terça-feira, 17 de março de 2015

Sandálias da Humildade - by Miranda Sá

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)


Estava certo Ulisses Guimarães (que Deus o tenha ao seu lado) quando disse que “político só tem medo do povo nas ruas”. É o que estamos vendo – concretamente – após as gigantescas manifestações dos brasileiros no dia 15 de março contra a corrupção do PT-governo e pedindo o impeachment de Dilma.
O governo corrupto e corruptor, em polvorosa, correu a se explicar através de ministros petistas que escorregam nos chavões das continuadas crises políticas. Chamada de covarde, por se esconder na primeira hora, Dilma ocupou microfones e telas de TV sofismando sobre corrupção.
Uma das metáforas usadas foi dizer que “a corrupção é uma senhora idosa”, pretendendo dividir com outrem os ilícitos praticados pelo seu partido. Outro contra-senso metafórico foi calçar as sandálias da humildade! Falou que deseja “humildemente” o diálogo com todos... Mas na mesma frase concluiu “... os que quiserem falar comigo.”
Quando ouço falar em “sandálias da humildade”, que já foram tema de filme, movimentaram programas de televisão e apareceram em peça teatral, a memória sempre me leva a São Francisco de Assis.
A biografia deste Santo registra que um dia, quando rezava na Igreja de São Damião, ouviu uma voz, que se repetiu, dizendo-lhe: "Francisco, repara minha casa, olha que está em ruínas". Então, ele vendeu tudo o que tinha e com o dinheiro recuperou o templo de Assis.
Aos 25 anos, entrou no sacerdócio como diácono e seguiu o Evangelho da Missa que dizia “Vai pregar anunciando o Reino de Deus e distribua gratuitamente o que recebeu gratuitamente. Não possua ouro, nem duas túnicas, nem sandálias...”
Obedecendo ao ditado, Francisco tirou suas sandálias, seu cinturão e ficou somente com a túnica. E assim a sua santidade foi reconhecida sem exibicionismo e por ter se convencido, e ensinado, que "ante os olhos de Deus o homem vale pelo que é, e não mais”.
Pelegos fascistóides e arrogantes que estão no poder jamais seguirão esta lição franciscana! Até seus condenados e presos por corrupção, são considerados heróis do partido! Vemos que os petistas valem pelo que são com sua ideologia distorcida e a mentira compulsiva.
Por mais que encham a boca com a palavra “humildade”, não passam de ladrões da Petrobras, flagrados na Operação Lava Jato, ladrões do Banco Brasil, como o fujão Henrique Pizolatto, e de ladrões sob suspeição atuando no BNDES, Eletrobrás, Correios e fundos de pensão.
Como pode Dilma ser humilde, se esconde as pesquisas que lhe dão 7% de aprovação, o quê, invertendo os valores aritméticos, corresponde a 93% dos que lhe desaprovam? E não é nada modesta por não assumir que a causa da corrupção é a incompetência do seu governo, e dela própria, que assinou sem ler a criminosa compra de Pasadena.
O que se vê é que a falsa Gerentona diante da multidão ficou descalça e se despiu da túnica, mostrando-se tal qual é uma laranja de Lula da Silva para facilitar as consultorias, aparelhar a administração pública e favorecer propinas.
A rainha ficou nua! Seu reinado abriu as comportas do mar de lama, afoga a ética e a moralidade públicas enlameando os poderes republicanos, pervertendo o Judiciário e decompondo o Legislativo.
Dilma tem o direito de errar? Tem; mas não será perdoada persistindo no erro. Precisa parar de mentir comparando desonestamente as pífias manifestações mercenárias da CUT e do MST com os milhões de patriotas que foram às ruas no domingo.
E para se auto-criticar, não deve ficar apenas na intenção discursiva, mas usar de verdade as sandálias da humildade porque só com elas poderá caminhar com altivez.

