sábado, 1 de setembro de 2012

Vermelho, branco e madeira colorem cobertura com três recantos de convívio



Churrasqueira, estar e sala de jogos e ginástica ganham espaços específicos em morada de Canoas

Cresceram as possibilidades de desfrutar de um setor de lazer equipado e de organizar a casa graças à ampliação da área fechada desta cobertura no centro de Canoas. O espaço interno passou de 65,10 metros quadrados para 98,90 metros quadrados, contíguos ao terraço aberto da piscina, após a reforma assinada pelos titulares do escritório Jardim Arquitetura, Lisete e Carlos Jardim, de Porto Alegre. Na obra civil, colaborou o arquiteto Gilson Rosa, morador de Canoas.

Eduardo Liotti / DivulgaçãoVermelho definido pelo Feng Shui coincide com o gosto da dona, que escolheu elementos como a madeira de demolição e os lustres do estar, com estantes desenhadas para a sua biblioteca
Em paralelo à disposição de equipamentos de lazer para serem desfrutados ao abrigo das intempéries, o programa de necessidades incluía acomodar acoleção de centenas de miniaturas de carros do proprietário do imóvel e os livros da dona da casa. 

Eduardo Liotti / Divulgação

Para solucionar esse quesito, o casal de arquitetos lançou mão da marcenaria para dispor cada grupo de objetos entre o estar com lareira e TV (3D, de 47 polegadas) e a sala de jogos e ginástica (com telão de 84 polegadas e sistema integrado com o estar) que, com o setor da churrasqueira, compõem o trio voltado ao lazer.
Combinado ao trabalho dos arquitetos, entrou em cena o conhecimento de feng shui da proprietária da casa. Tem origem na filosofia oriental e no seu gosto a escolha das cores – os elementos em marcante vermelho, como o acabamento da lareira, e a combinação de tons no acabamento listrado da área da churrasqueira. Neste espaço, há mesas e cadeiras de madeira vergada – como as encontradas em botecos chiques – para acomodar 18 pessoas. Ao todo, há 25 assentos na cobertura. 
"Buscamos no projeto a transformação de uma área simples de estar na cobertura do apartamento em três ambientes com funções diferentes e plenamente integradas, mas com um único objetivo: o lazer da família e dos amigos", diz Lisete.
A área da cobertura fechada teve estrutura de ferro revestida de alumínio, com vidros temperados no tom bronze e parte com isolamento térmico com telha de alumínio, sanduíche de fibras isolantes e, internamente, gesso acartonado. 

Escravos do nazismo no Brasil



Historiador descobre escola nazista onde órfãos brasileiros foram submetidos a trabalhos forçados entre 1930 e 1940. Sobrevivente relata como era o dia a dia no lugar

Natália Martino
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HISTÓRIA
A rotina diária era marcada pelo trabalho forçado no
campo (acima). A suástica estava presente no time de futebol
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Aos 10 anos de idade, no distante 1933, os dias do menino Aloysio Silva eram divididos entre a escola e as brincadeiras no Educandário Romão de Mattos Duarte, um orfanato do Rio de Janeiro. Até que dois homens apareceram por lá, jogando balas para o alto. Enquanto as crianças corriam para pegá-las, um dizia para o outro: “Bota esse menino para cá, bota aquele para lá.” Silva ficou no grupo dos mais ágeis, o que selou sua transferência para a Fazenda Santa Albertina, no interior de São Paulo, hoje município de Campina do Monte Alegre. Os dois homens eram Osvaldo Rocha Miranda, membro de uma das famílias mais poderosas do País, e seu motorista, André. Eles selecionaram 50 crianças órfãs, sendo 48 delas negras ou pardas, para mantê-las em regime de escravidão, sob a égide do ideário nazista. Os Rocha Miranda eram donos de bancos, empresas de transporte, hotéis de luxo e propriedades rurais. Alem de ricos, faziam parte do ultraconservador movimento integralista brasileiro e mantinham relações estreitas com os nazistas, como o ministro da Economia de Guerra de Hitler, Alfried Krupp, que chegou a comprar uma fazenda do clã na década de 1940.
A fazenda onde foi criado o centro de trabalhos forçados para os 50 órfãos no interior paulista era de propriedade dos Rocha Miranda. “Quando chegamos, um paraibano ruim já estava esperando a gente”, diz Silva, hoje um senhor de 89 anos. “Nossa vontade era só fugir, mas esse paraibano tinha dois cachorros ensinados. Era só ele apontar que eles vinham nos cercar.” O desejo de fuga era mais do que justificável. As crianças trabalhavam por cerca de dez horas diárias. Quando desagradavam aos tutores, eram submetidas a agressão física, prisão e jejum. “Hora de folga, que a gente poderia brincar, a gente ficava tudo sentadinho ali, sem sair porque senão o tutor já vinha com o cachorro”, lembra Silva, testemunha de uma história que só veio à tona há 14 anos, quando uma das sedes das fazendas dos Rocha Miranda ia ser reformada e foram encontrados tijolos com a suástica – símbolo nazista.
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MEMÓRIA
Aos 89 anos, Aloysio Silva sobreviveu ao centro nazista
Mas os órfãos escravos não viviam na ilegalidade – o centro dos Rocha Miranda recebia a supervisão da Delegacia Regional de Ensino de Itapetininga, órgão em consonância com o ideário da elite dominante do País, que defendia, entre outras coisas, uma política eugenista. O eugenismo, parte fundamental da ideologia nazista, usava a genética para justificar a suposta superioridade da raça branca e dava o aval para uma redução de direitos políticos e jurídicos às raças consideradas inferiores, como os negros. Até a Constituição da República de 1934, elaborada durante o governo de Getúlio Vargas (1882-1954), dizia que era função do Estado “estimular a educação eugênica”. Em 1933, quando Aloysio Silva chegou ao local, a fazenda era uma base da Ação Integralista Brasileira (AIB) e o nazismo também era propagado abertamente. Os tijolos da fazenda vizinha, a Cruzeiro do Sul, que à época era também da família Rocha Miranda, ainda guardam a suástica nazista. Trata-se, segundo o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico de São Paulo (Condephaat), da única obra que atesta a experiência nazista no Estado de São Paulo e, por isso, já foram iniciados os estudos para o tombamento do local.
O sofrimento de parte desses órfãos terminou com a Segunda Guerra Mundial, em 1945. Alguns deles morreram durante o período de trabalhos forçados, outros foram enviados à guerra, alguns fugiram. Décadas depois, Aloysio Silva rompeu o silêncio e deu seu depoimento ao pesquisador Sidney Aguilar Filho, na tese de doutorado “Educação, autoritarismo e eugenia: exploração do trabalho e violência à infância desamparada no Brasil”, defendida na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “Tudo isso foi parte de uma política de Estado e estava tão embasado no imaginário cultural da época que as pessoas achavam normal”, afirma o historiador. Silva ainda mora em Campina do Monte Alegre, município que ostenta o nome da família Rocha Miranda na placa de uma das suas principais ruas e da sua maior escola. Aguilar Filho conta que, durante a pesquisa, encontrou três órfãos da Fazenda Santa Albertina – também moradores em Campina de Monte Alegre, mas dois deles morreram durante a execução da tese. O único que contou sua história foi Silva. Que passou a vida tentando esquecer. “Não tenho nenhuma memória de coisa boa daquele lugar”, diz.
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ACHADO
Sidney Aguilar Filho fez a descoberta a partir do tijolo da fazenda com a suástica (acima)

