terça-feira, 17 de abril de 2012

Projeto de gourmeteria traz sofisticação para o preparo do churrasco



No projeto do arquiteto Carlos Lemos, 11 espetos giram automaticamente na churrasqueira, para deixar o assador com mais tempo para aproveitar a companhia dos amigos

A tecnologia na cozinha pode servir a aspirantes a chefs de todos os estilos. Em um mesmo apartamento no bairro Bela Vista, em Porto Alegre, dois ambientes refletem diferentes desejos do casal, com idade entre 50 e 60 anos, proprietário do imóvel. A mulher usa a tecnologia para simplificar a tarefa na cozinha. E o homem, como espaço de churrasco, desfruta de uma sofisticada gourmeteria

Churrasqueira, vinhos e um home theater são as atrações do ambiente encomendado pelo marido. Os tons terrosos dominam a sala de 28 metros quadrados com estrutura para preparar e degustar uma refeição harmonizada com vinho ou cerveja. "Ele queria marcar um ambiente bem masculino, com um território bem delimitado, em que pudesse receber os amigos", afirma o arquiteto Carlos Lemos.
Onze espetos giram automaticamente na churrasqueira, para deixar o assador com mais tempo para aproveitar a companhia dos amigos. Ele optou por conservar o acendimento manual, para ter controle sobre a técnica do churrasco. 

Uma bancada em mármore marrom imperador dividida em dois níveis com pia, gavetas de apoio e um cooktop de duas bocas complementa o arsenal do assador, que pode esquentar molhos ou finalizar os pratos sem se distanciar dos convidados. O espaço inclui bancos em volta da bancada, para que os amigos possam acompanhar o preparo da carne.

Controle da TV no tablet
Um home theater de 62 polegadas é controlado por tablet e está integrado ao sistema de segurança da casa, podendo exibir imagens da chegada dos convidados. Os utensílios para o churrasco ficam guardados em um armário espelhado, encarregado também de dar amplitude visual ao ambiente.

A abertura das cortinas pode ser controlada por tablet ou até de forma remota, assim como a iluminação. Neste ambiente, há luminárias sem moldura com lâmpadas fluorescentes, dicroicas e ARs.
O gosto pelas bebidas se apoia no projeto tecnológico
Duas adegas, uma para 60 garrafas, embutida no centro do armário espelhado e outra para 170 unidades são climatizadas e têm iluminação especial. Na sequência, há uma cervejeira para gelar 60 garrafas.

Tango desafinado (sobre a desapropriação da YPF) por Mirim Leitão


Enviado por Míriam Leitão e Alvaro Gribel - 
17.4.2012
 | 
15h00m
COLUNA NO GLOBO