Impenhorabilidade de imóvel é garantida a idosa


16/03/2015 - 10:12



Os desembargadores da 2ª Câmara Cível, por unanimidade, deram provimento a agravo de instrumento interposto por S.C.G. contra um banco. Trata-se de arguição de impenhorabilidade apresentada pela agravante em que demonstrou que o bem penhorado nos autos da execução é seu único imóvel residencial, já que os outros que possuía foram expropriados em decorrência de outras ações de execução, invocando, assim, os benefícios da Lei nº 8.009/90.
De acordo com S.C.G., o juízo de primeiro grau afastou a impenhorabilidade e negou o pedido de cancelamento de penhora, sob o argumento de que, no caso versado, vale a exceção prevista no art. 3º, V, da Lei nº 8.009/90, uma vez que o imóvel foi dado como garantia hipotecária.
Alega que o bem penhorado nos autos da execução é seu único bem imóvel residencial, razão pela qual se enquadra na categoria de bem de família, ressaltando que tem atualmente 80 anos de idade e mora sozinha no local.
Aponta ainda que a dívida é uma consolidação de obrigações contraídas anteriormente por pessoa jurídica, que estão inadimplidas e decorrem de aberturas de créditos, emissão de cédulas de crédito bancário vinculadas à conta-corrente de titularidade da empresa junto ao banco, crédito rotativo, contratos de financiamento de capital de giro, ou seja, todas referentes a empréstimos contratados em benefício único e exclusivo de pessoa jurídica.
Pede que seja dado efeito suspensivo ao presente recurso e requer provimento para que seja reformada a decisão de primeira instância, reconhecendo a impenhorabilidade do imóvel residencial, determinando-se o cancelamento do registro de penhora na respectiva matrícula.
O relator do processo, juiz convocado Jairo Roberto de Quadros, salienta que a eventual existência de outros bens em nome de S.C.G., por si só, não retira a proteção ao bem de família, pois a preocupação do legislador é proteger o direito de moradia da entidade familiar.
Para ele, é indiscutível que o único imóvel que sirva como residência da família não pode ser penhorado por qualquer espécie de dívida, nos termos do disposto no art. 1°, da Lei nº 8.009/1990. No entanto, a própria lei que abarca a proteção estampa exceções à  intangibilidade deste bem.
Assim, especificamente a respeito da hipótese tratada no inciso V, do art. 3°, tem-se que o devedor pode sim ter penhorado seu bem de família para fins de adimplemento de garantia hipotecária. “O raciocínio é o seguinte: se a pessoa, ciente de que tinha apenas um imóvel, deu-o em garantia, tinha consciência de que o ato implicaria renúncia à impenhorabilidade, não podendo, em ato posterior, suscitar tal escusa”, explica em seu voto.
No entender do relator, a interpretação, porém, conduz à conclusão de que a exceção à regra da impenhorabilidade do bem de família somente se aplica quando a dívida garantida pela hipoteca é constituída em benefício do casal ou da entidade familiar e, neste caso, está comprovado que a hipoteca foi constituída em benefício de empresa. O fato de se tratar de uma empresa familiar não implica conclusão de que a garantia foi dada em benefício da entidade familiar.
“Nesse contexto, fica claro que a garantia hipotecária foi lançada para beneficiar terceiro, ou seja, pessoa jurídica da qual a agravante simplesmente é sócia, e não a entidade familiar, razão pela qual deve ser preservado o bem de família da recorrente”.
Processo nº 4013919-27.2013.8.12.0000

Autor da notícia: Secretaria de Comunicação - imprensa@tjms.jus.br

CHARGE DO SPON


CHARGE DO NEWTON SILVA


O DIA EM QUE OLÍVIO MANDOU O BOLSHOI EMBORA PARA SANTA CATARINA

Na reportagem que publicou na sua edição de hoje, o jornal A Notícia, Joinville, SC, intitulada "Como o Bolshoi veio a Joinville", o senador Luiz Henrique da Silveira, ex-prefeito da cidade, conta de que forma o Bolshoi acabou se instalando em Santa Catarina, depois de ter sido expulso por Olívio Dutra, na época prefeito de Porto Alegre. Anos mais tarde, na qualidade de governador, Olívio ampliou sua histeria xenófoba, mas noutra área, ao mandar a Ford embora para a Bahia. 

Leia tudo:

A Escola do Teatro Bolshoi no Brasil inaugurou seu espaço em Joinville, em 2000, porque o então prefeito Luiz Henrique insistiu muito. E, principalmente, porque as conversas da instituição com três outros destinos possíveis, fora da Rússia, não evoluíram. A instalação do empreendimento cultural custou US$ 120 mil à Prefeitura à época. Antes de Joinville, os russos tentaram levar a unidade para Washington (Estados Unidos) e Tóquio (Japão). No Brasil, Porto Alegre foi procurada. O então prefeito Olívio Dutra recusou porque não tinha dinheiro para bancar a iniciativa. Quem conta a história é o atual senador LHS, durante o ato comemorativo dos 15 anos de fundação do Bolshoi, no domingo, dia 15.

