quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Demografia (X): a quarta idade - FABIO GIAMBIAGI


VALOR ECONÔMICO - 11/12

Retomo hoje os temas da demografia. Os leitores que acompanham esta série de artigos que tenho escrito ao longo de 2013 sobre temas demográficos sabem que neste espaço tratei da natureza difusa do envelhecimento; da pirâmide etária do país; das revisões da projeção populacional feitas pelo IBGE; do Censo de 2010; da questão de gênero; das características diferenciadas por faixas etárias específicas; da relação com a produtividade; da trajetória da População Economicamente Ativa (PEA); e do encolhimento do número absoluto de crianças, adolescentes e jovens. O tema que gostaria de tratar com os leitores hoje é o que poderíamos denominar de quarta idade ou, seja, o grupo composto pelos super-idosos de 80 anos ou mais de idade, para diferenciar da faixa de pessoas tradicionalmente definidas como idosas , de 60 anos ou mais (definição que talvez esteja na hora de mudar, à luz da maior longevidade da população). Os números que acompanham este artigo praticamente falam por si.

Uma das características da ação do tempo é que ele muda não apenas o próprio corpo, mas também o modo como cada um avalia o mundo. Quando éramos crianças, pessoas de 40 ou 80 anos de idade pertenciam à mesma categoria: algo até certo ponto inconcebível para um indivíduo com poucos anos de idade, a quem é difícil entender que aquelas pessoas são a gente amanhã . Com o passar dos anos e o lento ingressar do corpo e da mente nesses mares nunca dantes por eles navegados, a percepção vai se modificando.

O país deveria pensar nessa perspectiva. Quando se transita pelas ruas de Montevidéu, dá para entender por que o Uruguai tem um gasto com Previdência Social muito elevado: há muitos idosos naquela cidade - e, particularmente, muitos idosos de fato muito idosos, com mais de 85 ou 90 anos, cena ainda relativamente rara nas cidades brasileiras. O Brasil já tem uma despesa previdenciária elevada, e (ainda) somos um país jovem (embora cada vez menos). A uruguaização da nossa população, porém, é inexorável. É apenas uma questão de tempo: um dia chegaremos lá.

Tenho, nos últimos 20 anos (meu primeiro artigo sobre questões previdenciárias é de final de 1992) procurado alertar, mediante livros, artigos técnicos ou jornalísticos, acerca das questões que venho abordando neste espaço ao longo dos últimos meses. Se em 2010 tínhamos menos de 3 milhões de pessoas com 80 anos ou mais, e em 2060 teremos mais de 19 milhões de pessoas nessa faixa etária, creio que será inexorável se aposentar mais tarde.

Essa é uma questão à qual o brasileiro comum tem dificuldades de se adaptar. Sei disso por experiência própria, pela quantidade de vezes - confesso que já perdi a conta - em que fui, literalmente, xingado pelos meus artigos. O cidadão comum tende a fazer o seguinte raciocínio: se trabalhei os 35 anos que a Lei exige, tenho direito a aposentadoria integral . O problema é que é muito diferente trabalhar 35 anos e viver mais 20 e trabalhar o mesmo tempo e viver mais 30 anos. O primeiro caso é uma situação administrável para o país, mas o segundo pode deixar de sê-lo. Tenho repetido como um mantra há duas décadas uma noção que me parece chave para entender estas questões: os problemas previdenciários não podem jamais ser encarados como uma simples questão matemática, mas eles são também uma questão matemática!

Os números expostos levantam outra questão, associada ao mercado de trabalho. Muitos anos atrás, num evento cheio de jovens, o palestrante, perguntado sobre que profissões iriam se expandir mais no futuro, saiu-se com esta: Vocês acham que vou falar de informática, nanotecnologia ou engenharia de petróleo, mas sinto decepcioná-los: a profissão que mais vai crescer no mundo nos próximos 40 anos vai ser a de enfermeiro de idosos . Na época, com meus escassos 30 anos, não atentei para a dimensão do tema, mas hoje, tendo acompanhado dramas de família, comuns a quem tem 50, e viu in loco os problemas associados a quem chega aos 90 anos em condições precárias de saúde, consigo perceber quão perspicaz era a frase.

