sábado, 29 de março de 2014

A gente morre todos os dias. Mas se esquece e levanta

Revista Bula




A gente morre todos os dias. Mas se esquece e levanta

Se tem algo que desperta muita ira em nós é o descontrole sobre a hora da nossa morte. E sobre o momento da nossa concepção e nascimento. Sentimo-nos, paradoxalmente, cada vez mais empoderados, tendo como cúmplices as sucessivas invenções das novas tecnologias. O domínio sobre o universo, objetos coisas e pessoas. A era glass, a era touch e a era do controle (a última apontando a implacável vigilância da internet sobre nossa minuciosa intimidade) convivem na atualidade, aparentemente de mãos dadas. Fato é que simulando nosso império volitivo e ditatorial sobre joysticks materiais e virtuais sentimo-nos firmes comandantes de navios nas ondas da web e da vida.
A gente morre quando acorda. Morre de tédio, de preguiça, morre de mesmice, ou não, como apregoaria Caetano Veloso, com aquela voz de fruta sumarenta e lenta degustada em algum recanto nordestino. Tem pessoas que já morreram faz tempo. E nunca desconfiaram disso. Morrem de medo de encarar o medo, de colocar a coragem debaixo de um braço e o medo apoiado no outro braço e prosseguir caminhando, como ressaltaria Brecht.
Morre-se de pavor de mudar cacoetes, opiniões, certezas, repetindo automaticamente velhos e ranhetas comportamentos. Morre-se de medo de encarar as verdades da alma, no espelho da consciência, cujos reflexos nem sempre soam agradáveis ou digestivos. Medo de e enfrentar a relação puída, mas mantida apesar do visível desgaste, devido às oportunas muletas financeiras e quiçá psicológicas. A gente morre na repetição infindável de defeitos pra lá de conhecidos, nossos e dos outros, e anunciados instante após instante em nossa gestualidade e fala reveladora.
Chico Buarque já entoava em sua composição “Cotidiano”: “Todo dia ela faz tudo sempre igual, me sacode às seis horas da manhã”. Ou ainda, o seminal poeta clamava em “Construção” — de cuja música reproduzo um trecho:
“Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
“Morreu na contramão atrapalhando o sábado”.
Vivemos rodeados por mortes commoditizadas, sem rosto nem débeis desejos. Como se salvar de tamanha e paralítica incompetência atitudinal? Tornar-se aficionado por séries televisivas centradas em zumbis ou vampiros, como “Resident Evil” e similares. Sabe-se que os zumbis namoram a eternidade. O protótipo da infinitude, ainda que se arrastem apodrecidos por terrenos estéreis.
A gente morre de frio e de mentiras. De amor escondido e expurgado pela covardia. De afeto enrijecido e estanque. Da flor não manifesta num discurso que se pretendia doce. Poetas, filósofos, estudiosos, escritores circularam o fascínio deste tema. Na religião, os espíritas, erguem a vitoriosa e redentora bandeira da reencarnação. O rabino Nilton Bonder especula sobre a salvação na obra “A Arte de se Salvar — Sobre Desespero e Morte”. Especialistas no assunto ocupam-se, como a dra. Elisabeth Kübler-Ross, fundadora da Tanatologia (estudo científico da Morte) de auxiliar doentes terminais em suas despedidas.
O cineasta Ingmar Bergman em “O Sétimo Selo”, elege a morte como personagem central da trama. Ariano Suassuna, dramaturgo e romancista apregoa: “Tenho duas armas para lutar contra o desespero, a tristeza e até a morte: o riso a cavalo e o galope do sonho. É com isso que enfrento essa dura e fascinante tarefa de viver”.
Muita gente morre de silêncio. Não joga para fora as fecundas cirandas do coração. Morre de ódio, de inveja. E finge que estes sentimentos, tão descivilizados e deselegantes, pertencem somente aos outros. De soberba, arrogância e interjeições também se morre. E ainda quem deixa a paixão morrer no sexo e faz amor sem prazer. Como quem come uma sobremesa de nariz entupido.
Alguns poetas passeiam com naturalidade pela finitude. Pois parece que sempre há algo de romântico em dizer adeus à existência. Mário Quintana divaga: “Se vale a pena viver e se a morte faz parte da vida, então, morrer também vale a pena”.
Há gente que morre de orgulho, mas não dá o braço a torcer. Criaturas que jamais conheceram a grandeza do perdão, do abraço, da palavra sem mascaramentos.
Impossível deixar de citar também o breve excerto de Manoel Bandeira, no poema “A Morte Absoluta”: “Morrer sem deixar um sulco, um risco, uma sombra. A lembrança de uma sombra. Em nenhum coração, em nenhum pensamento. Em nenhuma epiderme. Morrer tão completamente. Que um dia ao lerem o teu nome num papel perguntem: Quem foi? Morrer mais completamente ainda. Sem deixar sequer esse nome”.
Nosso amantíssimo Drummond, traça versos em carne viva em “Os Ombros Suportam o Mundo”. Sem qualquer anestesia metafórica, declara na estrofe final deste seu poema: “Alguns, achando bárbaro o espetáculo, prefeririam (os delicados) morrer. Chegou um tempo em que não adianta morrer. Chegou um tempo em que a vida é uma ordem. A vida apenas, sem mistificação”.

