quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Conheça 10 cubas bonitas e diferentes para dar personalidade ao seu banheiro ou lavabo O Pense Imóveis selecionou alguns modelos de cubas para inspirá-lo a investir nessa peça da casa que, muitas vezes, fica em segundo plano

Na hora de decorar a casa, os banheiros e lavaboscostumam ser deixados em segundo plano. Quartos, salas e cozinhas acabam ganhando mais atenção dos moradores quando chega o momento de decidir cores, planejar móveis e comprar acessórios. Para instigar o seu interesse neste ambiente da casa muitas vezes esquecido, selecionamos dez modelos de cubas atraentes e inusitadas, que poderão dar o charme especial que o espaço merece.

>> Confira a íntegra da edição da revista impressa Pense Imóveis, onde a matéria foi publicada
Origin Eco Logic é uma empresa preocupada com o tipo de material que utiliza. A cuba Assimétrica 320 é feita de madeira maciça certificada, para sobrepor em lavabo ou banheiro. Para garantir total impermeabilização, a peça é revestida por dez camadas de seladores e vernizes. A Origin também produz materiais para outras peças da casa. Informações aqui.

Divulgação / Origin Eco Logic



As cubas artesanais de louça são em porcelana Stone Ware, o mais resistente dos porcelanatos, matéria-prima importada dos Estados Unidos. Totalmente moldadas a mão, podem ser customizadas. Texturas e esmaltações em prata, cobre, ouro, grafite, com padronagens delicadas, foram criadas pela artista Rejane Hirtz Trein. Vendidas exclusivamente na Spazio del Bagno.

Divulgação / Spazio del Bagno



A cuba folha foi desenvolvida pela Brascor Countertops, assinada pelo designer de produtos Ricardo Antônio Studio. É fabricada em corian na cor Glacier White, mas há possiblidade de produção em outras cores. Mais informações no site.

Divulgação / Bascor Countertops


As peças abaixo são fabricadas pela empresa inglesa Victoria + Albert e importadas com exclusividade para o Brasil pela Doka - Bath Works. Com um designcontemporâneo, o modelo Barcelona traz curvas suaves é produzida em Quarrycast, material desenvolvido com uma rara rocha vulcânica misturada à resina, as cubas têm como cor natural o branco, possuem brilho intenso e não amarelam. Informações no site.

Divulgação / Doka Bath Works



A madeira usada nas cubas Samauma é o Louro Preto. As peças são elaboradas com pedaços de troncos e raízes revitalizados, deixados expostos ao tempo por mais de vinte anos. Nesse tempo, a ação do sol e da chuva esculpe fendas em sua superfície, produzindo irregularidades que conferem beleza e originalidade às peças. As cubas são revestidas em poliuretano. Mais informações aqui.

Divulgação / Spazio del Bagno



Fango, fábrica argentina, combina produção artesanal com um acabamento industrial. As cubas são feitas em um torno por um ceramista e são decoradas por um decorador que pinta uma por uma a mão. A fabricação artesanal oferece ao produto um alto valor adicional que o faz único e diferente. Há possibilidade de entrega no Brasil. Acesse osite para outras informações.

Divulgação / Fango



Outro modelo da Fango, feito de forma totalmente artesanal. Interior com pigmentos cerâmicos e esmalte transparente mate sem chumbo. Exterior com pigmentos cerâmicos dando aparência semelhante à pedra.

Divulgação / Fango



Outro produto importado exclusivamente pela Doka - Bath Works e projetado pela inglesa Victoria + Albert é a cuba Edge, linha 2012. O design tem estilo futurista, com linhas retas e marcadas. As peças são feitas em Quarrycast, uma mistura de rara rocha vulcânica e resina. No caso de riscos ou arranhões, basta um simples polimento para restauração do material. Outros produtos e informações pelo site empresa.

Divulgação / Doka Bath Works



Cuba de apoio Licenza, levemente suspensa em relação à bancada. Possui fita de LED não aparente em sua parte inferior, permitindo a emissão de suave facho de luz através da borda. Produzida em corian, matéria-prima de altíssima resistência com a qualidade Du Pont. Disponível nas cores branco, bege claro ou cinza claro. Um fino disco perfurado se posiciona em sua base interna, encobrindo a válvula de escoamento da água. À venda pelo site.

