segunda-feira, 7 de abril de 2014

Cresce a procura por imóveis mais sofisticados




Afastando rumores de bolha imobiliária  e desaquecimento do mercado imobiliário, o ano de 2014 prometecontinuar com altos índices de compra de imóveis. Em 2013, a Caixa Econômica Federal registrou o valor recorde de R$ 134,9 bilhões em contratações, referentes a crédito imobiliário. A previsão da instituição financeira é que o crédito imobiliário siga em alta, devendo ficar entre 10% e 20% maior do que no ano passado. Grande parte desse montante em financiamentos foi destinada a compra de imóveis que fazem parte do Programa Minha Casa Minha Vida. Mas, o perfil de quem está adquirindo imóveis está mudando. É grande a procura por apartamentos maiores e com mais vantagens e benefícios, em comparação aos imóveis comercializados dentro do programa subsidiado pelo Governo. Segundo a corretora de imóveis Sueli Fernandes, muitas famílias estão priorizando conforto, localização e acabamento com mais qualidade na hora de comprar um novo imóvel. “As pessoas que geralmente moravam em residências e hoje estão optando por morar em apartamentos, por exemplo, procuram um imóvel com um piso melhor, com mais vagas de garagem, elevadores. É um perfil depúblico mais exigente”, explica a corretora.
Seguindo esse perfil de comprador, muitas construtoras têm lançado projetos com três quartos, suíte, sala para ambientes maiores e uma gama de serviços dentro do próprio estabelecimento, como academia e área gourmet mais completa. Além disso, os materiais usados na finalização da obra também são mais qualificados. Revestimentos como porcelanatos, sistema de aquecimento a gás, garagens cobertas, entre outros itens, são características analisadas pelos compradores na hora de escolher um novo imóvel neste padrão. Conforto dentro de casa: novos empreendimentos já atendem perfil mais exigente Em São José dos Pinhais, cidade em franco desenvolvimento imobiliário, muitas das opções de apartamentos já se encontram nesse novo perfil de comprador. É o caso do San Diego Residence: alto padrão de acabamento que inclui revestimentos em porcelanato nas áreas frias, três dormitórios sendo uma suíte máster com closet, hidromassagem, banheiro com duas cubas e duas duchas, sacada com churrasqueira a carvão, dois elevadores e áreas comuns mobiliadas, como o espaço gourmet, espaço fitness, hall social, e sala de reunião. O prédio ainda conta com sistema de segurança com câmeras, videoporteiro e playground.

Segundo Sueli, que comercializa as unidades do San Diego Residence, a proposta da construtora é exatamente promover mais qualidade de vida e sofisticação a essa parcela de público que busca imóveis diferenciados. “Além da segurança e do conforto, esses apartamentos oferecem facilidades aos futuros moradores, como sistema de aquecimento a gás, dois elevadores, entre outras vantagens”, destaca a corretora. A localização também é um ponto positivo para o empreendimento: o San Diego Residence fica no centro da cidade e as unidades estão prontas para morar.