Conhecida internacionalmente pela sua indústria, Joinville incluiu a cultura na sua agenda com o Festival de Dança. A chegada da Escola do Bolshoi do Brasil, há 15 anos, reforçou esse lado cultural com a formação de profissionais para o mundo todo. Articulador da parceria com a Rússia para trazer a franquia do Bolshoi, o senador Luiz Henrique foi homenageado domingo à noite. 


O contrato da escola russa do Bolshoi em Joinville foi renovado por mais cinco anos. Estiuveram na cidade o presidente do Bolshoi, Valdir Steglich, a bailarina russa Maria Mishina, o primeiro bailarino do Teatro Bolshoi da Rússia, Alexander Volchkov, e o vice-diretor do Bolshoi de Moscou, Anton Getman, logo depois da exibição de O Quebra-Nozes em celebração aos 15 anos da única unidade do Bolshoi no exterior.

FHC RECLAMA DO SILÊNCIO DE LULA: "ELE SUMIU E AGORA SÓ A DILMA QUE É A CULPADA?"


O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) avaliou que as manifestações do último domingo, passaram um recado tanto para a presidente Dilma Rousseff (PT) como para o ex-presidente Lula (PT). 

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, FHC disse que os ânimos se acirraram após a fala de Lula de que exércitos da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) iriam para as ruas defender o governo. 

O tucano reclamou ainda do silêncio do petista . "Ele sumiu e agora só a Dilma que é a culpada? Só se lê nos jornais que Lula reclamou da Dilma. Que é isso?", questionou.

NA MIRA DA POLÍCIA, PT TENTA SALVAR LULA, O CHEFÃO, ENTREGANDO O TESOUREIRO JOÃO VACCARI NETO.


João Vaccari Neto, o tesoureiro do PT em sua indefectível mochila: fim de careira. (Foto: Veja)
Embora em público a presidente Dilma Rousseff afirme que não acredita que o indiciamento do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, tenha reflexos sobre o governo, nos bastidores o partido já desenha uma estretégia para se descolar de Vaccari. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o governo e a cúpula do partido pressionam o tesoureiro a deixar o cargo. Em conversas reservadas, dirigentes do PT dizem que a situação de Vaccari é "insustentável". O roteiro faz lembrar a tática adotada pelo partido em 2005, no auge do mensalão: na ocasião, a sigla expulsou o tesoureiro Delúbio Soares para tentar acalmar a opinião pública. Mas em julho de 2011 o ex-tesoureiro foi readmitido nos quadros partidários do PT, numa estratégia adotada pelo partido para limpar a imagem dos envolvidos no esquema, com vistas ao julgamento no Supremo Tribunal Federal, que se aproximava. Não deu: Delúbio acabou condenado por corrupção ativa e hoje cumpre pena em regime aberto.
Alvo da Operação Lava Jato, Vaccari foi denunciado pelo Ministério Público à Justiça pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção e formação de quadrilha. Segundo as investigações, ele intermediou doações de 4,2 milhões de reais de empresas investigadas que, na verdade, eram oriundos do propinoduto da Petrobras. Foram 24 repasses de empreiteiras, em dezoito meses, no período de 2008 a 2010.
Vaccari foi citado nos depoimentos do doleiro Alberto Youssef, do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do ex-gerente de Serviços da companhia Pedro Barusco. Os três mencionaram o tesoureiro petista como responsável por receber propina em nome do partido. Barusco disse que o petista recebeu aproximadamente 50 milhões de dólares desviados entre 2003 e 2013, e que o valor desviado para o PT, também com a participação do tesoureiro, chegou a 200 milhões de dólares. Também foi Barusco quem decifrou para os investigadores o significado da palavra "Moch", que aparecia nas planilhas detalhando a divisão do dinheiro. Era uma menção ao apelido de Vaccari - "mochila", um acessório que ele sempre carrega.
Segundo o jornal, o argumento dos petistas que pedem o afastamento do tesoureiro é que o PT e a presidente Dilma Rousseff vivem uma crise política de alta intensidade e sua permanência causaria ainda mais desgaste para o partido e o Palácio do Planalto. Mesmo quem apoia Vaccari no partido argumenta que ele precisa se afastar para se defender e lembra que isso já foi feito por Ricardo Berzoini, seu amigo e hoje ministro das Comunicações. Em 2006, Berzoini presidia o PT, coordenava a campanha à reeleição do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e teve o nome associado ao escândalo dos aloprados. Por ordem de Lula, Berzoini se afastou da campanha e do partido. No ano seguinte, reassumiu o comando do PT.
Em nota, o advogado de Vaccari, Luiz Flávio Borges D'Urso, negou que o petista tenha solicitado dinheiro para campanhas eleitorais do PT. Ele disse que Vaccari "repudia as referências feitas por delatores a seu respeito, pois não correspondem à verdade". Do site da evista Veja