O amor quando acontece, a gente esquece logo que sofreu um dia

Revista Bula

by Eberth Vêncio
Tirou a bala da coxa dela e sentiu que aquele estremecimento interior devia, sim, ser o tal amor à primeira vista. Pensem numa mulher bonita. Imaginem agora que ela flutue, que possua um par de pernas tão gigantescas e acolhedoras que façam com que qualquer sujeito se sinta na obrigação de derrubá-las, como se fosse um avião penetrando nas Torres Gêmeas. Ah... Certa vez, namorei uma trinca de gêmeas siamesas que miavam no quintal dos meus delírios como gatas embriagadas de amor. Uma gozava em falsete, outra fazia a segunda voz, e a terceira não dava um só piu, um ui que fosse: odiava-me.
A inveja é um ser rastejante que infecta qualquer tipo de ambiente, vocês sabem, desde o mais desorganizado prostíbulo até o portentoso Vaticano, onde quer que haja gente, embora, muitos seres boçais tratem putas como se gente não fossem, e cardeais como se fossem uns putas seres humanos, com um senso humanitário acima da média. Certa feita, numa lanchonete eclesiástica ao lado de um inferninho, tomei média requentada e comi uma porção de hóstias diet (o pão daqueles que possuem fé malemolente), acompanhado de um amigo padre que me confidenciou que amava outro padre que amava uma noviça que amava um ateu que por pura falta de fé não amava o Senhor que amava todo mundo, portanto, tudo terminaria bem, toda aquela estória de amai-vos uns aos outros e coisa e tal. Ele tinha o rosto risonho-progressista do Papa Chico, o bonachão mais famoso do planeta, customizado na camiseta com a qual desfilava confiante pelas ruas e becos gays do centro da cidade pregando o evangelho e pegando novos contatos para as novenas de sábado à noite.
Então, ao saber que aquele médico plantonista, que era um ás na arte de romper vísceras e musculaturas em busca de chumbo, se enamorara por uma das centenas de pacientes que procuravam aquele hospício de clínicos, cirurgiões e microrganismos, uma beldade com pernas irrepreensíveis até mesmo ao mais exigente ortopedista efeminado do Sistema Único de Doenças, um gaiato invejoso tratou de denunciar o sujeito à famigerada Comissão de Meia Ética daquele antro obtuso denominado pronto-socorro. No fundo, no fundo, todos — exceto mulheres heterossexuais e homens de jalecos brancos que preferiam fazer sexo com homens, possuíssem eles jalecos ou não — queriam também ter arrebatado o coração da jovem de coxas colossais, incidentalmente atingida por uma bala perdida na Rua da Amargura. Tanto assim que, dali para o tribunal do Bom Conselho de Classe foi um pulo só.
[saibamais posts=" 2287 "]Não bastasse pegarem no pé daquela leva de médiuns cubanos recém-chegados ao país, que tinham incorporado como ninguém o espírito da coisa em matéria de saúde coletiva naquele reduto de desmotivados fardados de branco, mesmo que contratados a preço de banana pelo Ministério das Doenças, e que mais pareciam senadores da república leprosos, políticos mafiosos desmascarados por jornalistas do Noticiário das Oito, tamanho o preconceito e a repulsa que sofriam dos seus colegas nativos, médicos igualmente fodidos e mal pagos, a perseguidora