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"Tudo isso foi parte de uma política de Estado e estava tão embasado
no imaginário cultural da época que as pessoas achavam normal"

Sidney Aguilar Filho, historiador
Fotos: Divulgação; Antoninho Perri/ASCOM/Unicamp

BRASILEIRO BOBÃO



Rapphael Curvol (1)
Basta dar um simples olhar pelos jornais e noticiários em geral, para ver que nada ou pouco mudou no comportamento dos brasileiros ante as eleições que se aproximam. Tenho que colocar fé no erro de pesquisas eleitorais para me manter crédulo em alguma mudança do eleitor. Ele ainda manifesta seu voto desprovido de busca de informações daquele em que vai vota
É assustador que a maioria desconheça grande parte dos candidatos a prefeito, imaginem os leitores, com relação aos vereadores. O desinteresse é grande, enorme. O voto fica vulnerável a força material e pode então ser corrompido. Conhecedor disso, o candidato atua com intensidade. Um favor aqui e outro acolá, ganha-se a eleição desprovida da vontade popular, do voto consciente.
Esta situação é que provoca a tentação e adoção de caixa 2, que segundo o ex presidente Lulla é coisa corriqueira no cenário político nacional, esquecendo, convenientemente, de que é crime. Daí a roubalheira insaciável pelo dinheiro público para com isso comprar o voto e realizar o projeto de Poder. Enquanto o brasileiro não entender que a eleição é fundamental a sua vida e manter esse distanciamento político, será interminável a lista de corruptos como os atuais que estão sendo julgados pelo Supremo Tribunal Federal – STF. São esses desvios que transformam em um inferno a vida do cidadão na hora de um atendimento hospitalar, do custo da alimentação, das estradas esburacadas, da péssima qualidade de ensino e do monstruoso custo dos produtos essenciais a vida, entre outros.
Esse descaso do eleitor com a vida política é que favorecem esses inqualificáveis atendimentos públicos em todos os setores. É esse descaso com o voto que leva ao desrespeito a lei e favorece a criminalidade, não somente dos agentes públicos como privados. É necessário que o cidadão brasileiro tome atitudes no seu comportamento eleitoral e se informe sobre qual candidato tem capacidade para administrar sua cidade e representá-lo na Câmara Municipal. São estes dois entes públicos, Prefeitura e Câmara de Vereadores que compõe o governo municipal. É por esta razão que o executivo sempre procura corromper o legislativo como foi o caso do “mensalão”, do governo Lulla.
Quando se tem um governo que só procura o benefício de seu grupo, fato que prevaleceu no Brasil nos últimos anos, acontecerão situações em que somos tratados como bobos, idiotas e até mesmo de palhaços. São vários os exemplos. Um deles é que compramos sucatas de europeus e americanos e nos sentimos atualizados como é o caso de telefones celulares que são vendidos aos montes para brasileiros. São mais de cinquenta aparelhos que não devem ser comprados (Mobile Application Development ).
A maioria não instala até mesmo jogos produzidos para seu sistema operacional (Android por ex.). E o governo permite graciosamente, não toma nenhuma atitude. Qualquer comprador desconhece a capacidade do aparelho comprado e que deveria ser obrigação das empresas vendedoras em especificar.
Quando o leitor ler que tal fábrica está sendo expandida ou montada, saiba que ao comprar um carro estará pagando pelo custo disso. É o chamado custo fixo que não é rateado entre os que serão exportados, daí o preço, entre outros itens, de um Civic custar no Brasil 50 e poucos mil e no México menos de 25 mil. Um Jeep Cherooke custa 180 mil no solo brasileiro e menos de 52 mil nos Estados Unidos, segundo a “Forbes” e importam mesmo assim. As indústrias estabelecem os preços dos automóveis através de pesquisa da capacidade de compra do cidadão brasileiro, ou seja, procuram tirar o máximo do seu bolso. Exportamos para a Argentina gasolina a R$ 0,65 e pagamos pelo mesmo litro mais de R$ 2,70. A energia elétrica tem a matéria prima de graça e abundante. A água é uma dádiva de DEUS aos brasileiros, mas o produto dela, a energia, é um dos mais caros do mundo.
São inúmeras as situações de deboche do setor produtivo com o consumidor brasileiro. O de vestuário, hoje território chinês, já se disseminou até pela área do luxo. Compra-se por $10/15 e vende-se por $80/100. Então caro eleitor, saiba que tudo vai continuar na mesma se assim o permitir com seu voto. Tome vergonha na cara e procure saber em quem vai votar, brasileiro bobão.
(1) Jornalista, advogado pela PUC-RIO e pós graduado pela Cândido Mendes RJ  raphaelcurvo@hotmail.com 1630439115/88089918 www.luizberto.com,www.gazetadigital.com.br,www.correiodoestado.com.brwww.brasileirosnaholanda.com,www.prosaepolitica.wordpress.com ELLEN MAIA DEZAN. Associada Dazio Vasconcelos Advogados. Advogada OAB/SP insc. nº 27566 tributário/cível/biodireito.ellen@daziovasconcelos.com.br

