quinta-feira, 5 de abril de 2012

Piso aquecido proporciona conforto sem ocupar espaço


Sistema é instalado embaixo do revestimento do chão e aquece não apenas o piso, mas todo o ambiente

Conforto sem ocupar espaços. Essa é a promessa do sistema de calefação por piso radiante - o chamado piso aquecido. Ao contrário do aquecedor a óleo ou do ar-condicionado quente/frio, que ocupam um espaço do chão ou da parede do cômodo, essa tecnologia fica sob o revestimento, no chão, e não é vista - apenas sentida.
A lógica de funcionamento do sistema é física básica: o ar frio desce, o ar quente sobe - como o vapor do chuveiro, no inverno. O aquecimento se dá a partir de um circuito de resistências com cabos aquecedores, colocados sob o contrapiso. "O calor é dissipado por radiação, esquentando não só o revestimento mas todo o ambiente", explicou o empresário do setor, Daniel Jover, ao programa Estilo Casa&Cia, da TVCOM RS.
Camada de isolamento fica entre a laje e os cabos do circuito
Para que a laje não absorva o calor, entre ela e os cabos é colocada uma manta isolante de polietileno, específica para esse fim. Por cima, tudo como em qualquer outra casa: argamassa de regularização (contrapiso) e revestimento de qualquer tipo (carpete, piso frio, parquê, etc). Se o imóvel já estiver pronto, a instalação do sistema exige quebra-quebra, pois o circuito obrigatoriamente precisa estar abaixo do contrapiso, para que haja espessura mínima para camada isolante, cabos, e camada de proteção.
Controle Em cada ambiente da propriedade existe um termostato, ou até mais de um se o espaço for grande, onde se pode regular a temperatura do espaço. "O confortável para o ser humano é 20 graus, valor que pode variar um grau a mais ou a menos dependendo da idade e do peso da pessoa", explica Jover.
Uma vez ajustado o termostato, o sistema tem regulação automática e mantém a temperatura interna em equilíbrio, ajustando diferenças em relação ao frio exterior. Por ser dissipado por radiação, o calor aquece todo o ambiente, incluindo roupas e camas, por exemplo, o que também ajuda a evitar o mofo.
Cabos têm 50 anos de garantia
Preço e consumo Segundo Jover, o piso aquecido é um dos sistemas mais econômicos - comparando-se seu funcionamento com o ar-condicionado split, usados para manter o espaço a 20 graus durante as 24 horas do dia, em 30 dias. O consumo, como o preço, varia de acordo com a potência do circuito.
O valor das resistências do sistema, também compradas pela capacidade, segue a mesma lógica - quanto mais potente, mais caro. Em Porto Alegre, considerando as médias térmicas da cidade, o empresário afirma que o custo por metro quadrado fica entre R$ 100 e R$ 150.
Na opinião da arquiteta Helena Karpouzas, do escritório Inverso AA, o investimento é muito alto, comparado ao gasto com aquecedores portáteis ou condicionadores de ar, por exemplo. A profissional indica que se use o piso aquecido, se for o caso, nos banheiros das residências.
Daniel Jover contra-argumenta que os cabos usados têm garantia de 50 anos, e que apesar de inicialmente caro, o circuito tem baixa manutenção: a única peça que eventualmente será trocada é o termostato, e ainda assim, garante o empresário, a cada 15 ou 20 anos. "Além disso, valoriza o imóvel, então o custo benefício acaba sendo bem razoável", finaliza.

As regras básicas para ter uma rotina mais leve


Especialista ensina quais as estratégias mais eficazes para diminuir os riscos de estresse e aumentar sua felicidade no trabalho