‘Doações’ ao PT vinham de pagamentos da Petrobrás, diz MPF



Denúncia contra o ex-diretor de Serviços Renato Duque e o tesoureiro petista João Vaccari traz tabela com cruzamento das datas das liberações de recursos da estatal para cartel e dos repasses ao partido

Por Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba, Fausto Macedo e Julia Affonso
Estadão

A comparação entre as datas de pagamento da Petrobrás para os consórcios Interpar e Intercom (formados pela Mendes Jr, MPE e SOG) nas obras de reforma de duas refinarias entre 2008 e 2010 e as datas de doações para o PT por uma das empreiteiras é considerada uma das provas de que o sistema oficial de financiamento partidário foi usado para tentar ocultar propinas. É o que sustenta a força-tarefa da Operação Lava Jato em sua denúncia de ontem contra o ex-diretor de Serviços Renato Duque e o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto – por corrupção e lavagem de dinheiro.

Os dois nomes petistas da estatal e outros 25 denunciados são apontados no desvio de R$ 135 milhões em quatro obras: na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, na Refinaria de Paulínia (Replan), no Gasoduto Pilar-Ipojuca (Alagoas-Pernambuco) e no Gasoduto Urucu-Coari (Amazonas).

“A vinculação entre as doações políticas e os pagamentos feitos pela Petrobrás aos Consórcios Interpar e Intercom pode ser comprovada pela comparação entre as datas em que a Petrobrás pagou os consórcios e as datas, subsequentes, em que empresas controladas por Augusto Mendonça promoveram a transferência de propina disfarçada de doações oficiais para partido político”, sustenta a denúncia do MPF.

Foto: Sérgio Castro/Estadão
Foto: Sérgio Castro/Estadão

Mendonça é o dono da Setal Engenharia. Integram o grupo a Setec, Projetec, Setal Óleo e Gás (SOG) e PEM Engenharia. Por meio delas teriam sido escoados R$ 117 milhões das obras das duas refinarias (Repar e Replan).

Desse montante, R$ 4,26 milhões foram parar nas contas de quatro diretórios do PT, entre 2008 e 2012, afirma a Lava Jato. Foram beneficiados: o Diretório Nacional, o Diretório da Bahia, o Diretório Municipal de Porto Alegre e o Diretório Municipal de São Paulo. Os pagamentos foram prioritariamente para o PT nacional, com liberações mensais.

Os primeiros pagamentos relacionados à doação que seria disfarce para pagamento de propina são de outubro de 2008 e estão relacionados em tabela anexada na denúncia do MPF ao pagamento de R$ 100 mil no dia 23, daquele mês, ao PT-Bahia.

Em 2009, a lista mostra um pagamento de R$ 14,9 milhões, no dia 29 de abril, para o consórcio Interpar (Mendes Jr, MPE e SOG). No dia 30 foi feita transferência da Setal de R$ 120 mil para o Diretório Nacional do PT.

Em julho de 2010, quando era dada oficialmente a largada para a eleição da presidente Dilma Rousseff, pela primeira vez, há registro de dois pagamentos da Petrobrás, um de R$ 703 mil para o Consórcio Interpar, e R$ 105 mil para o Consórcio Intercom, ambas no dia 8.

No dia 12 o PT nacional receberia R$ 60 mil da empresa SOG. O maior valor doado pelas empresas de Mendonça ocorreu no dia 7 de abril de 2010, quando foram repassados para o Diretório Nacional do partido R$ 500 mil pela PEM Engenharia.

Por meio de quatro empresas de Mendonça foram feitas 24 doações eleitorais para o PT, entre 2008 e 2010. Primeiro executivo a fazer delação com a Lava Jato, em 2014, ele confessou que pagou propina “acertadas com Renato Duque” em forma de doações.