A CORROSÃO DA ORDEM



Ralph J. Hofmann
Em 1993 viajei para a África do Sul, meu país natal, devido a compromissos profissionais. Estivera sem voltar por muitos anos. O país estava eufórico com Nelson Mandela recém no poder. Eu também me entusiasmei. Mandela claramente era um líder absolutamente  diferente. Um governante que conseguira atingir um patamar como pessoa absolutamente única para a época.
Conversando com pessoas, na fábrica onde estava fazendo um trabalho, na rua, no táxi  todos diziam. Tem de dar certo, vai dar certo.
E certamente sob Mandela as mágoas do passado entre as diferentes raças foram deixadas de lado. Os problemas da África do Sul hoje não dizem respeito a conflitos antigos oriundos do regime de força do Partido Nacionalista. Ou ao menos, estes problemas se ainda existem não são de dimensão suficiente para ter alguma influência negativa de impacto sobre o progresso do país.
Mandela não nos desapontou, nem aos sul-africanos nem aos seus admiradores no resto do mundo.
Contudo foi prisioneiro de outro tipo de lealdade. A lealdade aos ativistas que com ele compartilharam os anos de prisão e clandestinidade. No caso especificamente, seu sucessor foi Thabo Mbeki, filho de um seu companheiro de clandestinidade, essencialmente treinado nas escolas russas para africanos, que são da fato escolas de política, mas não de administração.
Já nos primeiros meses do governo do ANC (African National Congress – partido político majoritário) foi possível constatar que haveria alguma coisa de podre se estabelecendo junto com o governo. Lembro que ainda em 1993 soube numa reunião em casa de amigos que um ministério havia mandado alugar 20 automóveis Mercedes Benz para o governo. Os Mercedes Benz foram apanhados por pessoas com credenciais. Depois disto nunca foram mais vistos.
Notei que de repente, nas margens dos anéis rodoviários do estado de Gauteng estavam aparecendo de um dia para outro favelas. Estas favelas não são comparáveis a nossas favelas do Brasil. São incomparavelmente mais primitivas, feitas essencialmente  de latas e zinco. Johannesburgo/Gauteng está a 1800 metros de altitude. A água congela nos tanques no inverno.
Soube que as pessoas abandonavam suas terras tribais para vir à cidade em busca de emprego. E se estabeleciam em qualquer terra pública. As velhas vilas e cidades segregadas como Soweto tinham uma certa organização e hierarquia funcional local. Estas  não. E ainda mais, mais da metade dos que ali chegavam não eram sul-africanos. Vinham da Swazilândia, do Kenya, Uganda ou Zimbabwe.
Sempre houve migrantes do resto da África mas seu afluxo era controlado e tinha uma proporção com os empregos disponíveis. Hoje o Eldorado do sul da África ainda é o país  com mais empregos disponíveis, mas passa por algumas crises econômicas, que afetam a disponibilidade de trabalho.
O governo do ANC agora não aplica sanções, contra os forasteiros e também não policia rigorosamente os bairros mais pobres, comprometido com a idéia de não ser repressor.
O resultado são regiões onde vigora a lei do mais forte e do vigilante, com ocasionais linchamentos de pessoas. Basta alguém apontar o dedo gritar “esse zimbabweano roubou meu telefone” para desencadear uma cena de linchamento com morte.
Fato é que existem dois países num só. O país que funciona em cima da legislação anglo-holandesa que foi mantida após o fim do “apartheid” e um país selvagem, que lembra o Haití em seus piores momentos.

JOAQUIM BENEDITO BARBOSA Ministro do Supremo Tribunal Federal



Walter Marquart
Para os justos é concedida a responsabilidade de usar o chicote usado por Jesus, para açoitar os vendilhões do templo. Que bom quando, mesmo que raramente, surge um açoitador do erro, pouco importa se estrelado ou não. Soldado romano ou o próprio Júlio Cesar (que está faltando no rol dos quarenta).
Com o julgamento do Ali Baba e os 40, no STF, o Ministro Joaquim convenceu seus pares que o mensalão existiu (ou ainda existe?). Vergonhosamente o Presidente e o Relator da CPI, instalada para prová-lo, mentiu. Não arrolou o principal. Não foram justos com o povo brasileiro. Escamotearam o nome do Ali Baba.
O Ministro Joaquim venceu os neófitos e não temeu a novidade: condenar tantos gigantes estrelados. Há muito mais estrelas cadentes para serem analisadas. Milhares! Há ratazanas estreladas em todos os sofás de Brasília. Ali Baba aparelhou os postos existentes e criou milhares de novos. Encheu-os de “poderosos” para assaltar os cofres públicos, com aval do Chefão, aquele que agora mente e deixará os seus comandados serem chicoteados e sendo levados para a prisão, aguardando a justiça para ter o poderoso junto com eles.
O TSE pediu o chicote emprestado e proibiu o dizimo partidário imposto aos intitulados DAS e outros. Não foi ouvido. Ali Baba garantiu que haveria pomada suficiente para curar feridas; todos estrelados, cada um no seu harém, deveria saquear, Ricos ou pobres, cobrar direito de passagem, até dos camelos, para aumentar a glória da estrela maior, O Ali Baba.
O mecanismo continua o mesmo. Aumenta-se o número de cargos, duplica-se a remuneração mediante compromisso do favorecido não deixar de ser fiel dizimista partidário. O candidato é empossado em “função do seu alto grau…” Parece tudo inocente, mas o crime é suportado pelos contribuintes, que viram a carga tributária dobrar. Não satisfeitos, querem aumentá-la mais ainda. O Ministro Joaquim precisa açoitar estes perdulários, que tudo fazem com o chapéu alheio.
Para o Ali Baba e seus asseclas, vale a lei feudal. Justificam a duplicação (triplicação) da remuneração e a contratação de milhares de estrelados, com juramentos de angariar verba não contabilizada e dízimos partidários. Ministro Joaquim, todos esperam que estendas os teus braços longos e justos, ponha ordem no paiol (Brasília) cheio de ratos, estrelados ou não.
Atente também para a previdência perdulária do BB, Bco.Central, Cx. Econômica, Petrobrás e outros órgãos e companhias oficiais, todos complacentes, contando com a ignorância dos consumidores. Aumentam os preços de seus produtos ou serviços para que os funcionários possam, na ativa ou aposentados, nadar no suor e lágrima dos que necessitam dos seus (compulsórios) produtos. Não podemos continuar cegos, imaginando que estas previdências são ou foram constituídas com os recursos dos interessados. Basta examinar como foram criados. Muitas o foram, totalmente com recursos do erário, diretamente ou com disfarçado aumento de remunerações permitindo que…
Estes sistemas de previdência dos órgãos públicos, bem diferentes do regime do INSS, existem porque falta justiça e sobra subserviência criminosa. E os reis feudais vão à TV declarar que são justos e que se preocupam com o social…
Ah! Meu nobre Ministro JOAQUIM BENEDITO BARBOSA, há muitos órgãos públicos que copiaram e se beneficiam do criminoso sistema. Consideram-se deuses estrelados, merecedores de honrarias e remunerações, na ativa ou aposentados. Os súditos, dependentes do salário referência ou consumidores, não foram consultados.
Há tanto trabalho: venda de consciências em troca de cargos, em troca de mensalão, Congresso Nacional desvirtuado, que age mais como corporação à serviço do poderoso chefão. Não fiscaliza, não fecha as tendas (palácios do tamanho de um grande potreiro) atapetadas, onde os dizimistas partidários festejam. O absurdo da compra de votos com o Bolsa/Família, o incoerente (e eleitoreiro) empréstimo consignado, o criminoso dizimo eleitoral.
A TUA biografia não é só de um HOMEM justo, culto e patriota; SENHOR Ministro Joaquim Benedito Barbosa (o nome deve ser memorizado, por isso a repetição), também és detentor de mais uma virtude: não és amante da neolatria, isto é, adora a verdade e não a velha ou nova mentira.
Procrie, tenha vida longa e forças para limpar o templo.

OS CÚMPLICES DE UM LADRÃO CONDENADO



Giulio Sanmartini
Em agosto de 2010, quando foi registrado o vídeo que segue, Luiz Inácio Lula da Silva era o presidente da República, Dilma Rousseff era a candidata oficial para substituir Lula,  havia deixado por força da lei eleitoral, o ministério da Casa Civil e João Paulo Cunha era candidato a deputado federal pelo PT-SP. Mesmo sem ser ainda condenado como ladrão, ele já era réu no processo do “mensalão”, com provas irrefutáveis  contra ele.
O apoio dado ao candidato foi integral e veemente, eles não podiam disser que desconheciam as acusações que pesavam contra Cunha, haja vista que eram do domínio público,  portanto esse apoio os fez cúmplices do maior roubo da história do Brasil.
Nessas próximas eleições não se pode esquecer, que o voto é uma moeda de duas faces. Numa está a inalienável liberdade de escolher quem irá nos governar, mas do outro está a responsabilidade de não votar quem vá representar um prejuízo coletivo.
Todo o eleitor tem que estar alerta.

