segunda-feira, 6 de março de 2017

Israel: novo pólo para o setor de transporte inteligente


Israel: novo pólo para o setor de transporte inteligenteInspirado por histórias de sucesso mundial como Waze, Mobileye e Moovit, o país está de olho neste setor,  uma indústria lucrativa que pode ultrapassar os US$ 9 trilhões até 2030.
Este artigo foi retirado de Haaretz.
Não é preciso entrar em detalhes sobre como o Waze é sucesso mundial, usado e difundido  pelos quatro cantos do globo, e como é difícil imaginar como dirigíamos antes dele. Mas a compra do Waze pelo Google não é a única história de sucesso quando se trata de algo relacionado direta ou indiretamente ao segmento de  transporte em Israel.
Mobileye que fabrica sistemas de segurança que identificam quando um veículo sai de sua pista ou se aproxima muito de veículos ou pedestres, é avaliada em mais de US $ 7,5 bilhões.
O aplicativo de transporte público Moovit acumulou 50 milhões de usuários em 1.200 cidades em todo o mundo. Esses números atraíram a atenção de alguns dos maiores fabricantes de automóveis do mundo, e a BMW é agora um investidor da empresa .
O aplicativo para chamada de táxis Gett (anteriormente conhecido como GetTaxi), obteve um investimento de 300 milhões de dólares da Volkswagen em maio passado.
A start up israelense Valens desenvolveu um chip para a transferência e processamento de grandes quantidades de dados em alta velocidade no carro inteligente, e está colaborando com a montadora alemã Daimler. Além disso, a General Motors opera uma planta de P & D em Israel desde 2008, e agora emprega 250 pesquisadores. A Daimler está atualmente abrindo seu próprio centro de pesquisa em Israel, enquanto a Renault está planejando uma iniciativa similar.
Todos esses exemplos, e muito mais, inclusive citados em um relatório abrangente e recente  preparado pela consultoria alemã Roland Berger, mostram o enorme potencial de Israel nestes setores correlatos: automotivo , mobilidade e transporte inteligente. O  Plano Nacional de Israel para o Desenvolvimento de Transporte Inteligente incluirá na primeira fase a formação de uma equipe liderada pelo diretor-geral do Gabinete do Primeiro Ministro,  pelo diretor geral do Ministério de Transportes e Segurança Rodoviária, e será encarregado de formular uma política que transformará Israel em uma superpotência de transporte inteligente.
Israel: novo pólo para o setor de transporte inteligente

