quarta-feira, 23 de abril de 2014

Imposto de Renda: espólio e herança no IR


 fonte: Exame

Veja como entregar as declarações das pessoas falecidas, que são de responsabilidade do inventariante

 : Imposto de Renda: espólio e herança no IR
Martelo de juiz: até que a partilha seja concluída, o espólio responde como um contribuinte independente – Oxford/Getty Images
Mesmo pessoas falecidas podem ser obrigadas a declarar imposto de renda, caso deixem bens e rendimentos. A declaração referente ao ano em que a partilha é concluída é obrigatória, indicando a transferência dos bens e direitos para os herdeiros.
Porém, caso o processo de inventário se prolongue por vários anos, é possível que seja necessário prestar contas ao Fisco em todos eles.

O espólio e herança no IR

A entrega das declarações deve sempre ser feita em nome do falecido, pois para a Receita Federal, o contribuinte não deixa de existir no momento em que ele morre. Até que a partilha seja concluída, seu espólio responde como um contribuinte diferente de seus herdeiros, meeiros e sucessores.
O espólio é o conjunto de bens, direitos e obrigações da pessoa falecida. A partir da declaração referente ao ano em que a pessoa morre até a declaração referente ao ano de conclusão da partilha, a entrega da declaração de IR do espólio é de responsabilidade do inventariante, designado pelos herdeiros ou até pelo juiz do processo de inventário.
O inventariante geralmente é o cônjuge sobrevivente ou um dos filhos, e é ele que representa o espólio em juízo.
Enquanto o processo de inventário não tiver iniciado, as declarações devem ser apresentadas pelo cônjuge meeiro, sucessor ou representante do contribuinte falecido.
Seja o inventário judicial ou extrajudicial, ele pode se arrastar por mais de um ano. Assim, dependendo do estágio do processo, há três tipos de declarações de espólio que podem ser entregues.
Todas as declarações de espólio devem ser preenchidas usando-se o Programa Gerador da Declaração (PGD), o mesmo que você usa para preencher sua Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda. A transmissão também se dá pela internet, da mesma maneira.
Para pessoas não residentes no Brasil não é preciso entregar declarações de espólio. Apenas os rendimentos produzidos no Brasil e recebidos por seu espólio estarão sujeitos à incidência de imposto de renda de forma definitiva ou exclusiva na fonte.
O recolhimento do IR, nesse caso, deve ser feito em nome do espólio, a partir do falecimento até a data do trânsito em julgado da decisão judicial da partilha.
Veja a seguir como preencher a declaração de espólio em função do estágio do processo de inventário:

Declaração inicial e intermediária de espólio

A declaração inicial e a intermediária de espólio só precisam ser entregues caso o espólio se enquadre nas regras de obrigatoriedade para a entrega da declaração de imposto de renda.
A declaração inicial de espólio deve ser referir ao ano da morte do contribuinte. Portanto, pode ser obrigatório entregar esta declaração neste ano relativamente ao espólio de um contribuinte falecido em 2013.
No entanto, para um contribuinte falecido já em 2014 antes de entregar sua Declaração de Ajuste Anual, a declaração inicial de espólio só precisará ser entregue em 2015. Neste ano, será preciso que seus parentes entreguem a Declaração de Ajuste Anual referente a 2013 normalmente.
Já as declarações intermediárias devem ser entregues nos anos subsequentes, sempre que o espólio se enquadrar nas regras de obrigatoriedade.
Ambas as declarações devem ser preenchidas exatamente da mesma forma que a Declaração de Ajuste Anual, entregue em vida. As regras para declarar bens, como imóveis, carros e aplicações financeiras, além de rendimentos, como aluguéis, são exatamente as mesmas.
Também são válidas as mesmas regras para deduções e inclusão de dependentes. E o cônjuge ou companheiro sobrevivente pode optar por tributar os rendimentos frutos dos bens comuns com o falecido integralmente em uma das declarações ou metade na declaração de cada um, caso sua declaração não seja feita em conjunto com o espólio.
Enquanto o processo de inventário não acabar, eventuais fontes de renda, como aluguéis e pensões, serão do espólio. Assim, devem ser depositados na conta do contribuinte falecido até que a partilha seja concluída. Às vezes o juiz autoriza a movimentação da conta com um alvará, mas esta não é a regra.
Da mesma forma, o meeiro e os herdeiros do falecido não devem acrescentar quaisquer bens ou rendimentos às suas próprias declarações de imposto de renda até que a partilha tenha sido concluída.
No Programa Gerador da Declaração, deve ser informado o CPF e o nome do falecido no campo referente à Declaração de Ajuste Anual. A identificação de que se trata de uma declaração de espólio virá logo na ficha de Identificação do Contribuinte. No campo “Ocupação Principal”, a “Natureza da Ocupação” deve ser preenchida com o código 81 “Espólio”.
O inventariante deve ser identificado na ficha Espólio, disponível na coluna esquerda do programa. Ali devem constar seu nome, CPF e endereço.

