A cartelização para a realização de obras públicas criou um fenômeno no Brasil: a da empresa que caseia, chuleia, prega botões, faz estradas, portos, ferrovias, pontes, prédios, estádios de futebol, plataformas petrolíferas, navios e -- pasme -- até submarinos. Tudo para embolsar o máximo possível de dinheiro do contribuinte.
É o caso da Odebrecht. Sem que houvesse licitação, a empreiteira enrolada no petrolão participa do Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha, em consórcio formado com uma empresa francesa -- a verdadeira fabricante dos submarinos, é claro.
Trata-se de um negocião de 27 bilhões de reais, que prevê a construção de um estaleiro, uma base naval e cinco submarinos. Desde 2012, o consórcio da Odebrecht já recebeu 3,1 bilhões de reais. E, até agora, nada de submarino. A entrega do primeiro vai atrasar dois anos.
É fantástico: em vez de pagar a uma contratada só, o governo paga a duas ou até mais, que se reúnem em consórcios. Tais consórcios viraram a única porta de entrada para que empresas estrangeiras possam realizar obras federais no Brasil. Elas entram com a tecnologia e os sócios brasileiros, com "la garantia soy yo" de que o contrato vai rolar sem empecilhos e, melhor ainda, superfaturado.
O Antagonista sugere que o primeiro submarino da Odebrecht seja testado em dia de chuva no gramado do Maracanã reformado pela empreiteira.
O governo do PT conseguiu a proeza de inventar o "balanço mas não caio na real". Depois da confusão com os números da Petrobras, para os quais Aldemir Bendine ainda procura uma "metodologia" que reduza as perdas patrimoniais causadas pelo petrolão, o BNDES divulgou um balanço esquisito.
Nele, o banco registra um lucro líquido de 8,6 bilhões de reais, embora a auditoria independente KPMG diga que é preciso tirar 1,6 bilhão desse total.
A causa da discrepância é que, valendo-se de uma brecha na legislação, o BNDES não abateu as perdas que teve com a Petrobras, na qual tem participação societária. Essas perdas teriam sido de 2,6 bilhões. Teriam sido, porque o banco não sabe avaliar o tamanho do prejuízo, dado que Aldemir Bendine ainda está na vitrine da loja de brinquedos, escolhendo um joguinho contábil que possa chamar de "metodologia".
E assim vamos rolando abaixo no efeito cascata do "balanço mas não caio na real" criado pelo governo do PT : com o redimensionamento maroto dos prejuízos na Petrobras, as perdas do BNDES e dos fundos de pensão com participação na empresa também serão diminuídas, inflando artificialmente os lucros, até que chegará o dia em que alguém terá de pagar a conta. Você.
Absolutamente na contramão da vontade popular, que deseja um efetivo combate à corrupção e a criação de mecanismos de controle e rigor penal para evitá-la, os estrategistas jurídicos do Palhasso do Planalto jogam para atrapalhar a Operação Lava Jato, na primeira instância, enquanto preparam a indigesta pizza para o julgamento da turma com foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal. Se o plano vai dar certo, são outros milhões ou bilhões de dólares. O milagre é impedir que a cúpula partidária acabe processada. Principalmente, o semideus Lula da Silva.
Já foi dada a ordem de cima para que o ex-diretor de Serviços da Petrobras (servia a quem?), Renato Duque, não abra o bico e nem aceite qualquer acordo de delação premiada. A determinação é que Duque aguente a bronca calado, mesmo que condenado, igualzinho ao publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza - um dos poucos punidos de verdade, puxando cadeia, pelo Mensalão - primo pobre do Petrolão, do Receitão e outras falcatruas que ainda não se tornaram públicas. O problema será se o tesoureiro petista João Vaccari Neto acabar preso preventivamente...
