sexta-feira, 21 de agosto de 2015

CHARGE DO SINFRONIO - Merkel no Brasil...


CHARGE DO CABRAL - Drogas


Os cristãos têm mais medo do radicalismo sunita do que do xiita




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Guga Chacra – De Nova Iorque para a Rua Judaica
Os cristãos são perseguidos no mundo árabe e há uma enorme gritaria correta quando observamos o que grupos como ISIS (Grupo Estado Islâmico ou Daesh) e a Frente Nusrah fazem com os seguidores desta religião. Mas óbvio que poucos falam sobre quem defende estes cristãos e o que se pode fazer mais para ajudar.

O Líbano é a nação com a maior proporção de cristãos no Oriente Médio. São 40% morando no país ou cerca de 60% se levarmos em conta os libaneses morando na diáspora. Também é o país onde os cristãos melhor vivem na região e o único que possui, por lei ou costume, calendário cristão (fim de semana sábado e domingo e celebração do Natal), metade do Parlamento cristão, metade do ministério cristão, presidente cristão e chefe das Forças Armadas cristão.
Neste momento, o principal líder cristão do Líbano se chama Michel Aoun. Não chega a ser novidade. Aoun ocupa este posto desde o fim dos anos 1980, embora tenha passado 15 anos no exílio. A maior parte dos parlamentares cristãos libaneses integram o partido de Aoun, conhecido como Movimento Patriótico Livre.

Este grupo cristão de Aoun é aliado político do Hezbollah e do Irã pois vê o grupo xiita, o regime de Teerã e mesmo Bashar al Assad (de quem Aoun já foi inimigo) como as únicas garantias neste momento de o Líbano não ser sugado pelo ISIS ou pela Frente Nusrah (Al Qaeda na Síria). Sim, os cristãos têm mais medo do radicalismo sunita do que do xiita. O mesmo não deve ser aplicado necessariamente aos judeus, que temem mais o regime iraniano e o Hezbollah. Entendam que cada pessoa vê o mundo pelo seu ângulo. E Aoun defende o fortalecimento dos cristãos no Líbano.

Há mais de um ano, o Líbano está sem presidente. Existe um impasse envolvendo Aoun e seu maior rival no campo cristão, o ex-líder miliciano Samir Geagea, aliado dos sunitas e nenhum consegue maioria suficiente no Parlamento (o druso Walid Jumblatt tem seu candidato, que é cristão, obviamente, bloqueando a possibilidade de maioria). É urgente que os cristão libaneses se unam neste momento para evitar o enfraquecimento ainda maior da força dos cristãos no Líbano, o último oásis do cristianismo na região. Alguns já dizem que talvez o Líbano não tenha mais um presidente cristão.
Os cristãos estavam bem no Iraque até a invasão dos EUA. Os cristãos estavam bem na Síria até o início da guerra civil. Agora, sobraram apenas os cristãos do Líbano entre as nações do mundo árabe – no Egito, os cristãos sempre foram tratados como cidadãos de segunda classe e nada mudou com o regime fascista de Sissi. E os cristãos são peça fundamental na identidade árabe e do Oriente Médio. São a ponte de ligação entre o Ocidente e o Oriente.

Muitas vezes, os EUA sempre apoiam os lados que estão contra os cristãos árabes. E, pior, os candidatos republicanos, embora retoricamente defendam os cristãos, também sempre ficam no lado oposto aos cristãos do Oriente Médio. O mesmo vale para grupos cristãos evangélicos nos EUA e mesmo no Brasil (mais por desinformação do que por qualquer outro motivo) - o cristianismo ortodoxo, porém, entende bem melhor o cenário na região. Os católicos, por meio do Papa Francisco, também conhecem melhor a situação e costumam acertar nas suas análises.

Provavelmente, no Brasil, você tem um ou mais amigos de origem libanesa. E quase certamente ele tem origem cristã. Os cristãos libaneses, junto com os muçulmanos sunitas, xiitas, os drusos e, em um passado recente, os judeus faziam do Líbano uma das nações mais cosmopolitas do mundo. Os libaneses se dão bem em todo o mundo, de São Paulo a Montreal, de Paris a Lagos. Falta apenas se darem bem em Beirute. O Líbano tem tudo para voltar a ser a Suíça do Oriente Médio, o símbolo da prosperidade da sociedade mediterrânea e o grande bastião do Ocidente no Oriente e do Oriente no Ocidente.