Declaração final de espólio

A declaração referente ao ano em que sair a decisão judicial sobre o inventário ou for lavrada a escritura pública da partilha deverá ser a declaração final de espólio. Assim, se a decisão de partilha tiver saído em 2013, neste ano deverá ser entregue a declaração final de espólio.
A entrega desta declaração é sempre obrigatória quando existem bens a inventariar, independentemente de o patrimônio do falecido atender ou não a outras regras de obrigatoriedade de apresentação da declaração de imposto de renda.
Para preenchê-la, em vez de acessar o item referente à Declaração de Ajuste Anual no Programa Gerador da Declaração, o inventariante deverá acessar o segundo item, referente à Declaração Final de Espólio propriamente dita. O nome e o CPF informados devem ser os do falecido.
Na declaração final de espólio não é permitido o desconto simplificado. Também não é permitido deduzir os gastos com funeral, taxas, emolumentos e honorários advocatícios relativos ao inventário, nem na declaração final, nem nas declarações inicial e intermediária de espólio.
No ano da entrega da declaração final de espólio, os dependentes do espólio poderão ser, ao mesmo tempo, dependentes na declaração entregue pelo meeiro do falecido, caso preencham os requisitos para tanto.
O fim do prazo para entregar a declaração final de espólio é o último dia útil do mês de abril do ano seguinte ao da decisão de partilha. Se ainda houver imposto de renda a pagar, seu pagamento também deverá ser feito dentro desse mesmo prazo, com os recursos do espólio, e não há a possibilidade de parcelamento.
Na ficha Espólio deverão ser informados o nome, CPF e endereço do inventariante, assim como todos os bens e direitos divididos entre os herdeiros e o eventual meeiro.
Estas informações também devem ser lançadas na ficha Bens e Direitos, onde deve constar o nome e o CPF de cada beneficiário que recebeu cada parcela do espólio.
No item “Situação na Data da Partilha” será repetido o valor que já era informado em vida pelo contribuinte falecido. Já em “Valor de Transferência” deverá ser lançado o valor pelo qual o bem será incluído na declaração do beneficiário.
A transferência pode ser feita pelo valor de aquisição do bem ou a valor de mercado, de acordo com o que for mais vantajoso para o beneficiário, seja ele meeiro ou herdeiro.
No segundo caso, se o valor de mercado atual for maior que o valor de aquisição, será preciso apurar ganho de capital pelo programa GCap, da Receita.
A alíquota de IR sobre o ganho de capital é de 15%. O pagamento do tributo também deve sair do espólio.

