminação natural, bem como as suas aberturas l
evam em conta não só a luz, mas os ventos. Entretanto, apesar da 
repetição, nem todos os projetos do mundo real apresentam 
soluções bem resolvidas, que encaram todas as problemáticas 
apresentadas pela natureza de frente. Não é o caso desta grande 
casa joinvilense de 970 m², projetada pelos arquitetos do escritório 
Metroquadrado. Ela traz em si inúmeras pequenas lições àqueles
 que querem fazer boa arquitetura.


O chamado “partido” do projeto, ou seja, o seu desenho inicial, foi 

definido em função das características físicas do terreno, que em 
parte era plano e noutro lado apresenta um declive acentuado. 
Na parte horizontalizada optou-se por locar o acesso da casa, tanto 
de pedestres como dos veículos – a garagem, por sua vez, está num 
nível semienterrado na parte de baixo, aproveitando o declive. A 
orientação da casa no lote foi pensada de modo a garantir a melhor
 insolação aos dormitórios. Foi uma escolha do trio de arquitetos 
que regeu a obra. Em termos de luz do sol, não há um cômodo que 
deva recebê-la em abundância obrigatoriamente. Em certos casos 
opta-se por privilegiar as áreas comuns, noutros a ala privada. 
Nesta casa, devido ao uso que os moradores dão aos quartos, a 
segunda opção se fez valer.





“O que mais gostamos nesse projeto é a volumetria”, diz um dos

 seus criadores. “Os planos que surgiram com o recuo das 
esquadrias, a espessura das paredes e a adequação da casa no 
terreno contribuíram para um volume completamente integrado com
 o entorno, apesar da dimensão da residência”, explica. Um indício 
desta integração é o bom uso das correntes de vento. Toda 
ventilação é cruzada. Na sala de estar, por exemplo, que é integrada
 com o espaço gourmet e o jantar, há dois grandes painéis de vidro,
 um voltado para o norte e outro para sul, que garantem a
 renovação do ar. No térreo, além das salas citadas, encontram-se a
 áreas de serviço e o escritório. Internamente o destaque 
arquitetônico é a lareira reversível, que integra dois ambientes, 
funcionando tanto no estar como na varanda.


No andar superior, distribuição dos ambientes é regida por uma 

passarela de circulação com mezaninos dos dois lados. Esta ponte 
liga a suíte principal aos demais dormitórios e à sala íntima. A 
separação do master bedroom visa dar privacidade ao casal. 
Os materiais escolhidos para os acabamentos transmitem 
acolhimento e aquecem a arquitetura contemporânea da casa. 
Predominam as cores escuras, como o marrom e o preto. Do lado 
de fora, há muito verde. O entorno é intensamente arborizado. O
 paisagismo foi feito pela firma Agrícola Boa Vista. Ao longo da 
varanda há belos espelhos d´água que compõem muito bem o 
cenário com o jardim. A piscina ocupa a parte mais inclinada do 
terreno. A palavra de ordem deste projeto é integração – seja 
dentro, entre os ambientes, ou fora, entre a construção e a natureza.




























Fonte: http://casavogue.globo.com
Fotos: Chan

Perguntas e respostas sobre casas de madeira



Hoje em dia, as casas pré-fabricadas começam já a tornar-se mais 
populares, sendo que as casas de madeira são das mais requisitadas.

Este tipo de habitações oferece enorme versatilidade e muitos 
consumidores começam a encara-las como mais saudáveis e 
ecológicas, podendo servir como casas familiares ou até de segunda
 habitação para uso em férias.

Todas estas razões têm vindo a entusiasmar diversas empresas 
que as começam a ver como uma boa aposta para se implementarem
 neste tipo de mercado.



Contudo, ainda persistem algumas questões e ideias erradas acerca 
deste tipo de construções. Na maioria das vezes, quando se pensa 
em casas de madeira, ainda hoje muitas pessoas as associam a um 
material que se degrada, que não é durável ou resistente. Mas, tal 
não podia estar mais longe da realidade.


Seguem-se, por isso, perguntas e respostas que podem ajudar a 
esclarecer algumas das dúvidas mais frequentes.


