quinta-feira, 15 de agosto de 2013

O corretor de imóveis e o marketing nas redes sociais


by Felipe R. Magalhães
Facebook, Twitter, Linkedin, Pinterest, Foursquare, Youtube: ao começar a pensar suas ações de marketing no ambiente digital, estas foram as primeiras redes sociais online que vieram a sua cabeça. Estou certo?  Hoje, estes canais de comunição são tão populares que é difícil imaginar uma estratégia que não englobe uma ou mais interações nestas redes sociais online.
De fato, estes canais ganham cada vez mais importância para o mercado imobiliário e passam a ser usados com maior frequência. Mas pergunto: quando escolhe uma rede para interagir com os seus clientes, você faz isso de forma consciente ou tem apenas seguido aquilo que o mercado dita como uma tendência?
corretor-imoveis-redes-sociais-estrategia-relacionamento
A sua resposta está diretamente relacionada aos resultados que você obterá ao final da ação. Em nosso post de hoje não vou dar dicas de como utilizar adequadamente as redes sociais online, mas quero chamar atenção sobre a necessidade de estar neste ambiente de forma planejada e, sobretudo, provocar uma reflexão sobre algumas concepções que vêm sendo disseminadas, mas que na prática não condizem com a teoria.
Uma dessas concepções é a de que o marketing nas redes sociais é a solução de todos os seus problemas. Errado! Esta é uma estratégia que vem potencializar o seu relacionamento com o cliente e a mesma deve vir acompanhada da qualificação profissional, do conhecimento de mercado e do perfil do seu cliente e o investimento em diferentes formas de comunicação.
Neste sentido, é importante destacar que muitos profissionais pensam que o marketing é responsável pela venda de imóvel. Esta é uma ideia equivocada. Diferentes autores defendem que o marketing tem a finalidade de criar valor e satisfação para o cliente na gestão dos relacionamentos ou ainda, de ser uma ferramenta que potencializa a criação de oportunidades de negócios.
Ele está muito mais relacionado à ideia de satisfação do que à de venda propriamente dita. Por meio de pesquisas e uma série de outras ferramentas, o marketing identifica a necessidade e cria a oportunidade, colaborando assim para a comercialização de um imóvel, por exemplo.
Desse modo, podemos concluir que não basta apenas ter um perfil nas redes sociais. É preciso planejar esta presença. Antes de pensar nos canais mais populares, é preciso que se tenha em mente quem é o seu público, que objetivos deseja alcançar, para finalmente definir qual canal de relacionamento irá gerar a resultado mais eficiente com seus clientes e, principalmente, quais estratégias utilizar.
E quando falo em estratégia, é interessante notar que a presença nas redes sociais online pressupõe que você tenha algo relevante a comunicar. Não é escaneando um panfleto que é distribuído na rua e o postando no seu perfil/fanpage no Facebook ou criando um álbum de fotos sem nenhuma descrição dos benefícios do seu imóvel que irá criar um relacionamento bem sucedido.
As redes sociais online são canais de alto potencial de audiência e que devem ser tratados como importantes espaços para o compartilhamento de informação. Porém, muitos profissionais confundem estas redes com canais de venda.
Todavia, antes de vendermos, devemos nos preocupar em conquistar a confiança do cliente, confiança essa que está diretamente ligada aos relacionamentos que estabelecemos por meio de uma presença ativa, verdadeira e relevante.
Os seus clientes buscam por conteúdos que agreguem valor ao seu processo de pesquisa de imóvel. E esta busca não se dá apenas nas redes sociais online e é por isso que eu digo que o marketing isoladamente não é a solução dos seus problemas.
Hoje, é cada vez mais vital compreender que as estratégias devem ser planejadas sob a perspectiva de uma comunicação integrada, na qual as ações de uma mídia ecoam sobre outras, seja no ambiente online ou offline.
Graças à relevância que estes canais têm alcançado para o mercado imobiliário, frequentemente poderá ser convidado para dar entrevista em jornais e revistas, fazendo assim uma conexão cada vez mais forte entre os ambientes online e offline.
E aqui, quero provocá-lo à desconstrução de outra concepção que julgo ser um fator limitador da ampliação da utilização da comunicação integrada no setor imobiliário.Ao pensar em marketing no ambiente online, muitas vezes incorremos em erro de concebê-lo apenas como marketing digital.
Vejo o marketing digital apenas como uma forma didática de trabalhar uma densidade de possibilidades do marketing. Desse modo, o erro ao que me refiro neste caso é pensar que falar em marketing digital é basicamente falar do mundo online, quando na realidade é pensar no on e offline.
Nesse sentido, é necessário entender também que a imagem construída no ambiente digital deve estar vinculada à imagem real do corretor de imóveis ou de uma empresa do setor. Qualquer desvio de informação pode criar uma ruptura de confiança e, consequentemente, no relacionamento com o cliente.
Além disso, é necessário ser multimídia, sabendo alinhar estrategicamente os recursos de texto, imagem, vídeo e áudio de forma a construir um relacionamento mais consciente e efetivo.