  
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Mulher pulando
Mudar a maneira de pensar sobre os problemas pode ajudar a ter uma vida mais leve e mais saudável
São Paulo - Para além da carga excessiva de trabalho e pressão típicas do ambiente corporativo, os próprios profissionais portam-se como vilões da qualidade de vida no trabalho, de acordo com Fabiane Cardoso, coordenadora nacional de qualidade da Adecco Brasil.
“Os profissionais erram por não ter um olhar para essas necessidades. A empresa tem a responsabilidade de oferecer um ambiente saudável, mas cabe aos profissionais cuidar das boas práticas de qualidade de vida”, afirma.
Regra 1. Organize-se
A batalha diária contra o relógio é o principal fator de estresse no trabalho (e na vida). Dica básica para colocar um ponto final nisso? Encarando a administração do tempo (e de cada detalhe da sua carreira) como prioridade.
“Ao estabelecer um cronograma, ser mais presente no controle da própria agenda, a pessoa tem mais condições de melhorar sua qualidade de vida e até a produtividade”, diz a especialista.
Agora, é fato que a vida profissional é recheada de fatos inesperados e aprender a encará-los com uma postura analítica é fundamental, afirma a especialista. “Você tem que parar e refletir: Esta questão impacta diretamente a minha área? Se sim, quem pode resolver? Qual é o nível de urgência deste fato diante dos outros que já agendei?”
Regra 2. Discipline-se
Tal postura exige uma dose, digamos, colossal de disciplina e comprometimento consigo mesmo. “Primeiro, você tem que desprender tempo para preparar sua agenda e tem que internalizar na sua rotina as etapas de planejamento, execução e avaliação”.
Regra 3. Equilibre-se
Abra espaço na sua (apertada) agenda para dedicar tempo para outras tarefas que não seu trabalho. “Para ser mais produtivo, todos precisam oxigenar suas ideias, pensamentos e sentimentos”, diz a especialista. “Trabalhar doze horas e não tirar a cabeça do trabalho depois disso não traz equilíbrio”.
Por isso, comprometa-se consigo mesmo a fazer atividades que proporcionem prazer. Da prática de um hobby a uma atividade física, vale de tudo para colocar a cabeça em sintonia com suas necessidades emocionais.
Agora não vale também “entrar numa rotina frenética de trabalho e academia. Dedique tempo para a família e amigos”, afirma Fabiane.
Regra 4. Cuide-se
Nesta toada, é essencial colocar sua saúde em lugar de destaque nas suas prioridades de vida. Ou seja, deixar para ir ao médico apenas quando a dor aparecer não é a atitude mais adequada. “É preciso equilibrar a saúde física com a emocional”, diz a especialista da Adecco.
Exames preventivos e consultas médicas esporádicas devem entrar para a sua rotina. Bem como um cuidado dobrado com a postura no ambiente de trabalho e com os hábitos alimentares. “Se continuar convivendo com práticas ruins de alimentação e postura, sua vida vira uma bomba relógio”, afirma Fabiane.
Regra 5. Apaixone-se
Agora, de nada adianta toda esta lista de cuidados, se você se dedica a um trabalho que odeia. Sim. Pesquisas recentes apontam: quanto maior a felicidade de um profissional, maior a sua produtividade. Não se encante apenas com os deslumbrantes pacotes de remuneração. Invista em uma carreira que, realmente, faça seus olhos brilharem.

ONU critica decisão do STJ sobre estupro de crianças


Tribunal inocentou um homem da acusação de estupro contra três meninas de 12 anos na semana passada

Fachada do prédio do Superior Tribunal de Justiça, Brasília
Fachada do prédio do Superior Tribunal de Justiça, Brasília (Cristiano Mariz)
A decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que inocentou um homem da acusação de estupro contra três meninas de 12 anos na semana passada desagradou os representantes de direitos humanos das Nações Unidas. Nesta quinta-feira, a instituição divulgou um comunicado classificando como "deplorável" a decisão dos ministros do tribunal.

No julgamento, o STJ decidiu que nem sempre fazer sexo com menor de 14 anos pode ser considerado estupro. No caso específico, o acusado manteve relações com as três menores, que, segundo a defesa, eram prostitutas. O tribunal concluiu que a presunção de violência no crime de estupro pode ser afastada em algumas circunstâncias.

“É impensável que a vida sexual de uma criança possa ser usada para revogar seus direitos”, afirmou Amerigo Incalcaterra, representante do Escritório Regional para América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. Segundo o representante, a decisão do STJ contradiz os tratados internacionais de direitos humanos já ratificados pelo Brasil. Para ele, “a decisão do STJ abre um precedente perigoso”.

A manifestação das Nações Unidas acontece um dia após o STJ emitir uma nota afirmando que a corte não institucionalizou a prostituição infantil e não incentiva a pedofilia com a decisão. "A exploração sexual de crianças e adolescentes não foi discutida no caso submetido ao STJ, nem mesmo contra o réu na condição de ‘cliente’", diz a nota do STJ. "A prática de estupro com violência real, contra vítima em qualquer condição, não foi discutida", acrescenta.