Porquê optar por uma casa de madeira pré-fabricada?


• Maior rapidez de construção face a outro tipo de construções mais 
convencionais;
• Facilidade de manutenção e baixos custos de preservação;
• Possibilidade e facilidade de alterações futuras;
• Elevada durabilidade;
• Elevada qualidade;
• Uso de materiais ecológicos.


Qual a durabilidade de uma casa de madeira?


Uma boa casa de madeira, fruto de um sólido projeto, construída 
com materiais de qualidade e com os devidos cuidados de 
manutenção e conservação pode durar muitos anos, até mesmo 
séculos. As técnicas modernas permitem proteger e manter a 
madeira de forma muito eficiente. Hoje em dia existem muitos 
produtos que permitem preservar a madeira dos insectos, fungos, 
raios UV, humidade, etc.


As casas de madeira têm um bom isolamento?


Em termos de isolamento térmico, as casas pré-fabricadas de 
madeira têm um isolamento seis vezes maior que as de construção 
em tijolo, 15 vezes superior às de betão, 400 vezes superior às de 
aço e 1770 vezes superior às de alumínio.


Assim, é possível manter o ambiente interior quente no Inverno e 
fresco no Verão, poupando assim energia que pode ultrapassar os
 50% em relação às construções de alvenaria. Uma parede de 
madeira com 17 cm de espessura equivale a uma em cimento com 
40 cm.


Também no caso do isolamento acústico, as casas de madeira saem 
a ganhar, pois este material absorve uma grande parte da energia e 
das ondas sonoras, revelando-se uma habitação bastante silenciosa.


Fonte: www.casaprefabricada.org


Holandeses transformam presídio abandonado do século 19 em hotel de luxo



Mesmo depois da reforma, o edifício manteve suas referências 
históricas e hoje oferece serviços de alto padrão aos hóspedes


Alguns empresários holandeses souberam aproveitar como ninguém 
um presídio abandonado num edifício que foi construído no século 
19. Eles o transformaram em um hotel luxuoso, o Het Arresthuis
Depois de uma reforma radical, mas mantendo as características 
históricas do edifício, o local, que antes oferecia serviços básicos 
aos seus “hóspedes”, hoje disponibiliza suítes de luxo e área 
esportiva aos visitantes.



As 150 celas deram lugar a 36 quartos e sete suítes, que levam 
nomes bem-humorados, como Diretor, Advogado, Juiz, entre 
outros. Os quartos são equipados com TVs, wi-fi, ar condicionado, 
chuveiro, cama de casal e máquinas de café.



Na área comum, há um bar e um restaurante, incluindo ainda sauna 
e espaço para atividades esportivas. Com serviços assim, o local 
promete atrair uma grande quantidade de hóspedes querendo se 
manter “presos” ali por um bom tempo. 


Fonte: http://revistapegn.globo.com


Read more: http://www.jornaldoimovelbrasil.com/2013/02/holandeses-transformam-presidio.html#ixzz2M9U8qujn

Norma de qualidade para imóveis é aprovada e passa a valer a partir de julho




Os projetos a partir de 19 de julho deverão atender às regras da ABNT
Foto: Leo Martins

A partir de 19 de julho, os 
imóveis deverão atender às 
exigências estabelecidas pela
 Associação Brasileira de 
Normas Técnicas (ABNT). 
A norma de desempenho de 
edificações habitacionais 
NBR 15.575 foi publicada
 pela, e os projetos a partir 
dessa data precisarão atender
 às regras.



Níveis mínimos de qualidade em quesitos como acústico, térmico e de iluminação estão previstos no documento.
 Ele também define a durabilidade de uma edificação em diversos sistemas, como de estrutura, paredes, 
revestimento e pisos.


Entidades do setor de construção, como Sindicato de Construção (SindusCon) e Sindicato da Habitação
 (Secovi), além de incorporadoras, bancos, construtoras e institutos de pesquisas, como o Instituto de 
Pesquisas Tecnológicas (IPT) participaram da discussão da norma.