Nos meus debates sobre previdência, mais de uma vez algum participante notou que a geriatria era um ramo moderno da medicina, pelo fato de que no passado as pessoas morriam cedo. O fato é que teremos, cada vez mais, que lidar com problemas de saúde pública ligados a questões típicas da quarta idade , como quedas ou longas internações. Que, com tantas pressões orçamentárias pela frente, continuemos permitindo a aposentadoria de pessoas aos 52 ou 53 anos, fala bem da irresponsabilidade coletiva em que o Brasil está incorrendo. Espero que um dia o país acorde para a importância do tema.

Eric Clapton with The Allman Brothers Band "Why Has Love Got To Be So Sad"

Uma casa toda feita com as próprias mãos


Casal constrói seu lar em apenas sete meses

10/12/2013 | POR REDAÇÃO; FOTOS REPRODUÇÃO

  (Foto: reprodução)
Os norte-americanos Malissa e Chris Tack deram um novo sentido à expressão Do It Yourself - ou "Faça Você Mesmo", de uma forma bastante inusitada. Eles colocaram a mão na massa e construíram não somente a própria casa, feita de madeira ecologicamente correta, mas também A ideia surgiu depois que um conhecido de Chris mostrou para ele um novo movimento que hoje ganha forma nos Estados Unidos, o de pessoas que abandonam seus lares supertecnológicos para morar em imóveis minúsculos, e, pasmem, todos feitos à mão. Ambos ocupam cargos hi-tech - ele trabalha na Apple e ela faz animação em 3D - mas decidiram deixar a tecnologia da porta de casa para fora, ao menos no que diz respeito aos móveis.

O imóvel de 140 m² localizado na cidade de Snohomish, em Washington, nos Estados Unidos, levou sete meses e um total de 800 horas de trabalho para ficar pronto. Logo quando se entra na casa - que custou 20 mil dólares para ser construída - encontra-se uma sala de estar de tamanho bastante razoável. No andar de cima, em um mezanino, o casal dorme em uma cama queen size, que ocupa todo o espaço.

O lugar ainda acomoda um banheiro e uma cozinha de tamanhos suficientes para as atividades cotidianas dos dois. O chuveiro foi construído a partir de um velho barril de madeira reciclada. Quatro painéis solares fornecem a energia necessária para a casa funcionar e tudo o que é feito na cozinha utiliza gás propano. O isolamento de lã natural e de tapume, feito de cedro, garante a temperatura ideal - mesmo no inverno. Já a luz natural é conseguida com as onze janelas da casa.

E aí, você seria capaz de fazer o mesmo?
  (Foto: reprodução)

  (Foto: reprodução)

  (Foto: reprodução)

  (Foto: reprodução)

  (Foto: reprodução)

  (Foto: reprodução)

Ladrilho hidráulico valoriza décor branco

Morada em Barcelona mistura estilos e materiais


  (Foto: reprodução)
Revestimentos ultrabrancos são um elemento tradicional da decoração escandinava. Nos países da região, seu uso se justifica por conta da claridade que oferecem, ampliando o escasso, porém, fundamental, recurso da luz natural.
Mas não é de se estranhar que este apartamento na ensolarada Barcelona também faça uso do branco total. Quase sempre infalível, o abuso da cor se apresenta aqui aplicado com primazia em paredes, portas e móveis.
A identidade da Catalunha, porém, é marcante, sobretudo pelo contraste gerado pela geometria dos pisos de ladrilho hidráulico e de pastilhas de vidro, materiais que, aliás, são comuns nos imóveis barcelonenses. A claridade da pintura parece valorizar os recortes das portas centenárias e os detalhes de gesso dos tetos e paredes.
Funcional, o mobiliário aposta em materiais como metal e vidro, mas também traz tons brancos em texturas lisas, valorizando a suavidade e o frescor do conjunto. A quebra fica por conta de peças-chave de design, como a luminária de piso Arco, de Achille e Pier Giacomo Castiglioni.
  (Foto: reprodução)


