segunda-feira, 1 de outubro de 2012

- Charge do Angeli, via Folha.


O cabeça! 



Saidinha de Toffoli pegou mal


Julgamento do Mensalão


16:41:57

Sem pressa

A saída de Dias Toffoli no meio de seu voto na quinta-feira passada alegando que não poderia se atrasar para o TSE pegou mal entre os ministros do STF. ...

Ninguém tirou a importância da Corte Eleitoral, mas o Supremo é um Tribunal que está acima do TSE. Além disso, Toffoli poderia ter pedido para que Cármen Lúcia colocasse os processos de sua relatoria no meio ou final da sessão.

A saidinha de Toffoli deixou a impressão de que ele melou, de forma proposital, a tentativa da maioria dos ministros de encerrar a fatia da corrupção passiva na semana passada.

Por: Lauro Jardim
Fonte: Veja.com - Radar on-line - 01/10/2012

Paulo Autran recita Poema em Linha Reta


HORA DO RECREIO


Fernando Pessoa

Celso Arnaldo: O prefeito de João Pessoa combina má-fé, mau caráter, gatunagem, analfabetismo funcional e burrice


Transcrito do Blog de Augusto Nunes - Revista Veja

Uma nota com o título Criminoso confesso divulgou, neste domingo, a frase que determinou a internação no Sanatório Geraldo paciente Luciano Agra e o parecer da equipe médica. Confira:
“Meu filho, entregue o cargo antes que descubram o restante. Fique em silêncio que saberemos como lhe recompensar”. (Luciano Agra, prefeito de João Pessoa (sem partido), na mensagem ao secretário Alexandre Urquiza que queria mandar por email e acabou escancarada no Twitter, convidando o Brasil decente a perguntar aos berros o que ainda esperam os homens da lei para enquadrar os dois bandidos.
Sempre vigilante, o jornalista Celso Arnaldo Araújo achou que o caso merecia um exame menos superficial. E resolveu presentear os leitores da coluna com o texto abaixo reproduzido. AN
É evidente que o Agra apagou esse tweet-confissão. Mas, para se justificar junto aos que receberam indevidamente o original ou o lerão aqui, ele deixou no lugar, com a mesma data do dia 26 de setembro, uma daquelas tentativas digitais de limpeza de cenário de crime que fedem mais do que o de cujus putrefato. É, aliás, a última entrada em seu Twitter, ‏@lucianoagra:
“Comunico aos meus seguidores que invadiram minha conta. Não considerem tudo que foi veiculado indevidamente no meu nome no dia de hoje”.
O “dia de hoje”, repita-se, é 26 de setembro.
Vejamos: neste tweet reparador, ele avisa a seus seguidores que, por causa de uma suposta invasão de sua conta, nem tudo que foi twittado por ele naquele dia deve ser “considerado”. Nem tudo não é tudo. Portanto, entre os tweets do dia 26 há os que podem ser considerados autênticos. Como ele não inclui especificamente, no rol das mensagens hackeadas, a que foi dirigida ao secretário Alexandre Urquiza, sugerindo sua demissão voluntária, seu silêncio e uma compensação, não houve propriamente uma retratação dessa autêntica e autenticada confissão pública de formação de desvio de dinheiro público, peculato, formação de quadrilha e outros crimes correlatos. Mesmo porque, eventuais hackeamentos podem ser facilmente periciados.
Detalhe: Urquiza era o Secretário da… Transparência Pública de João Pessoa. Curiosamente, ao ler o e-mail que virou tweet, ele não achou por um instante que seria falso, escrito por outro internauta que não fosse o prefeito. Renunciou no dia seguinte, deixando uma carta cheia de mal traçadas entrelinhas (aqui, na íntegra), na qual, para tentar livrar a cara do parceiro prefeito de múltiplas acusações, fala em “forças poderosas a serviço do Palácio da Redenção”, sede do governo da Paraíba. Ou seja: Alexandre está seguindo, disciplinadamente, a ordem dada pelo e-mail que foi parar no Twitter de Agra. Justiça seja feita: está cumprindo sua parte na “detransparência pública” que a sujeirada exige.
Pela metodologia de Luciano Agra, que combina má-fé, mau caráter, gatunagem, analfabetismo funcional e burrice, intuí que o prefeito de João Pessoa é chegado do Lula. Não conhecia sua ficha, fui checar e bingo: ele se filiou ao PT em agosto último, em ato comandado por… Lula. Era do PSB, ganhou a prefeitura da capital quando Ricardo Coutinho (PT) saiu em 2010 para concorrer ao governo da Paraíba ─ mas Agra foi derrotado nas prévias de seu partido e perdeu a chance de tentar reeleger-se este ano. Nestas eleições, apoia em João Pessoa seu xará, Luciano Cartaxo ─ do PT, claro. Virou inimigo do governador Coutinho.
Portanto, Augusto, está explicado o DNA desse tweet escandaloso, que dispensaria até o tradicional “rigoroso inquérito” para enviar Luciano Agra, sem delonga, à Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, mais conhecida como Presídio do Roger, em João Pessoa.
PS: não me pergunte, Augusto, quem foi Flósculo da Nóbrega ou mesmo o Roger, que por certo não é o Abdelmassih. É muita informação para uma pessoa só ─ João Pessoa.
Abraço
Celso Arnaldo

OBRA-PRIMA DO DIA - PINTURA Os Nabis - Casa sobre o Sena perto de Vernon, de Pierre Bonnard



Os Nabis, palavra que significa “profetas”, foram um grupo de artistas franceses pós-impressionistas com grande influência nas Artes Gráficas e nas Belas Artes, na França dos anos 1890. Ficaram amigos em 1880, quando se conheceram na Académie Julian.
Muito jovens, rebeldes, dispostos a subverter o mundo das artes, e com um interesse comum no tipo de literatura e artes plásticas que achavam mais dignas de seu tempo, eles se uniram em torno de Paul Serusier, que foi uma espécie de guru do grupo. Serusier não se cansava de citar Paul Gauguin como exemplo a ser seguido, o homem que largou tudo em busca de seu sonho.
O nome Nabis lhes foi dado pelo poeta Henri Cazalis que fez um paralelo entre a vontade desses artistas em revitalizar a pintura e os antigos profetas que rejuvenesceram Israel. Possivelmente esse apelido tenha surgido também pelo fato da maioria usar longas barbas, por muitos deles serem judeus, e pelo modo fervoroso como encaravam seu oficio.
Eles abriram caminho para o surgimento, no começo do século XX, da arte abstrata e não-figurativa. Seu objetivo principal era integrar a arte com a vida diária, um objetivo que tinham em comum com a maioria dos mais avançados artistas de seu tempo. Queriam mostrar a natureza não como ela é, mas através de símbolos e metáforas estéticas.
O grupo, como grupo coeso, não durou muito. Em 1896, antes de seu nome ficar conhecido do grande público, a união já se esgarçara.
Nesta semana falaremos dos que tiveram um papel mais importante dentro dos Nabis e que depois seguiram carreiras de sucesso, independentes. São Pierre Bonnard, Maurice Denis, Felix Vallotton, Édouard Vuillard e Aristide Maillol.


Hoje apresentamos Pierre Bonnard, nascido em 3 de Outubro de 1867 e falecido em 23 de Janeiro de 1947. Por ter assistido um dia, na Escola de Belas Artes, uma exposição de arte japonesa e ter ficado muito impressionado com as obras alí apresentadas, passou a ser chamado pelos companheiros de “o nabi japonês”.
A primeira apresentação de sua obra aconteceu em 1893. Foi ilustrador da revista La Revue Blanche. Em 1924, realizou sua primeira grande retrospectiva. Em 1925, casou-se com Marie Boursin, conhecida por Marthe, que viria a lhe servir de modelo em algumas obras.
Bonnard foi sem dúvida um dos pintores mais interessantes do grupo dos Nabis. Suas telas têm nas cores claras e luminosas a capacidade de transmitir emoção. Os objetos parecem se formar pela solidificação do ar. Ele pesquisou longamente a variação das cores sob a luz, obtendo efeitos de muita beleza.
Óleo sobre tela, 34.9 x 48.3 cm.

Acervo Metropolitan Museum of Art, Nova York

CRÔNICA Cartas de Londres: Criança em avião: sim ou não?



Confesso que não me lembro se a regra vale para toda a Europa, mas pelo menos aqui na Inglaterra, viajar de trem pode ser bem mais agradável do que pegar um avião.
Tudo por causa dos populares, e cada vez mais procurados, “quiet coaches”, vagões separados para aqueles passageiros que querem viajar sossegados, sem ouvir a conversa dos outros; sem toque de celular... ou música “vazando” dos fones de ouvido do vizinho.
Aqueles que têm filho pequeno, e pelo menos um pouco de bom senso, não devem escolher um “quiet coach” para acomodar-se, mas é preciso deixar claro que a presença de crianças por lá não é oficialmente proibida.
Diante do sucesso da iniciativa dos gestores da malha ferroviária, as companhias aéreas querem agora fazer o mesmo, e separar um lugar especial (e até mesmo um avião inteiro) para quem quiser assegurar uma viagem tranquila.
Só que, dessa vez, a presença de crianças será expressamente proibida.
A briga é grande, porque a gente sabe que mexer com o filho dos outros é sempre um problema. Grupos de pais já começam a articular-se para barrar a ideia, mas já se sabe que a maioria dos ingleses apoia a iniciativa.
A pesquisa, feita pela Jetcost.co.uk, mostrou que cerca de 53% dos adultos britânicos são a favor dos voos sem passageiros mirins.
Sem dúvida nenhuma, é um passo ainda mais ousado do que aquele dado pela Malaysian Airlines, que já proíbe a presença de crianças no andar superior do seu A380.
Um ato de coragem, esse da Malasyan Airlines, porque depois da medida foi um tal de defende/acusa... Uma crucifixão daqueles que detestam crianças, uma exaltação dos pais que viajam com as crias.
Isso sem falar das piadinhas que inundaram o site da companhia. “Deviam banir igualmente aqueles que falam demais”; “Também não quero viajar ao lado de quem dorme! Assim não posso ir ao banheiro!”
Meu filho está com 1 ano e 8 meses, e acabamos de fazer uma viagem longa, de mais de 9 horas. Foi um dos momentos mais angustiantes da minha vida; juro que, se pudesse, desceria do avião na primeira crise de choro do pestinha…
Parece que as companhias vão cobrar bem caro pela comodidade de quem quiser viajar longe de mim e do Fabrício.
Agora, é rezar para que não comecem a cobrar dos pais taxa extra por choro, porque aí seria outro crash no mundo… Vocês não acham?

em tempo: esse não é o Fabrício...

Mariana Caminha é formada em Letras pela UnB e em jornalismo pelo UniCEUB. Fez mestrado em Televisão na Nottingham Trent University, Inglaterra. Casada, mora em Londres, de onde passa a escrever para o Blog do Noblat sempre às segundas-feiras. Publicou, em 2007, o livro Mari na Inglaterra - Como estudar na ilha...e se divertir

A influência do mensalão por Carlos Chagas



Agride o bom-senso dizer que o mensalão não influi nas eleições. Simples raciocínio para agradar o PT, é claro. No entanto, perguntem ao Lula. De uma semana para cá ele vem repetindo que seu governo foi o que mais instrumentos criou para combater a corrupção. Que todas as denúncias foram apuradas e que até importantes auxiliares seus responderam e respondem na Justiça. Por que estaria o primeiro-companheiro tão preocupado assim?
Parece coisa de jumento imaginar qualquer eleição desligada do que se passa ao redor do eleitor. Até a chuva interfere na votação. Passaria despercebido um escândalo que há meses freqüenta a primeira página dos jornais e alimenta boa parte do noticiário na televisão e no rádio, além das redes sociais e das conversas de botequim? É claro que se procurarem bem encontrarão um solitário cidadão desinformado sobre o mundo à sua volta, imaginando que mensalão é um mês com mais de 31 dias. Torná-lo regra, porém, em vez de exceção, envolve ignorância ou má-fé.
A pálida performance dos candidatos do Partido dos Trabalhadores a prefeito de capital demonstra a influência do escândalo verificado no começo do governo Lula, agora objeto maior do noticiário e da indignação nacional. Como sempre, certos institutos de pesquisa tentam contrariar a natureza das coisas na reta final, divulgando números ilusórios e atendendo a clientes que pagam bem. Antes da eleição, por certo.
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O SEGUNDO TEMPO
Mesmo não tendo terminado, o ano político ficará por conta do resultado das eleições, do término do julgamento do mensalão e da consolidação das candidaturas de Henrique Eduardo Alves e de Renan Calheiros para as presidências da Câmara e do Senado.
As atenções voltam-se para o segundo biênio do governo Dilma Rousseff. Terá a outra metade as mesmas características da primeira? Há quem se dedique à prospecção, calculando bondades e maldades futuras. A reeleição da presidente é um alvo escancarado, mas não significa que tudo se desenvolverá em função dele. Existem metas intermediárias, como desatar o nó que impede a retomada do crescimento econômico, assim como a importância de superar as dificuldades nos setores de educação, saúde e segurança pública.
Dar uma nova forma à substância permanente que caracteriza a administração federal envolverá uma responsabilidade compartilhada com o Congresso e os governos estaduais. Sem esquecer os partidos políticos. Pode estar entrando em campo o ecumenismo, melhor dizendo, a colegiabilidade, sem detrimento do mesmo conteúdo expresso nos primeiros dois anos.

Livre pensar é só pensar (Millôr Fernandes)



Mercado aposta em apartamentos compactos mas com área de lazer equipada

Para se ter uma ideia da diferença de tamanho, no mercado há apartamentos de três quartos com mais de 120 metros quadrados de área interna

O casal de corretores de imóveis Adiel Serra Lisboa e Roberta Lisboa viu a família crescer e, com isso,  sentiu a necessidade de ter um novo lar. Mas, apesar da chegada de mais um filho, eles optaram por comprar um imóvel novo compacto no bairro de Itapuã em Salvador.

O imóvel de três quartos no empreendimento Itapuã Parque, que compõe a linha econômica da incorporadora Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário, tem área de 65 metros quadrados. Para se ter uma ideia da diferença de tamanho, no mercado há apartamentos de três quartos  com mais de 120 metros quadrados de área interna. O casal tem um bebê e um filho de 4 anos.

Roberta diz que a opção pelo imóvel que possui menos espaço interno é compensada pela localização do imóvel e principalmente pela infraestrutura agregada ao residencial.

“O lazer para as crianças será menor dentro de casa. Sabemos que teremos menos brinquedos e menos espaço paras as crianças brincarem dentro de casa. Mas a diferença é que há uma área grande no condomínio, com lazer integrado, onde os meus filhos poderão brincar à vontade”, destaca Roberta.

O empreendimento onde o casal comprou o apartamento tem como áreas comuns para os moradores salão de jogos, salão de festas, quadra esportiva, piscina, churrasqueira e brinquedoteca.

A realidade de moradia do casal Adiel e Roberta é uma realidade crescente no mercado imobiliário, segundo explica Luciano Muricy, vice-presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA).

“Nos últimos 20 anos, os imóveis foram ficando mais compactos. É uma equação necessária para suprir a demanda. Essa quantidade de unidades compactas responde por até 50% de tudo que é construído no estado atualmente”, informa Muricy.

O vice-presidente da Ademi explica que, tirando a segmentação de luxo e alto luxo, a maior demanda no mercado é para os imóveis compactos. “Na verdade, tem um público para esse tipo de imóvel e também é uma tendência hoje por razões de sustentabilidade. É importante aproveitar o terreno ao máximo”, pontua. 

Planejamento

Nos imóveis compactos, a organização dos espaços internos deve ser rigorosamente planejada para evitar a perda de espaço. Como os compradores tendem a ter dificuldade de visualizar como se organizar com o espaço menor, as construtoras têm apostado em apartamentos decorados nos seus pontos de venda para dar ideias aos compradores. Os decorados são utilizados como ferramentas para permitir que o cliente visualize alternativas para tornar os espaços mais aconchegantes e funcionais para a família.

Roberta e Adiel já planejam ambientar a decoração do imóvel semelhante ao decorado da empresa. “Já vimos como é que funciona. Como não temos orçamento para contratar um decorador ou arquiteto, vamos usar as ideias do apartamento decorado da empresa para fazer o nosso bem parecido”, revela.

No imóvel decorado, a localização de portas e janelas, por exemplo, permite a inserção de até duas camas em um quarto, dando conforto para que até seis pessoas morem num apartamento compacto.

Organização

Mesmo sendo pequenos, os imóveis novos são bem divididos e pensam sempre no conforto. Claudio Cunha, sócio-diretor da imobiliária Brasil Brokers Brito & Amoedo, explica que os imóveis do segmento econômico possuem um maior planejamento no desenvolvimento do projeto arquitetônico.

“Ser compacto não significa que não seja um projeto inteligente. É sempre um trabalho  desafiador para o arquiteto, que tem condições de usar sua criatividade para elaborar projetos compactos, a fim de  otimizar espaços e atender às necessidades dos clientes”, destaca.

Empreendimentos têm preço final reduzido em até 15%
Cada vez mais, a oferta de terrenos disponíveis no país para construções fica difícil. Por isso, o vice-presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA), Luciano Muricy, argumenta que as empresas têm buscado investir mais nos serviços agregados quando se fala de imóveis do segmento econômico. “As construtoras têm que oferecer áreas comuns agregadas aos empreendimentos que possuem uma área interna reduzida”, destaca Muricy.

Fabiano Lebran, sócio-diretor da Consil, empresa que tem apostado no segmento econômico,  destaca também que os imóveis compactos são bastante atrativos por conta do valor final.

“Como não há desperdício de espaço, o preço final cai. Na hora de comprar um imóvel de dois quartos, por exemplo, tudo o que um apartamento de 60 metros quadrados tem a oferecer pode ser encontrado em outro de 50 metros quadrados, mas com um valor final mais em conta. Essa redução no preço do apartamento pode girar em torno de 15%, a depender do projeto”, calcula.

Apesar das novas unidades terem um tamanho menor, as empresas do setor têm investido no conforto para o morador. “Com certeza, podemos encontrar, atualmente, conforto em imóveis compactos. Hoje,  cada vez mais, os empreendimentos têm plantas inteligentes, são bem divididos e projetados para atender às necessidades básicas de uma família. A pessoa ganha no investimento, no valor final e ganha em conforto. Por exemplo, na Consil, temos apartamentos de dois quartos com suíte, que é um diferencial em conforto, com plantas a partir de 45 metros quadrados”, informa.

Claudio Cunha, sócio-diretor da Brasil Brokers Brito & Amoedo, pontua que a compra de imóveis compactos tem sido ainda uma alternativa para muitos investidores. Ele argumenta, entretanto, que além do espaço interno é fundamental que o comprador observe a localização do empreendimento.

“O compacto pode ser um apart-hotel, em que há um ótimo retorno, ou um quarto e sala. Nesse segundo caso, é necessária uma boa localização, excelente padrão de acabamento e uma boa administração do condomínio para garantir a qualidade da moradia. Os hotéis são sempre um bom investimento, principalmente quando há uma bandeira hoteleira para fazer o gerenciamento da ocupação. Esses imóveis são boa fonte para aluguel, estadas mais curtas ou para pessoas solteiras que podem adquirir um imóvel com preço final competitivo e atraente”, aconselha.

Por: Jorge Gauthier

Fonte: Correio 24 Horas 

Filosofias diferentes de se jogar futebol

Tostão
Real Madrid e Barcelona são os dois melhores times do mundo e os grandes representantes das duas filosofias de se jogar futebol. A do Real é a mesma de quase todas as grandes equipes da Europa e, agora, de vários times brasileiros. Começou com o Corinthians, na Libertadores. A equipe marca mais atrás, geralmente com oito jogadores, e contra-ataca com velocidade.
Cada equipe possui suas particularidades. Em algumas ocasiões, esses times também marcam por pressão, como faz o Corinthians, quando joga no Pacaembu.
A filosofia do Barcelona é a mesma dos times treinados por Bielsa, por Sampaoli e por raríssimos outros técnicos. São equipes que marcam por pressão, dominam o jogo e colocam muitos jogadores no campo do adversário. Há também diferenças. O Barcelona troca mais passes curtos e fica mais com a bola. Os outros jogam um futebol mais veloz.
Todos esses times, quando perdem a bola no campo do adversário, deixam muitos espaços na defesa. A Universidad de Chile foi, coletivamente, melhor, mas o Santos, nos contra-ataques e graças a Neymar, ganhou. Nos jogos do Santos, existem duas partidas, a do time e a de Neymar. Uma independe da outra. Na seleção, quando enfrentar fortes adversários, Neymar só vai brilhar se houver um bom conjunto.
As duas filosofias podem ser eficientes. Muito mais importante que o estilo é a qualidade dos jogadores. A Universidad de Chile piorou muito em relação ao ano passado, com a saída de vários titulares. O técnico é o mesmo.
Não é correto dizer que o estilo do Barcelona é o mesmo das grandes equipes brasileiras do passado. A seleção de 1970, com a marcação mais recuada, parecia mais com o Real do que com o Barcelona. Além de marcar por pressão, o que não existia na época, o Barcelona é uma equipe com mais troca de passes curtos, mais posse de bola, mais previsível e com um estilo mais coletivo.
Se, no passado, o futebol coletivo não era a principal qualidade dos times brasileiros, isso é hoje marcante, com a grande diferença de que há menos craques para decidir. Pioramos na parte individual e no conjunto. É impressionante como os times brasileiros perdem a bola. Escrevo isso há mais de dez anos. Cansei.
Minhas críticas são muito mais ao estilo dos times brasileiros. A seleção, por ter jogadores superiores e por orientação do técnico, tenta, sem ainda conseguir, praticar um jogo mais coletivo e mais agradável. Tenho esperanças.
Seria muito bom se os times brasileiros trouxessem técnicos de fora, diferentes, como Guardiola, Bielsa, Sampaoli. Isso não significa que eles sejam excepcionais e que os do Brasil sejam uma porcaria. Mas é preciso diversificar. A mesmice passou dos limites.

LAUDÊMIO - Definição e Prática


1. DEFINIÇÃO

Laudêmio é uma taxa a ser paga à União quando de uma transação com escritura definitiva de compra e venda, em terrenos de marinha. As taxas de ocupação ou foro são pagas anualmente, divididas em cotas.

Os possuidores de imóveis localizados em áreas de marinha dividem-se em dois tipos: OCUPANTES (tem apenas o direito de ocupação e são a maioria) e os FOREIROS (os que têm contratos de foro e possuem mais direitos que o ocupante, pois têm também o domínio útil) - estão incluídos nessas categorias os moradores da Baixada Santista e demais cidades brasileiras.

Conforme Decreto-Lei nº 9.760/1946, são terrenos de marinha em uma profundidade de 33 metros, medidos horizontalmente para a parte da terra, da posição da linha da preamar-média de 1.831: a) Os situados no continente, na costa marítima e nas margens dos rios e lagoas, até onde se faça sentir a influência das marés; b) Os que contornam as ilhas, situados em zonas onde se faça sentir a influência das marés.

Na Baixada Santista há cerca de 40 mil imóveis que estão sujeitos ao pagamento do laudêmio. A taxa de laudêmio corresponde a 5% do valor atualizado (valor venal ou de mercado) do domínio pleno do terreno e das benfeitorias nele construídas. A taxa de ocupação é de 2% e a taxa de foro é de 0,6% sobre essa mesma base. A maior parte, cerca de 90%, dos imóveis são onerados com a taxa de ocupação.

A Secretaria do Patrimônio da União, órgão que trata dessa área, está vinculada, atualmente, ao Ministério doPlanejamento, Orçamento e Gestão. Seu site é www.spu.planejamento.gov.br

2. NA PRÁTICA

O comprador, ao adquirir um imóvel situado em terreno de marinha, além das precauções normais que deve tomar quando adquire um imóvel, deverá, também, verificar se o vendedor já está inscrito e, conseqüentemente, já tem o RIP (Registro Imobiliário Patrimonial) na Secretaria do Patrimônio da União. Caso já tenha o RIP, verificar se as taxas de ocupação/foro estão em dia nos seus pagamentos. Caso o vendedor ainda não esteja inscrito, apesar de possuir escritura ou outro título representativo, o comprador deverá negociar em caso de uma possível diferença de Laudêmio atrasada, a ser cobrada pela União.

No andamento das tratativas, deverá o vendedor já providenciar a Ficha de Cálculo do Laudêmio (FCL), emitir a DARF respectiva, efetuando já seu pagamento que constará do Instrumento Particular/Escritura. Decorrido o prazo de 15 a 20 dias após o pagamento do DARF deverá ser solicitado a Certidão Autorizativa de Transferência (CAT). De posse da CAT poderá o comprador efetuar a escritura do imóvel com o recolhimento dos encargos respectivos (ITBI, Cartório de Notas e Registro do Imóvel). Passo seguinte, num prazo de 60 dias, o comprador deverá dar entrada de toda documentação na Gerência Regional da Secretaria do Patrimonio da União, da localidade do imóvel, a fim de obter a Averbação de Transferência a fim de constar na SPU os dados do novo responsável pelo imóvel. Caso o comprador não respeite este prazo, incorrerá em multa de 0,05% (cinco centésimos por cento) por mes, sobre o valor da negociação atualizado.

Apesar das pessoas confundirem, em muito, os termos Laudêmio, taxa de ocupação, taxa de foro, conforme já esclarecemos o Laudêmio só interfere nas transações de compra e venda. Quanto às taxas de ocupação ou foro são pagas anualmente, divididas em cotas.

Numa transação imobiliária, principalmente quando se tratar de propriedade situada em terreno de marinha, é sempre aconselhável, tanto para o vendedor como para o adquirente, assessorar-se de um advogado ou corretor especializado, pelas características que envolvem a documentação pertinente.

Alertamos que os Cartórios de Notas e Registro de Imóveis, sob pena de responsabilidade dos seus respectivos titulares, não lavrarão e nem registrarão escrituras relativas a bens imóveis de propriedade da União, ou que contenham, ainda que parcialmente, área de seu domínio, sem a certidão da Secretaria do Patrimônio da União que declare ter o interessado recolhido o laudêmio devido e as demais obrigações junto a esse órgão.

obs: artigo já considerado pelo CRECI-SP. Condensado por Anibal Desoz - Creci- 54-316-SP.

Ver mais sobre o assunto no site: www.anibalimoveis.cim.br 

Uma pedra atirada por David Nasser


O jornalista, escritor e letrista, nascido em Jaú (SP), David Nasser (1917-1980), autor de diversos clássicos do nosso cancioneiro popular, entre os quais “Atiraste uma Pedra”, retrata o sofrimento que a separação da pessoa amada acarreta. Este belo samba-canção teve sua primeira gravação feita por Nelson Gonçalves, em 1958, pela RCA Vitor.

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ATIRASTE UMA PEDRA
Herivelto Martins e David Nasser
Atiraste uma pedra no peito de quem
Só te fez tanto bem
E quebraste um telhado
Perdeste um abrigo
Feriste um amigo
Conseguiste magoar
Quem das mágoas te livrou
Atiraste uma pedra
Com as mãos que esta boca
Tantas vezes beijou.
Quebraste o telhado
Que nas noites de frio
Te serviu de abrigo
Perdeste um amigo
Que os teus erros não viu
E o teu pranto enxugou
Mas acima de tudo
Atiraste uma pedra
Turvando esta água
Esta água que um dia
Por estranha ironia
Tua sede matou.
(Colaboração enviada pelo poeta Paulo Peres – site Poemas & Canções)