Divulgação / Du Pont



Fabricada pela Tramontina em aço inox de alta durabilidade e com acabamento em alto brilho, a cuba Ronda foi concebida para gerar uma atmosfera elegante para os lavabos. A instalação pode ser feita tanto para apoio quanto para embutir no tampo com borda sobreposta. Acompanha válvula pop-up. Outras informações e modelos diferenciados no site da marca.

Divulgação / Tramontina

Irlanda ensina Rio como fazer Olimpíada



O presidente da Irlanda, Michael D. Higgins (foto), está no Rio de Janeiro tratando com a prefeitura e o governo do estado que tipo de contribuição o país pode dar às Olimpíadas de 2106. Os irlandeses vão transferir ao Brasil informações sobre a organização dos jogos. Nas Olimpíadas de Londres, a Irlanda teve importante participação. Essa parceria faz parte da tentativa de aproximação política e comercial com o Brasil.

Se Carminha tivesse foro privilegiado…


 

- Peça do Maurício Ricardo, via charges.com.

Ayres Britto: projeto de poder do PT era ‘golpe’




Último a votar no capítulo do mensalão que trata dos responsáveis pela compra de apoio político no Congresso, o ministro Carlos Ayres Britto, presidente do STF, foi especialmente draconiano. Referiu-se ao mensalão como um “golpe” contra a democracia e os valores republicanos.
Ayres Britto mencionou a cifra movimentada pelo esquema: R$ 153.748.924,52, em valores da época. Disse que, com esse dinheiro, compraram-se “consciências” no Congresso, chegando-se a uma “coalizão argentária e pecuniarizada”, na qual “os acordos se fazem à base de propina, de suborno, de corrupção.”
Realçou o óbvio: esse tipo de coalizão “é repudiada pela ordem jurídica do país, pelos seus efeitos superlativamente danosos para os valores mais cuidadosamente protegidos por essa mesma ordem jurídica.”
Prosseguiu: “[...] Sob inspiração patrimonialista –velha, matreira e renitente—, um projeto de poder foi arquitetado. Não um projeto de governo, que é lícito, é quadrienal, é exposto em praça pública, [...] mas um projeto de poder que vai muito além do quadriênio, um projeto quadrienalmente quadruplicado.”
Foi além: “É um projeto de poder que, muito mais do que a continuidade administrativa, é seca e rasamente continuísmo governamental. Golpe, portanto, nesse conteúdo da democracia que é a Republica, o republicanismo, que postula a possibilidade de renovação dos quadros dirigentes e equiparação das armas com que se disputa a prefência do voto popular.”
Ayres Britto acompanhou o voto do relator Joaquim Barbosa. Condenou por corrupção ativa o núcleo petista do escândalo –José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares— e também o núcleo operacional-publicitário –Marcos Valério, Cristiano Paz, Ramon Hollerbach e Simone Vasconcelos.
Enfatizou que os dados contidos nos autos são fartos e inquestionáveis: “Esses fatos, esse entrelace de réus, de crimes, de figuras delituosas, esse imbricamento está documentado, está provado.”
Fez questão de dizer que os direitos dos réus foram respeitados durante a instrução do processo. Destacou o cuidado com que o julgamento é conduzido: “Tudo aqui foi feito atomizadamente, individualmente, passo a passo, reconstituindo-se a materialidade de cada fato e, depois, fazendo-se a conexão funcional desses fatos para a reconstituição de episódios, de acontecimentos e, finalmente, a composição de um mosaico, o tal conjunto da obra.”
Tudo isso feito “tecnicamente, cuidadosamente, com pleno respeito às garantias constitucionais do processo.” Quanto a Dirceu, Genoino e Delubio, disse que os próprios depoimentos dos réus converteram-se em prova de culpabilidade. Lei trechos das respostas dadas pelos três em inquirições judiciais.
No dizer de Ayres Britto, Dirceu foi o “regente da orquestra”. Era, “de fato, o primeiro-ministro do primeiro governo, instalado a partir de 2003. Ele deixa c;arop que tudo passava pelas mãos dele. Era plenipotenciário