De acordo com o tribunal, a decisão dos ministros não desrespeitou a Constituição e há precedentes, inclusive do Supremo Tribunal Federal (STF). O STJ garante que não promove a impunidade. "Se houver violência ou grave ameaça, o réu deve ser punido. Se há exploração sexual, o réu deve ser punido. O STJ apenas permitiu que o acusado possa produzir prova de que a conjunção ocorreu com consentimento da suposta vítima."

Doença incurável (por Dora Kramer)


Dora Kramer - O Estado de S.Paulo
Finalmente descortinou-se ao menos uma razão de ser para o Ministério da Pesca: servir de ponte para o trânsito do dinheiro público aos cofres de um partido. No caso, o PT que, diga-se, não é o único a se valer do expediente.
A mesma prática revelou-se em episódios anteriores e voltou a aparecer nas denúncias que levaram ministros à queda ou à berlinda ao modo de uma derrocada em dominó.
Havia nos escândalos recentes envolvendo ministros do PC do B, PDT, PMDB, PR e PSB, o traço - em alguns mais acentuadamente que em outros - do uso da máquina administrativa para algum tipo de favorecimento privado. Partidário ou familiar e, portanto, pessoal.
A denúncia sobre o ministério da Pesca é tão cristalina quanto as que durante o ano passado detectaram a transformação de pastas em feudos de partidos usuários do aparelho (nos dois sentidos) de Estado como fonte de financiamento.
A diferença aqui é que quando se trata do PT o tratamento é mais brando do lado do governo e mais petulante, para não dizer cínico, da parte dos acusados em sua infinita capacidade de negar as evidências. Por mais evidentes que sejam.
Vejamos resumidamente o que nos mostra o "caso das lanchas", a partir de minuciosos relatos dos repórteres do Estado: em 2009, o Ministério da Pesca concluiu uma negociação com a empresa Intech Boating para a compra de 28 lanchas-patrulha no valor de R$ 31 milhões.
A transação deu-se sem necessidade de comprovação da necessidade da aquisição - tanto que a maior parte (19) não foi usada - e acabou caindo na rede do Tribunal de Contas da União sobre licitações supostamente dirigidas.
Em 2010, o secretário de Planejamento do ministério, Karim Bacha, pediu uma doação para a campanha do PT ao governo de Santa Catarina de R$ 150 mil ao dono da empresa fabricante das lanchas. Pedido feito, pedido obviamente aceito por aquele que ganhara um contrato cujo valor, na comparação, tornava a doação irrisória.
Pois a questão aqui não é de montante, nem do fato de os recursos terem sido devidamente contabilizados. A contribuição foi legal, como alega a hoje ministra das Relações Institucionais e à época candidata ao governo de Santa Catarina, Ideli Salvatti, e depois titular da Pesca.
Ilegítima - para dizer bem pouco, já que o direcionamento da licitação é ainda uma suspeita - foi a "troca" perfeitamente caracterizada na solicitação feita por intermédio do ministério.
Aqui não está em jogo só a conduta dos ministros (Ideli e seu antecessor Altemir Gregolim), embora esteja também.
O dado mais relevante é a prática que se repete, se estende aos outros partidos participantes do governo e é responsável pela produção de denúncias numa série, pelo visto, interminável.
Mata-borrão. A julgar por algumas reações diante dos ótimos índices de aceitação da presidente Dilma Rousseff, as pesquisas seriam, além de uma espécie de salvo-conduto ao erro, um fator de aniquilação do senso crítico.
Celebrar a avaliação positiva é uma coisa. Inclusive porque se as pessoas estão gostando da atuação de Dilma, governo e governistas devem mesmo comemorar.
Outra coisa bem diferente é achar que pontuação em pesquisa é um valor absoluto perante o qual devem se curvar os fatos nem sempre levados em conta pela maioria.
Maioria esta que na mesma pesquisa condena a pesada carga tributária, mas não conecta o fato ao desempenho da presidente.
Aparências. Ainda pensando na dupla face do senador Demóstenes Torres: havia no governo Lula algo mais respeitável que as maneiras, a fala e a figura de Antônio Palocci?
Foi praticamente o fiador da ascensão do PT ao poder e acabou, com todo o reconhecimento de valor, sob os escombros de uma casa de lobby em Brasília.
O ensaio de ressurreição que viria depois, com Dilma, foi apenas um estertor.

