segunda-feira, 26 de maio de 2014

Por que a China vai implodir


por , sexta-feira, 23 de maio de 2014

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china.bmpO segredo para se entender a China é que o país não é apenas mais uma economia emergente que vivenciou um forte crescimento e que, agora, está momentaneamente se esforçando para conter seus excessos.  Também não se trata de mais uma economia que incorreu em uma farra de investimentos errôneos em ativos fixos, como imóveis, e que agora quer fazer uma transição para algum tipo mais "normal" de economia, como uma baseada no consumo. 
Não.
A China é uma grotesca aberração econômica, cujo modelo econômico simplesmente não tem semelhança a nenhum outro modelo econômico já adotado por algum outro país em algum momento da história — nem mesmo ao modelo mercantilista de estímulo às exportações originalmente criado pelo Japão, e que já se comprovou insustentável. 
O governo chinês está nas mãos de um grupo de velhos comunistas que foram criados sob o regime de Mao.  Eles acreditam em planejamento central, ainda que de uma maneira mais diluída.  Eles enviaram seus jovens mais inteligentes para estudar economia nas universidades americanas.  Esses jovens retornaram para a China keynesianos.
A economia chinesa é hoje uma mistura maluca de empreendedorismo de livre mercado, de investimentos subsidiados e dirigidos pelo Banco Central, de mercantilismo keynesiano, e de planejamento central comunista.  Trata-se de um acidente monumental que está na iminência de acontecer.
A China é uma nação que, em decorrência de uma monumental bolha de crédito, incorreu em uma insana mania especulativa direcionada majoritariamente para a construção civil.  As implicações desse endividamento (todo crédito é um endividamento) e dessa especulação imobiliária estão sendo resolutamente ignoradas por analistas que ainda estão iludidos pela noção de que a China criou um modelo econômico singular chamado "capitalismo vermelho".
Quando a dívida total (pública e privada) de um país explode de US$1 trilhão para US$25 trilhões em apenas 14 anos, isso não é capitalismo, nem mesmo vermelho.  Trata-se de insanidade monetária conduzida pelo estado.
Há ocasiões em que uma imagem vale mais que mil palavras.  Eis a seguir um gráfico que apareceu em uma matéria do Financial Times que falava sobre a rápida deterioração do mercado imobiliário chinês.  Ao que parece, de acordo com dados da US Geological Survey e do Comitê Nacional de Estatísticas da China, durante um período de apenas dois anos, 2011 e 2012, o qual representou o ápice da tão aclamada "agressiva política de estímulos" do governo chinês em resposta à recessão do mundo desenvolvido, a China consumiu mais cimento do que os EUA consumiram durante todo o século XX!
China Cement.jpg
Consumo de cimento per capita (eixo Y) versus PIB per capita (eixo X)
Esse fato insano tem de ser corretamente digerido.  Eis uma maneira de colocar as coisas em suas devidas proporções.