e invejosa Comissão de Meia Ética processou o catador de balas nas entranhas, fazendo com que ele fosse submetido a uma saraivada de acusações, deboches e admoestações por parte da Corte do Bom Conselho de Classe, um grupelho viciado composto por discípulos hipocráticos portadores cavanhaques mal aparados, má índole e muita hipocrisia. Depois de humilharem aquele réu apaixonado, o qual fora involuntariamente flechado por um cupido moribundo que aguardava na fila das vacinas daquele hospital sucateado, ofereceram ao mesmo duas alternativas.
Alternativa número um: que ele rompesse imediatamente o affair antiético com aquela potranca manca de uma perna, para se ver livre da acusação de amor à primeira vista, que muitos acusavam de assédio sexual durante o sacrossanto exercício da profissão, devendo, portanto, como pena mínima, pagar um sapo para os médiuns cubanos ao traduzir para qualquer língua morta o calhamaço de artigos, normas, dogmas, orientações e proibições que constituíam o Código de Meia Ética, a fim de doutrinar aquela cambuia de castristas prescritores de sementes de jerimum torradas na frigideira para tratar lombrigas solitárias e outras pragas coletivas.
Alternativa número dois: se insistisse em manter acesa a chama daquele amor proibido, seria condenado pelos togados de chapéu gozado a queimar o seu diploma juntamente com pilhas e mais pilhas de atestados médicos falsificados apreendidos nos últimos meses, além de um sem número de discos de vinil do cantor Roberto, só porque ele passara a comer carne vermelha, no átrio do prédio velho do Conselho, à vista dos velhos conselheiros, com o apoio de um bombeiro novíssimo e bem dotado, devidamente treinado para apagar as más impressões e o fogo das secretárias daquela autarquia de mentirinha.
Esta cansativa, confusa e prolixa crônica-folhetim encaminha-se para um fim: ao extrair um projétil enxerido dos interiores sanguinolentos de uma coxa exemplar, aquele plantonista encontrara finalmente o amor. Até então, considerava-se um ser insensível, um neurótico com um bisturi na mão, pois amava tão somente a Medicina e as canções da banda Nirvana, que ele ouvia no volume máximo dentro do centro cirúrgico, enquanto operava apêndices, vesículas e tripas de trapos humanos, os quais eram depositados paulatinamente à porta daquele hospital de coisas muito urgentes, como amar, por exemplo.
Berrando como um touro inconformado, ele ruminava por aquela criatura uma enorme saudade. Então, sucumbindo ao que o coração ditava, o médico especialista em balas, belas e bulas, o qual muitos invejosos maldosamente chamavam de “Don Juan da Emergência”, bateu à porta da amada, usando os nós dos dedos da mão direita, a mão segura de um exímio cirurgião, um par de mãos macias e pouco compreendidas, cujas falanges eram recobertas por moitinhas de pelos grossos, bastante masculinos. Mãos perfeitas, com uma pegada e tanto, era o que dizia a amada. Para que esta estória tivesse um final feliz, a beldade manquitola abriu as pernas da sua casa para que ele entrasse, então ele nunca mais saiu.
P.S — o título desta crônica é um verso da canção “Quando o amor acontece”, de João Bosco.