Fonte: Extra


Read more: http://www.jornaldoimovelbrasil.com/2013/02/norma-de-qualidade-para-imoveis-e.html#ixzz2M9SUfBkA

Bando de loucos



RUTH DE AQUINO

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RUTH DE AQUINO  é colunista de ÉPOCA raquino@edglobo.com.br (Foto: ÉPOCA)
O fanatismo assusta. No futebol, na religião ou na política, os fanáticos arremessam sinalizadores para intimidar o outro, o adversário, o oponente. Às vezes, os sinalizadores calam, às vezes matam. Quando o fanatismo chega ao poder, quando se confunde com um governo, quando é legitimado por um regime, de direita ou de esquerda, chegamos ao perigoso fanatismo de Estado. Esse fanatismo oficial maquia números e fatos, censura, encarcera, tortura, exila e executa.

Quando “a opinião é traição” – e assim é na Cuba de Yoani Sánchez e dos irmãos Castro, um país que não confia em sua própria população para votar –, o medo de pensar diferente se instala em cada criança, cada jovem, cada adulto. Há mais de meio século, o castrismo não dá aos cubanos o direito de se expressar livremente nas urnas, nas ruas ou na mídia.

Seria absurdo supor que, no Brasil, a democracia esteja ameaçada por esses grupelhos com nariz de palhaço que jogaram na blogueira Yoani notas falsas de dólar, xingando e vaiando a moça em vários Estados. Melhor enxergá-los como protestos de jovens desinformados, que nunca foram a Havana, jamais viram documentários com as mazelas da vida cubana, desconhecem o que é viver num lugar onde o Estado determina o que você pode ou não ler e consumir.

Fui a Cuba em janeiro de 1983, há 30 anos portanto. Brasil e Cuba ainda não tinham relações diplomáticas. Nosso passaporte não podia ser carimbado, íamos por Bogotá e voltávamos pela Cidade do México. Achava absurdo esse isolamento. Admirava o esforço da ilha para dar educação e saúde à população. Adorei o povo cubano e suas festas, o sorvete na Coppelia, o mojito na Bodeguita del Medio, a praia de Varadero, as escolas para jovens no campo. Encontrei Fidel no Palácio, com sua farda, o charuto, o rum e o carisma. Mas o mito acabou ali. Ficou claro para mim o medo dos cubanos na rua. Diziam ser espionados. Ansiavam comprar dólares, escapar ao racionamento, consumir nas “tiendas” reservadas aos estrangeiros. Queriam viajar, prosperar.
Quando visitei Cuba, Yoani tinha 7 anos. Hoje, tem 37. Em seu blog, escreveu no último dia 19: “Vivi muitos atos de repúdio (...). Lembro um especialmente violento junto às Mulheres de Branco, quando as hordas da intolerância nos empurraram e até puxaram nossos cabelos. Mas este (na Bahia) foi inédito para mim. O piquete de extremistas que impediu a projeção do filme de Dado Galvão em Feira de Santana era mais que uma soma de adeptos incondicionais do governo cubano. Todos brandiam o mesmo documento com um monte de mentiras sobre mim, tão fáceis de rebater em uma simples conversa. Repetiam um roteiro idêntico sem a menor intenção de escutar uma réplica minha. Gritavam, interrompiam, num certo momento ficaram violentos e entoavam slogans que já não são usados nem mesmo em Cuba”. Eram, segundo ela, “robôs programados”, “com as veias do pescoço inchadas”. Yoani escreveu: “Eles queriam me linchar, eu queria conversar”.

O problema não foram as manifestações nem as vaias. Elas fazem parte da democracia. Mas a agressividade planejada para silenciar Yoani. Impedir que alguém fale é coisa de fanático com medo de ouvir, debater, argumentar. Deu vergonha a falta de educação e civilidade.

Os manifestantes transformaram uma pequena notícia – a visita de uma cronista cubana dissidente – em manchete. A blogueira da Geração Y, que condena o bloqueio americano a Cuba, virou meteoro da CIA. Foi parar na Câmara. O que vimos? Uma mulher magra, de camiseta, com os cabelos enormes jogados para o lado, sem um pingo de maquiagem, um sorriso calmo, cercada por políticos engravatados, seguranças e manifestantes enfurecidos. A reação a Yoani foi de uma desproporção tal que aí, sim, me fez temer pela polarização futura do Brasil.