Pense em todo o processo de urbanização ocorrido nos EUA ao longo dos últimos 100 anos.  Pense na construção de todos os edifícios comerciais, de todos os prédios residenciais, de todas as casas, de todos os arranha-céus, e de todos os shoppings que adornam as milhares de cidades americanas da costa leste à oeste.  Pense também na construção de toda a infraestrutura do país, desde as simples ruas e avenidas das cidades até as grandiosas represas Hoover, TVA e Grande Coulee, passando por toda a malha de rodovias, aeroportos, portos, rodoviárias, estações de trem, de metrô.  Pense em todos os estádios de futebol americano, de beisebol, de basquete, de hóquei; em todos os auditórios e estacionamentos que já foram construídos no país. 
Todo o volume de cimento gasto nesse processo de 100 anos foi o mesmo que a China gastou em dois anos.
O resultado?  Cidades completamente vazias.
Eis o busílis.  É impossível olhar apenas para os frios números do PIB chinês e ter qualquer compreensão sobre o estrondoso colapso que irá ocorrer quando todo esse frenesi de obras acabar.  A noção de que o governo, de maneira indolor, será capaz de reduzir os investimentos em ativos fixos de seu atual valor de 50% do PIB para "apenas" 25% — o que ainda seria consideravelmente alto — ignora o que realmente é a economia chinesa: um projeto de construção civil de dimensões continentais, na qual tudo está relacionado a transportar, fabricar, erigir e vender infraestrutura — públicas e privadas, varejista e industrial.
Portanto, quando as construções pararem — seja porque os preços inflados dos imóveis estão caindo ou porque a expansão creditícia não mais será capaz de continuar sustentando a bolha —, a implosão será trovejante.  A produção de cimento pode cair dos atuais 2 bilhões de toneladas por ano para meros 500 milhões; o consumo de aço irá despencar proporcionalmente; frotas industriais de caminhões de cimento e de transporte de aço ficarão ociosas; a demanda por pneus, por componentes de motores, e por combustível para caminhão irá evaporar; empreendedores que fornecem os serviços que suprem este gigantesco fluxo de cimento e aço irão à bancarrota; os apartamentos vazios — ainda chamados de "investimentos" — em posse de seus proprietários serão inúteis.
E quando essa implosão ocorrer, mais de um bilhão de pessoas irá vivenciar em primeira mão como planejamento central, expansão do crédito e inflação monetária produzida por um Banco Central são eficientes em destruir recursos escassos.
Esse será o maior desafio dos oligarcas comunistas.  Os chineses conhecem apenas dois sistemas econômicos: o sistema comunista sob Mao e o atual sistema, que é baseado na inflação monetária gerenciada pelo Banco Central e na alocação keynesiana de capital.  As massas depositaram sua fé nesse sistema econômico.  Quando ele entrar em colapso, as consequências serão interessantes.
Atualmente, há aproximadamente 90.000 manifestações populares por ano na China.  O governo é relativamente eficaz em escondê-las do mundo.  Quantas mais ocorrerão quando houver a implosão?