Fonte: Guilherme Machado

Projeto quer diminuir para 30 dias compra de um imóvel no Brasil


O processo de compra de um imóvel no Brasil pode cair dos cerca de quatro meses para menos de 30 dias com a aprovação de um projeto em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. O texto concentra todos os atos jurídicos envolvendo um imóvel na sua matrícula de registro. De autoria do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), a proposta tem o apoio do governo federal e deverá ser aprovada em breve.

A proposta transfere a responsabilidade do comprador para o proprietário do imóvel, que passará a ser obrigado a registrar na matrícula todos os dados envolvendo aquela residência. A responsabilidade também recairá sobre um terceiro que tenha algum litígio com repercussão financeira contra o imóvel.

Assim, em vez de o comprador ser obrigado a fazer um verdadeiro périplo pelos cartórios para verificar se o imóvel está bloqueado pela Justiça, consta como espólio ou foi usado como garantia em empréstimo, por exemplo, os dados serão unificados na matrícula do imóvel no Serviço de Registro de Imóveis.

A atualização e veracidade dos dados na matrícula ficam a cargo do vendedor e não mais do comprador, que antes precisava percorrer várias cartórios. Em São Paulo, por exemplo, o comprador deve levantar de 40 a 50 certidões para se proteger no futuro e, mesmo assim, não há garantias de que a compra não será questionada na Justiça.

Na prática, além de reduzir os custos e a burocracia, a proposta conhecida no mercado como concentração do ônus na matrícula, desestimula os chamados “contratos de gaveta”. Com a concentração de todos ao atos do imóvel na matrícula, ficam valendo somente aqueles ônus que estiveram averbados no registro na hora da assinatura do contrato.

“O objetivo é desburocratizar o mercado imobiliário brasileiro, que em função da insegurança jurídica não tem o tamanho que poderia ter”, afirmou Teixeira. Para ele, o mercado brasileiro se desenvolveu de forma “torta”. “Cabe a um terceiro, no caso, o adquirente do imóvel, levantar todas as informações que comprovem que aquele bem não tem nenhum problema envolvendo o seu dono original e outra parte, como instituição financeira ou a Justiça.”

O secretário adjunto de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, Pablo Fonseca, avaliou que a aprovação do projeto tem potencial para melhorar “enormemente” a segurança jurídica na compra de imóveis, mercado em expansão no País nos últimos anos.

Segundo ele, a SPE acompanha com grande interesse a tramitação do projeto. “O credor, ou alguém que tem algum interesse sobre a pessoa que é dona do imóvel, será obrigado a registrar na matrícula que move uma ação contra o proprietário”, explicou Fonseca. “Se não estiver anotado matrícula, o imóvel não seria mais passível de questionamento e o comprador não corre o risco de perder o imóvel.”

Para o presidente da Associação Brasileira da Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Octavio de Lazari, os registradores de imóvel e o mercado financeiro são favoráveis à aprovação do projeto. Na avaliação dele, o projeto privilegia a todos compradores, inclusive aqueles beneficiados no programa Minha Casa, Minha Vida. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Lewandowski não se explica, mas poderá ser punida mensageira que revelou malfeitorias pró-Dilma no TSE

quarta-feira, 14 de agosto de 2013


As informações a seguir não desmentem que o ministro Ricardo Lewandowski operou ilegalmente para proteger o PT, os bandidos do Mensalão e a presidente Dilma Roussef quando foi presidente do TSE, segundo denúncia de Veja desta semana, que deu nomes aos bois, datas, horários, locais e fatos. CLIQUEAQUI para examinar toda a reportagem de Veja. O que procuram agora os "amigos" de Lewandowski, todos do PT e do governo Dilma: culpar a mensageira pela mensagem. É uma manobra torpe, velha e conhecida. O fato é que Lewandowski deve uma explicação ou precisa ser investigado e punido em caso de confirmação de tudo.

Uma nota publicada nesta quarta-feira 14 pela jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, descreve a preocupação da presidente Dilma Rousseff com a arapongagem digital e revela que o ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski chegou a bloquear seu email e mudar de endereço depois que uma mensagem sua foi divulgada na imprensa. Leia abaixo:

*LINHA CRUZADA *

Dilma Rousseff fica aflita quando algum visitante entra em seu gabinete com um iPad ligado. Ela foi informada de que o aparelho pode se transformar num grande gravador, possível de ser acionado por algum araponga a quilômetros de distância. Mesmo sem o consentimento do dono. Quando a situação permite, a presidente pede que o tablet seja levado para longe de seu gabinete.