Por: Franciele Lima

Fonte: IBRAFI 

DIRETORES DA ASTRA VIRARAM ACIONISTAS DA REFINARIA DE PASADENA, SEM PAGAR NADA POR ISSO

domingo, 6 de abril de 2014


A Petrobras e a Astra Oil não foram as únicas sócias da refinaria de Pasadena. Logo após a estatal brasileira adquirir 50% do negócio por 360 milhões de dólares, a Astra firmou um acordo interno com seus funcionários atribuindo-lhes participação no negócio, segundo documentos obtidos pelo site de VEJA na Justiça do Texas. O porcentual foi retirado da fatia da Astra e transferido a alguns de seus diretores. O valor pago pelas ações, segundo depoimentos dos próprios executivos, foi zero. Mike Winget, então presidente da Astra, ficou com 7% das ações, enquanto o brasileiro Alberto Feilhaber e outros diretores abocanharam cifras mais singelas — de 1,7%. Em seu depoimento na Câmara de Arbitragem, Feilhaber reconheceu que a Astra lhe havia oferecido participação no negócio. Questionado se ele havia desembolsado algo por elas, o executivo, visivelmente nervoso, afirmou que não sabia. "Então essa participação lhe foi dada?", questionou um dos árbitros. "Eu acho que sim. Eu acho que foi algo como um bônus, algo assim", disse Feilhaber, de maneira vaga. Em outros depoimentos, diretores da Astra, incluindo o presidente Mike Winget, detalharam melhor o modelo de participação. Em vez de receberem bônus pelos resultados alcançados pela empresa belga, os executivos poderiam escolher ser premiados com ações da refinaria de Pasadena. Em troca de e-mails entre Winget e Chuck Dunlap, um dos poucos funcionários provenientes da Astra que ainda estavam em Pasadena em julho de 2008, Dunlap deixava claro que a única razão de estar ainda no grupo era a perspectiva da venda da participação da Astra para a Petrobras — e, consequente, o valor que embolsaria sendo acionista. Dunlap questionava Winget se ele continuaria protegendo seus interesses de acionista, mesmo se a situação se tornasse insustentável em Pasadena e ele se visse obrigado a pedir demissão. Dunlap pedia uma confirmação por escrito da existência do acordo que dividia as ações entre alguns diretores. "Se você naufragasse em seu barco na Costa Rica ou batesse a cabeça numa prancha de surfe, eu não iria querer ter de convencer Gilles (Samyn, presidente da controladora da Astra) dos termos do acordo que nós firmamos, sobretudo porque os termos desse acordo não estão claros", escreveu o diretor. Winget respondeu tentando tranquilizar o subordinado. Afirmou que garantiria o pagamento da participação a todos os envolvidos, não importasse o valor da venda da refinaria. "Eu não posso garantir qual valor será porque ainda não sei. Mas você receberá o mesmo patamar que o resto de nós, ajustado ao porcentual que você detém", disse o então presidente. Os documentos da Justiça americana não confirmam se a diretoria da Astra e alguns de seus representantes na refinaria de Pasadena, de fato, receberam seu porcentual correspondente pela venda à Petrobras. Mas, caso Winget tenha honrado o acordo firmado com os funcionários e convencido a Bélgica a aceitá-lo sem vetos, ele próprio teria recebido cerca de 50 milhões de dólares ao fim do litígio, enquanto Feilhaber teria abocanhado 12 milhões de dólares. Winget, atualmente, está aposentado — e o comando da Astra Oil Trading nos Estados Unidos está nas mãos do brasileiro Feilhaber, que acumulou mais de vinte anos de experiência como trader da Petrobras.

As estatísticas do IPEA e outras peças de ficção

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Posted: 07 Apr 2014 02:28 AM PDT
POR JORDI CASTAN



A divulgação, de forma irresponsável, de uma pesquisa elaborada pelo IPEA (Instituto de Pesquisas Aplicadas) e que, entre outros dados, informava que 65% dos brasileiros achavam que a forma de vestir das mulheres era um incentivo ao estupro, gerou uma forte reação em todo o país. Os dados apresentados pelo IPEA colocaram de uma hora para outra o Brasil na Idade Média ou na barbárie da Índia de hoje.



Se a fonte não fosse o IPEA, um mínimo de sentido comum deveria ter permitido identificar que os dados apresentados não faziam sentido. Se é verdade que isto não é Suécia tampouco vivemos na Índia ou no Afeganistão, países e sociedades em que o estupro não é visto como uma brutalidade inaceitável e milhares de mulheres são estupradas anualmente, com o silêncio cúmplice de toda a sociedade.

No Brasil, os casos de furtos, roubos e estupros lideram as pesquisas e junto com homicídios, latrocínios e assaltos ocupam um lugar predominante no ranking da violência e da criminalidade, neste país em que a vida vale cada dia menos.

Voltemos às pesquisas. A minha pesquisa favorita é a que utiliza a "teoria do frango" como metodologia. Ela parte da premissa que se hoje eu comi um frango e você nenhum, cada um de nos comeu meio frango. E estamos bem alimentados. Outros denominam esta metodologia "do freezer", aquela que diz que se colocamos a cabeça no forno e os pés no freezer a temperatura média será perfeita.

Aplicando esta lógica simples, para que 65% dos brasileiros achassem que a forma de vestir incentivava o estupro, seria preciso que em algumas regiões ou grupos pesquisados, praticamente a totalidade da população pesquisada manifestasse a sua concordância, para compensar o grupo, entre os que me incluo, que acha que cada um é livre para se vestir da forma que achar adequado, sem que isso possa servir de justificativa para que alguém seja estuprado.

As perguntas que não saem da minha cabeça são:
- Por que divulgar esta pesquisa justamente agora?
- Quem á encomendou e com que objetivo?
- Por que não houve uma análise mais criteriosa dos dados, quando foram divulgados?
- Ninguém percebeu o absurdo do resultado? Casualidade?

Não acredito em casualidades, tampouco acredito que Deus jogue dados. Acho sim que os pesquisadores do IPEA jogaram com os dados. Pode ser que os dados utilizados pelo IPEA sejam aqueles com seis lados, em que cada um dos lados está numerado de 1 a 6 e que são lançados ao azar, para quem gosta de acreditar na sorte.

Este episódio me deixa com a impressão que o nosso índice de crendice é muito elevado e a capacidade de análise dos dados e informações que recebemos a cada dia é cada vez menor. E assim ficamos mais vulneráveis e fazeis de manipular.