A coerência dos comunistas


Posted: 31 Aug 2012 03:09 PM PDT
Comuna
Consigo ver algumas coerências na incoerência dos comunistas. Se não, vejamos:
1. Assim como os direitistas andam envergonhados de dizerem-se direitistas depois de décadas de campanhas com intenção de igualarem a direita com a mão direita do próprio Diabo; católicos andam tão acuados diante de tantas campanhas difamatórias à Igreja, andam envergonhados de assumirem sua religiosidade e a maioria sequer vai às missas, como se ir à missa fosse um crime contra a humanidade; assim também os comunistas que, até pouco tempo, batiam no peito arvorando-se como salvadores da pátria e guardiães da probidade e da moralidade, diante de tantos roubos, negociatas inexplicáveis, desastrosas administrações públicas e senvergonhices sem paralelo na história da república, numa admissão tácita de que o comunismo não é solução, mas uma praga, preferem autodenominar-se “progressistas”, “socialistas” ou sabe-se lá que outros eufemismos.
2. A França, quando tinha uma economia saudável e próspera, adotou a semana laboral de 36 horas. Hoje, trincando e ameaçada de ruir, como quase toda a Europa, repensa esta carga horária para o bem da própria previdência social deficitária. Trinta anos depois, os vermelhinhos brasileiros fazem campanhas pelas mesmas 36 horas/semana, o que se coaduna com a preguiça de trabalhar que assola a alma e o corpo dos nossos esquerdistas que aspiram como fonte de renda o serviço público, a direção sindical ou alguma assessoria parlamentar. Nos dois últimos casos, gente que ganha muito sem a necessidade de trabalhar.
3. A esquerda sempre posicionou-se contra o progresso, arrumando argumentos quase sempre falaciosos contra a geração de energia elétrica, mormente hidrelétricas, construção de rodovias, portos e aeroportos, parques industriais, agronegócios, apelando para potocas como “aquecimento global”, “populações nativas” (como se índios não quisessem conforto, lazer e TV de plasma), “preservação da cultura” (como se os dançarinos de bumba-meu-boi não usassem Nike e McIntosh no dia-a-dia)... Independentemente dessas obras e empresas gerarem empregos e transportarem riquezas. Ela, a esquerda, diz-se progressista e continua colocando-se contra hidrelétricas, rodovias, aeroportos, parques industriais... Pela sua lógica, progresso é sinônimo de pobreza e preguiça, não coincidentemente, irmãs siamesas;
4. Alguns dos mais notáveis comunistas brasileiros são Chico Buarque, um gênio das letras que abandonou a faculdade de arquitetura, que lhe daria vida de formiga, para abraçar a vida de cigarra, muito mais rentável, preguiçosa e admirada;
Jorge Amado, outro gênio das letras (em ambos os casos não uso de ironia e nem menosprezo o termo “gênio”, tão mal empregado nos dias de hoje quanto as palavras “amor” e “ódio”), só fez uma coisa além de escrever, ser deputado federal, pelo PCB. Não pela mal contada preguiça baiana, mas pelo gene comunista, o trabalho edificante não foi seu forte.
Luís Carlos Prestes. Trabalhou? Não se nega que deu um duro danado caminhando pelo país, consumindo dinheiro que não ganhou com o próprio suor (ou alguém imagina que vestir, alimentar, armar e medicar aquela multidão que o seguia era uma empreitada barata?) enquanto pregava pela divisão dos bens de quem tinha com os que não conquistaram. Calma, condescendente leitor, não esqueço que muitos não tiveram chances de conquistar, outros muitos, porém, não foram atrás de conquistas pelo vício do assistencialismo estatal vindo dos tempo do Império. O Estado sempre foi uma fábrica de preguiçosos, comunistinhas em potencial. E ensaia continuar sendo por muito mais tempo;
5. Lamarca, que saiu do nada, chegou onde muitos desejavam chegar e jogou tudo para o alto em troca de fuzis, bombas, assaltos e mortos e tido como herói pelos rubros dessas últimas quatro décadas. Um sujeito que cuspiu nas tetas que lhe deram leite, escondido nas tricheiras urbanas e cometendo crimes – hoje tão aplaudidos pelos vermelhinhos que, na sua eterna empáfia, consideram inimigos todos os cidadãos que não se rendem aos seus falsos ideais de igualdade quando, de fato, querem amealhar riqueza e poder – contra o próprio Exército, de onde roubava armas para alimentar suas convicções pessoais, apoderando-se de bens públicos para tentar impor uma ditadura contra esse mesmo público.
Não são poucos os exemplos citáveis de preguiçosos,ineptos, despreparados, mal intencionados, desonestos, não necessariamente numa mesma pessoa, mas, por diversas vezes, uma comunhão de todos esses defeitos, que poderiam ser citados. Não são poucos os Antônios Pitangas e Beneditas da Silva, os Lulas e as Dilmas, os Mercadantes e os Arraes oligarcas, os Zés de Abreu e os Joões Paulos Cunha a decorarem as paredes e estantes de comunistas notórios que mais destruíram do que construíram pelo país e pelo bem estar social dos brasileiros, mas o propósito é mostrar a coerência dos incoerentes comunistas. Pois bem, a maior de suas coerências é seguiram as cartilhas do improdutivo sanguessuga Karl Marx, dos genocidas Stálin e Mao, do dissimulado Castro e o inteligentíssimo não operário Antonio Gramsci.

©Marcos Pontes

Em livro, militar desmonta versão da Casa Branca para morte de Osama bin Laden



Membro da unidade que matou terrorista vira best-seller com relato da operação, como mostra a edição de VEJA desta semana