David Stockman é ex-congressista americano e ex-membro do governo Reagan.  Escreveu o livro The Great Deformation(resenhado aqui), que cita detalhes desconhecidos sobre os favorecimentos do governo americano aos grandes bancos do país.  Atualmente, Stockman é o editor do site David Stockman's Contra Corner.

Como realmente funciona o sistema de saúde americano


por , terça-feira, 29 de abril de 2014


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American-flag-stethascope-640_s640x427.jpgSempre que há um debate sobre sistemas de saúde e sobre como seria a medicina em um ambiente de genuíno livre mercado, rapidamente alguém menciona os EUA como sendo o exemplo mais óbvio deste arranjo.
O problema é que a comparação é obtusa. 
É verdade que os EUA não possuem um sistema público de saúde de estilo europeu (seja ele o modelo Beveridge da Inglaterra ou da Espanha, no qual o estado se encarrega de prover serviços de saúde em troca do pagamento de impostos, seja ele o modelo Bismarck da Alemanha e da Áustria, no qual o estado obriga os cidadãos a comprarem um seguro privado obrigatório e altamente regulado), mas isso não implica que o sistema americano esteja livre da atuação estatal.  Muito pelo contrário, como será visto.
Em primeiro lugar, vale ressaltar que os resultados observados no sistema de saúde americano são um tanto deploráveis: o gasto total com a saúde nos EUA chega a 17% do PIB — quase o dobro do que gasta a maioria dos países europeus —, mas isso não fez com que seus resultados fossem espetacularmente superiores.  Sim, o sistema de saúde americano está na vanguarda da implantação de novas tecnologias, bem como no uso da medicina preventiva, mas esses elementos diferenciais não parecem justificar o gigantesco custo excessivo.  Por esse prisma, o debate sobre a superioridade da saúde pública europeia em relação à americana pareceria definitivamente encerrado: uma qualidade análoga pela metade do preço.
Porém, as coisas não são tão simples quanto os números sugerem.  O sistema de saúde americano — como explico em detalhes extensos em meu livro Una revolución liberal para España — está longe de ser o representante de um arranjo de livre concorrência.
Para começar, pelo lado da oferta, a concorrência entre médicos praticamente não existe.  O mercado de médicos é artificialmente cartelizado.  Para ser médico, você tem de ser aceito pelo conselho profissional da categoria, o qual tem interesse em manter baixo o número de médicos, pois isso eleva artificialmente seus salários.  Adicionalmente, um médico tem de adquirir diversos tipos de licenças, sem as quais ninguém pode exercer a medicina.  A criação de hospitais também sofre o mesmo tipo de regulamentação, o que dificulta o surgimento de hospitais baratos que poderiam concorrer com os já estabelecidos.  Já as seguradoras de saúde são, em sua grande maioria, proibidas pelo governo de concorrer entre si além das fronteiras estaduais.  Várias seguradoras não podem ofertar seus serviços em mais de um estado do país.
Mas a coisa piora.
Pelo lado da demanda, 90% dos gastos em saúde ocorrem por meio de canais que não são o paciente: mais especificamente, ocorrem pelas seguradoras e pelo estado.  Para se ter uma ideia desse despautério, na Espanha, o gasto público com saúde totaliza 6,9% do PIB.  Na União Europeia, 8,2%.  Nos EUA, como dito, o gasto total é 17%.  Dado que 90% desses 17% são gastos que não são desembolsados pelo paciente, temos que 15,3% dos gastos em saúde nos EUA são terceirizados.  Ou seja, nem mesmo a Espanha apresenta um grau tão elevado de socialização da demanda como os EUA.
Mais especificamente, de cada 100 dólares gastos na saúde americana, 45 dólares são desembolsados pelas seguradoras, outros 45 dólares pelos programas estatais Medicare (programa de responsabilidade da Previdência Social americana que reembolsa hospitais e médicos por tratamentos fornecidos a indivíduos acima de 65 anos de idade) e Medicaid (programa financiado conjuntamente por estados e pelo governo federal, que reembolsa hospitais e médicos que fornecem tratamento a pessoas que não podem financiar suas próprias despesas médicas), e apenas 10 dólares são desembolsados pelo próprio paciente.
Dito de outro modo, de cada 100 dólares gastos na saúde, o paciente — que é quem está realmente recebendo os serviços — arca com um custo de apenas 10 dólares.  Quem paga os 90 restantes?  O resto de seus compatriotas — seja por meio do Fisco, seja por meio de suas apólices de seguros, que compreensivelmente ficam a anualmente mais caras.
Nos EUA, portanto, não há uma correspondência entre custos e benefícios.  E dado que as seguradoras são obrigadas pelo governo a cobrir até mesmo consultas de rotina, os preços das apólices seguem em disparada.  Se você fizer algo tão simples e corriqueiro quanto um exame de sangue — que é coberto pelos planos de saúde e pelos programas Medicare e Medicaid —, é comum o hospital cobrar um preço astronômico do governo ou da seguradora, a qual, por causa disso, irá aumentar os preços das apólices.