O plano tem seis pontos-chave:  a alocação de território físico para a experimentação em transporte; tornar acessíveis todos os bancos de dados governamentais de transporte para aqueles que desejam desenvolver soluções tecnológicas; promover a cooperação entre a indústria e a academia – essencialmente, criando um MIT israelense que reunirá departamentos como geografia, engenharia, arquitetura, planejamento urbano com o Escritório do Cientista Chefe para avançar ideias tecnológicas no campo do transporte; alterar o regulamento do país para permitir a realização de experiências e desenvolvimentos em Israel, adaptando as leis e normas, como, por exemplo,  conduzir sem as duas mãos ao volante; apoio a novos desenvolvimentos e programas-piloto; mapeamento abrangente de cada estrada, estacionamento, lote, interseção e conjunto de semáforos em Israel. O plano exigirá, inicialmente, o referido investimento de 250 milhões de shekels, o equivalente a aproximadamente 68 milhões de dólares.
O transporte inteligente é uma “tecnologia disruptiva” – uma indústria que cria novos mercados com suas tecnologias inovadoras. Não há dúvida de que a tecnologia de transporte inteligente vai mudar fundamentalmente o modelo de negócios de todos os fabricantes de automóveis, todos os operadores de transporte público e todos os ministérios do transporte em todo o mundo.
E Israel está se posicionando na vanguarda deste cenário, pelos seguintes motivos:  tecnologias disruptivas exigem o “pensar fora da caixa”, demandam pensamentos e ideias não convencionais . E isso a nação das start-ups tem de sobra.  Este tipo de processo de pensamento abrange ideias como semáforos que mudam dependendo do estado do tráfego; ônibus que pulam paradas em pontos com base no número de pessoas esperando em cada um; ônibus que pegam passageiros de suas casas em ordem; automóveis que se comunicam entre si para fins de segurança ou de gestão do tráfego; garagens ou estacionamentos onde os carros se auto estacionam; carros que travam de forma independente para evitar um acidente; e até, quem sabe, embora não antes de 2030, uma transição para carros sem motorista.
O mundo dos veículos autônomos também será um mundo de apenas carros elétricos, com baterias que se recarregam em meros segundos. A previsão das pressões de tráfego será uma parte fundamental destes avançados sistemas de transporte, bem como o desenvolvimento de fontes de energia alternativas.
As montadoras tradicionais serão atingidas por essas mudanças tecnológicas. Elas vão ver o conceito de carro como até então o conhecemos, perder o  prestígio e sua marca perder a importância que tem atualmente. Na era do veículo sem motorista, muito menos carros serão produzidos porque estes terão uma vida útil muito mais longa; e a concorrência feroz dos preços pode ser esperada entre fabricantes.
Países que estão na vanguarda deste desenvolvimento tecnológico e que adaptam os seus sistemas de transporte às tecnologias necessárias podem colher grandes benefícios deste mercado tão promissor e lucrativo (em 2030, o faturamento deve atingir entre  US $ 7,8 trilhões e US $ 9,4 trilhões, com lucros totais de US $ 57,5 bilhões). Israel está em um ótimo ponto de partida para lucrar com a mudança. O país não tem montadoras que podem se prejudicar. Ao mesmo tempo, é líder tecnológico em eletro-óptica, big-data e previsão, e também um líder na transição para veículos elétricos. Israel já tem mais de 500 startups trabalhando no setor. Ao todo, existem cerca de 2.000 empreendedores e cerca de 200 pesquisas e estudos focados em áreas ligadas ao transporte inteligente atualmente em Israel.
Fonte:  Haaretz

Mamata dos nossos Ex-Governadores....

Um dos casos identificados no levantamento é o do ex-presidente José Sarney, que recebe mensalmente 59.507,18, em valores brutos. Desse total, R$ 29.036,18 são da aposentadoria de ex-senador. Os outros R$ 30.471 são de uma pensão por ter sido governador do Maranhão. Dá pra acreditar?

Parece mas não é - por Fernão (Belíssimo artigo para o Estadão)


armad1
Artigo para O Estado de S. Paulo de 6/3/2017
Mais um dos nós cegos que amarram a vida brasileira está prestes a ser atado pela trajetória dessa “lei de iniciativa popular” do Ministério Publico que surfou a onda da luta contra a corrupção.
Nem entro no mérito das “10 medidas”. Tudo está errado nessa história a começar pela figura deformada de lei de inciativa popular enfiada de última hora na Constituição de 88. Ferramentas de “democracia semidireta” como esta são uma inovação suíça dos meados do século 19 que foi incorporada à democracia americana na virada para o 20. Pouco menos de 100 anos depois da inauguração do “governo do povo, pelo povo e para o povo”, em 1787, a excessiva “blindagem” dos representantes eleitos arquitetada pelos “Fundadores” tinha se revelado um trágico equívoco. Com mandatos garantidos até à eleição seguinte, como continuam sendo no Brasil, políticos corruptos estavam à vontade para se mancomunar com empresários corruptos e se locupletar impunemente o que reduziu o sistema a uma ditadura de uma minoria articulada para explorar o povo.
Nada disso! A obra da sociedade é que precisava de garantias de estabilidade! E para obtê-la era preciso quebrar a dos representantes eleitos que a comprometia sem no entanto enfraquecer o “governo de representação”. As leis de iniciativa popular foram o primeiro instrumento da reforma permanente que começou ali e prossegue ininterrupta até hoje. Foi com elas que se instituiu, em etapas sucessivas, os complementos do “referendo” das leis dos legislativos e do “recall” dos mandatos dos representantes que inclui os de todos os funcionários que prestam serviços diretos ao público e, para isso mesmo, são eleitos por ele e não nomeados por políticos.