Por isso, o desgoverno também agiu em alta velocidade, blindando possíveis indiciáveis em outras fases da Lava Jato, a partir de denúncias e provas obtidas nas delações premiadas. A nomeação do tesoureiro da campanha de Dilma, Edinho Silva, para o cargo de ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, serve para lhe emprestar o direito ao absurdo foro privilegiado de julgamento. Mesma tática já tinha sido adotada, no começo do segundo mandato, para Jaques Wagner, ministro da Defesa, que tinha grande influência em negócios na Petrobras.
Além de garantir que Duque não delate ninguém, o esquema defensivo do PT também deseja garantir uma blindagem ao ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, homem de confiança de Luiz Inácio Lula da Silva, e em cuja gestão aconteceram os maiores problemas denunciados no escândalo do Petrolão. A própria Petrobras já arma uma blindagem de defesa com profissional de alto prestígio no judiciário. O presidente Aldemir Bendine acaba de contratar um super consultor jurídico: Armando Toledo, recém aposentado desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, também conhecido por grandes relações no meio militar.
Outra orientação dos assassinos de reputação é fomentar uma crítica, nos partidores do judiciário e do mundo da advocacia, contra a atuação do juiz Sérgio Fernando Moro, da 13a Vara Federal. O ataque feito pelo advogado Nélio Machado, semana passada, com a inconsistente alegação de que Moro age mais como promotor que como magistrado, foi apenas o começo dos ataques contra o "Homem de Gelo". Como Moro já decidiu que não responderá às inconsistentes provocações, o genial plano nazicomunopetralha tende a dar muito errado.
Leia, abaixo, os artigos de Sérgio Moro, Antonio Ribas Paiva e Carlos Henrique Abrão (clicando nestes links):
Palavras do Eduardo Cunha, a cada dia mais com jeitinho de presidenciável, em entrevista ao jornal O Globo:
"Eu não estou fazendo crise! Os ministros (do PMDB) não têm ministério (relevante). Sempre foi assim. Na prática, a gente finge que está lá (no governo). E eles fingem também (que o PMDB está no governo)".
"Você acaba apadrinhando, tem que ser tudo técnico, né? Só que é ladrão técnico, não é ladrão político. Eu conheço ladrões técnicos, muitos ficam buscando os políticos, e muitos (políticos) são inocentes e apoiam. Alguns, eventualmente, podem até ter motivos escusos, não vou dizer que só tem santo. Mas, com certeza, esse ladrão não diz para ele o que está fazendo. Fica um monte de pilantra circulando os políticos, pedindo apoio. Para ficar livre do cara, você diz que apoia. E os caras são ladrões, que querem ter apoio para roubar".
Sobre Dilma
"Quem tem a caneta? É ela. Quem edita medidas provisórias? É ela. Quem libera o Orçamento? É ela. Quem nomeia e indica a cargo? É ela. Então, é ela quem governa. A devolução da MP 669, do ajuste fiscal, pelo Renan, foi um gesto político. Tanto que o governo revogou a MP, para poder mandar o projeto de lei".
"Não acho que ela esteja parada. Acho é que está todo mundo no meio de uma crise política que não acaba. Essa eleição foi muito diferente das outras três eleições do PT. Eles não tiveram hegemonia eleitoral, mas uma vitória apertada. E não entenderam esse processo. A crise começou no dia em que a presidente ganhou a eleição. Ela não disse o que ia fazer com o país. Isso foi gerando a crise política. Ficou claro e nítido que eles estavam fazendo uma opção de enfraquecer a todos nós".
Quem sou eu?
"Nesse momento, sou o presidente da Câmara. Não posso me comportar nem como oposição, nem como governo. Tenho que me comportar como poder independente. Preguei na minha campanha que ia ser independente, não ia ser submisso, e que daria governabilidade. Vou cumprir o meu programa".
"Eu sou o Eduardo Cunha (risos). Não sou nem anjo, nem demônio. Sou coerente com o que falo".
"Sou um político de centro, que acredita no mercado. Busco essa linha. E sou conservador de costumes sim. Defendo a tese da vida e da família. Aborto, todo mundo é contra. A questão não é só evangélica. É católica. Cristãos que defendem a vida".