A capacidade da Argentina de errar parece ilimitada. Em pleno século XXI, uma medida que lembra o peronismo dos anos 1950 foi anunciada com um discurso também obsoleto pela presidente Cristina Kirchner: a expropriação da YPF. Isso colocará uma pulga atrás da orelha de todos os investidores, inclusive empresas brasileiras que estão lá, como a Petrobras. E não apenas nessa área.
A Repsol e o governo vinham se desentendendo. A empresa espanhola que controla a petroleira argentina reclama - junto com todas as outras - do controle de preços que faz baixar muito a rentabilidade do negócio. O governo protestava contra a falta de investimento da companhia e o fato de que depois de muitos anos a Argentina passou a importar petróleo.
Segundo dados do FMI, a balança comercial argentina no setor de petróleo começou a ficar deficitária no ano passado. As exportações praticamente não cresceram nos últimos 10 anos, as importações aumentaram. Em 2001, as vendas de petróleo da Argentina foram de US$ 4,7 bilhões e as importações de US$ 0,8 bi. Em 2011, o país exportou cerca de US$ 5 bilhões e importou US$ 8,2 bilhões. A explicação das empresas para a baixa produção no país é a política interna de remuneração muito abaixo do preço internacional.
Há inúmeras formas de intervir na economia dentro das regras do jogo. O governo tem o poder de regulação, o que não é pouco. Mas a Argentina resolveu ir por um caminho que a coloca em choque com a Espanha e a União Europeia, além de quebrar a confiança dos investidores.
O presidente da Repsol, Antonio Brufau, esteve durante toda a semana passada na Argentina à espera de uma audiência com a presidente. Ela não o recebeu, e ele se reuniu com o ministro Julio De Vido, do Planejamento, e o vice-ministro da Economia, Axel Kicillof, quando teria ouvido que a empresa não seria expropriada. Ontem, o governo anunciou exatamente esses dois nomes - De Vido e Kicillof - como interventores na YPF. Ou seja, tudo estava decidido bem antes.
A expropriação não poderia ter vindo em pior hora para os espanhóis. O governo sofre pressão para se financiar, com os títulos públicos pagando as taxas de juros mais altas dos últimos quatro meses. Nas ruas, há protestos contra cortes de gastos, o desemprego se mantém acima de 20%, e entre jovens a taxa supera 50%. O ministro da economia já admitiu que o país entrou em recessão no primeiro trimestre, antecipando dado que só será divulgado no final do mês.
Como sempre acontece em rompantes de populismo, Cristina Kirchner fez discurso cheio de bravatas. O problema é que isso convoca os brios nacionalistas, e em qualquer país acaba arrebatando apoio. A conta acaba sendo paga pelo próprio país. Kirchner decidiu seguir o caminho de Hugo Chávez, que tem custado tanto à Venezuela em termos de baixo crescimento, fuga de capitais, inclusive de investidores nacionais.
Para justificar a decisão, a presidente alegou que o Brasil tem 51% da Petrobras. Tem sim, mas a comparação não faz sentido. A YPF foi privatizada, ela poderia recomprar a empresa em negociação com seus investidores. "Não estamos inventando nada, outros países controlam as empresas líderes do mundo", disse ela, citando Noruega, Rússia e China. O problema não é ter controle estatal na empresa, o problema é usar a força do Estado para ferir direitos, expropriar, rasgar contratos. Isso costuma ter um preço alto. Até porque a Lei que expropriou a empresa não estabelece qualquer garantia para os investidores. O país entra assim num ambiente de insegurança jurídica.
A Lei de Soberania de Hidrocarbonetos, além de expropriar 51% da YPF - justamente a parte da Repsol -, cria um novo marco legal declarando de interesse público toda "produção, refino, transporte, e comercialização de petróleo e gás". Cria-se a brecha para intervenção em qualquer empresa do setor, inclusive na Petrobras, que é a terceira maior produtora e refinadora de petróleo da Argentina, com 6% e 14,1% do mercado, respectivamente.
Dias atrás, o governo cancelou uma concessão da empresa brasileira na província de Neuquén, alegando baixo investimento. No dia, a presidente da Petrobras, Graça Foster, se disse surpresa: "Temos boas relações com a Argentina e estávamos avaliando oportunidades futuras no país." Vale lembrar que, quando atingido por ações como esta, o Brasil prefere encontrar solução negociada. Em 2007, a Bolívia expropriou duas refinarias da Petrobras, mas a empresa brasileira nem tinha grande interesse no negócio. Apenas negociou indenização. Na Venezuela, a estatal brasileira preferiu vender seu negócio antes que ele fosse estatizado.
Como era previsível, a Espanha decidiu recorrer a tribunais internacionais. Isso prenuncia uma longa briga, mas nos últimos dias o governo e autoridades europeias ameaçaram retaliar o país em caso de rompimento das negociações. O embaixador espanhol foi chamado a Madri, e houve reunião de emergência com a presença do presidente espanhol, Mariano Rajoy.
Enquanto isso, no Brasil, a presidente da Petrobras estava reunida com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, falando de cooperação entre os dois países na área de petróleo. Com atitudes como essa, da Argentina, o Brasil se destaca cada vez mais como país confiável para investimento. Os argentinos estão cavando mais fundo o próprio buraco, quando o governo poderia conseguir o mesmo objetivo através de mecanismos de mercado.