Apesar do Supremo, ficha do PT demora a cair




O PT é um partido sui generis. Faz sempre sua autocrítica. De preferência a favor. Num instante em que o STF pendura no pescoço de José Dirceu, José Genoino e Delúblio Soares a tabuleta de “corruptos”, o partido faz pose de vítima.
Reunido em São Paulo, o diretório nacional do PT divulgou uma resolução política. No texto, celebra o resultado do primeiro turno das eleições municipais. E aproveita para praticar seu esporte predileto: arremesso de dardos contra a ‘direita’ e a ‘mídia’.
Anotou: “Nosso desempenho nas eleições municipais ganha ainda maior significado, quando temos em conta que ele foi obtido em meio a uma intensa campanha, promovida pela oposição de direita e seus aliados na mídia, cujo objetivo explícito é criminalizar o PT.”
Para o alto comando do PT, “setores conservadores” agem com “intolerância”. Falta-lhes “vocação democrática”. Sobra-lhes “hipocrisia”. São incapazes de “conviver com a organização independente da classe trabalhadora brasileira.”
O texto revela que o PT ainda não conseguiu enxergar a solução. Pior: não vislumbrou nem o problema. As más notícias chegam do STF, não da mídia. Quem ataca não é a oposição de direita, mas os ministros do Supremo –dos dez, sete foram indicados por Lula e Dilma Rousseff.
O problema não é a organização da classe trabalhadora. O que produz condenações em série é a organização criminosa. Apesar do desnudamento promovido pelo STF, a ficha demora a cair. A autocrítica disse ao PT: “Bom dia. Vim apresentar você a você mesmo”. O partido bateu a porta.

CPI DO CACHOEIRA — Senador Pedro Simon alerta: enquanto o país está orgulhoso do Supremo, o Congresso corre o risco de DESONRA pelas manobras destinadas a terminar a CPI sem investigar a fundo uma organização criminosa que “envolve agentes do Estado, empresários desonestos e políticos inescrupulosos”