Declaração de guerra
Eduardo Cunha elege seus inimigos preferenciais:
"Eu não convivo naquela intimidade para saber. Ricardo Berzoini (Comunicações) tem uma doutrina ideológica forte, é patrocinador da regulamentação da mídia, da radicalização dos atos políticos e continua no núcleo do processo. Jaques Wagner (Defesa) pode não estar com poder, mas está no bojo da articulação. É mais maleável".
"A partir de agora, estou em guerra aberta com o (procurador-geral da República, Rodrigo) Janot. Tudo é possível. Vamos ver até que nível que vai. Ele me escolheu. Está muito claro. Além de ser inacreditável, foi o maior escândalo de corrupção do mundo. O que mais me incomoda é a gente olhar que tem um escândalo desse tamanho e achar que todo mundo está igual. É a percepção que passa quando abre um inquérito para um e para o outro que não roubou".
Como um punguista de antigamente depois de afanada a carteira da vítima, Lula tenta afastar-se de Dilma Rousseff com cara de paisagem, assoviando um sambinha enquanto caminha nem tão depressa que pareça medo nem tão devagar que pareça provocação. A malandragem deu certo no escândalo do mensalão. O chefão caiu fora da cena do crime e a patente de comandante do bando acabou enfeitando os ombros do subchefe José Dirceu.
Mas não se pode terceirizar o que é pessoal e intransferível: como Rose Noronha, Fernando Haddad e a refinaria Abreu e Lima, por exemplo, a presidente reeleita é coisa de Lula. Lula logo aprenderá que um poste é inseparável de quem o inventou — e um produto de péssima qualidade pode levar seu fabricante à falência política. Dilma Rousseff será para Lula o que Celso Pitta foi para Paulo Maluf.
Ambos deslumbrados com os altos índices de aprovação reiterados pelas usinas de pesquisas, o prefeito Maluf em 1995 e o presidente Lula em 2007 resolveram mostrar que conseguiriam transformar qualquer nulidade em ocupante provisório do trono. Para que os escolhidos cumprissem sem resmungos a missão de guardar o lugar até que o chefe voltasse, constatou um post aqui publicado em 2010, o marajá de São Paulo e o reizinho do Brasil optaram por figuras sem autonomia de voo nem luz própria.
O primeiro pinçou na Secretaria de Finanças do município um negro economista. Ao apresentar o sucessor, repetiu que foi Maluf quem fez São Paulo. Mas quem arranjou o dinheiro, revelou, foi aquele gênio da raça chamado Celso Pitta. O segundo pinçou na Casa Civil uma mulher economista. Ao apresentar a sucessora, reiterou que foi Lula quem pariu o Brasil Maravilha. Mas quem amamentou o colosso, ressalvou, foi aquela sumidade político-administrativa promovida ao posto de Mãe do PAC.
Obediente a Maluf e monitorado pelo marqueteiro Duda Mendonça, Pitta atravessou a campanha driblando debates e entrevistas, declamando platitudes e louvando o criador de meia em meia hora. Como herdaria uma cidade sem problemas, sua missão seria torná-la mais que perfeita com espantos de matar de inveja a rainha da Inglaterra. Grávido de orgulho, o padrinho ordenou aos eleitores que nunca mais votassem em Paulo Maluf se o afilhado fracassasse.
Tutelada pelo marqueteiro João Santana, Dilma percorreu o atallho para o Planalto desconversando em debates e entrevistas, gaguejando frases descartáveis e bajulando o criador a cada 15 minutos. Como lhe cairia no colo um país pronto, caberia à herdeira tocar em frente o pouco que faltava para torná-lo uma espécie de Noruega com praia, mulher bonita e carnaval. Grávido de confiança, o padrinho comunicou ao eleitorado que ele e ela eram a mesma coisa. Votar em Dilma seria a mesma coisa que votar no maior dos governantes desde o Descobrimento.