Como os herdeiros e meeiro devem declarar

Se obrigados a entregar a Declaração de Ajuste Anual, os beneficiários deverão incluir os bens recebidos em suas declarações de imposto de renda como se fossem bens “novos”, na ficha de Bens e Direitos. O fato de que foram transferidos por herança ou meação deve ser informado no campo Discriminação, bem como a identificação do falecido.
Em função disso, caso o bem transferido tenha direito a alguma isenção de imposto de renda sobre o ganho de capital, o melhor é fazer a transferência pelo valor de mercado. Assim, o beneficiário evita perder essa isenção.
É o que ocorre, por exemplo, com os imóveis adquiridos pelo falecido até 1969, isentos de IR sobre ganho de capital na hora da venda ou transferência para os herdeiros. Já os imóveis adquiridos entre aquela data e 1988 têm direito a redutores sobre a alíquota de IR.
Assim, se um imóvel comprado antes de 1969 era declarado por 100 mil reais pelo falecido (valor que constará na coluna “Situação na Data da Partilha”), e seu valor de mercado hoje é de um milhão de reais, valerá a pena transferi-lo por este último valor, informando-o na coluna “Valor de Transferência”.
O novo dono não precisará pagar IR sobre o ganho de capital e ainda pagará um imposto bem menor caso venda o imóvel no futuro, uma vez que seu custo de aquisição será consideravelmente mais alto que os 100 mil reais originais.
Se este herdeiro resolvesse declarar o valor original de 100 mil reais, ele perderia o direito à isenção, pois sua data de aquisição seria a do ano da partilha, não aquela anterior a 1969. Se optasse por vender o imóvel por um milhão de reais mais tarde, esse contribuinte teria que pagar IR de 15% sobre a diferença de 900 mil reais – nada menos que 135 mil reais.
Na hipótese de o meeiro declarar a parte dos bens comuns antes pertencente ao espólio por seu valor de mercado, a maior, também será preciso apurar ganho de capital e recolher o imposto correspondente. A nova data de aquisição dos bens comuns será a da abertura da sucessão.
O valor total transferido também deve ser informado na ficha de Rendimentos Isentos e Não Tributáveis. Herdeiros devem informá-lo na linha 10 “Transferências Patrimoniais – doações e herança” e o eventual meeiro sobrevivente deve informar a parte recebida como meação na linha 17 “Transferências patrimoniais – meação”.

Declarações em atraso e retificações

Caso a pessoa falecida devesse declarações passadas à Receita, o responsável pela declaração de espólio deve preenchê-las e entrega-las. Essa regra vale para as declarações dos últimos cinco anos.
Se forem constatados erros ou omissões em declarações do falecido nos últimos cinco anos, estas devem ser retificadas.
Se durante o processo de inventário forem descobertos bens que não constavam em declarações anteriores do falecido, e estes bens produzirem rendimentos, também será necessário retificar as declarações passadas e recolher o IR em atraso, se for o caso.
Mas se os bens forem trazidos a inventário após o trânsito em julgado da decisão judicial da partilha ou da lavratura da escritura, pode haver duas possibilidades.
A primeira é que a declaração final de espólio ainda não tenha sido apresentada. Nesse caso, as declarações intermediárias deverão continuar a ser apresentadas como se a sentença ainda não tivesse sido proferida, até que seja tomada a decisão final. Leia mais detalhes na pergunta 101 do Perguntão da Receita.
Caso a declaração final de espólio já tenha sido apresentada, ela deve ser retificada, para que sejam incluídos esses novos bens e seus respectivos rendimentos, que deverão ser objeto da chamada sobrepartilha.

De quem é a responsabilidade pelo recolhimento dos impostos do falecido

Todas as dívidas tributárias do falecido até a data de sua morte são de responsabilidade do espólio. Isto é, caso a pessoa tenha morrido antes de quitar todas as suas dívidas com impostos, os recursos do espólio devem ser usados para quitá-las.
Caso estes não sejam suficientes, ou caso o falecido nada tenha deixado, cônjuge e demais herdeiros não responderão pela dívida. Neste caso, a orientação é que o falecido tenha seu CPF cancelado em uma das unidades da Secretaria da Receita Federal.
Da data da morte até o encerramento da partilha, a responsabilidade pelo imposto devido pela pessoa falecida é do sucessor a qualquer título e do cônjuge meeiro, limitando-se ao montante de bens e direitos a que eles tiverem direito após a partilha.
Os bens doados pelo falecido ainda em vida em observância à Lei, assim como os bens e rendimentos privativos do cônjuge ou companheiro sobrevivente e dos herdeiros e legatários não respondem pelas dívidas do espólio.
Em resumo, a quitação tanto das dívidas tributárias da pessoa falecida ainda em vida quanto das dívidas tributárias do espólio não devem fazer o cônjuge ou companheiro sobrevivente nem os herdeiros colocarem a mão no próprio bolso. Apenas os recursos do próprio espólio, e posteriormente, da herança e da meação devem ser usados para a quitação destes débitos.