Muito Boa a Charge de Néo Correa


Publicado no Blog do Noblat 

A Charge de Néo Correia

O governador de 35 contas bancárias



A Polícia Federal investiga por que Camilo Capiberibe (PSB), do Amapá, precisa de tantas delas, em quatro bancos, para movimentar seu dinheiro

MARCELO ROCHA

NÚCLEO FAMILIAR O governador  do Amapá, Camilo Capiberibe (acima),  e seu pai, o senador João Capiberibe (ao lado), ambos do PSB. O filho  é suspeito de ter desviado dinheiro de passagens aéreas; o pai, de ter usado dinheiro público para comprar um terren (Foto: Mario Tomaz/Futura Press e José Varella/CB/D.A Press)
Cerca de 40% dos brasileiros ainda não têm conta-corrente em banco. Na Região Norte, metade da população enfrenta essa limitação. Situação muito diferente vive o governador do Amapá, Camilo Capiberibe (PSB). Uma investigação da Polícia Federal descobriu que Capiberibe aparece como titular de 35 contas bancárias. ÉPOCA teve acesso a dados do Banco Central que mostram que Capiberibe concilia a administração do Estado com a de contas-correntes, poupança e investimentos em quatro instituições financeiras diferentes. Em cinco dessas contas, sua mulher, Cláudia Camargo Capiberibe, é cotitular. A polícia ainda não sabe explicar por que o governador mantém tantas contas para movimentar seu salário – de R$ 24 mil mensais.
A polícia chegou a Capiberibe por acaso. Em setembro de 2010, 18 pessoas foram presas pela Polícia Federal no Amapá durante a Operação Mãos Limpas. Entre elas estavam o então governador, Pedro Paulo Dias (PP), e o ex Waldez Góes (PDT), acusados de corrupção, fraude em licitações e lavagem de dinheiro. Na ocasião, Camilo Capiberibe era deputado estadual. Entre o material apreendido pela polícia havia indícios de que Capiberibe e alguns colegas desviavam recursos públicos. Eles apresentavam notas fiscais da agência de turismo Martinica como se tivessem gastado com viagens aéreas – e recebiam reembolso por isso. Após investigar a Martinica, os policiais concluíram que as notas eram frias. Os investigadores afirmam que viagens eram inventadas para que os deputados recebessem um extra dos cofres de um dos Estados mais pobres do país. Entre 2010 e 2011, os deputados estaduais amapaenses aumentaram de R$ 12 mil para R$ 100 mil mensais a cota para gastos com viagens, alimentação e combustíveis. Para saber se Capiberibe embolsou o dinheiro das passagens, a PF pediu – e a Justiça concedeu – a quebra do sigilo bancário do governador. Foi aí que apareceram suas 35 contas.

Trecho de relatório da Polícia Federal, que pediu a quebra de sigilo bancário do governador do Amapá, Camilo Capiberibe (Foto: Reprodução)

Antigo território, só em 1991 o Amapá passou à condição de Estado, com direito a governador, Assembleia Legislativa e bancadas de deputados federais e senadores no Congresso Nacional. Por falta de uma classe política própria, ganhou de saída uma oligarquia. Com a imagem desgastada ao deixar a Presidência da República em 1990, o ex-presidente José Sarney preferiu evitar a concorrência em seu Maranhão e elegeu-se senador pelo Amapá. Sarney instalou um grupo político no Estado – faltava apenas uma turma de adversários. A família Capiberibe assumiu o papel de oposição a Sarney. Com um histórico de perseguido político e ambientalista, João Capiberibe, pai do governador Camilo, foi eleito governador em 1994 e cumpriu dois mandatos. Em 2002, foi eleito senador, ao derrotar Gilvam Borges, candidato de Sarney. Sua mulher, Janete, mãe do governador Camilo, foi eleita deputada. A disputa custou caro: João Capiberibe e Janete foram cassados, acusados de comprar votos por R$ 26. Numa ação cheia de reviravoltas, João Capiberibe perdeu a vaga para Borges. Mas não se deu por vencido. Em 2010, o casal Capiberibe foi eleito novamente, enquanto o filho Camilo se tornou governador do Estado. O domínio do Amapá pela família estava concretizado, mesmo que, devido à Lei Ficha Limpa, Janete e João tenham assumido seus mandatos com meses de atraso, após decisão do Supremo Tribunal Federal.
A PF chegou ao governador ao investigar desvios de verba de viagens na Assembleia Legislativa 
As suspeitas de irregularidades sobre os Capiberibes não se limitam ao filho do governador. O Ministério Público Federal no Amapá apura uma denúncia de que a casa onde o senador João Capiberibe mora, em Macapá, lhe foi dada pela empresa Engeform. O imóvel foi transferido a ele por José Ricardo Dabus Abucham – representante e irmão do proprietário da Engeform. No período de João Capiberibe (1995-2002) no governo estadual, a Engeform recebeu R$ 17 milhões por uma obra na área de saúde, orçada no início em R$ 12,3 milhões.