Veja tabela que integra denúncia do MPF contra Duque e Vaccari

Veja tabela que integra denúncia do MPF contra Duque e Vaccari

“Houve 24 doações eleitorais feitas ao longo de 18 meses por empresas vinculadas ao grupo Setal para pagamento de propina ao Partido dos Trabalhadores. Essas doações eleitorais foram feitas a pedido de Renato Duque e eram descontadas da propina devida à diretoria de Serviços”, declarou o procurador.

“João Vaccari indicava as contas dos diretórios, onde deveriam ser feitos esses depósitos”, sustenta o MPF. “Temos evidência de que João Vaccari Neto tinha consciência de que esses pagamentos eram feitos a título de propina, porque ele se reunia com regularidade com Renato Duque para acertar valores devidos”, explicou o procurador.

O tesoureiro foi denunciado por corrupção passiva – por conta dos desvios em obra da Petrobrás – e lavagem de dinheiro – por causa das doações partidárias.

Delações. O empresário e operador de propinas Augusto Mendonça afirmou à Lava Jato que fez “supostas ‘doações’, que eram pagamentos de propina, a pedido de Renato Duque e com o auxílio de João Vaccari”.

“Cada pagamento era deduzido do montante de propina devido. O momento das propinas e os valores eram indicados por Renato Duque, enquanto as contas e Diretórios do PT que recebiam os pagamentos eram indicados por João Vaccari”.

COM A PALAVA, JOÃO VACCARI

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, negou nesta segunda feira participação em esquema de pagamento de propinas para seu partido. Em nota, o criminalista Luiz Flávio Borges D’Urso, que defende Vaccari, destacou que o tesoureiro “repudia as referências feitas por delatores a seu respeito, pois as mesmas não correspondem à verdade”.

“Ressaltamos que causa estranheza o fato de que o sr. Vaccari não ocupava o cargo de tesoureiro do PT no período citado pelos procuradores, durante entrevista no dia de hoje, uma vez que ele assumiu essa posição apenas em fevereiro de 2010.”

Pela defesa, Vaccari informou que “repudia as referências feitas por delatores a seu respeito, pois as mesmas não correspondem à verdade”.

“Ele não recebeu ou solicitou qualquer contribuição de origem ilícita destinada ao PT, pois as doações solicitadas pelo sr. Vaccari foram realizadas por meio de depósitos bancários, com toda a transparência e com a devida prestação de contas às autoridades competentes. O sr. Vaccari permanece à disposição das autoridades para todos os esclarecimentos necessários, como sempre esteve desde o início dessa investigação.”

Um homem de muita coragem, especialmente depois de tomar cachaça - Márcio Accioly


Foi Aristóteles quem afirmou:

“- O homem é um animal político!”

Tivesse, àquela época, conhecido Lula da Silva, o Lularápio, o filósofo ocidental teria dito:

“- Lula é um animal ladrão!”

Se conhecesse um pouquinho mais, ficaria estarrecido. Quem leu o livro “O que sei de Lula”, de José Nêumanne Pinto, sabe que Lula está envolvido não apenas com roubos e assaltos aos cofres públicos, que joga qualquer um de seus cúmplices no fogo (Zé Dirceu já está enrolado, sozinho e com o PT, na gatunagem da Petrobras), mas que desaparece de fininho como um covarde que invade propriedades privadas de forma sorrateira, pois sempre foi de sua natureza assim se comportar.

Sabe também que, no currículo marginal de Lula, figuram acontecimentos mais comprometedores, tais como os assassinatos do prefeito de Campinas (PT), Toninho e o de Santo André, Celso Daniel (PT).

Quando trabalhava como metalúrgico, há muitos e muitos anos, pois Lularápio nunca foi de pegar no pesado, nosso personagem se dirigia ao responsável pelo turno do dia para reclamar que tinha um velho trabalhando à sua frente, produzindo parafusos em menor quantidade do que ele, mas recebendo salário maior.

Quando encontrava alguém que produzisse duas ou três vezes mais do que ele, como quando no turno da noite, procurava convencer o trabalhador de que o melhor seria reduzir o volume de peças produzidas, pois o patrão poderia ficar “ouriçado e prejudicar todo mundo”. Lula sempre foi de tratos safados, de acordos por debaixo do pano, de ações de baixo nível e tramoias. Um salafrário juramentado.