Fonte: Exame – Julia Wiltgen

Perguntar não ofende: que competências tem Ideli Salvatti para ser ministra do Tribunal de Contas? - RICARDO SETTI


Ideli: ex-professora da rede pública de SC, ex-militantes sindical, ex-senadora: onde estão as competências técnicas mínimas para estar no TCU? (Foto: Agência Brasil)
Ideli: ex-professora da rede pública de SC, ex-militantes sindical, ex-senadora: onde estão as competências técnicas mínimas para estar no TCU? (Foto: Agência Brasil)
Ela foi professora da rede estadual de Santa Catarina durante pouco mais de dez anos.
Ela militou em comunidades eclesiais de base, na Pastoral Operária e em associações de moradores.
Ela ajudou a fundar o PT na cidade em que vivia em Santa Catarina.
Ela foi sindicalista em diferentes organizações, desde a associação de professores até o sindicato dos “trabalhadores em educação”.
Foi fundadora da CUT em Santa Catarina, e depois tesoureira do órgão.
Foi duas vezes deputada estadual, uma vez senadora e, quando tentou ser governadora do Estado, terminou a disputa em terceiro lugar.
Foi ministra da Aquicultura e Pesca, seja lá o que isso signifique.
Foi ministra das Relações Institucionais, mas como na prática ficou sem função, segurando a pastinha do verdadeiro articulador político do governo Dilma, o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, acabou ganhando a Secretaria dos Direitos Humanos.
A presidente Dilma, mesmo depois do fracasso estrondoso que foi a tentativa de indicar um senador atolado em processos para o Tribunal de Contas da União (ideia de Renan Calheiros, presidente do Senado, que a presidente encampou), pensa em apoiá-la para o cargo.
Vocês já sabem: trata-se da ministra Ideli Salvatti.
Ela ficaria onde está até que haja uma nova vaga no TCU, o que ocorrerá em novembro, quando o ministro José Jorge atingirá a idade-limite de 70 anos. Pela Constituição, que prevê que 6 dos 9 ministros do TCU sejam escolhidos pelo Congresso, esta vaga será teoricamente preenchida pelo Congresso (no caso, pela Câmara dos Deputados), porque José Jorge, ex-senador, havia sido indicado pelo Legislativo.
E nós sabemos que o governo Dilma tem maioria com sua chamada “base de sustentação” no Congresso e, portanto, teoricamente aprova o nome que quiser. No caso, o de Ideli.
Agora, pergunto — já que perguntar não ofende: em tudo o que vocês leram acima sobre as atividades da ministra, em que, exatamente, ela se qualifica para ser ministra do Tribunal de Contas?
Vejam o que a Constituição, em seu artigo 72, inciso III, coloca como exigências para integrar o tribunal, além dos requisitos normais referentes à idade, idoneidade etc:
“III – notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública;
IV – mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados no inciso anterior.”
Qual sua competência técnica? Ondo estão os “notórios conhecimentos”, sobretudo jurídicos (ela se formou em Física), contábeis, econômicos e financeiros?
Onde estão os “mais de dez anos de exercício ou de efetiva atividade profissional” que exija tais conhecimentos? Nos sindicatos de professores? Nas salas de aula? Na CUT?
Quanto ela conhece de contabilidade, matemática financeira, Direito Constitucional, Direito Administrativo e mais centenas de habilidades necessárias para ser um ministro minimamente competente do TCU?
Digo e repito: perguntar não ofende.