“Vai embora, vai embora, blogueira imperialista. A América Latina vai ser toda comunista.” Quem gritava essas palavras de ordem na Livraria Cultura de São Paulo eram “umas belezinhas de tênis Nike e camiseta Gap”, disse a jornalista Mona Dorf no Facebook. “Uns 20 delinquentes começaram a gritar e apitar. Uivavam como bichos. Yoani mal balbuciou a resposta sobre o Wikileaks.” Debate interrompido, Mona saiu triste com “o comportamento vergonhoso e fascista dos manifestantes”. Um bando de fanáticos.

* * *
O cartaz comemorativo dos dez anos do PT no poder dá um arrepio na espinha por sua estética totalitária. Qualquer um, mesmo simpatizante de Lula e Dilma, percebe a semelhança com peças de propaganda soviética e chinesa. O cartaz estimula a idolatria, apela ao nacionalismo e ao populismo extremados. Não faz jus ao Brasil de hoje nem, espero, ao de 2014. 

Cartas de Berlim: Ovos orgânicos não tão orgânicos assim



Tamine Maklouf
Odeio admitir, mas vou falar sobre mais um escândalo fresquinho na área dos alimentos, desta vez dos ovos. Ou, mais especificamente, dos ovos orgânicos.
Para ser ainda mais específica, vamos falar das galinhas. Digamos que alguém andou dizendo que elas estavam sendo tratadas com dignidade em troca de seus preciosos pintinhos não nascidos, mas descobriu-se com devida indignação que não era bem assim.
Na Alemanha existem “selos” que determinados alimentos orgânicos trazem na embalagem para mostrar ao consumidor que se trata de fato de um produto “bio”. Como já falei aqui, com a indústria bio cada vez mais lucrativa (ela cresceu 6% em 2012 com relação a 2011) há muita oferta de orgânicos e eles não entram no mercado sem os benditos selos.


Semana passada mesmo eu comprei um vidro de mel orgânico. O rótulo até trazia uma pequena explicação sobre o que sequer era um mel orgânico e como ele é ganho - devem saber que é um conceito difícil de ser assimilado por leigos -, e ainda trazia escrito o país de origem do produto.
Muito legal, se não fossem cinco os países de origem: Alemanha, Romênia, Bulgária, Hungria e Brasil. Isso quer dizer que naquele vidro de 500 gramas havia mel de cinco nacionalidades e, mesmo assim, os produtores me podiam certificar que o mel era “bio”. Agora, como ter controle dessas certificações rolando entre países tão distantes? “Espero que a parte da Romênia seja mesmo bio”, pensei.
Você pode achar que sou condescendente com os alemães. Mas depois de quase quatro anos aqui, eu enfim entendi que alemão simplesmente não dá ponto sem nó. Não dá, eu te digo. Difícil algo passar batido na mão deles.
Então tá, né?
E eis que alguns dias após a minha pequena desconfiança, venho a saber do tal do escândalo dos ovos bio. 150 granjas na região da Baixa Saxônia venderam milhões de ovos declarados como bio, muito embora suas galinhas vivessem espremidas em gaiolas, com bicos cortados, como manda o esquema da produção industrial.
Um ovo orgânico vem de uma galinha criada livremente e alimentada de ração também orgânica. Ao chamarem seus ovos de bio, esses produtores estavam lucrando em cima da boa fé dos coitados dos consumidores preocupados em adquirir ovos mais ecologicamente corretos. O pior de tudo é que as autoridades já estavam cientes das irregularidades, mas abafavam o caso desde 2011.
Eu temo que isso seja apenas a ponta do iceberg. Muita gente ainda vai se decepcionar muito com o mercado de orgânicos na Alemanha.