Nesse arranjo, o incentivo para aumentar os gastos é o mesmo que ocorreria se milhões de pessoas fossem a um mesmo restaurante, pedissem individualmente os pratos que quisessem e, no final, dividissem igualmente entre todos a fatura total.
E, com efeito, o estudo mais completo já realizado até o presente momento sobre os custos excessivos da saúde americana não deixa espaço para dúvidas: a explosão dos custos se deve essencialmente a um crescimento descontrolado da demanda (direcionada sobretudo à medicina preventiva), a qual é capaz de suportar preços crescentes devido ao fato de que ninguém — governo, seguradoras e pacientes, como explicado acima — tem o incentivo de reduzir seus gastos.  Por mais que a oferta aumente, a demanda cresce a uma velocidade superior, o que multiplica os preços.
Vale ressaltar que, naquelas áreas do sistema de saúde americano em que não há esta socialização dos gastos — porque os programas estatais ou os seguros não cobrem —, não se observa nenhum crescimento anormal dos custos.  Este é o caso, por exemplo, dos serviços de odontologia ou das cirurgias oculares a laser, cujos custos caem ano após ano.
Na Europa, onde a saúde pública é "gratuita" para o usuário (embora seja cara para os pagadores de impostos), não ocorrem consequências similares a essas dos EUA simplesmente porque os políticos e burocratas que comandam o setor racionam os serviços que os cidadãos podem receber (os famosos cortes de gastos para a saúde, sobre os quais muito se fala atualmente, sempre foram uma prática estrutural do sistema; apenas se tornaram mais visíveis agora por causa da crise).  No Velho Continente, os donos da saúde dos cidadãos europeus não são eles próprios, mas sim os políticos e burocratas que organizam o sistema segundo seus gostos, necessidades e interesses.  Daí a frequente ocorrência de fenômenos como listas de espera, adoção tardia de novas tecnologias, tratamentos e medicamentos não cobertos, aglomeração de pacientes etc.
Dito de outra forma: os incentivos perversos para a demanda que levam a uma hipertrofia dos gastos em saúde nos EUA também existem na Europa, só que, na Europa, os políticos controlam severamente a oferta e impedem que os gastos disparem.  É como se, ao chegarmos a um restaurante, o dono do estabelecimento limitasse a quantidade e a qualidade daquilo que cada comensal pode pedir: por mais que pudéssemos e quiséssemos pedir mais e melhores pratos, não poderíamos.
Mas, afinal, que foi o motivo que levou a tamanha socialização da demanda por serviços de saúde nos EUA?  A criação dos programas estatais Medicare e Medicaid, em 1966, contribuíram substancialmente para as distorções.  Mas o principal incentivo foi criado em 1954: as empresas passaram a poder descontar no imposto de renda e na contribuição para a Previdência Social todos os gastos associados à aquisição de um plano de saúde para seus empregados.  Ou seja, caso as empresas pagassem planos de saúde para seus empregados, elas ganhariam descontos tanto no IRPJ quanto na contribuição para a Previdência Social.
Isso gerou uma consequência não-prevista.  Os incentivos para que todo o gasto em saúde fosse canalizado para os seguros adquiridos por empresas para seus empregados se tornaram enormes.  Isso, por conseguinte, elevou substancialmente a demanda por planos de saúde, os quais foram obrigados pelo governo a cobrir uma enorme variedade de serviços, inclusive aqueles associados à medicina preventiva.  Os custos das apólices obviamente dispararam. 
Apenas imagine quanto custaria o seguro do seu carro caso o governo obrigasse as seguradoras a cobrir serviços como troca de óleo e reabastecimento.  Nos EUA, é exatamente isso o que ocorre para os planos de saúde.  E tudo começou porque as empresas, muito corretamente, queriam reduzir seus gastos com tributos diretos, um confisco estatal que nem sequer deveria existir.  Um perfeito exemplo de como uma intervenção estatal (impostos sobre a renda) gerou uma grande distorção (redução dos lucros das empresas) que, por sua vez, levou à criação de uma medida aparentemente mitigadora (incentivos fiscais para planos de saúde).  No final, todo sistema de saúde ficou desarranjado.
Essa socialização de 90% dos gastos em saúde nos EUA — toda ela induzida pelo intervencionismo estatal — é a principal responsável pela hipertrofia dos preços.  Os EUA não são de maneira alguma um exemplo de livre mercado no sistema de saúde.  Em um arranjo de livre mercado e livre concorrência, os gastos para consultas de rotina são financiados pela própria poupança do paciente, e somente aqueles eventos de natureza extraordinária e catastrófica são cobertos por planos de saúde.
O que o sistema americano ilustra perfeitamente são os efeitos potencialmente devastadores do estatismo, 
inclusive quando em doses aparentemente inócuas.