LINHA CRUZADA 2

O ministro do STF Ricardo Lewandowski bloqueou seu e-mail pessoal e mudou de endereço eletrônico. Fez isso depois que sua correspondência com uma servidora foi divulgada até na imprensa.

. Na semana passada, um email de Lewandowski, da época em que comandava o Tribunal Superior Eleitoral, encaminhado para a ex-diretora do TSE Patrícia Landi, foi vazado na íntegra e o seu conteúdo foi parar na coluna Painel, da Folha, e nas páginas da revista Veja. ".

. Conforme apuração do 247, existe um forte indício de que o vazamento da mensagem tenha partido da servidora Patrícia Maria Landi da Silva Bastos, atual assessora-chefe de gestão estratégica da presidência do Supremo, comandada por Joaquim Barbosa.

. Se confirmado o episódio, essa será a primeira vez na história do TSE e do STF que um assessor – ocupante de cargo "de confiança" – divulgaria a íntegra de um email reservado e o endereço eletrônico de um ministro da Corte.

Unimed deverá pagar indenização de R$ 15 mil por negar cirurgia para cliente


13/08/13

A Unimed Fortaleza deverá pagar R$ 15 mil de indenização por negar procedimento cirúrgico à cliente M.L.N. A decisão, da 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), teve como relator o desembargador Francisco Darival Beserra Primo.
Segundo os autos, M.L.N. foi diagnosticada com artrose e o médico indicou cirurgia no joelho direito para implantação de prótese. O plano de saúde, no entanto, negou o pedido, sob a justificativa de que o contrato não cobria o procedimento.
Em março de 2009, a paciente ajuizou ação, com pedido de liminar, requerendo que a Justiça determinasse a imediata autorização. Além disso, solicitou indenização pelo abalo moral sofrido diante da recusa.
Em abril de 2009, o Juízo da Comarca de Alto Santo, distante 241 km de Fortaleza, concedeu a liminar. Posteriormente, a decisão foi confirmada por meio de sentença, em que a Unimed foi condenada ao pagamento de R$ 15 mil a título de reparação moral.
Objetivando modificar a decisão, a empresa entrou com apelação (n° 0000270-74.2009.8.06.0031) no TJCE. Sustentou a inexistência dos danos alegados pela paciente e requereu a improcedência da ação.
Ao julgar o recurso nessa terça-feira (06/08), a 8ª Câmara Cível manteve a sentença, acompanhando o voto do relator. “A recusa injustificada da respectiva Prestadora do Plano [Unimed] e a sua correspondente falta de plausibilidade da negativa acabam por tornear a abusividade tão preconizada pelo Código de Defesa do Consumidor e, por assim, enseja a configuração da nota de ilicitude de sua postura”.
Fonte: TJCE

Como a classe média alta brasileira é escrava do “alto padrão” dos supérfluos.

 