No Sindicato, ele confessava ir atrás de viúvas “bonitinhas” para resolver pendências e cuidar de indenizações, a fim de cantar e levá-las a algum motel. Foi assim que conheceu a atual mulher, Marisa. Está tudo lá, publicado por Nêumanne. O livro merece leitura.

Num país como o Brasil, onde a maioria está sempre à espera de um Salvador, um canalha como Lularápio prospera. Chega mesmo, vejam só, à Presidência da República! Ele diz as coisas de acordo com suas conveniências e, se for necessário negar mais adiante, não terá nenhum constrangimento em fazê-lo.

Por exemplo, agora, ele garante que quer defender a Petrobras, quando, na realidade, juntamente com seus cúmplices, roubou tudo e colocou as ações daquela empresa na bacia das almas. Que ladrão desmoralizado! Que homem descarado. Este farsante deveria estar preso, sim, preso! Onde está o juiz Sérgio Moro?

Como não possui qualquer escrúpulo, Lula da Silva desfila pelo país, arrotando bravatas, tentando intimidar e buscando mostrar força que já não possui. Seu poder está na lona, ele hoje é apenas um pilantra, cheio de dinheiro porque roubou muito dos cofres do Brasil, mas é preciso que isso seja dito de forma bem clara.

Lularápio é bandido que excede todas as medidas e tendências criminosas. Já convocou até mesmo João Pedro Stédile que, como ele, só frequenta bons restaurantes e hotéis de luxo, para trazer seu “exército” para as ruas e atacar os que estão a favor do impeachment de sua criatura, a desmiolada e semialfabetizada Dilma Roussef, presidente da República e cúmplice da terrível bandalheira que arruinou a Petrobras.

Lula da Silva é zumbi enlouquecido que precisa ser afastado da cena política e colocado na cadeia para que pague de forma justa pelos seus crimes. Convoquemos os homens de coragem deste país e afastemos este criminoso de nosso convívio.

E logo Dilma, sempre atenta a tudo, não percebeu a companhia da Velha Senhora, a corrupção


Ricardo Noblat

A corrupção, esta velha senhora que circula por toda parte como disse a presidente Dilma Rousseff...

Não importa que Dilma tenha se limitado a repetir o que ouviu de um assessor inteligente – a imagem da corrupção como uma velha senhora.

Fez bem em usá-la. É uma imagem feliz.

Só não sei por que os coleguinhas não aproveitaram para perguntar a Dilma, em sua versão o mais próxima possível da humildade, se ela, desde que ligou sua vida à Petrobras, nunca se deu conta da presença por ali da velha senhora.

Sim, porque na versão “dona da verdade” ou “a última palavra é minha”, Dilma jamais deixou que alguém se aproximasse da Petrobras sem a sua licença.

Foi assim como ministra das Minas e Energia. Como chefe da Casa Civil da presidência da República. Como presidente do Conselho de Administração da Petrobras. E como presidente da República.

Dilma nomeou Graça Foster presidente da Petrobras para que nem uma folha de papel mudasse de lugar, ali, sem que ela soubesse.

A “velha senhora” fez da Petrobras a sua morada preferencial. Roubou algo como 2 bilhões de reais. E Dilma não se deu conta da presença dela em seus domínios.

É possível?

Possível, é. Mas isso caracteriza negligência, desleixo, irresponsabilidade.

Depenaram uma das maiores empresas do mundo, a maior do Brasil, e dois presidentes da República de um mesmo partido, aliados, portanto, não perceberam.

Contem-me outra!

Por que Dilma não confessa pelo menos que errou?

Está bem: ela não gosta de confissões como disse ontem. Troquemos a palavra.

Por que Dilma não admite pelo menos que errou?

Isso não lhe arrancará nenhum pedaço.

Quantos aos coleguinhas que se deslumbram com o Poder e que temem perder informações se parecerem incômodos...

Jornalista que não incomoda não é jornalista – é assessor.