O mundo árabe já decaiu ao perder os judeus, que tanto contribuíram para Alexandria, Aleppo, Damasco e Bagdá. Se perder os cristãos, corre risco de desaparecer. 

ISRAEL TESTA NOVAS FORMAS DE DETECTAR OS TÚNEIS DO HAMAS


Um ano depois que o Hamas usou túneis transfronteiriços para lançar ataques mortais durante a guerra de Gaza, Israel está testando novas técnicas para detectar as passagens escondidas como uma "prioridade", dizem as fontes, mas ainda não anunciou o sistema totalmente operacional.
Além de segredo militar, a reticência de alardear as medidas podem ser persistentes para mascarar curtas quedas no sistema e evitar dar aos israelenses uma falsa sensação de segurança quando eles retornam para suas casas abandonadas durante a guerra perto da Faixa de Gaza.
Israel vem testando meia dúzia de tecnologias para detectar movimentos ou cavidades abaixo do solo, ou a perturbação resultante da terra acima, usando túneis de modelo experimental em uma base militar no deserto ao sul de Israel.
Geólogos estrangeiros e especialistas em vigilância têm ajudado, disseram as fontes, que não quiseram dar mais detalhes.
O sistema anti-túnel é uma "prioridade" para o Ministério da Defesa, disse uma fonte de segurança envolvida no projeto, acrescentando: "Estamos trabalhando, mas ainda não é 100 por cento preciso."
A cobertura total dos 65 km de fronteira, no entanto, é uma tarefa difícil. Por enquanto, o equipamento pode ser visto semi-enterrado, meio exposto, ou espalhado ao longo de trechos da fronteira fortificada.
Os palestinos têm usado, por muito tempo, túneis sob a fronteira com o Egito para subverter o bloqueio imposto a Gaza, usando para a importação de bens escassos, bem como armas. Durante a guerra de julho-agosto de 2014, o Hamas usou túneis que levavam até Israel para se infiltrar em quatro ocasiões, matando 12 soldados. Israel disse que destruiu 32 túneis.  
Os ataques pelos túneis, combinado com bombardeios transfronteiriços, assustaram israelenses que viviam perto de Gaza e muitos fugiram.

"O IDF está fazendo seu trabalho - isto é algo que sabemos, e é garantia suficiente", disse Micky Levy, chefe da segurança da aldeia fronteiriça Nativ Haasara.
Autoridades israelenses têm discutido sobre o sistema anti-túneis.
Um relatório sobre o sistema, solicitado ao Ministério da Defesa para investigação, pode ter vazado as informações, sujeitando vários membros da equipe a testes com o detector de mentiras, disseram fontes de segurança.
Um funcionário estrangeiro familiarizado com o assunto disse que Israel preferiu "manter Hamas em suspense e tendo que adivinhar", enquanto continua a trabalhar no sistema.
Hamas diz que está cavando novos túneis - algo que Israel confirma. Nenhum dos lados disse se atualmente existem túneis que cruzam Israel.

CHARGE DO SPON - Os bonecos Lulecos


"A PRAÇA PÚBLICA É MAIOR QUE AS URNAS"