André Petry
PASSIVIDADE ABSOLUTA - O terrorista em dois momentos: armado e, na última foto, assistindo a um vídeo: nos momentos finais de sua vida, de acordo com a versão do livro Não Há Dia Fácil, ele não esboçou reação. As duas armas que mantinha no quarto nem estavam carregadas
PASSIVIDADE ABSOLUTA - O terrorista em dois momentos: armado e, na última foto, assistindo a um vídeo: nos momentos finais de sua vida, de acordo com a versão do livro Não Há Dia Fácil, ele não esboçou reação. As duas armas que mantinha no quarto nem estavam carregadas (Corbis/Latinstock/AP)
Até que demorou muito. Já faz um ano e quatro meses que o terrorista Osama bin Laden foi morto por uma unidade de elite da Marinha americana em Abbottabad, no Paquistão, e só agora sai, em forma de livro, um relato feito em primeira pessoa por um dos integrantes do comando militar que executou a operação. Não Há Dia Fácil, assinado por Mark Owen, um pseudônimo, já lidera a lista dos títulos mais encomendados da Amazon e da Barnes & Noble, a maior rede de livrarias dos Estados Unidos. O motivo do sucesso antecipado é simples: Owen oferece um relato inteiramente distinto da versão oficial, e bem-comportada, para a morte de Osama bin Laden. No relato divulgado pela Casa Branca na época, os militares se aproximavam do quarto do terrorista e foram recebidos a bala. Deu-se um tiroteio e Bin Laden acabou morto com dois tiros: um no peito e outro acima do olho esquerdo.
Owen diz que nada disso é verdade. O comando que chegou ao quarto de Bin Laden estava subindo pela escada de acesso em silêncio e no escuro. A menos de cinco degraus do topo da escada, o militar que ia na frente, o batedor, viu um vulto na porta do quarto e disparou. “Ouvi tiros disparados com silenciador. Bop. Bop”, escreve Owen, que vinha logo atrás do batedor. Ele relata em seguida que, ao entrar no quarto, deparou com o terrorista agonizando no chão. Bin Laden não ofereceu nenhuma resistência. No quarto, os militares acharam uma AK 47 e uma pistola no coldre, e ambas estavam sem munição. Owen, que encontrou as duas armas, escreveu: “Ele nem sequer esboçara uma defesa. Não tinha intenção de lutar”.
O rosto de Bin Laden estava coberto de sangue, o crânio afundado por um ferimento na testa e o peito rasgado por vários tiros. Um colega tirou do estojo uma mangueira para esguichar água no rosto, Owen limpou o sangue com o cobertor da cama. “Peguei a câmera e as luvas de borracha, e comecei a tirar fotos”, conta. “As primeiras foram de corpo inteiro. Depois, ajoelhei-me perto da cabeça e tirei algumas só do rosto. Afastando a barba para a direita e depois para a esquerda, tirei várias fotos de perfil.” Enquanto isso, outro militar recolhia amostras para exames de DNA -- sangue e saliva. Feito o serviço, pegaram o cadáver pelos braços e pernas e o arrastaram pela escada, deixando um rastro de sangue. No térreo, o corpo foi colocado dentro de um saco mortuário. No avião que levou os militares de volta à base, um dos integrantes da Marinha viajou sentado sobre o peito do morto.
Os 24 integrantes da unidade de elite da Marinha americana estavam claramente instruídos para capturar Bin Laden, e não para executá-lo. Escreve Owen sobre a fase dos preparativos: “Alguém perguntou se a missão era de captura ou de morte. Um advogado do Departamento de Defesa ou da Casa Branca salientou que não era para ser assassinato”. Se não houvesse resistência, Bin Laden deveria ser apenas detido. Mas é quase inacreditável que o terrorista não tenha esboçado nenhuma reação. Os militares chegaram à sua casa em dois helicópteros. Um deles caiu na chegada, sem causar vítimas. Antes que o comando militar chegasse ao quarto de Bin Laden no 3º andar, passaram-se uns quinze minutos. Nesse tempo, houve tiroteios, um dos quais matou Khalid, o filho do terrorista que morava no 2º andar, e pelo menos três explosões com as quais os militares derrubaram portões de metal para ir abrindo caminho. Com toda a ação e todo o barulho, Bin Laden, segundo o relato de Owen, não fez nada.
A Casa Branca, pesando o clima político, ainda não se manifestou. O Pentágono disse que Owen poderá ser punido por divulgar informação sigilosa. O autor usou pseudônimo e trocou o nome dos seus companheiros de farda por questões de segurança. Em certas passagens do livro, ele também revela a aversão dos membros da unidade de elite à publicidade. Ironicamente, ninguém fez mais do que Mark Owen para colocá-los todos sob os holofotes. Mesmo sua identidade vazou 24 horas depois que se noticiou a existência do livro. Mark Owen é Matt Bissonnette, 36 anos. Além de subitamente famoso, Bissonnette já é autor de um best-seller. A editora americana antecipou o lançamento do livro para esta terça-feira e aumentou a tiragem de 300 000 para 575 000 exemplares. No Brasil, a editora Paralela lança a versão eletrônica na terça e, dois dias depois, a versão impressa. Quem diria: a guerra ao terror acabou numa guerra de versões.
VEJA
Versões da morte de Osama bin Laden: governo versus ex-seal
Versões da morte de Osama bin Laden: governo versus ex-seal

PIB fraco faz Brasil perder posto de 6ª economia do mundo



Por Ana Clara Costa, na VEJA.com:
O fraco resultado da economia brasileira no segundo trimestre sepultou a permanência do Brasil como sexta maior economia do mundo – posto que havia sido atingido no início do ano com o anúncio dos resultados econômicos de 2011, desbancando o Reino Unido. Ainda que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, mostre um estranho otimismo em relação aos próximos trimestres, o resultado atual – alta de 0,5% no PIB no primeiro semestre – coloca o país de volta à sétima posição, atrás de Grã-Bretanha, França, Alemanha, Japão, China e Estados Unidos.
Segundo dados da Economist Intelligece Unit (EIU), o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil nos últimos doze meses soma 2,391 trilhões de dólares, ante 2,415 trilhões de dólares da Grã-Bretanha. No ano passado, a economia brasileira produziu riquezas que totalizaram 2,48 trilhões de dólares, enquanto o país europeu somou 2,26 trilhões de dólares.
Segundo o analista da EIU, Robert Wood, além da desaceleração econômica, a desvalorização do real foi crucial para a queda no ranking. “Desde março o real enfrenta expressiva queda ante o dólar e isso afetou, parcialmente, o PIB brasileiro na comparação mundial”, afirma Wood. Em março de 2012, a moeda americana era cotada a 1,71 real, enquanto, no final de junho, estava em 2,03 reais – mesmo cotação desta sexta-feira. “O desempenho da economia britânica é muito fraco, mas a libra tem se mantido estável em relação ao dólar”, acrescenta o economista.
Em abril deste ano, o Fundo Monetário Internacional (FMI) já havia alertado, em seu relatório trimestral, que o Brasil perderia o posto de sexta economia devido ao enfraquecimento do real. O FMI prevê que a economia brasileira encerrá o ano com um PIB de 2,449 trilhões de dólares, enquanto o da Grã-Bretanha chegará a 2,452 trilhões de dólares. 
O resultado frustrante mostrou-se iminente, mesmo após as inúmeras medidas de estímulo anunciadas pelo Palácio do Planalto: desde o aumento do protecionismo para estimular a indústria nacional até a pressão do governo para o corte de juros e expansão do crédito por parte dos bancos públicos e privados. Por último, a presidente Dilma decidiu apelar para o que realmente impulsiona o crescimento sustentável do país: os investimentos em infraestrutura por meio de um agressivo plano de privatizações: o PAC das Concessões. Contudo, o anúncio veio tarde demais para salvar o PIB de 2012.
Por Reinaldo Azevedo

Como os narcotraficantes estão hoje presentes nos governos bolivarianos, infiltrados também pelo Irã. Ou: Dilma quer essa gente toda no Mercosul