São Paulo demorou três anos para entender que estava nas mãos do pior prefeito de todos os tempos. Descoberta a tapeação, milhões de iludidos escorraçaram Pitta do emprego e atenderam à vontade do seu inventor: nunca mais Paulo Maluf foi eleito para qualquer cargo executivo. O Brasil demorou quatro anos para compreender que, ao conferir um segundo mandato a Dilma Rousseff, ratificara a mais desastrosa opção presidencial de todos os tempos.
Pena que as multidões não tenham acordado algumas semanas mais cedo. Mas enfim despertaram — e despertaram de vez, berra o desmoralizante isolamento do único líder de massas do mundo que só discursa para plateias amestradas. Antes do naufrágio de Alexandre Padilha nas urnas de outubro, Lula caprichou na ironia presunçosa: “De poste em poste estou iluminando o Brasil”.
Padilha afundou a muitas léguas de distância do governo paulista. Fernando Haddad já está com a água pelos cabelos. Dilma Rousseff agita os braços milímetros acima da superfície. Lula não vai escapar do abraço de afogado.
A grave crise política e econômica na qual o País está mergulhado coloca Dilma Rousseff na berlinda. E não poderia ser diferente. Afinal, ela é a presidente da República e tem demonstrado uma inacreditável inépcia no exercício das funções de primeira mandatária. Mas uma análise conjuntural que amplie o foco de observação da cena política para além dos episódios do dia a dia e se projete sobre os 12 últimos anos expõe à luz o protagonista oculto, o ardiloso responsável maior pela tentativa de reinventar o Brasil - aventura que hoje custa caríssimo para cada um dos brasileiros: Luiz Inácio Lula da Silva.
Uma das conhecidas habilidades políticas de Lula é desaparecer de cena, procurar as sombras, fingir-se de morto para o grande público quando o perigo ronda. Exatamente como está fazendo no momento. Outra é só dizer o que sabe que as pessoas querem ouvir. Faz isso desde os tempos em que frequentava o palanque sindical da Vila Euclides, no ABC. Outra ainda é ser um mestre em salvar aparências, mantendo, além de uma linguagem convenientemente popular, a pose de "homem do povo" que mora num modesto apartamento em São Bernardo, quando passa a maior parte do tempo voando de primeira classe ou em jatos executivos e hospedando-se em hotéis cinco-estrelas ou em mansões de amigos milionários.
Ao longo de mais de 20 anos na oposição "a tudo o que está aí", Lula conduziu o PT na tentativa de impedir a aprovação, entre outras, de iniciativas de importância histórica como a Constituição de 1988, o Plano Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal, o programa de desestatização da telefonia que permitiu que praticamente todos os brasileiros disponham hoje de um telefone celular. E, depois de perder três eleições presidenciais consecutivas, chegou à conclusão de que precisava abandonar as velhas bandeiras para conquistar o poder, chegando ao Palácio do Planalto em 2003 graças à profissão de fé liberal contida na oportunista Carta aos Brasileiros.
Na presidência, com Antonio Palocci na Fazenda, garantindo a observância dos fundamentos econômico-financeiros lançados no governo FHC e uma competente retórica populista, Lula navegou nas ondas da conjuntura internacional favorável e desenvolveu programas nas áreas econômica e social, cuja repercussão o levou à imodesta convicção de que se havia transformado em grande estadista.
Na segunda metade do primeiro mandato Lula enfrentou um primeiro grande desafio: o escândalo do mensalão, assalto aos cofres públicos urdido e chefiado pelo então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, com o objetivo de consolidar o "presidencialismo de coalizão", com a compra do apoio de parlamentares, e o levantamento de recursos para financiar as atividades do PT. De início, dizendo-se ignorante da trama armada sob suas barbas, Lula mostrou-se indignado e declarou que o PT deveria se desculpar com os brasileiros. Seu projeto de reeleição em 2006 ficou seriamente ameaçado. Mas, com a ajuda da popularidade em alta, oposição tíbia, indicadores econômicos positivos e projetos sociais relevantes e devidamente propagandeados, Lula foi reconduzido ao Planalto.