Por Maria Lucia Victor Barbosa (*)
Na atualidade a palavra impeachment tornou-se o veredito das multidões que encheram as ruas do Brasil no histórico dia 16 de agosto.  Foi o maior julgamento popular de um presidente da República, no caso, da presidente Dilma Rousseff.
Av. Paulista, 16 de Agosto de 2015.
O movimento, como os dois anteriores foi espontâneo, consciente, apartidário, ordeiro, pacífico, com objetivo claro e definido: Fora Dilma. Fora Lula. Fora PT. Grandes faixas com a palavra impeachment exibiram a tônica do “plebiscito”, pedindo a saída da governante que quebrou o País e jogou a conta nas costas do povo depois de tê-lo enganado nas eleições com mentiras.
Emblematicamente, em Brasília, o gigantesco balão com a cara de Lula da Silva, vestido de presidiário e com o número dos Irmãos Metralha no peito, indicava que o presidente de fato já não passa de um Pixuleco das falcatruas.Neste cenário soou falso o discurso do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, que do alto do seu pomposo e inútil cargo acusou o povo de intolerante e pediu otimismo. O ministro esqueceu que as pessoas costumam ir aos supermercados onde a realidade da inflação e da queda de renda é inequívoca.
Edinho Silva também mandou recado para a oposição, que nunca existiu, declarando numa linguagem lulesca: “Só esperamos que, quando os interesses são do País, que, em vez de ficarmos cultivando questões partidárias, a gente possa enxergar aquilo que é do interesse nacional”.
Portanto, o ministro pede aos outros o que nunca foi feito por seu partido, o PT e, ao mesmo tempo, não tem noção de um fato básico: Não tem governo que resiste quando a economia vai mal. Tampouco, Edinho Silva leu “O Príncipe”, de Nicolau Maquiavel, onde está escrito: “Os homens esquecem mais facilmente a morte do pai do que a perda do patrimônio”. Mas ler, ainda mais “O Príncipe”, seria pedir demais ao ministro.
Sobre a oposição, que na linguagem petista significa PSDB, o PT pode ficar sossegado. O ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso, sempre foi o maior defensor de Lula e do PT, no que foi seguido por seus correligionários. Aguentou oito anos ouvindo “Fora FHC” e, depois de ter entregado ao recém-eleito presidente Lula um governo sem inflação, seus melhores quadros e políticas sociais que o PT imitou, ouviu por mais 12 anos indo para 13 que sua herança era maldita. E tem mais: em agosto de 1999, Lula da Silva disse: “Renúncia é um gesto de grandeza e FHC não tem essa grandeza”. O pedido de renúncia depois pareceu pouco e o PT passou também a encampar uma campanha pelo impeachment de Fernando Henrique Cardoso. Naquela ocasião não era golpe.
Agora foi dito que FHC unificou o PSDB em torno do pedido de renúncia da Presidente. Um mimo dado a Rousseff, que jamais irá renunciar. E assim, entre impeachment, novas eleições ou cassação de Rousseff, o PSDB aceitou, por enquanto, que pedir a impossível renúncia da presidente é melhor. E se Eduardo Cunha, a única oposição real pedir o impeachment, os tucanos aprovam. Pelo menos é o que é dito agora. Se bem que os tucanos já estão com a bandeja pronta para entregar a cabeça de Cunha depois que o Procurador-geral, Rodrigo Janot, o denunciou.
Enquanto isso, a classe dirigente petista conta com Renan Calheiros para salvar a pele da presidente e, é claro, a sua própria, no tapetão institucional. Também aumentam as performances da presidente diante de públicos selecionados que a aplaudem. E não poderia faltar um contra-ataque dos ditos movimentos sociais sustentados pelo governo e que foram realizados dia 20 deste a favor de Rousseff e, paradoxalmente, contra o ajuste fiscal e a Agenda Brasil.
Os “exércitos” de Stédile, Boulos e da CUT, com exceção de São Paulo onde houve mais gente, nas demais capitais não passaram de grupelhos do pixuleco. Mesmo porque, os manifestantes chapa-branca fazem parte dos 8% que apoiam Rousseff contra os 70,1% da população, uma quantidade descomunal de coxinhas, de conservadores da classe média de direita e, como disse Lula da Silva, de nazistas.
O PT, que também participou do impeachment do ex-presidente Collor, hoje chama de golpistas os que querem se ver livre do pior governo presidencial de nossa história. Isso lembra uma entrevista de Ulysses Guimarães antes da queda de Collor.
Disse o deputado, que a praça pública era maior que as ruas e que Collor não era mais presidente. Teria este se tornado um fantasma, mas um fantasma que provocava inflação, desemprego, queda da bolsa e que devia ser exorcizado. O cidadão havia votado em Collor, mas acordara e estava nas ruas. Na Câmara, se não votassem o impeachment seriam considerados cúmplices.
Agora não temos governo, mas um fantasma que provoca um cortejo de desgraças para o País. Os cidadãos acordaram.  É hora do Congresso relembrar que a praça pública é maior que as urnas. Caso contrário, os parlamentares serão cúmplices.
(*) Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga. www.maluvibar.blogspot.com.br