O pressuposto dessas três ferramentas é, no entanto, o estrito respeito ao princípio federalista. Uma organização democrática – a prerrogativa de decidir, entre iguais, quem vai fazer o quê por ordem de quem – era um imperativo de sobrevivência para comunidades isoladas em territórios hostis longe das autoridades dos países de origem. Foi a mesma que funcionou muito bem por 300 anos no Brasil Colônia das Câmaras Municipais. O federalismo apenas institucionaliza a lógica da necessidade e consagra a sequência histórica desse segundo renascimento da democracia no “Novo Mundo”. Se o povo é a única fonte de legitimação das instituições republicanas, tudo que envolver um só município – educação, segurança, normas de convivência, etc. – deve ser decidido (e bancado) por ele mesmo e só o que envolver mais de um município deve ser decidido (e bancado) pelo poder estadual. Nos EUA independentes essas unidades políticas e geográficas originais só concordaram em aderir a um ente nacional abstrato se os poderes dele ficassem restritos à defesa do território e da moeda nacionais e ao estabelecimento de relações internacionais pois, tudo contra o que se lutava, lá e nas “Vilas Ricas” do Brasil, era um poder centralizado colhendo, à distância, impostos abusivos e mandando despoticamente em gente diferente com necessidades diferentes apenas para sustentar seus privilégios.

Toda lei “nacional” fora desse escopo restrito é, portanto, intrinsecamente antidemocrática. Quanto à regra de maioria, ela é a menos ruim porque todas as alternativas são piores. Mas também as maiorias são tanto mais democráticas quanto menores forem os pedaços em que a massa dos eleitores for pulverizada. As ferramentas de "democracia semidireta" só se aplicam aos âmbitos municipal e estadual e num contexto de eleição distrital pura não só por essa razão mas também porque só esse sistema define quem exatamente é representante de quem e permite processos de cobrança e substituição perfeitamente legítimos. Qualquer cidadão pode iniciar uma petição de “recall”, propor uma nova lei ou convocar o “referendo” de uma lei baixada pelo legislativo. Mas é preciso colher entre 5% e 7% (dependendo do município) das assinaturas dos eleitores do funcionário ou representante visado ou do eleitorado afetado pela lei proposta ou desafiada. Conferidas as assinaturas pelo Secretário de Estado municipal ou estadual, função que existe especificamente para supervisionar a legitimação desses processos, fica a petição qualificada para ser submetida a um “sim” ou “não” de todos os eleitores daquele funcionário ou representante numa votação especial, no caso de “recall”, ou mediante a impressão da lei proposta ou desafiada na cédula da próxima eleição majoritária para aprovação ou rejeição de todos os eleitores do estado ou município afetados por ela. Na de novembro passado a média nacional de propostas do gênero nas cédulas nos EUA foi de 62.

Os legislativos são, portanto, meros “pacientes” desses processos. Não podem alterar o que é decidido de forma tão transparente e inclusiva. O Judiciário pode, em alguns casos, interferir. Mas para desencorajar desvios ha eleições de confirmação (ou não) também dos juízes de cada comarca a cada quatro anos. No âmbito federal ha só processos indiretos de "impeachment" que raríssimamente chegam a ser aplicados pois o sistema vai sendo permanentemente higienizado ao longo do caminho.
Tendo recomendado reiteradamente a “democracia semidireta” adotada com variações em todo o mundo que funciona, chamo a atenção, agora, para as falsificações presentes em todas as ditaduras disfarçadas. Nossa lei torta, aberta apenas à iniciativa de corporações e fechada aos cidadãos comuns, pode, com muito boa vontade, ser considerada como uma brecha num sistema hermético que pode eventualmente ser usada para o bem. Mas dar a um indivíduo no STF o poder de fixar o precedente de que bastam umas tantas assinaturas para substituir 140 milhões de eleitores e impor leis intocáveis a todo o país terá o mesmo efeito do que tentou fazer o PT quando quis substituir o conjunto do eleitorado pelos seus "movimentos sociais" amestrados: será o tiro de misericórdia na esperança de uma democracia no Brasil.