Ministra determina instalação de CPI exclusiva da Petrobras

Gabriel Garcia - 

23.4.2014
 | 22h10m
A ministra do Supremo Tribunal Federal Rosa Weber determinou nesta quarta-feira (23), em caráter provisório, que o Senado instale uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) exclusiva para investigar a Petrobras. Ela respondeu a dois pedidos, um da oposição e outro do governo.
Rosa diz que a decisão, no entanto, pode ser revisada, em votação, pelos 11 ministros do Supremo. E o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), já avisou que irá recorrer ao plenário da Corte.
Mesmo assim, o recurso não tem efeito suspensivo. E a CPI pode ser imediatamente instalada desde que os partidos indiquem seus integrantes.
No pedido de senadores governistas, Rosa determinou a suspensão de eventual decisão do plenário do Senado sobre a abrangência da CPI.
A ministra atende ao pedido da oposição, que queria a instalação de uma CPI exclusiva para apurar as denúncias envolvendo a Petrobras.
Nela, será focada a compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), em 2006. O negócio gerou prejuízo de, pelo menos, US$ 530 milhões à estatal brasileira.
Liderados por Renan, os governistas defendiam que a investigação se estendesse aos contratos de obras do metrô de São Paulo e do Porto de Suape (PE).
Queriam atingir os pré-candidatos à Presidência Aécio Neves (PSDB-MG) e Eduardo Campos (PSB-PE). O partido de Aécio governa São Paulo há 20 anos. E Eduardo era governador de Pernambuco.
Na semana passada, representantes da oposição participaram de audiência com Rosa para justificar a instauração de uma CPI exclusiva. Alegaram que a ampliação criaria manobras para não esclarecer as polêmicas sobre a Petrobras.
Antes de tomar a decisão, a ministra pediu que Renan se manifestasse sobre o caso. E ele defendeu a comissão mais ampla. Foi Renan quem negociou com o governo a proposta da CPI para investigar o metrô de São Paulo e as obras de Suape.
Apesar do revés, a base aliada conta com o apoio de Renan para adiar a instalação. O próximo passo é a indicação dos nomes dos parlamentares que vão fazer parte da CPI.
E Renan, conforme estabelece o regimento interno do Senado, tende a deixar que os líderes dos partidos aliados demorem até um mês para definir os nomes. A ordem é ganhar tempo.

PF ameaça investigar patrimônio de US$ 4,77 bilhões de pessoa muito próxima a Lula da Silva


Posted: 23 Apr 2014 05:10 AM PDT

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Uma das cinco “tendências” na Polícia Federal arma uma desagradável surpresa para uma pessoa muito próxima do Presidentro Luiz Inácio Lula da Silva. A equipe de um delegado pertencente a uma banda anti-governista da PF, com atuação consistente em combate à corrupção e lavagem de dinheiro, ameaça abrir um procedimento investigatório para acompanhar suspeitas de crimes na evolução patrimonial incompatível com a renda declarada à Receita Federal pelo personagem ligadíssimo a Lula. A fortuna familiar do investigável é estimada em US$ 4 bilhões 770 milhões de dólares.

O patrimônio é impressionante. Usando “laranjas” (familiares, amigos pessoais e empresários parceiros), o alvo da PF é, ocultamente, um dos maiores pecuaristas do Brasil. Em três fazendas - em São José do Rio Preto e Botucatu (SP) e no Mato Grosso, em sociedade com um famoso cantor romântico) -, o investigável cuida de 4 milhões e 800 mil cabeças de gado. Também ostenta dois jatos (cada um avaliado em US$ 8 milhões). As aeronaves operaram em nome de empreiteiras amigas, para chamar menos a atenção, como se isso fosse possível, pelas tantas viagens que faz pelo Brasil e para paraísos fiscais, principalmente o Panamá.

O próspero negociante, em que a PF está de olho, tem participações em seis grandes hotéis (três no Distrito Federal, dois em Recife e um resort na Bahia). O agora alvo da PF – e provavelmente da Receita e da Justiça Federal – fez muitos investimentos em imóveis, o que chama a atenção e acaba facilmente rastreado. Tem um prédio avaliado em US$ 12 milhões e um terreno gigantesco, em áreas valorizadas na Zona Sul de São Paulo. Empenhou muita grana na construção de lucrativos mini-shoppings, onde fatura alto com aluguéis. Também injetou dinheiro em uma incorporadora e numa empreiteira que atua na região do Grande ABC.    