Anita Baker: Sweet Love


Ricardo Noblat - 
27.2.2013
 | 16h04m
HORA DO RECREIO



Livre pensar é só pensar (Millôr Fernandes)



A caipirinha é nossa! Estados Unidos reconhecem cachaça como produto de origem brasileira



Mariana Branco (Agência Brasil)
Os Estados Unidos reconheceram a cachaça como produto de origem exclusiva brasileira. A decisão vale a partir de 11 de abril e significa que, para levar no rótulo o nome de cachaça, o produto deverá ser fabricado no Brasil e de acordo com os padrões de qualidade brasileiros. Atualmente, o destilado é vendido nos EUA sob o nome genérico de brazilian rum. O Brasil também reconhecerá como destilados exclusivos norte-americanos o bourbon e o tenessee whiskey em um prazo de 30 dias.
O reconhecimento foi divulgado hojepelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Na avaliação do secretário de Relações Internacionais da pasta, Célio Porto, a mudança abrirá o mercado dos EUA para a cachaça brasileira. Para Vicente Bastos, presidente do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), haverá desenvolvimento da produção do destilado, com aumento das exportações, atualmente em um patamar modesto. “No ano passado foram apenas US$ 20 milhões, dos quais US$ 2 milhões foram para os Estados Unidos”, disse. De acordo com ele, a cadeia produtiva da cachaça emprega cerca de 600 mil pessoas em todo o país.
Para Bastos, além de impulsionar o mercado, a alteração nas regras norte-americanas é o primeiro passo para assegurar a manutenção da qualidade do produto. “Nós temos que evitar o que ocorreu com a vodca e com o rum. Um era da Rússia e o outro do Caribe, mas transformaram-se em destilados genéricos, que qualquer país pode fabricar. Além da perda de mercado, isso traz perda de qualidade. Com o reconhecimento, para levar o nome de cachaça [a bebida] terá que se espelhar em nossos padrões. No Brasil há um decreto definindo o que é cachaça, mas tem que obter a regulamentação do restante dos países”, disse, referindo-se ao Decreto n° 4062/2001.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Se ainda estivesse vivo, o Conde Afonso Celso, autor de “Por que me ufano do meu país”, primeiro best-seller brasileiro, certamente tomaria um porre.(C. N.)

No primeiro ano, Dona Dilma implantou a faxina. Ministros foram demitidos, mas não punidos. O segundo, perdido. No terceiro, reconciliação. Pimentel e Luis Inácio Adams comprometidos, nem demitidos nem punidos. Agora, a saga da reeleição, com a cumplicidade da oposição.