OBRA-PRIMA DO DIA (ARQUITETURA E ESCULTURA) Florença e sua extraordinária galeria aberta sobre a praça

 Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa - 
28.3.2014
 | 12h00m

Seu nome é Loggia della Signoria, é mais conhecida como Loggia dei Lanzi, mas para os florentinos é simplesmente a 'loggia'. Monumento histórico situado na Piazza della Signoria, praça central e coração de Florença, vizinha do Palazzo Vecchio (sede do poder civil) e da Galleria degli Uffizi (o Museu de Belas Artes que foi ateliê e oficina de artistas artesãos).



'Loggia' significa galeria, arcada aberta. A loggia de Florença recebeu o nome Lanzi porque ali acamparam os Lanzichenecchi, ou soldados mercenários que serviam ao Sacro Império Romano. O termo é derivado do alemão Landsknecht (Land = terra + Knecht = servidor). Eles ali se abrigaram em 1527, a caminho de Roma, e a Loggia passou a ser chamada de Loggia dei Lanzi, numa abreviação do nome alemão.
Construída entre 1376 e 1382, por ser local coberto, servia para a realização de assembleias públicas e cerimônias oficiais da República. Não tem um estilo definido. Poderia ser considerada gótica se não fossem as arcadas renascentistas.
Quando caiu a República e foi criado o Grão Ducado da Toscana, e ela passou a não mais servir como centro de assembleias dos cidadãos, deram-lhe a destinação de abrigar obras de arte. Isso fez da Loggia um dos primeiros espaços de exposição pública do mundo.
São treze as esculturas que se pode contemplar de perto a qualquer hora do dia e da noite e sem comprar ingresso... São belíssimas, mas sem dúvida a mais famosa éPerseu com a cabeça da Medusa (1545/1554), também conhecida como o Perseu de Cellini, a primeira das estátuas ali colocadas e a única encomendada expressamente para o local.


Considerada a obra prima do verdadeiro joalheiro-escultor Benvenuto Cellini, a escultura, em bronze, está colocada no alto de um pedestal todo esculpido pelo grande artista. Perseu segura a cabeça da Medusa pelos cabelos e olha para baixo, em direção ao espectador. Com a mão direita empunha a espada curva que lhe foi dada por Mercúrio, de quem é protegido.
O pedestal, por segurança removido dali no século XX e substituído por uma cópia, é outra obra-prima: os pequenos bronzes que o adornam representam divindades ligadas ao mito de Perseu. O original está seguro no Bargello, museu de esculturas, também em Florença.
O Perseu de Cellini, depois de uma restauração prolongada, voltou a ficar em exposição na Loggia dei Lanzi e é obra que merece toda a atenção de quem se interessa pela difícil arte da escultura: é perfeita.


Loggia dei Lanzi, Florença, Itália

A charge de Amarildo



A Serguei Iessiênin - Vladimir Maiakovski







Você partiu, 
como se diz, 
para o outro mundo.     
Vácuo ... Você sobe, 
entremeado às estrelas.
Nem álcool, nem dinheiro. 
Sóbrio, vôo sem fundo.
Não Iesiênin, 
não posso fazer troça,
Na boca uma lasca amarga 
- não a mofa.
“É o vinho”, a critica esbraveja, 
“se trocasse a bebida pela classe,
ela lhe daria um norte”.  E a classe, 
por acaso, 
mata a sede com xarope?
Melhor morrer de vodka que de tédio.
Talvez,
se houvesse tinta no Inglaterra
você não cortaria os pulsos.
Os plagiários felizes pedem bis!
Já todo um pelotão em auto-execuçaõ!
Para que aumentar 
o rol dos suicidas?
Antes aumentar a produção de tinta!
Por enquanto há escória de sobra.
O tempo é escasso 
– mãos à obra!
Primeiro é preciso transformar a vida,
para cantá-la em seguida.
Os tempos
estão duros para o artista.
Mas dizei-me, anêmicos e anões,
os grandes, 
  onde, em que ocasiões,
escolheram uma estrada batida ?
Para o júbilo o planeta está imaturo,
é preciso arrancar alegria ao futuro.
Nesta vida, 
morrer não é difícil,
difícil é a vida e seu ofício.