O assalto do governo de Cristina Kirchner à petroleira espanhola YPF é isto mesmo: um assalto




Ricardo Setti - Grande jornalista brasileiro e corintiano

Ricardo Setti - via Veja
O edifício-sede da sede da petroleira YPF em Buenos Aires: para a Espanha, um "ato de hostilidade" (Foto: Juan Vargas / AFP)
O assalto e tomada de posse, na marra, do governo da presidente Cristina Kirchner à empresa petrolífera argentina YPF, subsidiária da multinacional espanhola Repsol, é isto mesmo: um assalto.
Deixando à margem as gravíssimas consequências que o gesto terá para o fluxo de investimentos estrangeiros à Argentina, para as relações com um país que há séculos mantém boas relações com Buenos Aires – a Espanha – e com a própria União Europeia, o governo demagogo, populista e autoritário de Cristina preferiu o caminho da ilegalidade. O ministro da Indústria, José Manuel Soria, considerou, antes da virtual ocupação da empresa, que a atitude do governo argentino até então constituía um “ato de hostilidade” a Madri.
Poderá custar caro em todos os sentidos, inclusive no financeiro. A Espanha tem com a Argentina há vários anos um Acordo de Proteção Recíproca de Investimentos. Um recurso da Repsol e do governo espanhol ao Centro Internacional para a Arbitragem sobre Investimentos, organismo multilateral ligado ao Banco Mundial, pode custar aos cofres de Cristina pelo menos 4 bilhões de euros.
Cristina agiu com a Repsol com a mesma truculência com que lança mão dos baderneiros piqueteiros para encurralar governantes locais dissidentes, com que utiliza a tropa de choque de jovens conhecida como “Cámpora” para hostilizar e pressionar parlamentares da oposição e com que tem usado todos os meios a seu alcance para calar a imprensa crítica. São métodos que se coadunam como os de mentir descaradamente sobre a real taxa da inflação, se preciso for enxertando os órgãos oficiais de militantes peronistas que recebem ordens da Casa Rosada e destruíram a credibilidade construída durante décadas por essas instituições.
(A revista britânica The Economistinformou há algumas semanas a seus leitores que não mais publicaria qualquer estatística econômica proveniente do governo argentino).
No caso da YPF, a presidente apertou um botão em março e, como em cascata, sete províncias governadas por aliados seus começaram a cancelar dezenas das 150 licenças para exploração de petróleo em seus territórios pela empresa, sempre sob a mesma alegação: a suposta insuficiência de investimentos.
Cristina Kirchner: demagogia associada à truculência já se tornaram marca de governo (Foto: VEJA)
A YPF, estatal privatizada em 1999, fez tudo o que estava ao alcance de uma empresa privada para obter um acordo com o governo argentino – e as propostas foram invariavelmente recusadas. Entre outras, as seguintes:
* o compromisso escrito de inversões de centenas de bilhões de euros;
* conceder mais poder ao governo central e às províncias na empresa por meio da criança de um pool de províncias que passaria a deter 10% do capital (hoje, 57,43% YPF pertencem à Repsol, 25,46% ao grupo argentino Petersen, 17,09% são capital flutuante comercializado em Bolsa e apenas 0,02% do governo argentino);
*  entrada de um sócio financeiro e industrial que fosse “abençoado” pela presidente – caso em que a estatal chinesa Cnoc e seu sócio argentino, a família Bulgheroni, próxima a Kirchner, ficariam com uma boa fatia da empresa.
De nada adiantou também mostrar números expressivos – como os da província de Mendoza, uma das últimas a banir a Respsol: ali, as planilhas da multinacional mostram que os investimentos vêm crescendo ininterruptamente desde 2007, que passaram de 600 milhões de dólares no ano passado e, depois da extensões de concessões acordadas com o próprio governo local, alcançariam mais 3,5 bilhões nos próximos anos.
De nada adiantou, e nem adiantaria – como foi efêmero o efeito do longo telefonema trocado dias atrás entre o rei Juan Carlos e a presidente, que acalmou o ímpeto demagógico do governo durante apenas alguns dias.
A Argentina, país riquíssimo em diferentes formas de produção de eletricidade, vive uma brutal crise energética, e a presidente, como costuma agir, encontrou um bode expiatório: desta vez, é a Repsol.