Simon quer que Conselho de Ética investigue membros da CPI do Cachoeira (Foto: Geraldo Magela / Agência Senado)
Simon quer que Conselho de Ética investigue membros da CPI do Cachoeira (Foto: Geraldo Magela / Agência Senado)
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) acaba de escancarar duas visões que o Brasil tem, hoje, da Praça dos Três Poderes.
Num canto da praça, no prédio do Supremo Tribunal Federal, a visão bonita da mais alta Corte de justiça do país condenando, com força e clareza, os mais altos dirigentes do mais importante partido político brasileiro, que ocupa o outro lado da praça, o Palácio do Planalto, e o Executivo federal há dez anos e três administrações petistas.
No centro da praça, no prédio do Congresso Nacional, a visão constrangedora de senadores e deputados se debulhando para encerrar, rapidinho, a CPI do Cachoeira, que devia investigar mundos e fundos do submundo do poder.
Pois os fundos parecem tão imundos que levaram governo e oposição a um inédito consenso na CPI: já que todo mundo se lambuza feio na lama de Cachoeira, os líderes da comissão tentam encerrar os trabalhos no prazo regulamentar, 4 de novembro, um domingo — ou seja, dentro de 23 dias, incluindo feriados e fins de semana.
O comportamento estranho e o desperdício de tempo da CPI
Em pleno trabalho, em setembro, a CPI estranhamento decidiu cruzar os braços, suspendendo os trabalhos por 40 dias, um prazo irrecuperável para quem tem tanta bandalheira a investigar.
O senador Simon estranhou este comportamento e pediu explicações ao Conselho de Ética e à Corregedoria do Senado Federal, imaginando ver nesta inércia indefensável uma forma esperta de inviabilizar seus trabalhos.
O livreto-libelo lançado hoje pelo senador Pedro Simon,com 102 páginas: "O Escândalo da CPI do Cachoeira"
Desperdiçando mais de um mês de investigações, suspeitava o senador gaúcho, a CPI não teria tempo hábil para quebrar sigilos e processá-los para o relatório final.
Diante desta grave suspeita, Simon pediu em 12 de setembro que a Corregedoria e o Conselho de Ética tomassem, urgentemente, a iniciativa de “analisar a atuação dos membros desta Casa que estão coniventes com as irregularidades apontadas”.
“Deltaduto” e 421 milhões desviados para financiar campanhas políticas
Uma semana depois, o senador Antônio Carlos Valadares, presidente do Conselho de Ética, respondeu a Simon pedindo que ele “nomine o(s) senador(es)” objeto da denúncia.
Na semana seguinte, Simon replicou a Valadares, justificando que seu requerimento não era algo parecido a uma ‘delação premiada’. A intenção de Simon, ao provocar o Corregedor e o Conselho de Ética, era mais elevada: forçar as instãncias internas do Senado a uma investigação que revigorasse a imagem abalada do Parlamento, num contraste brutal com o bom desempenho do Supremo.
Enquanto Simon cobrava atitudes de uma CPI paralisada, a imprensa continuava agindo. Em manchete de primeira página, em 24 de setembro, o jornal Correio Braziliense revelava um desvio de 421 milhões de reais pelo ‘deltaduto’ montado pela Construtora Delta para financiar campanhas políticas com dinheiro desviado de obras públicas, a partir de 18 empresas fantasmas, todas elas curiosamente já identificadas pela própria CPI do Cachoeira, que nada fez sobre elas.
“Corruptos foram punidos com a CPI do PC, os corruptores continuam impunes”
A CPI do Cachoeira, que hoje frustra os brasileiros, desfez também as ilusões de Pedro Simon: “A CPI do Cachoeira era a CPI dos meus sonhos, que eu tentei em vão promover em fevereiro de 1995, com um requerimento apresentado na esteira de duas CPIs importantes e conclusivas: a CPI de PC Farias, que levou ao impeachmente do presidente Fernando Collor, e a CPI do Orçamento. Os corruptos haviam então sido punidos, mas os corruptores continuaram impunes”.
A CPI dos Corruptores não saiu em 1995 e, pelo que se vê pela denúncia do senador Pedro Simon, está sendo enterrada em 2012.
A contracapa do libelo: "Pela honra do Parlamento"
Toda essa vergonhosa crônica parlamentar, que depõe contra o Senado e os políticos em geral, está contada, a partir de agora num didático livreto de 102 páginas lançado pelo senador Simon nesta quarta-feira, 10, sob um título e uma questão gritantes: E os corruptores? O escândalo da CPI do Cachoeira.
Investigar o envolvimento de Cachoeira com agentes públicos deve ser ponto de honra
Com olhar preciso, Simon identificou uma frase animadora no texto de justificação da CPI do Cachoeira, quando ela foi instalada, em abril passado: “Deve ser de particular interesse deste Parlamento investigar o envolvimento de Carlos Augusto Ramos com agentes públicos com vista a contornar óbices às suas atividades contravenientes (…) O enfrentamento desta questão é ponto de honra para o Congresso Nacional. Está em causa o resguardo da própria lisura do devido processo legislativo”.
No momento em que o Supremo honra a Justiça brasileira, as negaças da CPI do Cachoeira, considera o senador, só comprometem a honra do Parlamento.
O alerta do senador Simon coloca o Congresso Nacional diante de um desafio histórico, que o STF soube enfrentar e vencer.
O alerta de Simon pode ser resumido pelo texto da quarta capa do livreto, a seguir, na continuação deste texto.
Para ler a íntegra do texto do senador, clique aqui.

À espera da sentença, o condenado por corrupção resolveu furtar até título de livro



Condenado por corrupção ativa pelo Supremo Tribunal Federal, José Dirceu apertou de novo o gatilho do trabuco que só dispara bravatas. Num manifesto delirante, o único guerrilheiro do mundo que confunde cano com coronha acusa a elite reacionária e a mídia golpista de terem forçado o STF a enxergar um prontuário de bom tamanho onde existem uma folha de relevantes serviços prestados à nação e a biografia de matar de humilhação um Che Guevara.
Desde 1968, Dirceu nega com veemência qualquer pecado que lhe atribuam ─ é capaz de jurar de pés juntos que jamais cometeu sequer infrações de trânsito. É compreensível que simule indignação ao ser castigado por delinquências de grosso calibre que sempre debitou na conta da inventividade perversa da oposição. Com a placidez de um doutor em estelionato, ele nega até o que está registrado em vídeo.
Como demonstram o texto e as imagens na seção Vale Reprise, foi o que fez no programa Roda Viva quando entrou em pauta o episódio da agressão sofrida pelo governador Mário Covas em 1° de junho de 2000. Alguém que passou anos negando que era quem é jamais admitirá que foi chefe de quadrilha. Vai morrer murmurando que é uma vítima dos capitalistas selvagens aos quais hoje serve com muita aplicação fantasiado de “consultor”.
Surpreendentemente, o manifesto da semana poupou o Brasil que presta da ameaça recorrente: desta vez, permanecerão aquartelados os “movimentos populares” e as “forças progressistas” que o guerrilheiro de festim promete mobilizar há mais de 40 anos ─ e nunca foram vistas fora da imaginação do comandante. Desde a descoberta do mensalão, Dirceu só apareceu na rua à frente de uma multidão no último domingo. Eram companheiros incumbidos de escoltá-lo na rota da seção eleitoral para que pudesse votar sem ser constrangido por manifestações hostis.
Sozinho ou mal acompanhado, o ex-capitão do time de Lula garante que não vai sossegar até provar que é inocente. “Minha sede de justiça será minha razão de viver”, avisa a última frase do manifesto. A editora Record deveria ampliar-lhe a folha corrida com outra ação judicial: à espera da sentença, o condenado por corrupção resolveu furtar o título do livro de memórias de Samuel Wainer.