As Páginas Amarelas da VEJA desta semana trazem uma entrevista cuja leitura é obrigatória. Duda Teixeira falou com Douglas Farah, um consultor de segurança que presta serviços ao governo americano. Tema: o combate ao crime organizado no mundo. Farah trata em especial da conivência dos governos ditos bolivarianos com o narcotráfico e evidencia como isso traz riscos enormes ao Brasil. Também aborda a estreita relação desses narcoestados com o Irã.
Abaixo, reproduzo alguns trechos da entrevista. Eles devem ser lidos à luz de um fato: a presidente Dilma Rousseff, em parceria com Cristiana Kirchner (aquela que foi um arquiteto egípcio em encarnações passadas…), patrocinou a entrada da Venezuela no Mercosul — contra a lei, diga-se. Ao fazê-lo, incorporou ao bloco econômico um país que pode ser chamado hoje, sem qualquer exagero, de narcoestado e que, ademais, mantém relações incestuosas com o estado terrorista iraniano — do qual o governo Lula também se aproximou. Talvez um dia venhamos a descobrir os milhões de motivos que a tanto o moveram.
A questão é séria e diz respeito ao papel que o Brasil pretende desempenhar no cenário internacional. No momento em que alguns equivocados de boa-fé e muitos pilantras disfarçados de equivocados de boa-fé defendem a descriminação do consumo de drogas, convém prestar atenção a que tal política remeteria e a quem beneficiaria.  Leiam trechos da entrevista.
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Duglas Farah é pago para redigir relatórios de segurança para empresas privadas e órgãos do governo americano, como o Departamento de Segurança Interna e o Departamento de Defesa. Membro do Centro de Avaliação Estratégica Internacional (lasc), de Washington, o consultor americano é especialista em identificar as áreas de influência de cartéis mexicanos, gangues salvadorenhas e grupos terroristas na América Latina. Também revela as armas, os centros de lavagem de dinheiro e os contatos no governo e na Justiça usados por esses criminosos. Autor do livro Merchant of Death (O Mercador da Morte), sobre o traficante de armas russo Viktor Bout, Farah foi criado na Bolívia, onde seus pais, missionários americanos, trabalharam.
NARCOESTADOS BOLIVARIANOS
Como explicar o avanço do crime organizado na América Latina?
(…)Os criminosos foram convidados pelos governantes de países ditos “bolivarianos”, liderados pelo presidente venezuelano Hugo Chávez, para compartilhar o poder político. Assim, conquistaram uma força inédita na região.
Como e a parceria entre os governos e os criminosos?(…) Nesses lugares, os criminosos são utilizados como instrumento de política interna e externa e apoiam o poder central. Em troca, cometem seus crimes com total segurança. A existência desse tipo de acordo explica o espetacular crescimento do papel da Venezuela corno local de passagem da cocaína para outros países. O mesmo ocorreu com o Equador e a Bolívia.
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AS AUTORIDADES LATINO-AMERICANAS ENVOLVIDAS
Quais são as principais autoridades envolvidas com narcotraficantes?
São muitas. O ministro da Defesa da Venezuela. Henry Rangel Silva, deu apoio material para que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) transportassem drogas, segundo o Departamento de Tesouro americano. O juiz Eladio Aponte, que trabalhou sete anos no Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela e está exilado nos Estados Unidos, também afirma ter provas do envolvimento de altos membros do governo de Hugo Chávez com narcotraficantes. Até fugir para Miami, ele era fiel ao presidente. Na Bolívia. Juan Ramón Quintana, ministro da Presidência, e Sacha Llorenti, ex-ministro de Governo, são suspeitos de manter relações escusas com o crime organizado. Llorenú acaba de ser nomeado embaixador da Bolívia na ONU. No Equador, dois aliados do presidente Rafael Corrêa, Gustavo Larrea, ex-ministro de Segurança Interna e Externa, e José Ignácio Chauvín, ex-subsecretário de Governo, mantinham vínculos diretos com traficantes das Farc.

(…)

O MAL PARA OS BRASILEIROS
Como a sociedade brasileira é afetada pelos narcoestados da vizinhança?
O Brasil é o segundo maior mercado consumidor de cocaína do mundo e conquistou esse posto porque houve uma mudança na forma de pagamento da droga entre os traficantes. Até os anos 80, quando ainda dominavam o tráfico de cocaína, os colombianos recompensavam seus intermediários em dinheiro. Com isso, a maior parte da droga apenas fazia escala no Brasil, de onde era enviada para outros países. Nos anos 90, os mexicanos mudaram as regras e passaram a pagar de 20% a 50% do valor em mercadoria. Isso obrigou seus parceiros em vários países a arrumar uma maneira de vender a cocaína. Assim, cresceram os mercados domésticos para a droga e suas variações, como o crack, com o impacto conhecido na criminalidade. Quando um viciado fica sem dinheiro, rouba ou comete outros crimes. Os pontos de venda passam a ser disputados, e os bandos começam a se armar com fuzis AK-47 e lançadores de granadas. Quando eles entram em combate com policiais armados apenas com pistolas, o desequilíbrio de forças é tremendo. Não há um único caso no mundo em que o crescimento do consumo de drogas ilícitas não tinha sido acompanhado do aumento da criminalidade.

(…)
O FATOR IRANIANO
O Irã tem petróleo e está muito longe daqui. Qual é o seu interesse na América Latina?
Um dos objetivos claros do Irã é driblar as sanções internacionais. Na Venezuela, criaram-se instituições financeiras de fachada, como o Banco Internacional de Desenvolvimento, que Chávez sempre disse que não era iraniano. Eu tive acesso aos papéis de sua fundação, contudo, e verifiquei que todos os dezessete diretores eram iranianos. Tinham passaporte e nomes persas. O banco era usado para movimentar o dinheiro das transações internacionais do Irã, especialmente as relacionadas ao seu programa nuclear. Depois que esse esquema foi descoberto, o Irã e a Venezuela inventaram outros. (…) No Equador, os iranianos utilizam bancos nacionais que não funcionam mais, mas ainda existem no papel. Bem mais difícil é saber o que eles querem na Bolívia. Há 140 diplomatas iranianos que oficialmente atuam como assessores comerciais no país, mas o comércio bilateral não passa de alguns poucos milhões de dólares. (…)
O senhor arrisca uma explicação?Temo que o Irã queira usar a América Latina para ameaçar ou chantagear os Estados Unidos. Os generais venezuelanos carregam nos bolsos um pequeno livro com as doutrinas do Hezbollah, um grupo fundamentalista xiita apoiado pelo Ira. O texto contém a meta de derrubar o império americano com armas de destruição em massa. O intercâmbio com os países bolivarianos serviria, então, para montar um perigoso arsenal, talvez químico ou biológico, no quintal dos americanos.
(…)
Por Reinaldo Azevedo

Coisa incrível, típica do Brasil: as cidades que nadam em dinheiro do petróleo crescem MENOS do que as outras!