Diálogo em que dono de construtora íntimo de Cachoeira diz que políticos têm preço foi revelado há um ano por VEJA!


17/04/2012
 às 5:49


Os porta-vozes informais de mensaleiros e quadrilheiros, alimentados pela papa fina da grana oficial ou de estatais, saem por aí afirmando o que lhes ordena aquela variante do crime organizado, ainda que contra as evidências e contra os fatos. Não sei se notaram, mas alguns políticos do PT, que estavam se comportando como verdadeiros Torquemadas da CPI do Cachoeira, que prometiam aniquilar a oposição, que queriam ver tudo em pratos limpos,  passaram a se comportar como normalistas assustadas. Houve uma súbita esfriada no furor investigativo. À medida que vai ficando clara a intimidade da Delta, a maior construtora do PAC, com o grupo do bicheiro, arrefece o ânimo investigativo. Estranho mundo, não?
Ontem, circulou na rede um áudio em que o empresário Fernando Cavendish, presidente do Conselho de Administração da Delta, revelou o que pensa da política e dos políticos brasileiros. Participava de uma reunião com seus sócios:
“Se eu botar 30 milhões de reais na mão de políticos, sou convidado para coisas para ‘c…’. Pode ter certeza disso!”. E disse mais. Com alguns milhões, seria possível até comprar um senador para conseguir um bom contrato com o governo: “Estou sendo muito sincero com vocês: 6 milhões aqui, eu ia ser convidado (para fazer obras).”
Pois é… O que está sendo noticiado como novidade foi publicado pela VEJA na edição que começava a chegar aos leitores no dia 7 de maio do ano passado— há quase um ano, portanto. A reportagem tratava, justamente, do fantástico crescimento da Delta e de sua intimidade com o poder — muito especialmente com um poderoso: JOSÉ DIRCEU.
Dá para entender por que este senhor tem tanto ódio do jornalismo independente, não é mesmo? É curioso que alguns veículos estejam vendendo como novidade o que já é publico faz tempo.
Reproduzo trecho de um post que escrevi no dia 9 de maio de 2011:
(…)
Em entrevista à revista, dois empresários, José Augusto Quintella Freire e Romênio Marcelino Machado, acusam o ex-ministro e chefão petista [José Dirceu]  de fazer tráfico de influência em favor da empreiteira Delta Construções, uma gigante do setor. Segundo os dois, Dirceu foi contratado por Fernando Cavendish, presidente do Conselho de Administração da Delta, para facilitar seus negócios com o governo federal. E como eles sabem?
Eles eram donos da Sigma Engenharia, empresa que seria incorporada pela Delta em 2008; os três se tornariam sócios. O negócio emperrou e foi parar na Justiça. Oficialmente, a Delta contratou Dirceu como consultor para negócios junto ao Mercosul. Receberia modestos R$ 20 mil mensais pelo trabalho. De fato, dizem os denunciantes, a Sigma passou a ser usada por Cavendish para fazer transferências bancárias a Dirceu.
Um trecho da reportagem informa o desempenho da empresa de Cavendish no governo petista. Seu grande salto se dá a partir de 2009, ano da contratação de Dirceu:
“Durante o governo do ex-presidente Lula, a Delta passou de empresa de porte médio a sexta maior empreiteira do país. É, hoje, a que mais recebe dinheiro da União. Sua ascensão vertiginosa chamou a atenção dos concorrentes. Em 2008, a Delta já ocupava a quarta colocação no ranking das maiores fornecedoras oficiais. Em 2009, houve um salto ainda mais impressionante: a empresa dobrou seu faturamento junto ao governo federal. Em 2011, apesar das expectativas de redução da atividade econômica, o faturamento da Delta deve bater os 3 bilhões de reais - puxado por obras estaduais e do PAC, o Programa de Aceleração do Crescimento.”
Naquela edição, os empresários concederam uma entrevista à revista, de que reproduzo trechos. Volto em seguida:
Romênio - 
Tráfico de influência. Com certeza, é tráfico de influência. O trabalho era aproximar o Fernando Cavendish de pessoas influentes do governo do PT. Isso, é óbvio, com o objetivo de viabilizar a realização de negócios entre a empresa e o governo federal.
Que tipo de consultoria o ex-ministro José Dirceu realizou para o grupo Delta?
E os resultados foram satisfatórios?
Romênio -
 Hoje, praticamente todo o faturamento do grupo Delta se concentra em obras e serviços prestados ao governo.
A contratação de José Dirceu foi justificada internamente de que maneira?
Romênio -
 A contratação foi feita por debaixo do pano, através da nossa empresa, sem o nosso conhecimento. Um dia apareceram notas fiscais de prestação de serviços da JD Consultoria. Como na ocasião não sabia do que se tratava, eu me recusei a autorizar o pagamento, o que acabou sendo feito por ordem do Cavendish.
O que aconteceu depois da contratação da empresa de consultoria do ex-ministro?
Quintella 
- A Delta começou a receber convites de estatais para realizar obras sem ter a capacidade técnica para isso. A Petrobras é um exemplo. No Rio de Janeiro, a Delta integra um consórcio que está construindo o complexo petroquímico de Itaboraí, uma obra gigantesca. A empresa não tem histórico na área de óleo e gás, o que é uma exigência Ainda assim, conseguiu integrar o consórcio. Como? Influência política.
A Delta, por ser uma das maiores empreiteiras do país, precisa usar esse tipo de expediente?
Romênio - 
Usa. E usa em tudo. O caso da reforma do Maracanã é outro exemplo. A Delta está no consórcio que venceu a licitação por 705 milhões. A obra mal começou e já teve o preço elevado para mais de l bilhão de reais. Isso é uma vergonha. O TCU questionou a lisura do processo de licitação. E quem veio a público fazer a defesa da obra? O governador Sérgio Cabral. O Cavendish é amigo último do Sérgio Cabral. A promiscuidade é total.
VolteiEis aí. É possível que uma investigação profunda e séria sobre o esquema de Carlinhos Cachoeira, que se mostra tão intimo da Delta, pudesse atingir outros representantes da oposição, além do senador Demóstenes Torres (GO)? É, sim! Mais uma razão para que ela seja feita. Mas me parece que, no momento, quem está assustado é o governo.
Talvez os próprios petistas íntimos da construtora, inclusive Dirceu, o seu “consultor de luxo”, ignorassem a extensão das relações entre a empresa e o bicheiro, daí aquela sede de sangue e a operação deflagrada para tentar melar o processo do mensalão com a acusação de que era a oposição a se afundar no mar de lama. As coisas começaram a assumir, no entanto, uma dinâmica preocupante para os moralistas do PT quando a Delta saltou para o olho do furacão.
Esses caras não são dotados daquele certo sentido de missão de sacerdotes da lambança como Delúbio Soares, que se acredita portador de uma causa. Se a situação esquentar pra valer e se perceberem que podem se danar, dificilmente vão preservar aqueles que nunca foram seus “companheiros”. Afinal, era tudo negócio! Uma coisa é certa: uma vez instalada, a CPI terá de chamar para depor empresários como José Augusto Quintella Freire, Romênio Marcelino Machado e, evidentemente, Fernando Cavendish.
Dirceu, Lula e alas do PT estavam com sede de sangue. Não perceberam que estavam mordendo o pescoço de alguns “companheiros”.  Todos querem, sim, apurar a exata extensão das relações de Demóstenes Torres com Cachoeira. Mas já é possível saber, a esta altura, que uma CPI que se restringisse ao senador seria uma farsa. Há um ano VEJA contou o que apurou. De lá pra cá, a importância da Delta nas obras do PAC (e da Copa) só cresceu.
Por Reinaldo Azevedo