No ano passado, meus pais (profissionais ultra-bem-sucedidos que decidiram reduzir o ritmo em tempo de aproveitar a vida com alegria e saúde) tomaram uma decisão surpreendente para um casal – muito enxuto, diga-se – de mais de 60 anos: alugaram o apartamento em um bairro nobre de São Paulo a um parente, enfiaram algumas peças de roupa na mala e embarcaram para Barcelona, onde meu irmão e eu moramos, para uma espécie de ano sabático.
Aqui na capital catalã, os dois alugaram um apartamento agradabilíssimo no bairro modernista do Eixample (mas com um terço do tamanho e um vigésimo do conforto do de São Paulo), com direito a limpeza de apenas algumas horas, uma vez por semana. Como nunca cozinharam para si mesmos, saíam todos os dias para almoçar e/ou jantar. Com tempo de sobra, devoraram o calendário cultural da cidade: shows, peças de teatro, cinema e ópera quase diariamente. Também viajaram um pouco pela Espanha e a Europa. E tudo isso, muitas vezes, na companhia de filhos, genro, nora e amigos, a quem proporcionaram incontáveis jantares regados a vinhos.
Com o passar de alguns meses, meus pais fizeram uma constatação que beirava o inacreditável: estavam gastando muito menos mensalmente para viver aqui do que gastavam no Brasil. Sendo que em São Paulo saíam para comer fora ou para algum programa cultural só de vez em quando (por causa do trânsito, dos problemas de segurança, etc), moravam em apartamento próprio e quase nunca viajavam.
Milagre? Não. O que acontece é que, ao contrário do que fazem a maioria dos pais, eles resolveram experimentar o modelo de vida dos filhos em benefício próprio. “Quero uma vida mais simples como a sua”, me disse um dia a minha mãe. Isso, nesse caso, significou deixar de lado o altíssimo padrão de vida de classe média alta paulistana para adotar, como “estagiários”, o padrão de vida – mais austero e justo – da classe média europeia, da qual eu e meu irmão fazemos parte hoje em dia (eu há dez anos e ele, quatro). O dinheiro que “sobrou” aplicaram em coisas prazerosas e gratificantes.
Do outro lado do Atlântico, a coisa é bem diferente. A classe média europeia não está acostumada com a moleza. Toda pessoa normal que se preze esfria a barriga no tanque e a esquenta no fogão, caminha até a padaria para comprar o seu próprio pão e enche o tanque de gasolina com as próprias mãos. É o preço que se paga por conviver com algo totalmente desconhecido no nosso país: a ausência do absurdo abismo social e, portanto, da mão de obra barata e disponível para qualquer necessidade do dia a dia.
Traduzindo essa teoria na experiência vivida por meus pais, eles reaprenderam (uma vez que nenhum deles vem de família rica, muito pelo contrário) a dar uma limpada na casa nos intervalos do dia da faxina, a usar o transporte público e as próprias pernas, a lavar a própria roupa, a não ter carro (e manobrista, e garagem, e seguro), enfim, a levar uma vida mais “sustentável”. Não doeu nada.
Uma vez de volta ao Brasil, eles simplificaram a estrutura que os cercava, cortaram uma lista enorme de itens supérfluos, reduziram assim os custos fixos e, mais leves, tornaram-se mais portáteis (este ano, por exemplo, passaram mais três meses por aqui, num apê ainda mais simples).
Por que estou contando isso a vocês? Porque o resultado desse experimento quase científico feito pelos pais é a prova concreta de uma teoria que defendo em muitas conversas com amigos brasileiros: o nababesco padrão de vida almejado por parte da classe média alta brasileira (que um europeu relutaria em adotar até por uma questão de princípios) acaba gerando stress, amarras e muita complicação como efeitos colaterais. E isso sem falar na questão moral e social da coisa.
Babás, empregadas, carro extra em São Paulo para o dia do rodízio (essa é de lascar!), casa na praia, móveis caríssimos e roupas de marca podem ser o sonho de qualquer um, claro (não é o meu, mas quem sou eu para discutir?). Só que, mesmo em quem se delicia com essas coisas, a obrigação auto-imposta de manter tudo isso – e administrar essa estrutura que acaba se tornando cada vez maior e complexa – acaba fazendo com que o conforto se transforme em escravidão sem que a “vítima” se dê conta disso. E tem muita gente que aceita qualquer contingência num emprego malfadado, apenas para não perder as mordomias da vida.
Alguns amigos paulistanos não se conformam com a quantidade de viagens que faço por ano (no último ano foram quatro meses – graças também, é claro, à minha vida de freelancer). “Você está milionária?”, me perguntam eles, que têm sofás (em L, óbvio) comprados na Alameda Gabriel Monteiro da Silva, TV LED último modelo e o carro do ano (enquanto mal têm tempo de usufruir tudo isso, de tanto que ralam para manter o padrão).
É muito mais simples do que parece. Limpo o meu próprio banheiro, não estou nem aí para roupas de marca e tenho algumas manchas no meu sofá baratex. Antes isso do que a escravidão de um padrão de vida que não traz felicidade. Ou, pelo menos, não a minha. Essa foi a maior lição que aprendi com os europeus — que viajam mais do que ninguém, são mestres na arte dosavoir vivre e sabem muito bem como pilotar um fogão e uma vassoura.
PS: Não estou pregando a morte das empregadas domésticas – que precisam do emprego no Brasil –, a queima dos sofás em L e nem achando que o “modelo frugal europeu” funciona para todo mundo como receita de felicidade. Antes que alguém me acuse de tomar o comportamento de uma parcela da classe média alta paulistana como uma generalização sobre a sociedade brasileira, digo logo que, sim, esse texto se aplica ao pé da letra para um público bem específico. Também entendo perfeitamente que a vida não é tão “boa” para todos no Brasil, e que o “problema” que levanto aqui pode até soar ridículo para alguns – por ser menor. Minha intenção, com esse texto, é apenas tentar mostrar que a vida sempre pode ser menos complicada e mais racional do que imaginam as elites mal-acostumadas no Brasil.
O texto foi escrito pela Adriana Setti na coluna Mulheres pelo Mundo da Revista Época.