A mão invisível da Justiça - EDITORIAL ESTADÃO


ESTADÃO - 06/03

Casos recentes revelam os crescentes problemas de má formação teórica dos juízes de primeira instância e a disposição de substituir a lei por opiniões políticas, para fundamentar suas sentenças



Vem crescendo de modo preocupante, na primeira instância dos tribunais, o número de juízes que utilizam suas prerrogativas para fazer política, interpretando as leis de forma enviesada, judicializando a administração pública e intervindo no livre jogo de mercado. O caso mais recente, que levou o corregedor-geral de Justiça, desembargador Manoel Pereira Calças, a pedir ao órgão especial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) a abertura de um processo administrativo disciplinar, ocorreu com o juiz Fernando Antonio de Lima, titular da Vara do Juizado Cível e Criminal de Jales (SP).

Em entrevista concedida a um jornal da cidade, em maio de 2015, ele criticou a privatização de empresas estatais e defendeu o que chamou de “direito do povo contra serviços mal prestados por grandes bancos e grandes corporações econômicas”. Segundo o site Consultor Jurídico, na ocasião ele também apresentou citações do papa Francisco em favor dos “desprezados e esquecidos”. E ainda lembrou que, em 2014, as condenações que aplicou a empresas privadas concessionárias de serviços públicos totalizaram R$ 14 milhões – valor esse “repassado para a população da comarca” e que “movimentou nossa economia, com distribuição de renda”.

Alegando ter sido condenada sistematicamente por esse juiz a indenizar consumidores por danos morais, em decisões idênticas, sempre com os mesmos fundamentos e sempre no valor de R$ 10 mil, uma dessas empresas – a Telefônica – levou o caso à Corregedoria-Geral de Justiça. A empresa acusou o juiz de falta de isenção e lembrou que, antes de sua entrevista, o Juizado Cível e Criminal de Jales recebia, em média, 212 novos processos por mês. No mês seguinte, o número foi de 1.080 novas ações, pulando para 1.622, no outro mês.

A reclamação foi acolhida pelo Órgão Especial do TJSP. “Não há dúvida de que o aumento da demanda decorreu em grande medida da entrevista concedida pelo magistrado, onde externou a predisposição de condenar empresas. O comportamento refletiu favoritismo e, no mínimo, gerou dúvidas sobre sua imparcialidade. Não é a atitude esperada de um juiz independente e prudente. A conduta, em tese, pode configurar infração disciplinar”, afirmou o corregedor Pereira Calças. Já o presidente da Corte, Paulo Dimas Mascaretti, alegou que o juiz de Jales foi infeliz e entendeu que, em vez de submetê-lo a um processo disciplinar, o Órgão Especial deveria orientar os magistrados paulistas a conter sua exposição na mídia: “Temos visto diariamente juízes, desembargadores e ministros usando não só a imprensa, mas as redes sociais e os mais variados mecanismos de difusão, para manifestar suas opiniões”.

Em sustentação oral, os advogados do juiz negaram qualquer prática irregular. Observaram que ele sempre julgou com base na doutrina e na jurisprudência. Argumentaram que o aumento do número de novas ações no Juizado Cível e Criminal teria sido provocado pelo aumento das novas tarifas telefônicas, que entrou em vigor no mesmo mês da entrevista. E disseram que, ao concedê-la, o juiz apenas exerceu a liberdade de expressão e opinião garantida pela Constituição. O Órgão Especial rejeitou esses argumentos, sob a justificativa de que o magistrado se comportou como “autêntico promotor de distribuição de rendas”, e, agora, analisará o caso no mérito, podendo aplicar sanção disciplinar.