Helio Fernandes
Em 2011 Dona Dilma assumiu a presidência da República, com o entusiasmo pela conquista de um cargo jamais imaginado. 90 por cento dos votos não eram dela ou do PT, ninguém ligava para isso. Lula foi o grande motor que impulsionou sua candidatura dentro do partido, e que fez o barco navegar em águas presumivelmente claras e tranquilas.
Mas desde o início, apesar de ter inovado pouco e ter formado o ministério à imagem e semelhança do grande eleitor, os problemas foram surgindo, se aprofundando e se complicando. Teve que conversar várias vezes com o ex-presidente, e em caráter de urgência.
Obteve autorização para as demissões, com a recomendação expressa: “Nenhuma punição. Esses problemas políticos se resolvem com o tempo, se houver punição não poderá haver reconciliação”.
Dona Dilma (e o próprio Lula) não imaginava que o problema fosse tão grave, e que devorasse todo o seu primeiro ano de governo. Foram 7 ou 8 demissões, seguidas. E apesar de não ter havido punição, Dona Dilma não teve o menor constrangimento em rotular as demissões como “faxina”. Todos sabiam que não era, mas o que fazer? Faturou na mídia amiga, ficou parecendo mesmo “faxina”.
O desgaste foi muito grande. Dona Dilma admitia que em 2012 (o segundo ano) viria a recuperação. Não veio. Em 2011, Lula teve o problema do câncer, e sem ele, Dona Dilma se perde até mesmo indo do Planalto para o Alvorada. 2011 foi vazio, teve que demitir o poderoso chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. Mas não foi tão complicado quanto parecia.
Lula não pôde nem quis intervir, afinal ele mesmo já demitira Palocci do Ministério da Fazenda. A nomeação dele, surpresa total. E Lula levou um tempão, na televisão: “Fico esperando o Palocci me dar sinal verde para baixar os juros”.
Esse sinal verde era imprescindível, pois FHC elevara os juros a mais de 40 por cento, e entregou a Lula com 25 por cento. Se o vice de Lula, José Alencar, gritava com os juros já a 11 ou 12 por cento, imaginem a 15. Só que Palocci não teve tempo para nada.
Despreparado para tanta importância, preferiu seguir a linha de irregularidades e enriquecimento de quando fora prefeito, acabou sendo demitido de forma fulminante.
Seguindo a “tese” de Lula de demissão sem punição, Palocci voltou com Dona Dilma, mais poderoso do que antes. Mas a corrupção está “entranhada” nas pessoas, Palocci não podia mudar e não mudou mesmo. Dona Dilma aproveitou para fingir demonstração de força, mandou embora o chefe da Casa Civil sem consultar Lula. Este compreendeu, deu uma palavra com Okamotto, um telefonema para Gilberto Carvalho, e todos seguiram em frente.
2012 foi acabando, inútil, mas com problemas se agravando. Nenhuma realização, muita complicação. No meio do ano as acusações contra seu amigo ministro, Fernando Pimentel. Não podia demiti-lo com ou sem punição. Fingia que não ouvia, mas a representação chegou ao Conselho de Ética do próprio Planalto.
Empolgada com o Poder, que dominava mas não exercia, perdeu até o senso de avaliação das pessoas. E não percebeu que o presidente dessa Comissão de Ética se chamava Sepúlveda Pertence, ministro aposentado do Supremo. Essa Comissão pediu a demissão de Pimentel, Dona Dilma se fez de desentendida.
A DEMISSÃO DE SEPÚLVEDA
E A COMISSÃO QUERENDO EXISTIR
Sepúlveda “deu um tempo”, pediu demissão. Dona Dilma acreditou que era poderosa mesmo, aceitou. E mais do que isso: “reformulou” toda a Comissão de Ética. Muito antes de Renan e de Henrique Eduardo Alves, mostrou que sabia muito bem que “a ética é um meio e não um fim”.
Agora, eis Dona Dilma novamente diante da mesma Comissão de Ética querendo mostrar publicamente que “foi reformulada mas não será humilhada”.
NOVAMENTE PIMENTEL
E AGORA O HOMEM DA AGU
O ministro Pimentel pode ser julgado novamente por essa Comissão de Ética, que pretende exercer seus poderes. Mas agora, o acusado principal se chama Luis Inácio Adams, e ninguém sabe por que não foi demitido depois da Operação Porto Seguro.
Tinha um cargo importante e mídia tão favorável, que dia sim, dia não, se especulava, perdão, se afirmava que ele iria para o Supremo, na vaga de Ayres Brito. A Operação Porto Seguro salvou o Supremo. Pode até continuar ministro e na AGU, mas no STF, jamais.
A COMISSÃO DE ÉTICA EXIGE
EXPLICAÇÕES DE ADAMS
As acusações contra o ministro da AGU são tão graves, que obrigaram a Comissão de Ética a pedir explicações. Adams está envolvido de todas as maneiras. Pessoalmente e com a participação, explícita e irrefutável, do seu “segundo” na AGU. Tudo que esse “segundo” fazia, era com conhecimento prévio de Adams.
Até o próprio Lula revelou sua perplexidade com a permanência de Adams no cargo. Mas como o violento desgaste de Dona Dilma servia a ele, nem tocou no assunto. Mas agora não dá mais para proteger ninguém, Adams nem reclamará, foi salvo por muito tempo.
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PS – Dona Dilma pode negociar, entrega Adams, a Comissão de Ética não ressuscita as acusações contra Pimentel.
PS2 – Quem sabe, de forma surpreendente, defende os dois ministros, “reformula” novamente a Comissão de Ética?
PS3 – Dilma considera que, em plena campanha para a reeleição, ninguém cobrará dela outra humilhação da Comissão de Ética. Difícil. Mágica ou malabarismo, muito repetido, exibe os truques.
PS4 – Já perdeu 2011 e 2012, e 2013 e 2014 estão ligados à reeleição. Aí a perda pode ser total, apesar da mediocridade dos “adversários”.