Resistência ao nome sujo


Dívidas com o GDF



Deputados tentarão barrar a ideia de negativar quem não paga multa ou tributo

O projeto governista de negativar os devedores inscritos na dívida ativa do Distrito Federal foi recebido com críticas e ressalvas pela oposição na Câmara Legislativa. Com aproximadamente R$ 9 bilhões a receber, o Palácio do Buriti planeja colocar os inadimplentes na lista de nomes sujos junto às instituições financeiras, principalmente, em operações de crédito e financiamento, comuns nas compras de imóveis e veículos.

No passado recente, o GDF ensaiou o envio de um projeto de lei sobre a matéria para a Câmara. O tema espinhoso não teve fôlego para seguir até o plenário. Comenta-se que nem mesmo parlamentares da situação viam-se confortáveis com tema, em muitos casos com medo da possível repercussão negativa da medida. Nessa nova tentativa, o governo planeja executar a medida sem passar pela Câmara, por meio de um contrato para um projeto-piloto com o Serasa. ...

A estratégia do Palácio do Buriti acirrou ainda mais os ânimos da oposição. “Por que o governo não quer passar pela Câmara? Qual é o problema? É por que a população vai rejeitar esse projeto?”, argumentou a deputada distrital Liliane Roriz (PSD). Segundo a parlamentar, a matéria deveria passar por audiências públicas antes de levar os maus pagadores para a lista de nomes sujos.

“Sou contra a inadimplência. Ela não é boa para o Estado. Mas essa solução é errada. É verdade que caiu a receita do Estado. Mas tentar resolver isso de uma forma tão abrupta e radical não é o caso”, comentou. Para Liliane, a administração pública deveria focar esforços para estimular os adimplentes (contribuintes com os impostos em dia). “E não fazer um convênio por baixo dos panos”, alfinetou.

Segundo a deputada, a máquina pública não tem condições de fiscalizar a estrutura tributária com 100% de segurança. Em função de falta de pessoal e equipamentos, a distrital considera que o governo não tem como firmar certeza absoluta sobre os cidadãos e empresas que entram e saem da lista da dívida ativa do DF. Dessa forma, Liliane avalia que existem grandes chances que a medida penalize injustamente contribuintes que estavam na dívida, mas que já teriam regularizado os débitos antes da negativação.

A deputada Eliana Pedrosa (PSD) também é contrária à proposta. A parlamentar apontou que os gestores públicos já possuem ferramentas para a cobrança de débitos. “Outra forma é a cobrança judicialmente”, emendou. A parlamentar comentou que ficou supresa com a tentativa do do GDF de trazer novamente o projeto “à baila”.

“Olha a situação do (Imposto Predial e Territorial Urbano) IPTU. Tem família que atrasa – e não é porque quer. É porque as pessoas ficaram sem emprego. E, imagina, elas ainda têm o nome inscrito no Serasa. Será um Deus nos acuda”, disse a deputada. Incialmente, o projeto do GDF focará na cobrança dos pequenos devedores com débitos de até R$ 5 mil para IPTU e o Imposto sobre a Propriedade e Veículos Automotores (IPVA). “Quero ver se vão cobrar também dos grandes devedores”, desafiou Pedrosa.