Com a bola cheia, passou a negar a existência do mensalão e continuou solidarizando-se com a companheirada envolvida no escândalo. Enquanto isso, já corria solto o esquema sucessor do mensalão, o do propinoduto da Petrobrás. Era apenas uma das facetas, talvez a mais sórdida, da privatização do Estado por meio da colocação do governo a serviço do projeto de poder do PT. E, mais uma vez, é impossível de acreditar que o presidente da República ignorasse o que se passava.
Diante da impossibilidade de um terceiro mandato, Lula tratou de selecionar a dedo seu sucessor. Dilma, a "gerentona", a "mãe do PAC", parecia a escolha perfeita. Mas já no primeiro ano de governo ela teve um assomo de autossuficiência ao promover uma "faxina" no Ministério que em boa parte herdara de seu mentor. Desde então Lula vem tendo dificuldades cada vez maiores para controlar a pupila. Foram quatro anos de dilapidação, não só da economia nacional, mas principalmente da moral e dos bons costumes na Administração Pública e na política. Essa razzia se deve à ação e omissão de Dilma. Mas quem armou o projeto de poder baseado na imoralidade e escalou a sucessora foi Lula. Cabe-lhe, portanto, prioritariamente, a culpa por "tudo o que está aí".
Postado por Polibio Braga on 3/30/2015 02:56:00 PM
O governo russo está por trás do recrutamento de brasileiros para formar bigadas internacionalistas para seu exército de dominação da Ucrânia, segundo é possível verificar no endereço mantido no Facebook por uma auto-intitulada Unidade Internacionalista Guevara.
Brigadistas de várias partes do mundo são recrutados entre organizações e grupos de esquerda que querem confrontar os Estados Unidos e seus aliados.
Isto vale para o caso da Ucrânia e também para o chamado Exército Islâmico.
O vídeo a seguir mostra as instruções que os membros da Internacionalista tem de passar antes de ir ao front. Logo no início da apresentação, em português, o instrutor demonstra como montar e desmontar uma metralhadora.
O editor chegou ao endereço através de denúncias de leitores.
Muitos brasileiros já estão na frente de guerra, segundo a descrição e o vídeo a seguir (veja foto ao lado, à esquerda):
Cavar trincheiras, tirar longas guardas em posições distante de toda civilização, frio (em breve muito calor) e fome também fazem parte da nossa rotina.
Digging trenches, take long guards in positions distant from civilization, cold (soon too hot) and hunger are also part of our routine.
Rodolfo e outros brs em treinamento de infantaria anti-tanque em Donetsk
Neste domingo, o Clarín publicou uma reportagem afirmando que a ex-ministra da Defesa da Argentina, Nilda Garré, implicada no acobertamento do atentado na Amia, manteve contas bancárias nos Estados Unidos e no Irã.
Hoje a Veja disse que Nilda Garré teve duas contas conjuntas nos Estados Unidos e nas ilhas Caymã com o filho de Cristina Kirchner, Máximo Kirchner.
A primeira conta, de número 00049859852398325985, foi aberta em outubro de 2005 no Felton Bank. O primeiro depósito na conta foi feito a partir de Caracas, na Venezuela. O saldo em abril de 2010 era de 41,7 milhões de dólares.
A segunda conta, de número 0004496857463059686359385, foi aberta em dezembro de 2006 a partir de Luxemburgo, na Europa, no Morval Bank & Trust Ltd., com sede nas Ilhas Caymã. Os correntistas eram Nilda Celia Garré, Maria Paula Abal Medina (filha de Nilda) e Máximo Kirchner. O saldo em abril de 2010 era de 19,8 milhões de dólares, segundo a fonte do setor financeiro com a qual a Veja obteve as informações.
Uma boa notícia para proprietários, ocupantes, e aqueles que comercializam ou constroem empreendimentos em áreas consideradas como “terrenos de Marinha”. A 3ª Vara Federal Cível de Vitória julgou procedente uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra a União, pela inclusão do valor das benfeitorias no cálculo do laudêmio – Encargo pago nas transações onerosas quando da transferência dos imóveis edificados em áreas de Marinha.