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1851

Petistas blindam Paulo Costa e fingem que fritam André Vargas para adiar efeitos negativos da Lava Jato


Posted: 26 May 2014 07:41 AM PDT

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O PT produz mais um jogo de cena, digno de ganhar um Oscar de defeitos especiais, para conter os efeitos negativos da Operação Lava Jato sobre a campanha reeleitoral. Duas táticas são prioritárias. A primeira é manter a blindagem sobre Paulo Roberto Costa, que sabe tudo, é já está solto. A segunda é fingir que a cúpula partidária rompeu politicamente com o deputado Federal André Vargas, elo entre muitos políticos (principalmente do partido) e o doleiro Alberto Youssef.

Por isso, vazou, propositalmente, a mentirinha de que o PT deseja ver Vargas fora do Congresso. A pressão pública para que ele saísse do partido já mereceria um Molière do teatrinho petralha. Agora, a insistência para que saia mesmo do PT, expulso por “infidelidade partidária”, conforme processo aberto no Tribunal Superior Eleitoral, é uma manobra diversionista. Não dá para apagar os serviços que Vargas fez aos petistas, em passado recente, apenas detonando-o do PT.

A cúpula petista, na verdade, deseja ganhar tempo. Sabe que hoje, com a apresentação dos jogadores da Seleção Brasileira ao técnico Felipão, começa, efetivamente, a Copa do Mundo da Fifa – que terá efeitos ilusionistas sobre a política e a economia brasileira, até a metade do mês de julho. Até lá, com a maioria esmagadora torcendo fanaticamente pelo time da CBF, os petistas e o governo esperam que muitas broncas, como a Lava Jato, fiquem providencialmente abafadas.

No caso específico de André Vargas, os petistas não querem que ele deponha, tão depressa, ao Conselho de Ética da Câmara, para tentar justificar suas relações com o doleiro Alberto Yousseff. Para isso, uma cassação urgente de André Vargas seria um excelente negócio. A investigação seria suspensa automaticamente. Vargas não teria de explicar, politicamente, qual a relação dele e do amigo doleiro com o Ministério da Saúde na gestão do ministro Padilha. Vargas também não teria de esclarecer a suspeita de tráfico de influência em favor do doleiro nos fundos de pensão de estatais e na Caixa Econômica Federal.

Por isso, não dá para acreditar que a cúpula petista esteja agindo, com sinceridade, ao pedir a cabeça de Vargas – que ano que vem seria o natural presidente da Câmara dos Deputados, se a Operação Lava Jato não tivesse atrapalhado...

Torcer ou distorcer?


Tudo à vista...


PS - Por algum problema técnico de natureza estranha, a edição de hoje entrou e saiu do ar, sozinha. Já convocamos um pai de santo africano para resolver o problema.
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.
A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.

© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 26 de Maio de 2014.

MINHA CASA, SUA DÍVIDA


Luis Carlos Prates


Este pode ser o brasil deles, mas não é o meu Brasil!

E o Supremo Tribunal Eleitoral permite! Temos de ir para a rua!

Postado por Anhangüera


PETISTA GILBERTO CARVALHO TENTA DESQUALIFICAR O DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL QUE IDENTIFICOU UMA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA NA PETROBRAS

domingo, 25 de maio de 2014


O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, o petista Gilberto Carvalho, disse na sexta-feira que a afirmação de um delegado da Polícia Federal de que haveria uma organização criminosa na Petrobras "é uma opinião subjetiva de um delegado e não do conjunto da Polícia Federal". Segundo o ministro, "é preciso esperar o processo de investigação e ver se procede essa adjetivação para aí, sim, a gente ficar preocupado". Essa afirmação preliminar, de acordo com Gilberto Carvalho, não é importante. "Vamos esperar que passe por outros crivos para que, assim, a gente fique preocupado", repetiu, salientando que esse comentário "é um indicativo inicial de um inquérito assinado por um delegado e essa adjetivação só vale quando, de fato, passa pela análise rigorosa das instâncias judiciais". "Portanto, não considero essa adjetivação importante", disse o ministro petista. A citação da existência de "uma organização criminosa no seio" da estatal, que atuaria desviando recursos, foi feita pelo delegado Caio Costa Duarte, da Divisão de Repressão a Crimes Financeiros em Brasília, em um ofício enviado em 22 de abril ao juiz federal Sérgio Fernando Moro, do Paraná. No documento, o delegado pede ao juiz o compartilhamento de provas da Operação Lava Jato, o que seria de "grande valia" para a condução do inquérito sobre Pasadena, refinaria sediada no Estados Unidos comprada pela Petrobras.

Quem já perdeu a eleição de 2014?