Vladimir Maiakovski (Bagdadi, Rússia, 19 de julho de 1893 - Moscou, 14 de abril de 1930) - Poeta e dramaturgo, considerado um dos mais influentes autores do século XX. Foi um dos fundadores do movimento artístico futurista da Rússia. Ao lado de figuras como Meyerhold, participou da criação de um novo teatro russo influenciado pela arte construtivista. As traduções foram feitas por Carrera Guerra, Boris Schneiderman, Augusto de Campos e Haroldo de Campos

Oposição pedirá investigação de convites da Petrobrás a ministros para Fórmula 1

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,oposicao-pedira-investigacao-de-convites-da-petrobras-a-ministros-para-formula-1,1146379,0.htm

Como revelou o 'Estado', parentes de titulares das pastas, além do genro de Dilma Roussef, foram de graça ao camarote VIP do GP de Interlagos

28 de março de 2014 | 16h 44

MURILO RODRIGUES ALVES - Agência Estado
Brasília - A oposição vai pedir que a Comissão de Ética da Presidência da República abra um processo para apurar a conduta dos ministros que receberam da Petrobrás convites para acompanhar o GP de Fórmula 1, em novembro do ano passado, em um camarote VIP da empresa, que serviria para aumentar o relacionamento com grandes clientes corporativos.

Estado revelou nesta sexta-feira, 28, que a estatal entregou as credenciais que dão direito à vista privilegiada da pista do Autódromo de Interlagos, além de acesso aos boxes das escuderias, hospedagem em hotel cinco estrelas e buffet de bebidas e comidas durante o GP para ministros e parentes.
Entre os beneficiários estão o genro da presidente Dilma Rousseff, Rafael Covolo; dois filhos do ministro da Fazenda, Guido Mantega; e a irmã, o cunhado e a sobrinha da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, além de parlamentares da base aliada e seus familiares.
"Isso não pode acontecer de forma alguma. A Petrobrás é uma empresa de economia mista, mas o principal acionista é a União. Queremos acabar com o deslumbramento do PT em usar a estrutura do governo como coisa particular do partido. A maior empresa do País é de interesse público", afirmou Rubens Bueno (PR), líder do PPS.
Ele afirmou ainda que a oposição também vai fazer um requerimento de informação ao ministro de Energia, Edison Lobão, sobre quais pessoas foram beneficiadas com esse tipo de cortesia nos eventos patrocinados pela Petrobrás, incluindo a Fórmula 1, desde 2003.
Autoridades públicas podem aceitar convites para assistir a shows artísticos ou evento esportivo sem ônus, desde que seja por razão institucional - quando o exercício da função recomendar a presença - ou quando o convite não ultrapassar o limite de R$ 100, de acordo com o Código de Conduta da Alta Administração Federal. Estima-se que o custo unitário dos convites oferecidos pela Petrobrás chegue a R$ 12 mil - o ingresso mais caro vendido ao público no GP do ano passado, com benefícios semelhantes, valia R$ 11.200.
Rubens Bueno disse que a conduta da presidente tem que ser investigada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Rafael Covolo, genro da presidente, compareceu ao GP em 2013, a convite da Petrobrás, desacompanhado de Paula Rousseff. Em nota ao Estado, a presidente informou que não sabia do convite.
"Se tivesse sido (consultada), teria dito para ele não comparecer. Isso porque, embora não exista irregularidade, não vale o incômodo." Covolo trabalha no escritório de advocacia do ex-marido de Dilma, Carlos Araújo, com atuação voltada para a área trabalhista.

A REELEIÇÃO DOS CORRUPTOS, por João Bosco Leal


uRlXAHzQvKufGAwnkrpciHx3nDr7FUDA2cvUOKJfNRmhjGo6YFNJYaAjPA_4UhXIw0wVGDLdFzWlfsfjTOiUxe5_soI=s0-d-e1-ftNa internet circula um texto de autoria indicada como sendo de Bill Cosby, “Tenho 74 anos e estou cansado“, onde o mesmo descreve diversos desvios comportamentais que estão sendo assumidos pelas pessoas das gerações posteriores à dele, mas que as consequências acabam sendo suportadas por todos.