Só arrocho vai resolver
Especialista em orçamento público e membro da base governista, o deputado Wasny de Roure (PT) considera a medida do GDF bem acertada. Na avaliação do parlamentar, a questão da dívida nunca foi resolvida de forma satisfatória e eficiente por parte dos gestores públicos. Para o distrital, o arrocho contra os maus pagadores é um caminho para equacionar o problema. “É um acervo enorme de situações. Temos os contribuintes que estão inscritos e não sabem. Aqueles cujos valores são muito pequenos. E os que não querem pagar mesmo, de forma deliberada. Esses estão no hall de entrada dos crimes”, detalhou. Na visão do distrital, o governo tem que formular maneiras propositivas de sanar estes problemas, principalmente, em relação aos devedores mal-intencionados.

Do ponto de vista de Wasny, o governo deve cobrar, mas também precisa estar atento aos princípios legais e da isonomia, dando chance para os devedores pagarem os valores devidos antes de “sujar” seus nomes. E para o deputado, o governo deve cobrar apenas os débitos cujos valores são relevantes. “Precisa haver um corte. Considerando os valores pouco expressivos e através de Lei limpar esse cadastro e deixar (estes pequenos devedores) isentos de penalidades”, posicionou-se. Para Wasny, o governo não deve se limitar à adoção de mecanismos punitivos para os maus pagadores. Incentivos fiscais e campanha pedagógicas também devem sair do papel “na busca de um bom termo para a celeuma tributária da dívida ativa”.


Ponto de partida

Na edição do último domingo, o Jornal de Brasília noticiou que o Palácio do Buriti planeja inserir os inadimplentes listados na dívida ativa do DF na lista de nomes sujos do Serasa. Segundo a Procuradoria-Geral do DF, o governo começará com um projeto-piloto para negativar os nomes de quatro mil devedores.

Os argumentos do GDF começam pelo baixo retorno e extrema demora dos processos de cobrança especialmente pela via judicial. Pelas contas de técnicos da Procuradoria, a taxa de retorno é de 1% e o tempo de demora de cada caso chega a oito anos e meio. Paralelamente, o órgão revela que os custos são muito elevados, pois cada processo demanda R$ 3,5 mil dos cofres públicos. Pela inscrição no Serasa, o gasto seria de apenas R$ 2.
Fonte: Jornal de Brasília - 10/10/2012

John Coltrane Quartet em On Green Dolphin Street




Lula carregou seu segundo poste, por Elio Gaspari



Elio Gaspari,  O Globo
Lula levou seu poste ao segundo turno na disputa pela prefeitura de São Paulo. Apesar de a eleição ter ocorrido enquanto o Supremo Tribunal Federal julga um dos maiores escândalos políticos da história nacional, o PT saiu da rodada inicial como o partido mais votado nos municípios, com 17,3 milhões de votos (um crescimento de 4%), elegendo 624 prefeitos, 12% a mais que em 2008. Levou oito das 83 cidades com mais de 200 mil habitantes que fecharam a conta.
Isso num dia em que o ministro Joaquim Barbosa era festejado na seção onde votou. “Cana neles”, disse-lhe um eleitor. Seu colega Ricardo Lewandowski, adversário no julgamento do mensalão, entrou pelos fundos. O comissário José Dirceu, depois de ter trocado de endereço, chegou acompanhado por uma centena de companheiros parrudos.
O PMDB continua sendo o partido com maior número de prefeituras (1.025), mas, pela primeira vez, perdeu na soma dos votos. O PSDB elegeu 693 prefeitos com 13,9 milhões de votos, perdendo 13% dos municípios e 4% dos votos.
Qualquer projeção de resultado eleitoral com base em resultados do primeiro turno é uma ousadia aritmética e as especulações nacionais a partir de números municipais são exercícios de quiromancia.
Os números de domingo fixam três personagens vitoriosos: o mineiro Aécio Neves, o pernambucano Eduardo Campos e o carioca Eduardo Paes, mas falta São Paulo.
Se Nosso Guia eleger Fernando Haddad, sairá desta eleição maior do que entrou. Se perder, pobre Lula. Assim como ninguém poderá dizer que o PT perdeu a eleição tendo vencido em São Paulo e saído do pleito com mais de 14 milhões de votos, os companheiros terão dificuldade para cantar vitória tendo perdido também em Porto Alegre, Belo Horizonte e Recife.
A ascensão de Celso Russomanno mostrou que costuras partidárias, marquetagens e tempo no horário de propaganda gratuita são incapazes de decidir um pleito. Sua implosão provou que pesquisa é uma coisa e eleição, outra. A de domingo mostrou as limitações da futurologia.
Noutro aspecto, indicou as limitações da passadologia. Continua em vigor a sabedoria convencional do cinturão petista da periferia de São Paulo. Haddad conseguiu recuperar os votos da periferia que escorregavam na direção de Russomanno e ficou com o maior pedaço desse eleitorado.
Não existe cinturão petista. Se existisse, nas pesquisas de setembro, Russomanno não teria conseguido 38% das preferências na região. O que existe é um pedaço da cidade onde, depois de oito anos de exercício da prefeitura, o tucanato ainda não se fez ouvir.
Há dez anos havia no Rio de Janeiro o fator passadológico da Zona Oeste. Nela políticos como Anthony Garotinho e Cesar Maia, com oito anos de poder estadual e doze na prefeitura, estariam protegidos.
Pois no domingo o candidato Rodrigo Maia (filho de Cesar), que tinha como vice Clarissa Garotinho (filha de Anthony e de Rosinha, sua sucessora), conseguiu 5,4% dos votos, com 0,91% em Campo Grande.
O cinturão carioca também não existia. Tanto na periferia de São Paulo como na Zona Oeste do Rio concentram-se eleitores de baixa renda.