Posted: 25 May 2014 04:10 PM PDT

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O Brasil é o grande perdedor antecipado da eleição presidencial de 2014. Se a situação vencer, tudo pode ficar ainda pior. Se a “oposição” ganhar, as chances de mudança do quadro atual parecem remotas. A conjuntura política e econômica é surreal. A classe política brasileira, parceira da governança do crime organizado, não demonstra interesse em mudar nosso modelo de Estado – arcaico, ineficiente, inchado e corrompido. Assim, torna-se antecipada e previsível a derrota do ignorante eleitorado brasileiro, obrigado a votar no modernoso cassino eleitoreiro das urnas sem chance de auditoria por voto impresso.

As pesquisas eleitorais divulgadas são absolutamente inconfiáveis. Ainda dá para acreditar, um pouco mais, naquelas que não acabam divulgadas aos eleitores profanos. Caríssimos e feitos para consumo dos marketeiros, na elaboração de políticas e estratégias de campanha, os estudos sigilosos revelam um dado que coincide com as enquetes divulgáveis para a massa. Um percentual de 65% a 70% exigem uma mudança (imediata) do governo. Ou seja, a insatisfação com a gestão petista é concreta e objetiva. Portanto, o PT e aliados só ganham a eleição na base da falcatrua eletrônica.

“#Fora, petralhada!” é uma possibilidade concreta. Mais pelo voto do que por qualquer outro golpe institucional menos votado. Quem decide a eleição no Brasil é o poderio econômico que controla o País de fora para dentro. A Oligarquia Financeira Transnacional já manifestou, explicitamente, o desejo de trocar o PT. O lamentável é que a substituição tende a ser na base do “seis pela meia dúzia”. Os cavalos favoritos na disputa presidencial têm o patrocínio do mesmo “dono”. Assim, não faz diferença tirar a mula sem cabeça, substituindo-a pelos nobres “puros-sangues” social democrata ou socialista. O Brasil já sairá derrotado previamente do páreo.

Não existe previsão de mudança, após a eleição, do falido, improdutivo e corrupto modelo político e econômico brasileiro. É mais fácil até o Brasil ganhar a guerra da Copa da Fifa com o time meio envelhecido e sem experiência de grandes combates armado pelo Felipão. O Brasil tende a continuar o mesmo – o que significa a desgraça das tragédias. O sistema Capimunista – que varia entre o intervencionismo estatal, o oportunismo empresarial e a hegemonia especulativa financeira – não sofrerá alterações profundas.

Não há dúvidas de que o País, as zelites e seu povinho continuarão subjugados pelos verdadeiros poderosos de plantão: os “banqueiros” que lucram de maneira cada vez mais recorde na parceria que gera a mais absurda dívida pública do planeta dos macaquitos. No Brasil, os bancos não funcionam como bancos de verdade. Faturam alto emprestando, a juros estratosféricos, o dinheiro que não é deles. No dia em que tivermos bancos investindo o próprio dinheiro de seus acionistas – e não a grana pública -, seremos outra Nação. Do jeito que a coisa vai, talvez isto aconteça no Dia de São Nunca (30 de fevereiro).

Grupos empresariais que se reúnem para analisar a conjuntura nunca produziram tanta confusão como agora. As conclusões de recentes encontros – a cujo conteúdo o Alerta Total teve acesso – são desanimadoras e indicam que os atuais paradigmas não conseguem entender – e muito menos explicar – o fenômeno brasileiro. Todos concordam que o Brasil cresce menos do que deveria, com inflação alta no presente e no curto e no médio prazo, e com a máquina estatal desperdiçando mais recursos que o normal. Mas não se chega a um consenso sobre a solução para alterar o rumo do Titanic na direção do iceberg. Situação e Oposição nunca foram tão parecidas, confusas e sem direção e sentido.

O “medinho” parece ser a tendência mais perigosa do momento. Alguns empresários (em uma incômoda e aparente “zona de conforto”) já fazem o discurso de que, “mesmo estando ruim, parece melhor deixar como está”. Tal pensamento resulta e reflete a contaminação do vírus petralha da marketagem em favor do continuísmo. Para piorar a situação, falta clareza na mensagem alternativa da tal “oposição”. Quem apresenta um projeto claro e objetivo realmente diferente do PT? Até agora, ninguém. Quem fizer isto, mesmo que na base da promessa ilusionista, vence a eleição.