João Bosco Leal
João Bosco Leal

Conta que nada herdou e que trabalhou duro, desde 17 anos de idade e por 50 horas semanais, para chegar onde estava e agora ouvir que tinha de distribuir suas riquezas com as pessoas que não possuem sua ética de trabalho. Que cansara de ver o governo ficar com seu dinheiro e entregá-lo de formas variadas a pessoas que tiveram preguiça de trabalhar como ele.

Diz que foi educado para ter tolerância com outras culturas, mas não entende a violência contra as mulheres praticada pelos seguidores do Islã em seus países e o assassinato de judeus e cristãos, simplesmente por não serem crentes em Alá e, mesmo assim, insistirem em declarações de que essa é a religião da paz.

Ou a permissão da construção de mesquitas e escolas madraças islâmicas – que só pregam o ódio -, em diversos países do mundo, se nenhum deles pode construir uma igreja, templo, sinagoga ou escola religiosa em países árabes, para pregar o amor e a tolerância.

Fala sobre os tóxicos dependentes, fumantes e alcoólatras que fizeram sozinhos a opção por seu estilo de vida, consumo ou vício, mas de alguma forma acabam prejudicando toda a sociedade e não assumem a responsabilidade por suas escolhas e atitudes, além de normalmente ainda culparem o governo de discriminação por seus problemas, como os tatuados e cheios de piercings, que por essas suas escolhas tornaram-se não empregáveis e reivindicam dinheiro do governo, dos impostos, pagos por quem trabalha e produz.

Que cansou, de ver atletas, artistas e políticos de todos os partidos confessarem erros inocentes, estúpidos ou da juventude, mas que na realidade pensam que seu único erro foi ser apanhado, e de pessoas que por não assumirem a responsabilidade por suas vidas e ações, culpam o governo de discriminação por seus problemas.

Alega que, por sua idade, não verá o mundo que essas pessoas estão criando, pois já está no caminho de saída e não de entrada deste, mas fica triste por seus descendentes e sugere que cada um faça sua parte, contrariando o caminho que esses péssimos governantes estão nos proporcionando, por essa ser a única chance de fazer a diferença.
Com as eleições brasileiras se aproximando, penso que realmente temos, individualmente, a chance de mudar tudo o que aí está posto, desde a corrupção generalizada,  a imunidade parlamentar, a demora generalizada do poder judiciário em julgar os processos, a aceitação  da interferência de um ex Presidente em diversos Poderes e todas as outras falcatruas que diariamente lemos nos jornais ou assistimos pelos noticiários televisivos.

Independentemente de sermos jovens, adultos ou idosos, negros, brancos ou amarelos, de descendência europeia, asiática, americana ou africana, se hoje aqui vivemos e criamos nossos filhos, somos todos brasileiros e é no futuro das nossas próximas gerações de brasileiros é que devemos pensar.

Nada se constrói em um país republicano como o nosso sem o envolvimento de algum dos Três Poderes, ou dos três conjuntamente, mas a total independência destes é fundamental para a sobrevivência da democracia. Entretanto, no Brasil, o Poder Executivo têm, através de nomeações ou de corrupção, interferido diretamente nos outros dois de modo a alterar totalmente muitas decisões que seriam exclusivas destes.

Nos últimos anos, o que se vê nos órgãos públicos, de todos os poderes, é a corrupção e o aumento de impostos, para custear a roubalheira generalizada e as benesses públicas para os que aí estão e buscam a reeleição ou se manter nos cargos que ocupam.

Nas próximas eleições temos uma chance única de alterarmos quadro atual, não reelegendo os corruptos.

João Bosco Leal*                   www.joaoboscoleal.com.br

*Jornalista e empresário

Lula, Dilma, diretores e conselheiros da Petrobrás têm de responder por má gestão e corrupção na Petrobras


Posted: 28 Mar 2014 08:06 AM PDT

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Como a Petrobras é uma empresa controlada pela União, o Presidente da República, sua diretoria e conselheiros administrativos e fiscais são os responsáveis diretos por seu sucesso ou fracasso de gestão. Por isso, o Presidentro Luiz Inácio Lula da Silva e a Presidenta Dilma Rousseff, junto com o conselho diretor da estatal de economia mista, têm de responder, individualmente, na Justiça, por prejuízos gerados por tomadas de decisão com característica de má gestão ou comprovada corrupção. A regra é clara – mesmo no Brasil Capimunista da impunidade.

A CPI da Petrobras, que o presidente do Senado, Renan Calheiros, será obrigado a instalar, mesmo a contragosto da base de aliança desgovernista, explodirá a complicada reeleição de Dilma – popular nas pesquisas, porém sem credibilidade perante o poder econômico mundial, que efetivamente decide o jogo dos negócios privados e públicos no Brasil. É cedo para falar de impeachment, mas o risco existe, porque vale a máxima sobre as Comissões Parlamentares de Inquérito: todos sabem como começam, mas é difícil saber como terminam, mesmo com a costumeira impunidade tupiniquim.

O PT já dá sinais de desespero. Ameaça radicalizar na guerra virtual contra os ataques políticos que lhe serão fatais. Uma ala do partido também já atua na suicida e burra tática de substituir Dilma por Lula na corrida ao Palácio do Planalto. O presidentro seria um alvo mais fácil que a gerentona cujo falsa marketagem de competência desmancha no ar. Mesmo na remota chance de ganhar a eleição – na base da fraude eleitoral ou contando com os votos dos grotões de ignorância e clientelismo -, o governo do PT já perdeu credibilidade, legitimidade e não tem mais governabilidade para seguir em frente.

Se a CPI não sair, a Petrobras será alvo de ações judiciais aqui dentro e lá fora. O Ministério Público Federal será forçado pelas evidências a abrir inquéritos para investigar a má gestão ou os efeitos da dolosa ou culposa corrupção em vários negócios e parcerias da estatal de economia mista. A Comissão de Valores Mobiliários – que é, mas não deveria ser, um órgão do Ministério da Fazenda - terá de agir conforme a legalidade, como xerife do mercado de capitais e não na base da politicagem, com desculpa esfarrapada supostamente técnica, para encobrir os desmandos na Petrobras fartamente denunciados por investidores.

Independentemente do que fizeram (ou não), aqui dentro, o MPF e a CVM, investidores da Petrobras já cansavam de avisar que preparam ações judiciais na Corte de Nova York – na bolsa de cuja cidade a Petrobras negocia ações. Nos EUA, a Security and Exchange Comission, entidade independente de governo, costuma agir com mais rigor contra abusos e atos lesivos aos investimentos no mercado de capitais. Denunciados lá fora, individualmente, dirigentes e conselheiros da Petrobras correm sério risco de sanções duras e multas pesadas, em caso de condenação (o que é nada difícil de acontecer, diante de tanto escândalos com evidências e provas materiais em fartura).  

Literalmente, a petralhada e seus aliados políticos e de negociatas cometeu o assassinato da galinha dos ovos de ouro negro. Os dirigentes do governo e da empresa terão de acertar contas, na Justiça daqui ou de Nova York, pelas consequências da incomPTência e da delinquência. A tese é simples: quem manda na Petrobras é o Presidente ou Presidenta da República. Não deveria ser, mas é, no capimunismo tupiniquim. Assim, quem manda responde pelos atos. E PT, saudações...  

Nas coxas

O Globo teve acesso a documentos internos da Petrobras confirmando que o processo de compra da refinaria de Pasadena envolveu um prazo “muito curto” de due diligence — espécie de auditoria considerada um dos passos essenciais em processos de fusões e aquisições, na qual são avaliadas questões jurídicas, financeiras e operacionais.

O documento confidencial, datado de 31 de janeiro de 2006, revela que ao todo, o processo de compra levou cerca de 20 dias – quando especialistas ressaltam que essa etapa de análise de informações de uma empresa consome, em média, de dois a três meses.  