' O STF não está julgando a história, mas julgando fatos'



Trechos do voto dado, esta tarde, pelo ministro Celso de Mello no julgamento do mensalão:
* O que se rejeita é o jogo político motivado por práticas criminosas perpetradas á sombra do poder, o que não pode ser tolerado e não pode ser admitido. (...) na essencialidade dos partidos polítocos no estado de direito que eles representam e exprimem na perspectiva do contexto histórico, um dos meios fundamentais do processo de legitimação do poder estatal, quando o povo tem nessas agremiações o veículo necessário ao desempenho.
* Migrações partidárias obtidas com o estímulos de práticas criminosas representam um atentado ao estado de direito. Levando-se em consideração que a ruptura dos vínculos provocados por atos de migração ou infidelidade ao seu partido e ao povo, subverte o sentido das funções, traduz gesto de deslealdade, compromete o modelo de representação popular e frauda a vontade dos eleitores e gerando como efeito perverso a deformação da ética de governo.


* O ato de infidelidade ao cidadão eleitor quando estimulado por atos de venalidade governamental constitui grave desvio ético político e ultraje ao exercício legítimo do poder, na medida em que migração tomadas por razões criminosas não só surpreendem os partidos como culminam por gerar um desequilíbrio de forças ao parlamento, transgredindo o sistema eleitoral, tirando o poder da oposição. Eis aí mais uma das consequências do esquema de poder concebido e implementado nas mais altas instâncias e praticado pelo réus Genoíno e Dirceu.
* Tenho a afirmação de que este processo busca condenar a atividade política. Ao contrário, condenam-se tais réus porque existe prova juridicamente idônea a apta a revelar que tais acusados por sua posição de hegemonia não só dispunham do poder de determinar e de fazer cessar o itinerário criminoso de duas ações, valendo de sua força e prestígio sobre o aparelho governamental e sobre o aparto partidário da agremiação que estavam vinculados. Nem se digam que os réus Dirceu e Genoíno se limitaram a fazer atividades políticas e que o diálogo institucional que exprime um dos meios de legislação não autoriza a manipulação ilícita do aparato governamental por objetivos confessáveis de práticas delituosas que transgridem a acusação penal.
* O STF não está julgando a história, mas julgando fatos, como disse ontem a ministra Cármen Lúcia, em face das provas existentes nestes autos. Uma prova que pode não ser direta, mas não podemos esquecer que o STF tinha em mãos inúmeros precedentes que o STF reconhece o valor probante da prova circunstancial desde que os tais indícios sejam harmônicos entre se e convergentes.
* São provas que devem ser utilizadas desde que não haja elementos que os desautorizem. Tem elementos que são reveladores de práticas delituosas que esses réus cometeram e note-se que os atos praticados por estes réus em particular descaracterizaram por completo o modelo de democracia consensual, como a discussão política, o que compõe a essência da atividade política.