CHARGE DO MYRRIA

Esta charge do Myrria foi feita originalmente para o

Espiões do Irã lamentaram a saída da ministra peronista do Ministério da Defesa argentino

segunda-feira, 16 de março de 2015



A ex-terrorista motoneira Nilda Garré é a peça-chave para investigar as relações delituosas estabelecidas entre Argentina e Irã, com o intermédio da Venezuela, conforme revelou VEJA em reportagem exclusiva publicada na edição desta semana. Segundo os ex-chavistas entrevistados pela reportagem de VEJA, Nilda Garré era um dos elos das negociações entre os três países. Em 2007, quando o então ditador do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, pediu ao seu colega ditador Hugo Chávez que intermediasse uma aproximação de seu país com o governo argentino, Nilda Garré era ministra da Defesa. Além da retirada da denúncia contra os iranianos acusados de envolvimento no atentado contra a Associação Mutal Israelita Argentina (Amia), o ditador terrorista Ahmadinejad estava disposto a pagar pelos segredos nucleares argentinos. Uma questão que ele definia como de "vida ou morte" para o regime iraniano. Como titular da pasta, a ex-terrorista montonera Nilda Garré, que havia sido embaixadora da Argentina em Caracas, era a interlocutora com seus pares na Venezuela e em Teerã sobre este tema. Na denúncia apresentada pelo procurador Alberto Nisman, em janeiro passado, Nilda Garré é citada em uma das conversa grampeadas entre dois agentes do Irã. O libanês Jorge Alejandro Khalil queixava-se da saída de Nilda Garré, que, em 2013, era titular da pasta da Segurança. O diálogo gravado com autorização da Justiça argentina revela que Khalil temia que a saída de Nilda atrapalhasse os interesses do Irã. Ele conversa com o agente da inteligência argentina Ramón Allan Bogado, investigado por Nisman por passar informações ao governo iraniano. Os demais personagens citados no grampo são: Sergio Berni, Secretário de Segurança da Argentina; Cesar Milani, Comandante do Exército; e Fernando Pocino, espião argentino que foi genro da embaixadora Nilda Garré. 
Khalil - Duas coisinhas... Como você vê a mudança que ocorreu no governo? A saída da mulher (em referência a Nilda Garré)
Allan - Não houve mudança.
Khalil - Como não? Não tiraram os ministros?
Allan - Mas houve mudança de nomes, não de situação.
Khalil - Não, não, mas a mudança de nome, especialmente o da garota (Nilda Garré), como você vê?
Allan - Para nós, de dentro, onde eu trabalho é complicado. Para eles, onde estão, dá no mesmo, o que estava trabalhando era o Louco (em alusão a Sergio Berni).
Khalil - Ah, ok... amanhã , quero uma conversa com você por algum momento.
Allan - Sim, sim. Eu te digo claro, o Diretor de Interior nosso estava porque é namorado da filha da senhora que se foi… (Referência a Fernando Pocino)
Khalil - Sim. Mas você acredita que a tiraram ou ela se foi? Pergunto isso concretamente...
Allan - Ah, porque agora vem um assunto interno. Ela estava com seu amigo Milani, que tem uma inteligência paralela... Por causa do assunto da Polícia Aeroportuária.

A CIA não nos leva a sério, Sibá - O ANTAGONISTA


O deputado petista Sibá Machado disse que a CIA americana pode estar por trás das manifestações contra Dilma Rousseff e o PT. E os blogs sujos repercutiram a asneira, somente para garantir o dinheiro no final do mês.
Não há possibilidade, Sibá Machado, de a CIA agir no Brasil, pela simples razão de que não somos mais uma república de bananas. Somos agora um arremedo de uma república de bananas.
O deputado Sibá é tico-tico no fubá

Dilma reaparece e pede trégua: “vamos brigar depois”


Acuada pelo maior protesto da história democrática do País contra um governo, a presidente Dilma Rousseff decidiu reaparecer, discursar e tentar disfarçar o abatimento em uma entrevista em Brasília. Tanto no pronunciamento, destinado à cerimônia de sanção do novo Código de Processo Civil, quanto nas respostas às perguntas de jornalistas, a única novidade foi a mudança no tom: a exemplo da fala de ministros mais cedo, palavras como “humildade” e “diálogo” foram incorporadas no vocabulário da petista nesta segunda-feira. Dilma voltou a defender a aprovação do ajuste fiscal, prometeu entregar seu pacote atrasado anticorrupção e fez um apelo: “Vamos brigar depois”.