Governar, depois, será tarefa para o Tom Cruise na próxima edição do “Missão Impossível”. O próximo governo terá grandes dificuldades com o aparelhamento que o PT e comparsas fizeram da máquina federal. Como de costume, o fiel da balança será o PMDB (governista para sempre, onde o governo estiver, tal como a rêmora que aproveita os restos deixados pelo tubarão). A cúpula peemedebista é tão esperta e pragmática que já se dividiu. Uma parte maior finge que continua aliada do PT. Outra banda promove uma “traiçãozinha” na união instável com Aécio Neves. Também podem pular no barquinho do Eduardo Campos (caso ele cresça nas intenções de voto).

A eleição presidencial de outubro, com grandes chances de decisão no segundo turno de novembro, é a mais embolada desde 1989. A pouca diferença de propósitos entre os candidatos é assustadora. Dilma Rousseff será fatalmente acuada pelas denúncias de corrupção – que devem crescer em número, gênero e grau quando a campanha esquentar. A esperança petista é que uma eventual vitória brasileira na Copa do Mundo da Fifa ajude a iludir a torcida eleitoral, neutralizando as broncas. O temor petista é que os protestos saiam de controle, e transformem a competição em uma temporada de desgastes. Por isso, é altíssima a aposta no triunfo da Seleção da CBF. O fato de Lula e Dilma negarem, sempre que podem, que o resultado da Copa “pouco importa” é a prova do “medinho” deles.

Sem Vergonha do Brasil?


O PT prossegue com sua marketagem baseada na “estratégia do medo” – que pode ser uma tática suicida. Em campanha reeleitoral escancarada, a Presidenta Dilma aproveitou muito bem ontem o 17º Congresso da União da Juventude Socialista, entidade dominada pelo PC do B, para repetir seu discurso de uma nota só. De imediato, chutou a canela do ex-jogador Ronaldo (certamente induzido por seu patrocinador Nike para pedir desculpas pela desorganização brasileira para a Copa). Dilma repetiu o discurso ufanista de sempre, atirando: “O nosso país fará a Copa das Copas. Não temos do que nos envergonhar. Não temos complexo de vira-lata”.

O “não” da Dilma, psicologicamente, revela exatamente o contrário. Por isso, ele insistiu na reedição do discurso reeleitoral que insufla o medo. Sem citar os nomes de seus adversários Aécio, Eduardo ou Marina (tem petista na Rede insuflando-a tirar o time de Campos e entrar na disputa), Dilma do Chefe mandou vários recados, aproveitando a favorável plateia comunista: “Não deixaremos passar o atraso por porta nenhuma”. Ou: “Os que querem voltar vão tomar medidas impopulares, como o arrocho salarial, desemprego e recessão. Estamos aqui para dizer que não voltarão!”.

Dilma é uma Presidenta sem cabeça. Não tem vontade própria. Age por ordem dos marketeiros. Obedece ao guru Lula – o Presidentro. Dilma é a suprema representante da vanguarda do atraso. Seu principal adversário, Aécio Neves, tem a missão quase impossível de mostrar que pode ser diferente de Dilma, para vencê-la, sem a ajuda de outros subterfúgios menos votados.

O jogo está escancarado. Dilma, com a máquina, tem chances remotas, apesar do desgaste. O PT nunca entrou em uma disputa com tanto “medinho”. O PT continua tentando vender a “teoria do fato consumado” – segundo a qual já ganhou a eleição. Tal teoria é mais falsa que a nota de 1000 dólares com a efígie do Lula.

O triste é que a disputa eleitoral no Brasil é uma corrida de resultado previsível rumo a um modelo que não deve mudar. Sorte dos controladores globalitários. Azar nosso – que não formulamos, claramente, um projeto para o Brasil!

Golaço contra do "Fenômeno"?


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O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.

A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.

© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 25 de Maio de 2014.