O AVESSO DO PROGRESSO -- Canal que corta a favela de Nova Holanda, uma das que mais cresceram em Macaé: base de operações da Petrobrás, a cidade atraiu empresas, universidades e hotéis de luxo, mas, sem nenhum planejamento para a nova era que veio com o pré-sal, assiste ao galopante aumento dos índices de criminalidade e favelização (Foto: Marcos Michael)
O AVESSO DO PROGRESSO -- Canal que corta a favela de Nova Holanda, uma das que mais cresceram em Macaé (RJ): base de operações da Petrobrás, a cidade atraiu empresas, universidades e hotéis de luxo, mas, sem nenhum planejamento para a nova era que veio com o pré-sal, assiste ao galopante aumento dos índices de criminalidade e favelização (Foto: Marcos Michael)
Reportagem de Marcelo Bortoloti e Helena Borges, com colaboração de Gabriela Romero, publicada na edição impressa de VEJA

AONDE FOI A RIQUEZA DO PETRÓLEO?
As cidades premiadas com os royalties cresceram menos do que as outras. Mas ainda podem escapar da “maldição do ouro negro”

Desde a sua descoberta, as gigantescas reservas de petróleo nas profundezas do pré-sal vêm sendo celebradas como um bilhete de loteria premiado. Os primeiros dividendos dessa espetacular riqueza, que pode somar à economia brasileira o equivalente a todo o PIB da Bolívia, já começaram a reforçar o caixa de um conjunto de pequenos e médios municípios entre o norte fluminense, o sul capixaba e o litoral paulista.
Nessa rota, de onde emergem 85% da produção nacional, VEJA visitou as dez cidades que ao longo da última década mais foram beneficiadas pelo dinheiro dos royalties – fonte que não secará tão cedo graças à sua privilegiada posição no mapa do petróleo. O dinheiro que jorra em seus cofres já representa até 80% de tudo o que arrecadam.
Embora as perspectivas sejam reluzentes, o que se vê nesse naco do país NÃO são imagens de desenvolvimento a todo o vapor. Numa comparação caricata, a história desses municípios faz lembrar, ao menos até agora, a daquele felizardo apostador que ganhou uma bolada formidável, mas, sem saber o que fazer com ela, desperdiçou-a na mesma velocidade com que a embolsou.

Na rota da riqueza (Clique para ver a imagem em tamanho maior)
Na rota da riqueza (Clique para ver a imagem em tamanho maior)
A história está cheia de exemplos de cidades e países que, repentinamente inundados com o dinheiro fácil dos recursos naturais, negligenciaram a oportunidade de investir na melhoria do nível educacional de sua população e na modernização de suas economias.
Mal explorado, esse tipo de riqueza acaba contribuindo para o surgimento de sistemas políticos nocivos, fundados sobre as bases do assistencialismo. Onde essa maldição fez e se faz presente – seja na Potosí que transbordava de prata no século XVII, seja no Zimbábue dizimado pela guerra em torno dos diamantes ou na Venezuela convertida em palco de populismo e miséria -, perdem os cidadãos e perde a democracia.
No eldorado brasileiro do pré-sal, território onde, se tudo der certo, o PIB pode crescer em ritmo chinês, a maldição do petróleo está à espreita. “O que se vê nesses lados do Brasil é típico de lugares onde as instituições ainda não são suficientemente sólidas para lidar com uma mudança tão grande de patamar”, explica o economista Fernando Postali, da Universidade de São Paulo (USP).
Postali é autor de um estudo que comparou a evolução da economia em cidades de mesmo tamanho dentro e fora do raio do petróleo, baseado em dados de 1996 a 2005. A conclusão é espantosa: justamente as que receberam royalties cresceram em ritmo mais lento do que as outras que estão distantes dessa riqueza.
TRATORES PARA O POVO -- O ex-promotor Lourival do Nascimento, nomeado interventor em Presidente Kennedy - município de 10.000 habitantes no litoral do Espírito Santo -, assumiu o comando depois que o prefeito, seis secretários e quatro vereadores foram presos pela Polícia Federal por contratação irregular de funcionários e fraudes em licitações. "Fiquei abismado ao saber que a prefeitura pagava conta de farmácia dos moradores e oferecia, de graça, até frota de tratores aos fazendeiros da região. Não havia controle nenhum do dinheiro público", diz Lourival. Ruas de terra batida e um número assustador de crianças fora da escola são um retrato dos desmandos (Foto: Marcos Michael)
TRATORES PARA O POVO -- O ex-promotor Lourival do Nascimento, nomeado interventor em Presidente Kennedy - município de 10.000 habitantes no litoral do Espírito Santo -, assumiu o comando depois que o prefeito, seis secretários e quatro vereadores foram presos pela Polícia Federal por contratação irregular de funcionários e fraudes em licitações. "Fiquei abismado ao saber que a prefeitura pagava conta de farmácia dos moradores e oferecia, de graça, até frota de tratores aos fazendeiros da região. Não havia controle nenhum do dinheiro público", diz Lourival. Ruas de terra batida e um número assustador de crianças fora da escola são um retrato dos desmandos (Foto: Marcos Michael)
Um levantamento da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) lança luz sobre as fragilidades nesses municípios visitados por VEJA. Muitos não avançaram e outros até retrocederam naquilo que é vital para perpetuar o desenvolvimento. Em sete deles, o número de postos de trabalho aumentou de forma inexpressiva, ou mesmo encolheu. A maioria também viu sua posição despencar nos rankings nacionais que medem a qualidade da saúde e da educação – nessa última lista, Campos dos Goytacazes, por exemplo, caiu 1000 posições desde 2000, segundo a Firjan.
Recordista na arrecadação de royalties entre essas dez cidades, Campos é também campeã em ações de improbidade administrativa entre os municípios visitados. Desde 2001, é alvo de 68 processos. Isso ajuda a entender por que, nos cálculos do professor Fernando Postali, a cidade perdeu a chance de somar ao seu PIB per capita 1,3% por ano na última década.
Ali, a prefeita Rosinha Garotinho – que tenta a reeleição depois que seu marido, o ex-governador Anthony Garotinho, administrou a cidade por dois mandatos na década de 90 – lotou as repartições de funcionários com cargos de confiança (são 1000 deles, o dobro dos existentes na Alemanha), distribui mensalmente 2,5 milhões de reais em benefícios a famílias escolhidas por critérios pouco transparentes e torrou 80 milhões de reais para erguer um sambódromo.
Outra das cidades na rota do pré-sal, Presidente Kennedy, no Espírito Santo, tornou-se palco tão escancarado dos desmandos com o dinheiro público que, em abril, a Polícia Federal prendeu o prefeito, seis secretários e quatro vereadores por contratações irregulares e fraude em licitações.
Essa turma não demonstrava nenhuma cerimônia com as verbas oficiais: pagava conta de farmácia dos moradores, dava aos produtores rurais ração à vontade e bancava uma frota de tratores que prestava serviço às fazendas. Nomeado interventor, o ex-promotor Lourival do Nascimento se assustou ao chegar ao município de 10000 habitantes e encontrar as ruas de terra batida e tantas crianças fora da escola. Ele alerta: “Sem educação, o dinheiro do petróleo certamente escorrerá pelo ralo”.