HUMOR A Charge do Amarildo




Indevida salvaguarda


10 de outubro de 2012 | 3h 04

Dora Kramer - O Estado de S.Paulo
Liquidada a questão na Justiça, resta a José Dirceu e José Genoino tentar equilibrar as coisas no campo político.
O instrumento é o mesmo ao qual eles vêm recorrendo há algum tempo: a confrontação de suas trajetórias de vida com os votos condenatórios no Supremo Tribunal Federal, a fim de criar uma atmosfera de cruel linchamento.
O PT inclusive prepara um desagravo público a ser realizado após o fim do julgamento do mensalão, com a finalidade de deixar consignado que político com "história" não pode ser tratado como um molambo qualquer.
Faz sentido? Depende de como se vê a cena. Se o princípio é o de que os fins justificam quaisquer meios, até faz.
O partido continuará insistindo na história dos "erros pontuais" cometidos em nome de um projeto em prol da justiça social, jurando que não houve desejo deliberado de obter vantagens pessoais indevidas.
O PT se vê de forma muito diferente daquela com que enxerga a constelação de "vendidos" que cooptou para formar maioria: nada fez de má-fé. Agiu por ideologia nas melhores das boas intenções. Injusta, portanto, punição tão pesada.
Mas há outra maneira de olhar que subtrai todo e qualquer cabimento da ideia de uma absolvição virtual dando os mesmos pesos e medidas aos bons propósitos e aos atos nefastos.
Nem com muito esforço de boa vontade é possível esperar que daí resulte algum equilíbrio.
Por um motivo muito claro e simples: as "trajetórias de lutas", sejam quais forem elas, não podem servir como salvo-conduto a más condutas escoradas na ilicitude.
Argumenta-se, para lamentar as condenações, que José Dirceu e José Genoino são homens com "história". Verdade incontestável, ninguém discute esse ponto. Neles, aliás, reside a grande incoerência.
Políticos donos de substancioso histórico têm a obrigação de se comportar melhor que os demais - os desprovidos de semelhante bagagem. Pela lógica seria inerente a seres tão especiais a sensibilidade para distinguir entre o que está dentro ou fora dos marcos da legalidade.
Não uma qualidade, mas um dever de militantes forjados na ideologia. De valdemares e companhia espera-se qualquer coisa, mas do PT o País esperava maior apreço pelo ofício.

Resposta de uma brasileira à Miruna Genoíno



Embora solidária com seu sofrimento, como uma das cidadãs a quem sua carta é dirigida, não posso me furtar a respondê-la com muita franqueza.
Estranho seria se você, que teve um pai amoroso e que vê esse pai ser um avô dedicado e apaixonado por seus netos, não o defendesse.
Mas pare e pense: você acredita mesmo que nossa Imprensa odeia o governo Lula apenas porque esse cidadão era um operário? Você realmente acha que todos os membros da Imprensa nacional são aristocratas que odeiam a plebe? Será que você não se lembra da força e da torcida da maior parte da Imprensa pela anistia e do prazer com que ela relatou a volta dos exilados?
É à Imprensa, aos seus jornalistas e repórteres, que devemos, em grande parte, a maior parte, aliás, a queda da Ditadura. Se nossos jornalistas não encampassem a luta contra os militares, nós ainda estaríamos sob seu jugo.
Ainda há alucinados que gritam Selva! Mas veja você que a grande Imprensa não lhes dá guarida.
Seu pai cometeu um grave erro: seguir cegamente uma ideologia e acreditar que o PT seria o partido certo para implantar essa ideologia. E não perceber que estava seguindo dois homens que tinham um interesse apenas: o poder pessoal. A qualquer preço.
Você já se perguntou para que eles queriam esse poder? Convive com eles? São homens probos tal qual seu pai? Vivem vida simples e regrada como seu pai e sua família? Eles se dispuseram a inocentar seu pai, confessando, em juízo, que ele foi vítima de um esquema tenebroso?
Não lhe passa pela cabeça que seu pai foi muito ingênuo?
Sinto muito pelo seu sofrimento. Mas penso que sua carta deveria ser destinada ao Lula e ao José Dirceu.
Atenciosamente,
Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa