quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Marcos Valério pega 40 anos de cadeia e multa de quase R$ 3 milhões Carlos Newton



Nas votações para a chamada dosimetria (extensão da pena) o ministro Dias Toffoli está usando uma estrátegia constrangedora, seguindo invariavelmente o voto do revisor Ricardo Lewandowski. Com isso, vai se padronizando o placar de 8 votos a 2 na fixação das condenações.
“Você não perde por esperar…”
Por exemplo, em seus argumentos para definir a pena de Marcos Valério pelas nove acusações de corrupção ativa por oferecer vantagens indevidas aos parlamentares em troca de votos na Câmara, o ministro relator Joaquim Barbosa entendeu que se trata de um delito continuado, segundo o qual os crimes são considerados continuação uns dos outros. Nesse caso, a pena aplicada é a de um dos crimes, com aumento entre um sexto e dois terços.
Barbosa então sugeriu a pena de 7 anos de prisão, mais 225 dias-multa para a terceira condenação por corrupção ativa de Valério, por compra de apoio no Congresso.
O ministro revisor Ricardo Lewandowski discordou, porque o relator usava a lei de 2003, para diminuir a pena. E desta vez, pasmem, o revisor tinha razão. “A corrupção ativa de parlamentares deu-se ao longo dos anos de 2003, 2004 e 2005″, disse Lewandowski sobre os crimes de corrupção de Valério. Mas errou a dosimetria e sugeriu a pena de 4 anos e 1 mês de reclusão, mais 19 dias multa.
O ministro Celso de Mello apoiou Lewandowski e Barbosa pediu um intervalo para mudar a lei em que se baseou e calcular sua pena.
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A LEI ERA MAIS DURA…
Porém, na retomada da sessão, Barbosa usou a nova lei mas com os critérios de uma súmula vinculante do tribunal que determina que seja aplicada a lei mais dura quando o crime é em continuidade delitiva. Propõs então a pena de 7 anos e 8 meses de prisão, ou seja, 8 meses a mais do que a pena anterior
Lewandowski, como sempre, não aceitou e reafirmou sua pena de 4 anos e 1 mês de reclusão, mais 19 dias multa. A ministra Rosa Weber e Luiz Fux acompanharam o relator, enquanto Dias Toffoli seguiu o revisor, grande novidade.
Cármen Lúcia e Gilmar Mendes acompanharam o relator, Marco Aurélio não estava mais presente no plenário e só votará na sessão de quinta-feira, e Celso de Mello e o presidente Ayres Britto acompanharam Barbosa, que venceu a parada por 8 a 2.
Resumindo: ao final, com a soma de todas as penas, Valério cumprirá 40 anos, 1 mês e seis dias, e pagará R$ 2,783 milhões em multa. Nada mal.

O sétimo elemento, por Miriam Leitão



Miriam Leitão, O Globo
O controlador do Banco Cruzeiro do Sul, Luis Octavio Índio da Costa, foi preso porque deu prejuízos a terceiros. Está sendo acusado de ter inventado ativos que não existiam, produzido falso lucro, manipulado contabilidade. Com base nisso, vendeu títulos no exterior e captou junto a fundos de pensão. Enganou esses investidores, que agora amargarão perdas.
Ele e seus advogados podem provar o contrário, mas o Banco Central encaminhou a questão ao Ministério Público com documentação mostrando que o banco não adotou as boas práticas.
Foi a fiscalização do BC que viu primeiro os desequilíbrios patrimoniais e irregularidades no Cruzeiro do Sul, da mesma forma que encontrou os problemas em todos os outros seis bancos que quebraram nos últimos dois anos. 
O BVA, na sexta-feira, foi o sétimo banco em que o BC encontrou desequilíbrio entre ativos e passivos e adoção de práticas estranhas para falsificar a situação do banco.
O grande problema nesses casos de quebra de bancos é que ainda não foi sanada a diferença de tratamento entre as instituições que quebraram primeiro e as que estão quebrando agora.
O PanAmericano também deu prejuízo a terceiros. Aliás, uma importante terceira: a Caixa Econômica Federal, que pagou R$ 739 milhões para ser sócia de um banco falido, no qual teve que fazer novos aportes de capital.
Os R$ 739 milhões foram queimados apenas pelo direito de ser sócia da encrenca. Para resolver o problema, foi mais caro. A Caixa subscreveu mais R$ 658 milhões em ações e R$ 1,8 bilhão foram gastos na compra de carteiras de crédito do banco.
Deu prejuízo também para um fundo coletivo criado para garantir os depósitos dos clientes: o Fundo Garantidor de Crédito (FGC). No início desta crise, o FGC virou um hospital para o qual foram os bancos Matone, PanAmericano, Schahin.
Em todos esses, o FGC perdeu muito dinheiro. Vendeu sua parte no PanAmericano por um décimo do valor. E que bom que apareceu um comprador, o BTG Pactual, porque sem ele a situação da Caixa seria absurda.
Quanto maior for o rigor do BC, e mais bem fundamentada for a denúncia do Ministério Público em relação aos bancos quebrados, mais dissonante ficará o tratamento condescendente dado a outros, principalmente ao PanAmericano, onde foram encontradas fraudes, invenções de ativos, manipulação contábeis, crimes iguais aos que supostamente foram encontrados no Cruzeiro do Sul.
Luis Octavio Índio da Costa pediu liberação de seus bens, e o pedido foi recusado pelo STJ. Seus advogados argumentaram que ele deveria ao menos ter acesso aos rendimentos dos seus ativos porque o ex-banqueiro das exuberantes festas não tem como pagar suas contas de subsistência. A Justiça em primeira instância recusou.
Já os bens dos administradores e controladores do banco PanAmericano permanecem completamente livres e, no caso dos ex-controladores, estão neste momento sendo negociados.
Qual a diferença? O FGC colocou no banco o dinheiro que foi necessário — a bagatela de R$ 4,3 bilhões — para reequilibrá-lo e vendê-lo. Assim ficou parecendo uma operação normal de mercado; uma venda e não um resgate.
A Caixa depois foi chamada a depositar mais dinheiro para capitalizar o banco. A CEF acaba ela própria de ser capitalizada pelo Tesouro.
A história dos atuais eventos tem essa fratura: para o mesmo problema, duas soluções distintas. Na sexta-feira, o Banco Central anunciou o sétimo banco quebrado em dois anos. É demais para serem eventos separados. Por isso, o BC precisa continuar no caminho de intensificar a fiscalização.

O que mudou com a portabilidade do financiamento imobiliário?


A valorização dos imóveis pode complicar a portabilidade dos financiamentos entre bancos. Confira o que mudou

Aline Lima (redacao.vocesa@abril.com.br)  22/10/2012

A troca do financiamento imobiliário de um banco que cobra taxa de juro maior para outro com taxa menor pode, na prática, tornar-se financeiramente inviável.
A nova lei que facilita a migração de dívida remove um dos principais empecilhos até então apontados para a portabilidade do crédito: o custo de um novo registro do imóvel, que pode chegar a 3% do valor do bem. Porém, o banco que recebe o crédito originado por outra instituição vai fazer um novo contrato. E é aí que as coisas podem complicar, uma vez que um novo contrato requer uma nova avaliação do imóvel.

A nova lei de portabilidade reduz o custo da troca de dívida imobiliária de um banco para outro que cobre uma taxa de juro mais baixa


.O que mudou?
Não há mais necessidade de se fazer um novo registro do imóvel, custo que pode chegar a 3% do valor do bem. Permanece a taxa de registro da garantia (em São Paulo, ela custa 530 reais para um financiamento de 350 000 reais).
Cuidado: a valorização dos imóveis nos últimos anos pode, na prática, elevar o saldo devedor do empréstimo que migrar de um banco para outro.
Verifique o saldo devedor de seu financiamento atual, vá a outros bancos e simule quanto ficaria esse saldo quando calculado pelo valor atualizado do imóvel.
 
Assista também
 

Fabio Nogueira, diretor da Brazilian Finance & Real Estate, avalia diversas alternativas de crédito imobiliário.

Dois ótimos jogos na reta final do campeonato - Tostão (O Tempo)


Fluminense x Grêmio e Atlético x Fluminense foram dois ótimos jogos. Não é por acaso que são as melhores equipes da Série A, com bons elencos e bem dirigidas. Essas partidas, e outras poucas, são ilhas de excelência. A maioria é ruim. Falo de futebol coletivo, técnico. Muita emoção e belas jogadas individuais, isoladas, ocorrem até na China.
Diferentemente do jogo entre Fluminense e Grêmio, em que os dois times jogaram muito bem, no domingo, a única excelente atuação foi a do Atlético. Poderia ser uma goleada. No gol de Ronaldinho, corretamente anulado, a falta foi clara. Se o Fluminense acreditar demais que é “cirúrgico”, como tanto falam, pode perder outros jogos. Ronaldinho foi espetacular. Ele calculou até a distância da bola para o pé de Jô e o salto e a altura de Leonardo Silva, para colocar a bola na cabeça do zagueiro.
Apesar de ser ainda muito difícil, aumentaram as chances de o Atlético conquistar o título. Assim como o time teve uma grande queda no segundo turno, pode ocorrer o mesmo com o Fluminense na reta final. Nos dois últimos jogos, o time perdeu um e empatou outro. Pode ser o início de uma fase de maus resultados. O Atlético precisa vencer seus jogos, o que é também muito difícil.
Celso Roth tem razão quando diz que o Cruzeiro está no lugar para o qual foi planejado, antes do campeonato. É a realidade. O time é fraco, em comparação às melhores equipes. O presidente não concordou. É quase certa a saída do treinador após o fim do Campeonato Brasileiro.

Dívida histórica - Percival Puggina



Tem sido dito que a política de cotas, raciais ou sociais, resgata uma dívida histórica. Dívida de quem? Dos brancos para com os negros e os índios, afirmará alguém com furor justiceiro. Pergunto: dos brancos assim, tipo todo mundo? Milhões de brasileiros descendem de europeus emigrantes de seus países de origem por injustiças que contra eles se praticavam. Nada tinham com a encrenca da escravidão aqui. Também são devedores?
Muitos brancos portugueses foram enviados a contragosto para o desterro no Brasil, onde arribaram tão “pelados” quanto os índios. Seus descendentes também têm dívida a pagar? Segundo essa linha de raciocínio, sou conduzido a crer que eu teria uma dívida histórica a cobrar da Itália e que os descendentes dos desterrados portugueses teriam outra na velha terrinha, ora pois. Absurdo.
Tudo que é dado tem um preço. Vejamos como se aplica essa constatação a uma política de cotas. Quando uma universidade pública as estabelece, ela está dando a determinado grupo social a possibilidade de acessar seus cursos mediante notas inferiores às dos candidatos que não pertencem a tal grupo. Trata-se de uma regalia custeada por concorrentes que não integram o grupo privilegiado. A fatura da vantagem concedida vai para aqueles que poderiam ter ingressado e não ingressaram. Isso é inquestionável.
Quem concorda com a lei de cotas, embora motivado por nobres intenções, olha para um prato da balança da justiça e fecha os olhos para o outro. Vê o beneficiado e desconsidera o prejudicado. Por quê? Não sei. Jamais topei com um vestibulando do grupo fraudado que considere justa a adoção das cotas. O apoio a tais políticas, concedido por quem nada tem a perder com elas, é generosa barretada com o chapéu alheio. É dar presente com o cartão de crédito dos outros. Não é justo. Nem honesto.
A tal dívida histórica não encontra devedores vivos de quem possa ser cobrada. É tolice e é anti-histórico. O que o Brasil tem é uma necessidade de resolver seus desajustes sociais. Admitir que essa tarefa existe implica assumi-la como dever moral da nação. Vale dizer, de todos os brasileiros, como membros de uma sociedade que estampa infames desníveis. A miséria, a ignorância, a falta de oportunidades não têm cor de pele.
O absurdo da lei de cotas é jogar no colo do estudante branco da escola particular o ônus dessas correções. A responsabilidade maior e a maior potencialidade material para combater tais desníveis é da política, do Estado brasileiro, mediante instrumentos não expropriatórios. Aliás, no que concerne à educação, a política de cotas equivale a pretender resolver o problema de fundações de um prédio nivelando seu telhado. Para cada formando pela política de cotas, todo ano, em virtude das muitas deficiências dos ensinos Fundamental e Médio, a base do sistema afasta do tecido social centenas de crianças cuja educação está sob responsabilidade de quem? De quem pretende enxugar gelo, em nome da justiça, com a lei de cotas.
Enchem páginas de jornal as matérias sobre o péssimo nível de ensino no país, o abandono dos cursos voltados para a educação e o quanto isso obsta nosso desenvolvimento. A melhoria do ensino básico tem custo. E é mais barato posar de justiceiro com os direitos alheios do que fechar as torneiras pelas quais se esvaem recursos que deveriam servir para acabar com a injustiça ali onde ela crava perversas raízes sobre o destino de milhões de crianças.

Redução da população é a maior das ameaças


Gelio Fregapani

Malthus alertou em cores negras sobre o perigo do aumento da população, mas diminuição da população também traz problemas reais, agravados pelo aumento da longevidade ociosa. É natural que os jovens sustentem os velhos quando esses param de trabalhar. Todo sistema previdenciário é baseado nessa idéia.
Entretanto, o aumento da expectativa de vida, juntamente com a queda nas taxas de natalidade, torna cada vez mais difícil que isso possa ser cumprido; os países que tiveram a sua taxa de natalidade diminuída nos tempos recentes hoje vivem crises gravíssimas de previdência social.
Alguns países já percebem o mal que a diminuição populacional causa, e começam a enfrentar o problema.
Os europeus, que sofreram um inverno demográfico voluntário e hoje têm medo de uma dominação islâmica meramente numérica, hoje dão inúmeras benesses a quem tenha filhos, chegando ao ponto de dar um valor fixo em dinheiro por mês a cada um filho que se tenha. Se isto é importante para qualquer nação, muito mais para nós, que temos um imenso território a ocupar.
Dentro deste quadro, só temos aplausos ao programa “Brasil Carinhoso”, bem diferente de muitas das bolsas que só estimulam a vagabundagem. Estas últimas deveriam ser substituídas por “frentes de trabalho”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A redução da população é uma ameaça ao Brasil. Em 2010, o índice de fertilidade da mulher caiu para 1,9 filho. Para manter o atual número de habitantes, o índice teria de ser de 2,1 filhos.  A presidente Dilma, que é economista, está preocupada com isso. Por isso, criou o programa “Brasil Carinhoso”. Mas, pelo jeito, o Brasil terá de aceitar imigração em massa, daqui a alguns anos. (C.N.)

Rentabilidade de Itaú e Bradesco cai ao menor nível desde a década de 90



Cenário é formado por redução da taxa Selic, pressão do governo por cortes nas taxas e aumento da inadimplência

23 de outubro de 2012 | 22h 14
Leandro Modé, de O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - A rentabilidade dos dois maiores bancos privados do País caiu aos níveis da década de 90, segundo levantamento da Economática feito com base nos resultados do terceiro trimestre. No Itaú, que apresentou nesta terça-feira seus números, o retorno de 17,8% foi o mais baixo desde o quarto trimestre de 1997. No Bradesco, os 18,4% reportados na segunda-feira representam o menor nível desde o quarto trimestre de 1999.

O cenário que explica a queda dos retornos é formado por 1) redução da taxa básica de juros (Selic) para os níveis mais baixos da história do Brasil, 2) pressão do governo por cortes nas taxas cobradas nos empréstimos e nas tarifas e 3) aumento dos índices de inadimplência nos últimos meses.Esses dados confirmam a expectativa dos investidores de que os bancos brasileiros não vão mais conseguir manter os níveis de rentabilidade que vigoraram nos últimos anos - em algumas ocasiões, ao redor dos 40%, como ocorreu com o Itaú no terceiro trimestre de 1999.
Os dois primeiros fatores são estruturais e o terceiro deve ser conjuntural, como os próprios balanços de Itaú e Bradesco mostraram. Ambos apontaram que os indicadores de calote começam a cair e devem manter essa tendência nos próximos meses.
"Daqui para a frente, deveremos ter um nível de rentabilidade entre 17% e 19% para os grandes bancos de varejo", afirmou o analista de bancos da Lopes Filho Consultoria, João Augusto Frota Salles. "São números inferiores aos dos últimos anos, mas não podemos esquecer que, diante da taxa básica de juros de 7,25% ao ano atualmente, é um retorno bem interessante."
Nesta terça-feira, o diretor corporativo de controladoria do Itaú, Rogério Calderón, disse que a rentabilidade da instituição tende a melhorar nos próximos trimestres. Ele não citou nenhum número específico, mas argumentou que a melhora é esperada pela tendência de redução dos índices de inadimplência e pela maior eficiência do banco.
A eficiência, segundo ele, vai mostrar avanço em razão de medidas tomadas para que os custos cresçam em menor velocidade do que as receitas. A estratégia passa pelo aumento da participação de linhas de crédito com menor risco de inadimplência (como consignado e imobiliário), pelo aumento da quantidade de operações (escala) e pelo compartilhamento de serviços com outras instituições.
Na segunda-feira, o diretor executivo do Bradesco, Luiz Carlos Angelotti, também citou a necessidade de aumento de escala e de eficiência para compensar os fatores que pressionam para baixo a rentabilidade.
Angelotti disse ainda que considera razoável que o retorno fique entre 18% e 20% nos próximos anos.
Nos últimos 30 dias, as ações do Itaú acumulam perda de 15,7% na Bolsa de Valores de São Paulo e as do Bradesco, de 11,5%.

Copa pode impulsionar exploração sexual de menores no Brasil

Daniela Fernandes
Atualizado em  23 de outubro, 2012 - 16:21 (Brasília) 18:21 GMT
Menino com bola de futebol (Foto ECPAT)
Detalhe de cartaz que anuncia seminário sobre turismo sexual infantil
Após a divulgação em Paris de um estudo que mapeia a relação entre o turismo de lazer e a exploração sexual de menores no Brasil, pesquisadores e especialistas fizeram um alerta nesta terça-feira sobre o risco de um aumento do turismo sexual infantil no país durante a realização da Copa de 2014 e Olimpíada de 2016.
O estudo, coordenado por um pesquisador do Sesi (o Serviço Social da Indústria), foi divulgado nesta terça-feira (dia 23) durante o seminário internacional "Turismo Sexual Envolvendo Crianças e Grandes Eventos Esportivos", que reuniu organizações de luta contra a exploração sexual infantil e profissionais do setor de viagens de diversos países.

O pesquisador Miguel Fontes, que além de atuar na área de pesquisas estratégicas do Sesi também está ligado à Universidade John Hopkins, analisou a relação existente entre o número de entradas de turistas estrangeiros em São Paulo e na Bahia de 2008 a 2010 e o total de denúncias de exploração sexual infantil nesses dois estados no período.Durante o evento, a organização ECPAT (sigla em inglês para Fim da Prostituição e do Tráfico de Crianças para Fins Sexuais) também anunciou que lançará, com apoio do Sesi, uma campanha internacional para prevenir o agravamento desse problema durante os Jogos no Brasil.
"Na Bahia, onde o turismo é de lazer, os resultados demonstram que para cada 372 turistas internacionais, houve o aumento de uma denúncia de exploração sexual de crianças. Em São Paulo, onde o turismo de negócios é maior, somente com o aumento de 2,5 mil turistas se detecta o aumento de uma denúncia de exploração sexual infantil", diz Fontes.
"A exploração sexual de crianças e adolescentes está ligada às atividades turísticas de lazer. Por isso, podemos projetar que a realização de grandes eventos esportivos mundiais, ao promover um aumento do fluxo de pessoas (para o Brasil), pode ampliar o número de casos desse tipo", conclui o consultor.

Perfil das vítimas e campanha

Segundo Fontes, as crianças exploradas sexualmente no Brasil têm por volta de 11 anos em média. As meninas representam quatro de cada cinco casos de denúncias. E a região nordeste concentra 37% dos casos.
O ministério brasileiro do Turismo prevê 600 mil turistas estrangeiros e 5 milhões de visitantes brasileiros só durante a Copa do Mundo, em 2014.
"O grande fluxo de pessoas aumenta as possibilidades de exploração sexual de crianças. A miséria cria a oferta de menores e as redes mafiosas vão querer suprir a demanda", afirma Jair Meneguelli, presidente do Conselho Nacional do Sesi.
A campanha da ECPAT, intitulada "Não desvie o olhar", prevê vídeos e pôsteres que serão exibidos em aeroportos, aviões, agências de viagens, bares, restaurantes e outros espaços públicos em dez países da Europa e também no Brasil.
Também prevê a criação de um um site europeu para denúncias.
Ela custará 3 milhões de euros, que serão financiados principalmente por recursos da União Europei

Coronel Ustra vai responder por sequestro em São Paulo


Justiça Federal abre processo contra ex-comandante do DOI-Codi


SÃO PAULO — A Justiça Federal de São Paulo abriu nesta terça-feira processo criminal contra o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, comandante do DOI-Codi nos anos 70. Ustra e mais dois delegados do extinto DOPS são acusados do sequestro de Edgard de Aquino Duarte, desaparecido em 1971. Um dos delegados, Carlos Alberto Augusto, o Carlinhos Metralha, continua em atividade na Polícia Civil paulista. O outro, Alcides Singillo, aposentou-se.
O juiz federal Helio Nogueira, da 9ª Vara Federal Criminal de São Paulo, acolheu nesta terça-feira a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal na semana passada. O juiz defendeu que o sequestro continuado não prescreve: “Anoto, de início, que o delito de sequestro, previsto no artigo 148 do Código Penal, é crime de natureza material e permanente, perfazendo-se enquanto perdurar a privação da liberdade da vítima”, escreveu Nogueira.
Para o juiz, o crime atribuído a Ustra e aos delegados não se encaixa na Lei da Anistia, pois é crime continuado até hoje, somente cessando quanto a vítima for libertada, se estiver viva, ou seus restos mortais forem encontrados.
Se condenados, Ustra e os delegados podem pegar até oito anos de prisão.
Edgard de Aquino, ex-fuzileiro naval, foi expulso da Marinha por se rebelar contra o golpe em 1964.
Exilou-se no México e em Cuba, voltando ao Brasil em 1968 com a falsa identidade de Ivan Marques Lemos. Mesmo tendo deixado a militância, foi preso em 1971 e levado para tortura da Operação Bandeirante (Oban).
Pelo menos dois ex-presos políticos testemunharam a detenção e tortura de Edgard. Ivan Seixas e Maria Amélia Telles informaram ao Ministério Público Federal (MPF) que Edgar relatou ter sido preso pelos dois delegados e abordava Ustra diretamente, pedindo a solução de seu caso, já que estava preso ilegalmente.
O GLOBO não conseguiu localizar os delegados acusados no caso.
O advogado de Ustra, Paulo Esteves, afirmou que vai apresentar a defesa com base no “princípio da razoabilidade”. Para ele, não é possível que o crime seja considerado sequestro porque não haveria condições de Edgard estar sob cárcere privado 41 anos depois do desaparecimento.
— Essa argumentação não tem noção de realidade — criticou o advogado.
Paulo Esteves afirmou ainda que Ustra diz não conhecer Edgard e que ele não esteve preso em sua unidade (Oban), apesar das declarações das testemunhas.

Ted Hawkins em Corrine, Corrine



Ted Hawkins

POLÍTICA A faxineira morreu




Ilusões e Realidade, por Marcos Coimbra



As eleições de 2012 estão sendo uma desagradável surpresa para a maioria dos analistas da “grande imprensa”. Quase tudo que esperavam que fossem, elas teimam em não ser.
Ficaram atordoados com os resultados de 7 de outubro. Devem ficar ainda mais com os que, provavelmente, teremos no segundo turno.
Prepararam a opinião pública para a vitória de Serra em São Paulo. Quando, em fevereiro, o PSDB paulista implodiu o processo de prévias partidárias, fizeram crer que um lance de gênio acabara de ser jogado. Para sua alegria, Serra aceitara ser candidato.
Quem leu os “grandes jornais” da época deve se recordar do tom quase reverencial com que a candidatura foi saudada. Fernando Haddad, o novo poste fabricado por Lula, iria ver com quantos paus se faz uma canoa. Teria que lidar com o grão-mestre tucano.
Já tinham antecipado dias difíceis para os candidatos petistas com a doença do ex-presidente. Era, no entanto, apenas o desejo de que ele não tivesse condições de participar da campanha.
Quando Lula entrou em campo para melhorar as condições de disputa de seu candidato em São Paulo, ampliando o tempo de televisão de Haddad mesmo que às custas de uma coligação com Paulo Maluf, nossos argutos observadores decretaram que cometera um erro colossal. Que sepultava ali as chances de seu indicado.
Hoje, percebe-se que acertou no cálculo de que o verdadeiro campeão em rejeição na cidade é Serra e não Maluf.
Mas a grande aposta que não deu certo é a que fizeram a respeito do impacto do julgamento do “mensalão” nas eleições. Imaginaram que seria dinamite puro. Revelou-se um tiro de festim.
As urnas não evidenciaram a esperada derrota petista. E não é isso que aguardamos para domingo.
Ao contrário, as eleições de 2012 estão se mostrando muito positivas para Lula, Dilma e o PT. Foi o partido que mais cresceu entre os maiores no número de prefeituras, de vereadores, na presença em cidades grandes.
Confirmando a vitória em São Paulo e nas capitais em que tem candidatos na liderança, está prestes a conseguir seu melhor desempenho em eleições municipais desde a fundação.
O inesperado dessa performance está levando esses comentaristas a interpretações equivocadas. Cujo intuito é diminuir o significado do resultado do PT.
A primeira é que o “grande vitorioso” destas eleições seria o PSB e seu presidente, o governador Eduardo Campos.
Com todo o respeito, é difícil incluir o PSB entre os grandes. Ganhou 435 prefeituras (no primeiro turno), metade das quais em cinco estados do Nordeste, mais de um quarto em Pernambuco e no Piauí. Como partido, permanece regional, acolhendo, no restante do Brasil, algumas lideranças que lá estão como poderiam estar em qualquer outro.
É do PSB o prefeito reeleito de Belo Horizonte. Mas ninguém que conheça a política da cidade atribui a essa filiação qualquer relevância na reeleição de Marcio Lacerda.
Resta a vitória de Geraldo Julio, no Recife, um feito para Eduardo Campos. O caso é que vencer na capital de seu estado está longe de ser um resultado espetacular para um governador competente.
A segunda versão equivocada é que “ninguém ganhou”, pois a alienação eleitoral é que teria sido a marca das eleições deste ano. Que as abstenções, somadas aos brancos e nulos, é que seriam as vedetes.
Não é verdade. Em algumas capitais, de fato houve um aumento expressivo desse agregado em relação a 2008. Como em São Paulo, em que foi de 24% para 31%.
Na média das dez maiores cidades brasileiras, no entanto, a alienação total aumentou pouco no período, indo de 23,5% para 26%. Na verdade, ela cresceu mais entre 2004 (quando era de 19,5%) e 2008, que de então para cá.
Ou seja: nem PSB, nem alienação, o maior vitorioso está sendo o PT. Se Haddad vencer, uma chave de ouro para Lula. Justo quando decretaram que enfraqueceria.
Mais uma vez, o que se vê é que o povo não dá a menor pelota para o que pensam os “formadores de opinião”.

Marcos Coimbra é sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

Quem foi eleito com o voto que eu dei?, por Edgar Flexa Ribeiro



Agora que aqui no Rio já acabou, posso fazer a pergunta cuja resposta o eleitor brasileiro não está autorizado a conhecer: quem foi eleito com o voto que eu dei?
Só sei – só me permitem saber - que não foi necessariamente aquele em quem votei.
Posso ter votado em um amigo de longa data, cuja competência e honestidade conheço e por quem respondo. Se ele foi eleito não sei se meu voto serviu para elegê-lo ou a um outro. Se ele não foi eleito, é pior...
Meu voto, processado numa espécie de liquidificador da vontade política do eleitor, pode ter sido utilizado para eleger outro candidato, que não conheço. Ou até conheço, mas no qual jamais votaria.
E mais: digamos que tenha dado um voto “ideológico”, por convicção política, a alguém de um determinado partido, cujas propostas coincidem com meu pensamento. Mas graças a certas “alianças” eleitorais meu voto pode ter sido desviado para outro partido, com propostas com as quais nem concordo, nem aprovo.
O mais curioso é que escolhemos um prefeito para gerenciar o município, mas aqueles que elegemos para expressar nossas ideias e nossos propósitos - para nos representar, enfim – são os vereadores.
E não sabemos onde nosso voto foi parar.
Dentro de dois anos vamos ter mais eleições. Para Presidente da República e Governadores, para os poderes executivos da federação e dos estados. Para Senadores, que representarão os diferentes estados que compõem a federação.
Como com os prefeitos, saberemos se o candidato em quem votamos foi ou não eleito Presidente, Governador, Senador.
Também no caso de deputados federais e estaduais - representantes diretos de nossa vontade – saberemos quem elegemos, mas não saberemos quais os outros candidatos que nosso voto elegeu.
Eis onde brota a maior parte de todas as encrencas, do “mensalão” e demais bandalheiras à delirante ocupação de cargos em comissão por uma malta de apaniguados e incompetentes, e a consequente desorganização do serviço público.
Embalados na irresponsabilidade, anônimos perante o eleitorado, sem ter que responder pelo que fazem, nossos “representantes” permitem-se tranquilamente tudo isso que vemos acontecer.
E nós não temos como influir para corrigir.
Eles, que nos representam, se vendem, nomeiam os cabos eleitorais, servem-se à vontade, trabalham três dias por semana, chantageiam os poderes executivos e vivem à tripa forra.
E nós somos obrigados a votar!
Contudo, ao que parece, começa uma reação: o aumento dos votos nulos para vereador. Talvez seja efeito do horário eleitoral. Ou alguém é levado a eleger com seu voto uma daquelas figuras?


Vamos anular. Ou, se é para ficar como está, que o voto seja facultativo.
Ser obrigado a votar, assim, nessas condições, é que não dá mais.

Edgar Flexa Ribeiro é educador, radialista e presidente da Associação Brasileira de Educação

Mazelas das campanhas municipais, por Bruno Lima Rocha



Um tema recorrente quando se debate a política municipal brasileira é o baixo nível político dos representantes locais. Trata-se de uma evidência, irrefutável.
A baixa compreensão da política nota-se de forma exagerada, especialmente em momentos de campanhas, com destaque na disputa para vereança.
Embora reconheça este aspecto como uma deficiência de nossa democracia, o problema não se supera por decreto. É preciso uma série de movimentos, dentre eles a polêmica necessidade de uma formação política prévia. 
Idealmente, uma república formaria cidadãos plenos de direitos e deveres, e seria dotada de instituições formadoras de uma cultura cívica. Assim, o treinamento para a política seria parte da educação pública, massiva e universal, incluída nos currículos escolares, ao menos do ensino médio.
Ao massificar a compreensão das disputas sociais por poder e recursos, as maiorias estariam em condições de se contrapor às oligarquias partidárias, quebrando a estrutura que tende a reproduzir elites políticas.
Entendo ser simplesmente impossível o aumento da participação política se esta não for precedida de no mínimo três aspectos: formação massiva, tendo como base os direitos constitucionais; a organização social, promovendo as lutas reivindicativas e mecanismos institucionais de consulta pública, como plebiscitos e referendos para as decisões fundamentais de uma sociedade.
Pois bem, o tipo-ideal de formação para a política narrado acima é justamente o oposto do que ocorre no mundo real.
Para piorar o modelo, a massificação da concorrência política se verifica nas disputas municipais, onde impera o senso comum e a cultura política dominante. Esta é, hegemonicamente, paroquiana, localista, clientelista e movida por interesses e pautas imediatas.
A contradição está aí. As minorias organizadas, em tese, teriam de transformar a sociedade, e não simplesmente reproduzir os comportamentos já estabelecidos.
No jargão da política profissional, os candidatos a vereança “amassam barro com poeira”, recrutando as energias sociais existentes (como clubes de mães, times de várzea, escolas e blocos de carnaval), muitas vezes apelando para interesses familiares no apoio a suas candidaturas. É esta a base do clientelismo de baixa intensidade.
Romper com este mecanismo cruel é condição prévia para melhorar o nível da política brasileira. Sem a massificação de uma cultura participativa, teremos a permanência e a naturalização dos grotescos espetáculos observados nas campanhas municipais do país.

Bruno Lima Rocha é cientista político 
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CRÔNICA Cartas de Berlim: Os injustiçados médicos alemães



Nas últimas semanas vários acontecimentos me levaram a ter contato com médicos. Primeiro, encontrei duas amigas em Dresden e Berlim que são médicas em início de carreira. Todas estão fazendo suas especializações em hospitais públicos e universitários. Como adoro séries de médicos, faço muitas perguntas bestas.
Segundo, por causa de uma enxaqueca não diagnosticada, fui parar num rodízio de médico geral-emergência neurológica-radiologia-neuro-médico geral ad infinitum. Tudo para descobrir a causa de uma dor de cabeça.
Enquanto esperava em média 2 horas para cada consulta, pude satisfazer minhas curiosidades mórbidas sobre o cotidiano da vida dos médicos observando o ir e vir destas criaturas.
Terceiro, os médicos alemães estão na pauta do dia: reclamam que ganham muito pouco para o tanto que trabalham, que os convênios médicos repassam muito pouco dinheiro por paciente, que as condições são sehr schlecht (muito ruins). Você já viu esse filme?


Tendo em vista que esperei no total umas 24 horas em salas de espera, conclui que há poucos médicos na Alemanha. Para marcar uma consulta com um especialista, há de se esperar no mínimo 2 meses. “Oi, preciso ver um neuro”. “Ok, a senhora pode ligar semana que vem? Ainda não recebemos a agenda 2013.”
Há duas semanas, consultórios fecharam suas portas por um dia e fizeram “greve” em protesto contra o (baixo) salário de em média 5500 Euros (netto) por mês. Ótimos hospitais, tecnologia de ponta, organização, sistema perfeito e médicos insatisfeitos por causa de uma incrível burocracia dos convênios médicos. Esse é o quadro.
Eu, por exemplo, tive que fazer duas tomografias em menos de duas semanas em um aparelho moderníssimo. Deve ter sido coisa de 2 mil Euros. Depois de toda história épica, me diz o radiólogo: “Ninguém faz tomografia por causa de enxaqueca!” É, meu amigo, mas antes ninguém sabia que era enxaqueca.
Segundo o que andei lendo, o meu convênio com toda a certeza vai implicar com toda a equipe de médicos que “levou-me” a dar todo esse prejuízo. Essa “implicância” acontece diariamente, na hora do repasse da grana, e é o maior desgosto da categoria.
Por essas e outras, um grande número de recém-formados optam pela emigração em busca de honorários mais “justos”. Países como Canadá e Suíça pagariam melhor e ofereceriam condições melhores de trabalho.
É, doutores, como dizem em alemão: “das Leben ist kein Ponyhof!” (a vida não é um mar de rosas).

Tamine Maklouf é jornalista e ilustradora nas horas vagas. Mora na Alemanha desde agosto de 2009, onde se encontra na “ponte terrestre” Dresden-Berlim. De lá, mantém o blog www.diekarambolage.wordpress.com

OBRA-PRIMA DO DIA - PINTURA Natureza Morta: Le Jour (1929): Semana Georges Braque



Braque e Picasso são os criadores do Cubismo que tem como traços principais a geometrização das formas e volumes; a renúncia à perspectiva; a ausência do claro-escuro; o volume colorido sobre superfícies planas; a sensação de objetos esculpidos na pintura, às vezes recorrendo a colagens; cores austeras, do branco ao negro, passando pelo cinza, por um ocre apagado, ou um castanho suave.
O convívio dos dois amigos - e o estreito intercâmbio de ideias e descobertas, conhecido como o período do Cubismo Analítico- só foi interrompido pela eclosão da Primeira Guerra Mundial. Braque foi convocado e em 1915, devido a um ferimento grave na cabeça, que o deixou temporariamente cego, foi dispensado, tendo recebido a Cruz de Guerra por bravura e a Legião de Honra por tão bem servir à França. Ele só voltaria a pintar em 1917.
A fase seguinte é conhecida por cubismo sintético, síntese de formas em cores fortes, figuras mais decorativas e amplas, assim como pela colagem de vários materiais: jornais, fotografias, invólucros de tabaco, pequenos objetos. Estava aberto o caminho para que o real na pintura fosse desrespeitado...
Não ficou restrito à pintura, estendeu-se a outras formas de arte, como escultura e literatura. Na arquitetura sua influência se fez sentir de forma intensa: quebrou todos os cânones e nessa área quem se destacou foi Le Corbusier.
Na literatura, vários escritores se associaram ao movimento plástico, como por exemplo o poeta Guillaume Appollinaire e Max Jacob. Não podemos deixar de citarJean Cocteau, o grande poeta, escritor, pintor e cineasta.
Braque passou dois anos em tratamento, em hospitais militares e em casa de sua família, se recuperando do ferimento na cabeça, sem poder desenhar. Sua recuperação foi lenta, mas logo que pode retomou suas pesquisas, desenvolvendo um estilo mais pessoal.


Nesse período, que foi longo, Braque pintou muitas naturezas-mortas, como a que apresentamos hoje. Na década de 20 seu traço se tornou mais lírico e mais representativo. Mas ele ainda mudaria de rumo outras vezes, como veremos nos próximos dias.

Natureza-Morta: Le Jour, óleo sobre tela, 115x 146,7cm. 
 Coleção Particular

A contemporização da música de Santana com o GORDO E O MAGRO. SENSACIONAL!!!!