SOBRA DINHEIRO, FALTA SAÚDE -- Campeão brasileiro em arrecadação de royalties, Campos dos Goytacazes, comandado pela dinastia Garotinho, é um exemplo de município que retrocedeu nos principais indicadores. Desde 2000, a situação da saúde ali despencou 1000 posições no ranking nacional. O neurocirurgião Eraldo Ribeiro Filho trabalha no maior hospital da cidade, onde se acumulam mazelas: há carência de leitos, chove na sala dos médicos e falta até material para a assepsia dos pacientes. Cirurgias de emergência, só para quem espera mais de um mês na fila. "Ninguém viu a cor do dinheiro dos royalties por aqui", lamenta o neurocirurgião (Foto: Marcos Michael)
SOBRA DINHEIRO, FALTA SAÚDE -- Campeão brasileiro em arrecadação de royalties, Campos dos Goytacazes, comandado pela dinastia Garotinho, é um exemplo de município que retrocedeu nos principais indicadores. Desde 2000, a situação da saúde ali despencou 1000 posições no ranking nacional. O neurocirurgião Eraldo Ribeiro Filho trabalha no maior hospital da cidade, onde se acumulam mazelas: há carência de leitos, chove na sala dos médicos e falta até material para a assepsia dos pacientes. Cirurgias de emergência, só para quem espera mais de um mês na fila. "Ninguém viu a cor do dinheiro dos royalties por aqui", lamenta o neurocirurgião (Foto: Marcos Michael)
Em meio a esse tipo de cenário, as autoridades locais reagem com previsível espanto à questão básica que a Firjan trouxe à tona em recente encontro de prefeitos, secretários e empresários interessados em investir nas cidades do pré-sal.
Indagou-se a esses gestores qual era o plano que tinham para o crescimento que se avistava (só em investimentos privados, a região deve receber 14 bilhões de reais até 2014). Fez-se silêncio. “Ficou claro que esses municípios não têm um planejamento nem mesmo para o futuro próximo. Você pergunta, por exemplo: `Onde vão se instalar as empresas que virão?’. Ninguém sabe responder”, diz o economista Cristiano Prado, gerente de competitividade da Firjan.
Alguns políticos chegam a revelar até mesmo aversão à ideia do progresso, justificando que suas cidades estão ameaçadas de perder “o ar do interior”. Numa miopia irresponsável, preferem deixar tudo como está.
O resultado é o que se observa em Macaé – um emblemático cartão-postal do crescimento desordenado na trilha do pré-sal. Próxima à base de exploração da Petrobras e ponto de partida para o traslado de helicópteros rumo ao alto-mar, a cidade de 210000 habitantes é uma das únicas duas entre as dez visitadas que não só recebem royalties como também sediam atividades diretamente ligadas ao petróleo (a outra é Rio das Ostras).
PARA TURISTA VER -- Em 2004, a prefeitura investiu 12 milhões de reais na reforma do calçadão à beira-mar. Não fez economia. Até piso de porcelanato foi usado como revestimento. Dizia-se que a obra iniciaria um novo ciclo de investimentos com o objetivo de tornar o município uma potência turística. Mas nada do anunciado aconteceu, e o calçadão foi se deteriorando. Sem uma boa infraestrutura, Rio das Ostras acabou relegado à posição de cidade-dormitório da vizinha Macaé (Foto: Marcos Michael)
PARA TURISTA VER -- Em 2004, a prefeitura investiu 12 milhões de reais na reforma do calçadão à beira-mar. Não fez economia. Até piso de porcelanato foi usado como revestimento. Dizia-se que a obra iniciaria um novo ciclo de investimentos com o objetivo de tornar o município uma potência turística. Mas nada do anunciado aconteceu, e o calçadão foi se deteriorando. Sem uma boa infraestrutura, Rio das Ostras acabou relegado à posição de cidade-dormitório da vizinha Macaé (Foto: Marcos Michael)
Desde 1980, Macaé recebeu mais de 5000 empresas, quinze cursos de instituições federais de nível superior, centros de pesquisa de primeira linha (como o da multinacional francesa Schlumberger) e ainda viu florescer bons restaurantes e hotéis de luxo. A população disparou nesse período: 174%. Houve avanços, portanto, mas a inação pública e a ausência de qualquer planejamento fizeram dobrar o número de pessoas que vivem em favelas, e o índice de homicídios chegou a 51 por 100000 habitantes, o dobro do registrado no Rio de Janeiro.
Há uma década, a cobertura da rede de esgoto está estacionada em 66% e a de fornecimento de água caiu 10%. Como é praxe no discurso dos governantes brasileiros e muito comum no trajeto do pré-sal, o secretário municipal de desenvolvimento, Clinton Santos, lança a culpa sobre terceiros: “A Petrobras só faz planos a curto prazo, e é difícil acompanhar essa dinâmica”.
Os raros municípios que têm aproveitado o dinheiro do petróleo para crescer sobre uma base sólida trilham caminho semelhante ao de países mais bem-sucedidos nesse campo – todos usaram esse dinheiro para fortalecer uma vocação econômica natural.
É o que Ilhabela, no litoral paulista, e Búzios, no Rio, começam a fazer com o turismo, por exemplo. A experiência reforça a ideia de que, para multiplicar essa riqueza, não há que inventar a roda, mas obedecer com disciplina à cartilha universalmente aceita da boa gestão.
UM PLANO PARA O FUTURO -- Exceção entre as cidades na rota do pré-sal, Ilhabela, no litoral paulista, traçou uma estratégia de desenvolvimento para os próximos anos. A ideia é fomentar o turismo, vocação natural do município. Uma das iniciativas é construir píeres para incentivar o transporte entre as praias e desafogar o trânsito. Em paralelo, há investimentos maciços em educação e treinamento de mão de obra, medidas fundamentais para que o balneário atraia novos negócios (Foto: Marcos Michael)
UM PLANO PARA O FUTURO -- Exceção entre as cidades na rota do pré-sal, Ilhabela, no litoral paulista, traçou uma estratégia de desenvolvimento para os próximos anos. A ideia é fomentar o turismo, vocação natural do município. Uma das iniciativas é construir píeres para incentivar o transporte entre as praias e desafogar o trânsito. Em paralelo, há investimentos maciços em educação e treinamento de mão de obra, medidas fundamentais para que o balneário atraia novos negócios (Foto: Marcos Michael)
A Noruega só conseguiu transformar-se na meca da alta tecnologia na indústria do petróleo treinando obsessivamente seus quadros. Fez tudo com respeito quase religioso a metas e prazos. No Brasil, o primeiro passo é regulamentar o uso dos royalties, que, pela lei atual, podem ser investidos em quase tudo, à exceção do pagamento de dívidas e de pessoal (mas até essa restrição é driblada com subterfúgios como as contratações temporárias, como VEJA observou). “É preciso estabelecer regras que canalizem os recursos para saúde, educação e infraestrutura”, enfatiza a promotora Nícia Regina Sampaio, do Ministério Público do Espírito Santo, coordenadora de um programa que forma gestores e informa a população sobre as verbas que inundam o caixa de seus municípios – uma boa iniciativa.
É a transparência o que impedirá a sobrevivência dos regimes retrógrados que se perpetuam alimentando-se do ouro negro. E é o bom planejamento o que pode fazer com que ele se converta, enfim, em riqueza de verdade.