Em tempos de problemas na Petrobras, chama atenção que o investigável seja detentos de lotes de 650 mil ações preferenciais da estatal de economia mista – em baixa no mercado. Além de muitas ações da Vale e Usiminas, o investidor também tem 10% de participação em uma grande companhia aérea e 20% de uma poderosa empresa de telecomunicações. Também tem ações de um grande grupo universitário em São Paulo, e uma lucrativa participação na Ambev. Em função da criação bovina, é acionista minoritário de vários frigoríficos.

O empreendedor pródigo conseguiu uma representação para negociar jatos da Embraer na França, no Canadá e nos EUA. Além das aplicações na hotelaria nacional, junto com outro brasileiro, controla um hotel na França. Para facilitar os negócios, tem um apartamento em seu nome em Paris, a partir de onde opera suas contas correntes na Europa. O empresário brasileiro transita facilmente pela Itália, onde tem cidadania.  Em sociedade com os Irmãos Castro, recebe dividendos, em dólares, de hotéis em Cuba. Sempre que pode, viaja para lá junto com Lula.

No rastro da Operação Lava Jato, o estouro deste escândalo, caso realmente se confirme, tende a superar, em impacto político negativo para o PT, o Mensalão (que rendeu condenações para apenas 24 dos 40 denunciados, sendo 13 milagrosamente absolvidos, poupando, principalmente, Lula da Silva). Também deve causar mais estrago que outras broncas que também chegaram próximas, mas ainda não afetaram Lula, como a Operação Porto Seguro – que rende um processo, que corre em estranho sigilo, contra a ex-chefe do gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa Noronha, amiga a apadrinhada e ex-assessora de confiança do ex-Presidente.  

As cúpulas do PSDB e DEM sabem de quem é o alvo da provável investigação que vai abalar o corrupto modelo capimunista da República Sindicalista do Brazil. A eleição presidencial deste ano promete ser um abatedouro de políticos – principalmente do lado governista da pocilga. Existem dossiês em profusão para alimentar a guerra suja pela sucessão de Dilma Rousseff. A ordem, dos investidores de fora, que gastaram centenas de milhares de dólares em espionagem, é destronar o PT do Palácio do Planalto.

No marketing policial, a ação programada para ser deflagrada a qualquer momento pode ser batizada de “Operação Famíglia” – numa alusão direta a como a máfia costuma ser conhecida no idioma italiano, além do termo “Cosa Nostra”. Grandes lobistas de Brasília já comentavam, na noite de ontem, do alto risco político desta operação. O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, comandado pelo General de Exército José Elito, já sabe deste risco explosivo. A Presidenta Dilma e o Presidentro Lula, meio brigados por causa das confusões na Petrobras, também sabem do perigo à vista. A petralhada está mais aloprada que nunca.

Aviso aos especuladores de boatos

Antes que alguém tire conclusões precipitadas, uma advertência.

O alvo bilionário dessas investigações não será o empresário Eike Batista – também grande amigo de Luiz Inácio Lula da Silva.

A atuação de Eike no mercado de capitais, por causa dos problemas na petrolífera OGX, já é investigada pela Polícia Federal, o Ministério Público e, por ações de investidores prejudicados, também com a Justiça.

Grão de Areia na Itália


Afinal, Francisco Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil condenado no Mensalão, será ou não extraditado? 

E o chefão?

Até agora, sobre as negociações de Pasadena, a oposição não focou no ponto principal.

Os hoje inimigos José Sérgio Gabrielli (então presidente da Petrobras) e Dilma Rousseff (na época presidente do Conselho de Administração da empresa), junto com os demais diretores e conselheiros, não tomariam qualquer decisão bilionária de comprar uma velha refinaria texana sem a aprovação, também, do Presidente da República, que comanda a o Governo da União – acionista majoritário da estatal de economia mista.

Portanto, Luiz Inácio Lula da Silva, que marketou aos investidores estrangeiros a imagem de um Brasil maior que uma Arábia Saudita com o pré-sal, também deve satisfações públicas sobre o caso Pasadena.

Leia, abaixo, os artigos de João Vinhosa – Pasadena e Gemini desmoralizam Conselho da Petrobras – e de Paulo Duque - O Febeapá e a Petrobras

Anti-herói até o fim


Unanimidade burra

O imortal Nelson Rodrigues, que assistiu e comentou o primeiro Fla-Flu antes de Deus criar o mundo, costumava proclamar que a “unanimidade era burra”.