  (Foto: reprodução)


  (Foto: reprodução)


  (Foto: reprodução)


  (Foto: reprodução)


  (Foto: reprodução)


  (Foto: reprodução)


  (Foto: reprodução)


  (Foto: reprodução)

ANÁLISE MEIO TERRORISTA, por Anhangüera


Rodrigo+ÉpocaAnálises de um liberal sem medo da polêmica
Preparem-se: vem aumento de imposto em 2015 se o PT ganhar.
Uma rápida história: o Brasil ganhou na loteria, que se chama China, e ainda recebeu os fortes ventos a favor com o custo de capital negativo em termos reais nos países desenvolvidos.
O governo do PT gastou por conta, endividou-se, fez os bancos públicos emprestarem como se não houvesse amanhã. Sempre usando a desculpa esfarrapada de medida anticíclica, que só tinha uma direção.
O dia do acerto de contas chegou. A economia foi caminhando para a estagflação, sem crescimento e com elevada inflação. Qualquer governo responsável cortaria gastos públicos e tentaria aprovar reformas estruturais. Não o PT. De olho somente nas eleições, o governo sentou o pau na máquina, tentando estimular a demanda. Sacrificou, com isso, o último pilar da herança positiva da era FHC: a responsabilidade fiscal.
Chegamos ao presente. Diante do quadro preocupante, há basicamente duas coisas que o governo pode fazer: finalmente reduzir gastos públicos e vender ativos; ou aumentar os impostos. A terceira alternativa, a de realizar as reformas estruturais, previdenciária, trabalhista e tributária, podem esquecer, pois é sonho de uma noite de verão.
Pergunto: alguém realmente acredita que o PT vai cortar gastos públicos? O discurso de fechar a torneira não se sustenta nem por uma semana! Logo depois o governo já está apelando para novos malabarismos contábeis, injetando mais capital no BNDES, negando a realidade e ridicularizando os “pessimistas” (realistas).
Sobra, portanto, um único caminho, que é aumentar impostos. A prefeitura de São Paulo já foi um balão de ensaio, com o prefeito Fernando Haddad aumentando o IPTU.
O próximo passo deverá ser o aumento da alíquota de Imposto de Renda, podendo chegar a 35% para a categoria de maior renda.
O discurso do PT será o velho da esquerda: os ricos terão de pagar um pouco mais para ajudar o país. Falso, claro. Em primeiro lugar, não são os “ricos”, pois no Brasil classe média é vista como “rica” e favelados como “classe média”.
Em segundo lugar, os impostos maiores, supostamente sobre os mais ricos, sempre acabam recaindo sobre a classe média, já escalpelada pela fome insaciável do governo, que nada entrega em troca. A classe média precisa trabalhar para bancar as esmolas estatais para pobres (Bolsa Família) e ricos (BNDES). É espremida entre ambas pela mão visível do governo, e ainda tem que conviver com o ódio da “intelectual” Marilena Chauí, ícone da esquerda.
Outras possibilidades que o PT, sem dúvida, deve estar estudando são aumentar o imposto sobre herança (efeito concreto nulo ou negativo, mas simbólico para a esquerda invejosa) ou criar imposto sobre dividendos (dupla taxação, que afetaria todos aqueles que recebem na Pessoa Jurídica por lucro presumido).
Podem estar certos de uma coisa: votar no PT em 2014 é escolher aumento de impostos para 2015. Impostos estes que já chegam a quase 40% de tudo que é produzido pelo setor privado. É isso que queremos para o Brasil? Ou será que está na hora de escolher um caminho com menos gastos públicos e mais liberdade para os indivíduos? Você decide.
ComentoO redator somente esqueceu que o apoio maior aos petralhas vem dos bolsistas e dos desavisados, a maioria dos votantes neste torrão pindorâmico. Eles não decidem porra nenhuma. Puro rebanho que vai seguir votando nessa canalha…

FRASE LAPIDAR, por Anhangüera


Quanta verdade na boca de um humorista…
-1