Durante suas falas, a presidente visivelmente se esforçou para transmitir uma imagem mais leve: sorriu, brincou com jornalistas e até ensaiou admitir erros. Mas não tardou para algumas contradições surgirem: Dilma não resistiu, cutucou a oposição e tentou equiparar a passeata promovida pelos seus aliados – muitos pagos para comparecer ao ato – na sexta-feira aos milhares de brasileiros que foram às ruas no domingo.
A confissão parcial de que seu governo errou foi feita em entrevista coletiva, quando a petista analisava o cenário de instabilidade econômica. Dilma lembrou que o governo aplicou todos os recursos, no primeiro mandato, para enfrentar a crise financeira internacional, e disse que agora é preciso fazer um ajuste para corrigir os rumos. Quando questionada sobre a responsabilidade do governo sobre o desequilíbrio, ela afirmou: “É possível que a gente possa ter até cometido algum (erro). Agora, qual foi o erro de dosagem que nós cometemos? Nós gostaríamos muito que houvesse uma melhoria econômica de emprego e de renda. Tem gente que acha que a gente devia ter deixado algumas empresas quebrarem e muitos trabalhadores se desempregarem. Eu tendo a achar que isso era um custo muito grande para o País. Agora que é possível discutir se podia ser um pouco mais, um pouco menos, é possível discutir”, disse ela. Mas, em seguida fez um contraponto: “Ninguém pode negar que nós fizemos de tudo para a economia reagir”. 
Crise política – Em sua entrevista, como havia feito minutos antes no discurso que fez ao sancionar o novo Código de Processo Civil, a presidente afirmou que o governo está disposto a fazer um diálogo amplo e com “humildade”.
Embora tenha dito que as manifestações são um direito do regime democrático, Dilma também fez uma espécie de apelo pela união nacional: “Vamos brigar depois. Agora vamos fazer pelo bem do Brasil tudo aquilo que tem que ser feito pelo bem do Brasil”, declarou. No mesmo tom, ela disse que é preciso evitar a desestabilização das instituições: “Tem regras do jogo e elas têm que ser seguidas. Se você instabiliza um País sempre que lhe interessa, uma hora essa instabilidade passa a ser algo que ameaça a todos. A escalada é a pior situação que tem”, afirmou.
A presidente também fez elogios ao PMDB e ao vice-presidente, Michel Temer. O partido de Temer tem se distanciado do PT e reclama da falta de espaço no governo: “Longe de nós querer isolar o PMDB”, afirmou a petista.
Dilma Rousseff comentou ainda a afirmação, dada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), segundo quem a corrupção está no Executivo, e não no Legislativo. A presidente discordou: “Eu acho que essa discussão não leva a nada. A corrupção não nasceu hoje. Ela não só é uma senhora bastante idosa nesse país como ela não poupa ninguém. Pode estar em tudo quanto é área, inclusive no setor privado”, declarou.
Economia – Diante da crise econômica, Dilma adotou um discurso otimista. Ela afirmou que não é possível manter as políticas anticíclicas no formato que foram adotadas no primeiro mandato, mas disse que o ajuste fiscal vai fazer efeito. “Esse esforço vai ser ao longo deste ano, mas o Brasil tem todas as condições de sair em menos tempo do que em qualquer outra circunstância”, afirmou.
Duque e Vaccari – A presidente da República disse não acreditar que a prisão do ex-diretor da Petrobras, o petista Renato Duque, e o indiciamento dele e do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, tenham reflexos sobre o governo. “Eu não acredito. Esses acontecimentos mostram que todas as teorias a respeito de como é que o governo interferiu sobre o Ministério Público ou quem quer que seja para investigar ou fazer qualquer coisa com quem quer que seja são absolutamente infundadas”, afirmou.
Fies – Além de reconhecer a possibilidade de erros na economia, Dilma admitiu que o governo errou na condução do Fies, o programa de financiamento estudantil. Segundo ela, foi inadequado ceder às universidades o controle sobre a contabilização das matrículas. “O governo cometeu um erro. Passou para o setor privado o controle dos cursos. Nós não fizemos isso com o Prouni, não fazemos isso com o Enem, não fazemos isso com ninguém”, declarou. A presidente disse que o governo já começou a resolver a falha.
Ao comentar a postura de “humidade” prometida pelo governo, Dilma não quis fazer um mea culpa. “Tem uma certa volúpia da imprensa em querer uma situação confessional. Não tem na minha postura nenhuma situação confessional (…) Isso aqui não é um auto de confissões, vocês vã concordar, é uma entrevista”. Depois, completou: “Se alguém achar que eu não fui humilde em algum diálogo, me diga qual e aí eu tomo providências. Caso contrário, seria um absoluto fingimento da minha parte”.
A coletiva desta segunda-feira foi a mais longa registrada nos últimos meses: durou quase meia hora. Por Reinaldo Azevedo