Ontem, por unanimidade, o Senado aprovou o famigerado Marco Civil na Internet.

Dilma vai sancioná-lo correndo, a tempo de apresentá-lo na NETMundial – evento que reúne representantes de 85 países nesta quarta e quinta-feira em São Paulo, para discutir e governança global da internet, e criticar a espionagem na rede de computadores.

Valhei, São Jorge!

 Graças ao deputado estadual petista Jorge Babu, desde quinta-feira passada, os cariocas curtem o maior clima de feriadão prolongadíssimo – que ameaça seguir até domingo que vem.

Quando vereador, Babu propôs um feriado municipal para São Jorge, no dia 23 de abril, mesma proposição aceita a nível estadual, quando se elegeu para a Assembleia Legislativa.

Mas, agora, bem que o Santo Guerreiro podia dar uma ajudazinha para combater tanto dragão da maldade que infesta o Rio de Janeiro, promovendo ações de terror e violência, para inviabilizar qualquer política de segurança – realmente eficiente e eficaz ou meramente marketeira.

Não tem remédio...


Sarney, forever?


Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.

A transcrição ou copia dos textos publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.

© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 23 de Abril de 2014.

Uma elite perdida - RUTH DE AQUINO

As formaturas de arromba do ensino médio são um retrato dos pais que não dizem “não” aos filhos

RUTH DE AQUINO
22/04/2014 07h00 - Atualizado em 22/04/2014 08h15



Como reagem os pais quando o filho adolescente conclui o ensino médio e exige uma festa de arromba que custa R$ 3.567 por cabeça? A megafesta dura sete horas, começa às 23 horas e, além de bebida alcoólica a rodo e uma UTI móvel, conta com shows que podem variar de Valesca Popozuda e Mr. Catra a outros tão edificantes quanto.
Será assim a confraternização de 246 alunos que se formarão no ensino médio do tradicional Colégio Santo Inácio, no Rio de Janeiro. O que fazem os pais? Eles pagam e aprovam.
A elite brasileira perdeu o rumo? Serão esses pais os mesmos que se escandalizam com o Congresso, os políticos, os mensaleiros e a Petrobras? Essas “festas de gala” são promovidas pela empresa Forma Ideal Obah, que domina no Rio o mercado de formaturas do ensino médio.
Ela se gaba de “reinventar” a colação não só do Santo Inácio, mas de colégios como Santo Agostinho, São Bento, São Vicente de Paulo, Cruzeiro, Pedro II, Corcovado, Ceat, Escola Parque, Escola Naval e PH. Uma conta básica sugere que a empresa receberá dos alunos do Santo Inácio quase R$ 900 mil para organizar “a concretização de um sonho”, como dizem no site.
O contrato tem 20 páginas. Não assinar significa manter o filho à parte da Festa (com maiúscula) e de churrascos, promovidos pela Forma Ideal Obah como ensaios para a apoteose de dezembro. Os alunos ajudam a cobrir os custos, vendendo, em nome da empresa, 1.500 convites extras a R$ 300 cada. Organiza-se um mutirão para ajudar a Forma Ideal Obah a arrecadar mais R$ 450 mil. Sensacional.
Houve divergências no Santo Inácio. Uma minoria lúcida de pais foi contra a festa, por achar tudo absurdo. Mais que o preço, o formato, o objetivo. Que mensagem de desperdício a festança transmite a esses adolescentes, num Brasil em que só 54% dos jovens de 15 a 17 anos estão no ensino médio, segundo pesquisa do IBGE do ano passado? Pouco mais da metade! Mais um dado alarmante: 59% de nossos jovens entre 18 e 20 anos não tinham concluído o ensino médio em 2013, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
Quem conclui o ensino médio em nosso país, portanto, já faz parte de uma elite. É sobretudo nessa fase que se formam cidadãos conscientes. Ou não. Pergunto aos pais dos alunos do Santo Inácio: o que poderia ser feito com R$ 3.567? Eles aprovam por quê? Não sabem dizer “não” ou acham lindo?
Tentei falar com a direção do colégio, não fui atendida. A assessoria de comunicação afirma que a participação dos pais na comissão de formatura foi um pedido do Colégio Santo Inácio às famílias dos formandos, devido à polêmica causada por algumas atrações dos shows de 2012, consideradas “inadequadas e irreverentes demais para adolescentes”. O Santo Inácio diz não ter vínculo nenhum com a empresa ou a festa.
Além dos funkeiros brasileiros, já vieram ao Rio para formaturas DJs como o português Pete Tha Zouk (CSI), o espanhol Sak Noel e o americano Sex Panther. Uma das maiores vantagens, dizem os adolescentes, é “bebida liberada... porque não existe formatura sem bebida”. Esse detalhe já rendeu casos de coma alcoólico, segundo relatos de pais.
Tive acesso ao contrato assinado pelos pais dos formandos do Santo Inácio, a maioria menores de idade. A festa providencia dois médicos, três enfermeiros e cinco técnicos de enfermagem, UTI móvel completa “para remoções de quadro grave” e equipe de primeiros socorros visando “a preservação da vida”.
No item “bebidas” do contrato: Open Bar, com cerveja Antarctica Original, Bud­weiser ou Heineken, Bacardi Big Apple, Tequila, Jaggermeister e Santa Dose, espumante Ponto Nero, Vodka Ciroc, drinques, caipivodcas de frutas diversas e energético Red Bull. A Forma Ideal Obah promete “reposição de todas as bebidas até o fim da festa”. O bufê café da manhã é servido a partir das 5 horas da manhã. A decoração custa R$ 150 mil. Os familiares pagam convites extras e só podem ficar nos camarotes no 2º e 3º andares.
As imagens só podem ser feitas por fotógrafos oficiais da empresa I Hate Flash. Cada foto custará R$ 22 aos formandos. Os vídeos serão editados pela After Movie. Há ainda uma área VIP, com “os seguintes itens adicionais”: Vodka Belvedere, cerveja Stella Artois, bufê japonês. Me senti bêbada só de ler o contrato até o fim.
Senhores pais – que um dia comemoraram o fim de seu ensino médio com uma cerimônia emocionante e inocente, um sundae com calda de chocolate, um beijo de parabéns de pai e mãe e talvez uma viagem para os mais abastados – , todo esse sonho vendido pela Forma Ideal Obah é uma roubada. Retrato de um país desigual, sem valores e sem educação. Delírio de uma elite perdida.