Casos como esse revelam os crescentes problemas de má formação teórica dos juízes de primeira instância e a disposição de substituir a lei por opiniões políticas, para fundamentar suas sentenças. Nos tempos de faculdade, o juiz de Jales deve ter ouvido falar do conceito de “mão invisível” de Adam Smith, para quem o livre jogo de mercado gera a busca por novos produtos e modos de produção mais rápidos e baratos, incentivando a criatividade e a tecnologia. Sabe-se lá por que cargas d’água achou que, condenando empresas privadas e disso dando notícia ao público, faria girar a roda do progresso, tal qual a mão visível que atua na dinâmica da oferta e da procura.

COMPROMISSO - por Miranda Sá



MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

“O que destrói a humanidade? Política, sem princípios; Prazer, sem compromisso; Riqueza sem trabalho; Sabedoria sem caráter… (Mahatma Gandhi)
Anos atrás me empolguei com o livro de Howard Fast intitulado “Compromisso”. Um dos meus autores norte-americanos preferidos, Fast conta a história de um jornalista impedido de publicar uma reportagem sobre a fome em Bengala, na Índia, pela censura branca dos donos dos jornais.
Por denunciar o colonialismo inglês atuando na Índia durante a 2ª guerra, o repórter é perseguido e termina acusado de subversivo, sendo preso pelo Comitê McCarthy a pedido do serviço secreto britânico, na época policialesca que envergonha os EUA na História da Humanidade.
Compromisso é um substantivo masculino que vem do latim, “compromissus”, particípio passado do verbo “compromittere” que, por sua vez, se origina de “promessa”, ou seja, “com promessa”.
Há, em hebraico, ao menos duas palavras com a mesma raiz de Elohim, deus, “aquele que se compromete e cumpre”, ambas expressando diretamente uma promessa ou juramento.
A primeira é alah, e diz respeito ao compromisso objetivo, à descrição do que é acertado; e a segunda, davar, referindo-se à palavra emprenhada para cumprimento de uma promessa tenha o promitente a consciência de suas implicações ou não.
Nas línguas neolatinas, a sinonímia de “compromisso” é riquíssima: além de promessa escavaquei acordo, ajuste, combinação, convenção, contrato, palavra, pacto, tratado, trato…
Compromisso é uma obrigação que os políticos brasileiros não cumprem. De tal maneira é o desprezo que os parlamentares sem o menor pudor descumprem as suas promessas e rasgam os contratos, que provocam indignação e revoltam a cidadania.
Será uma injustiça, porém, limitar ao Poder Legislativo esta ignomínia. A infâmia contamina a vida política nacional de cima para baixo, do presidente da República aos prefeitos, passando pelos governadores. E tem mais, o Poder Judiciário não escapa da perda de credibilidade, com desembargadores e juízes que vendem sentenças.
Do ponto de vista histórico, uma coisa é indiscutível: foi a pelegagem lulopetista, quando chegou ao poder, que institucionalizou o desprezo pelas obrigações contraídas. A começar pela traição ao programa do próprio partido e a aliança com os 300 picaretas do Congresso.
A expressão “ter um compromisso” nada significou para Lula da Silva e seu poste, Dilma Rousseff quando exerceram a presidência da República.  E não somente isto: além de lavarem as mãos – como Pilatos – diante da corrupção dos partidários, parceiros e aliados, participaram da roubalheira com um cinismo de corar uma estátua de mármore.
A triste constatação de um Brasil despojado dos valores éticos e morais, e a total falta de compromissos dos dirigentes constitucionais nos levam a crer na necessidade de passar uma borracha nas instituições para recomeçar do zero…
Como a esperança é a última que morre, daremos mais uma chance ao Poder Judiciário (leia-se STF), para que assuma o compromisso de cumprir a lei, punindo os empresários e políticos corruptos sejam quais forem, e a qual partido pertençam ou sirvam.
Para isto devemos revigorar o entusiasmo patriótico e voltar às ruas. Um País contaminado pela corrupção, com as casas do Congresso conspurcadas, o STF semi-partidarizado e a Presidência cercada pelos que querem acabar com a Lava Jato não há outra saída: “Às ruas, povo brasileiro! ”