Carlos Camilo Goes Capiberibe (Foto: reprodução)

Capiberibe nega a acusação e afirma ter pagado R$ 300 mil pela casa, divididos em uma entrada de R$ 40 mil e 26 parcelas de R$ 10 mil mensais. Capiberibe apresentou a ÉPOCA recibos que, segundo ele, comprovam a transação. Parte dos papéis não traz seu nome como depositante. O governador Camilo Capiberibe também rebateu as acusações. Disse a ÉPOCA, por intermédio de sua assessoria de imprensa, desconhecer ser objeto de qualquer investigação da Polícia Federal. Ele disse ser titular de apenas três contas-correntes e duas de poupança. Sobre as suspeitas envolvendo gastos com passagens aéreas, afirmou que os recursos “foram empregados dentro dos parâmetros legais, integralmente movimentados através de conta bancária, declarados ao Imposto de Renda e utilizados segundo as resoluções da mesa diretora daquela casa”.
Ao assumir seu mandato no início do ano, o senador João Capiberibe fez um pronunciamento na Tribuna do Senado. Anunciou que pediria uma audiência ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, sobre os desdobramentos da Operação Mãos Limpas – aquela que, em 2010, prendeu dois governadores do Estado. “É urgente que a Procuradoria-Geral da República e o STJ prestem contas dessa operação à sociedade brasileira e, em particular, ao povo do Amapá”, disse João Capiberibe. Com sua ampla atividade no sistema bancário, seu filho, o governador Camilo Capiberibe, poderá ser um dos primeiros a ter de “prestar contas” à sociedade brasileira. Trinta e cinco contas.

Cinema flutua sobre lago na Tailândia



Casa Vogue -



O filme é só um detalhe diante da brisa e do vaivém das ondas que balançam esta inusitada “sala de cinema” na Tailândia. Batizada de Cinema Arquipélago, a instalação flutua sobre as águas turquesas e calmas do lago Nai Pi Lae, na ilha Kudu. A estrutura foi montada no mês passado, por ocasião do festival Film on the Rocks Yao Noi, que tem curadoria da atriz inglesa Tilda Swinton.

Para chegar até a sala, o público precisa pegar um barquinho até ser acomodado em grandes pufes, que estão distribuídos em cinco nichos – o sexto, mais ao fundo, tem poltronas (área vip?). Os módulos da plataforma ficam lado a lado e em desnível para facilitar a visão da tela e evitar que alguém reclame durante o filme. O áudio também não é prejudicado, mesmo a céu, ou melhor, a mar aberto, já que dois paredões de rochas criam uma espécie de câmara acústica natural e não deixam o som se dissipar facilmente.

A construção foi encarada como uma imensa jangada por pescadores locais de lagosta, chamados para erguê-la. Sob orientação do escritório de arquitetura Büro Ole Scheeren, o grupo usou as mesmas técnicas empregadas na montagem de embarcações para fazer os módulos que, unidos, formaram o auditório flutuante. Construídos com material reciclado, os desmontes deram flexibilidade ao projeto – ao fim do festival, a sala seria doada à comunidade, para ser usada tanto como playground quanto para a pesca dos crustáceos. Design para quem gosta de mergulhar de cabeça na sétima arte.