Após a coleta de documentos e reuniões com diretores financeiros da Astra entre os dias 11 e 25 de novembro de 2005, a estatal teve de fazer nova avaliação em apenas cinco dias.

A consultoria contratada pela Petrobras na ocasião, a BDO Seidman, de Los Angeles, nos EUA, chegou a recomendar que, em razão do “tempo limitado”, a estatal deveria buscar sua própria avaliação de dados.

Mangueira do Lava Jato

Curiosamente, batizada de Projeto Mangueira, a compra da refinaria envolveu a reorganização de cinco afiliadas da Astra Trading.

Como todo mundo sabe que, em uma empresa de Lava Jato sempre se tem uma boa mangueira, tudo caminha para um final infeliz.

Releia: PT deseja Paulo Costa como bode expiatório, isolando-o do governo, da Petrobras e da Odebrecht

http://www.alertatotal.net/2014/03/pt-deseja-paulo-costa-como-bode.html

13 do Metrô

O Ministério Público de São Paulo pediu à Justiça a prisão preventiva de treze executivos acusados de participar da formação de cartel para a compra e reforma de trens do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Onze deles são da Siemens, um da Bombardier e um, da Hyundai-Rotem.

Se a Justiça aceitar o pedido, os nomes dos executivos - estrangeiros que nunca foram ouvidos na investigação da Promotoria - vão para a Polícia Federal (PF) e, posteriormente, para a Interpol.

Mensalão agora mineiro mesmo

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal votou ontem para que seja julgado em Minas Gerais o processo chamado de mensalão tucano, que tem como réu o ex-deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG), e rola no STF desde 2005,.

Só o Super Joaquim Barbosa votou para que o julgamento fosse feito pelo Supremo:

“Eu me mantenho fiel ao entendimento que sustentei nas ações 333 (Ronaldo Cunha Lima), e 396 (Natan Donadon), pois a renúncia do réu não pode ser motivo para esquivar ou retratar a ação penal. No caso em análise, a renúncia do réu poucos dias depois da ação teve como finalidade evitar o julgamento”

Empurra com a barriga

Com a transferência para Minas Gerais, o julgamento final de Azeredo fica adiado.

Isso porque o juiz da primeira instância poderá pedir mais diligências para instruir o processo, se considerar necessário.

Em caso de condenação, o réu poderá recorrer ao Tribunal Regional Federal (TRF), ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, por fim, ao STF.

Mesmo que a eventual condenação seja mantida, a pena só poderá começar a ser cumprida quando todos os recursos tiverem sido julgados.

Mais do mesmo

No tal Mensalão tucano ou mineiro, o MPF denunciou que foram desviados R$ 3,5 milhões em valores da época, ou R$ 9,3 milhões em cifras atualizadas.

O operador do esquema era Marcos Valério, o mesmo do mensalão do governo Lula. A principal empresa dele, a SMP&B, teria tomado dinheiro emprestado no Banco Rural e repassado para a campanha de Azeredo.

Para saldar a dívida no banco, três estatais – a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), a Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig) e o Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) – deram dinheiro para a empresa de Valério.

Manobra radical

Oficialmente, a SMP&B era a intermediária do patrocínio do governo a três eventos de motocross.

Os eventos aconteceram ao custo de R$ 98,9 mil.

O restante do dinheiro teria sido usado para financiar a campanha e para pagar propina aos integrantes do esquema.

Guerrilha petista


O PT promoveu ontem um seminário fechado, chamado de “Presença Digital", para cerca de 80 assessores lotados em gabinetes de deputados e senadores para treiná-los para a guerrilha digital.

Um dos palestrantes foi o jornalista Leandro Fortes, autor de artigo apócrifo, publicado no Facebook oficial do PT, chamando o pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, de “playboy mimado”.

O texto foi considerado um erro por dirigentes petistas, causou uma crise na pré-campanha mas o esquema segue em frente, como de costume...

Pula do Muro


Os irmãos como tal se reconhecem


Primeiro de Abreu



Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.

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© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 28 de Março de 2014.