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Entrevista de emprego: conduta ética é uma das características mais valorizadas pelos recrutadores
São Paulo - Não são só as habilidades técnicas que você aprende na faculdade ou no dia a dia que interessam aos recrutadores. A maneira como você se comporta pode ser igual ou até mais importante para quem vai “bater o martelo” de uma contratação.
É o que mostra uma pesquisa feita com mais de 2,1 mil recrutadores e profissionais de recursos humanos, publicada pelo site americano Career Builder.
Segundo o levantamento, 77% dos entrevistados colocam técnica e personalidade em pé de igualdade durante a avaliação de um candidato.
Com isso, quando dois candidatos têm um currículo semelhante, as atitudes de um deles podem ser decisivas. Um dos motivos para isso é que o perfil comportamental de uma pessoa pode falar muito (ou não) sobre sua adaptação ao novo ambiente de trabalho, segundo o que Rosemary Haefner, presidente de RH do site, sugeriu no relatório de apresentação da pesquisa. 
No texto, ela pontua que questões como solução de problemas, motivação e gerenciamento de pessoas estão intimamente relacionadas às habilidades comportamentais de um profissional.
Segundo a pesquisa, são 10 as características de personalidade mais buscadas durante a avaliação de potenciais funcionários. Confira quais são na tabela abaixo:
CaracterísticaPercentual de recrutadores que procuram esta característica em candidatos
Ética73%
Segurança73%
Atitude positiva72%
Automotivação66%
Trabalho em equipe60%
Organização para gerenciar múltiplas prioridades57%
Capacidade de trabalhar sob pressão57%
Efetividade na comunicação56%
Flexibilidade51%
Confiança46%