Na decisão do juiz Rodrigo Reiff Botelho, ele entendeu que sobre o valor do Laudêmio não deve incidir sobre as benfeitorias existentes no terreno, sob o argumento que tais benfeitorias não foram custeadas pela União, devendo incidir apenas sobre o domínio do terreno. Tal decisão ainda obriga a restituição dos valores pagos por aqueles que pagaram Laudêmio sobre terreno e benfeitorias, obedecendo o prazo decadencial de até cinco anos antes do ajuizamento do processo – que ocorreu em 2008.
No entendimento do magistrado, a fórmula de cálculo utilizada até o momento, que considerava o valor do terreno e de todas as benfeitorias feitas no espaço, estava gerando o enriquecimento sem causa da União. Nos autos da ação movida pelo MPF havia, ainda, a sustentação de que a cobrança do laudêmio deve observar o Código Civil, que impôs uma série de restrições à cobrança e não o texto contido nos Decretos 9.760/46; contrário à legislação civil vigente.
Para o diretor jurídico da Ademi-ES, Gilmar Pereira Custódio, a decisão representa mais uma vitória para mercado imobiliário, em que pese, a possibilidade de reversão e ou modificação da decisão pela instância superior, sobretudo, pela desoneração que vai ocorrer quando das transferências dos imóveis em terreno de marinha. Se tal decisão prosperar, possibilitará à todos que pagaram Laudêmio sobre as benfeitorias, a ingressarem em juízo para reaver o valor pago indevidamente.”
No dia 30 de Março de 1867, o então presidente dos Estados Unidos, Andrew Johnson, apresentou ao Senado uma proposta de compra de 1,5 milhão de quilómetros quadrados do Alasca, então pertencente à Rússia.
Não foram poupadas críticas à compra do que alguns chamavam o "jardim dos ursos do presidente". O negócio foi aprovado pelo Senado por apenas um voto.
Para entender o contexto histórico da transacção, é preciso retroceder no tempo até 1853. Naquela época, a Rússia e a Turquia estavam em guerra. O Reino Unido e a França apoiavam os turcos no pequeno conflito que ameaçava tornar-se uma grande guerra. O distante território da Rússia além do Estreito de Bering, então chamado América Russa, estava indefeso a um ataque da Marinha britânica.
O grande território gelado possuía apenas alguns centros de revenda de peles e alguns fortes militares. Uma companhia russo-americana que controlava o comércio na região foi encarregada oficialmente, em 1854, de fazer a proposta de venda aos Estados Unidos. Na realidade, a Rússia precisava de dinheiro.
Quando Washington acenou com a disposição de negociar, o Reino Unido comprometeu-se a respeitar na guerra o território em questão e o esboço do contrato de venda desapareceu misteriosamente. Mas a miséria russa continuou e as poucas vantagens económicas do território fizeram a ideia da venda voltar à tona em 1857.
O grão-duque Constantino, irmão do czar Alexandre II, queria que a Rússia se concentrasse na sua política interna e achou que a América Russa era um luxo descabido na situação que o país vivia . Quando as negociações foram reiniciadas com Washington, começou a Guerra Civil Americana. Nos quatro anos seguintes, os planos foram novamente esquecidos.
Em 1866, as acções da companhia de comércio russo-americana caíram rapidamente e a empresa estava à beira da falência. A venda do território do hoje Alasca voltou a ser assunto, na Rússia e nos Estados Unidos. O enviado do czar à América, Eduard von Stoeckl, encaminhou a transacção e estava confiante. Afinal, escreveu, os Estados Unidos compraram a Louisiana à França, a Flórida à Espanha e o Texas e a Califórnia ao México.
A decisão da venda foi tomada em São Petersburgo em 16 de Dezembro de 1866. O então secretário de Estado William Seward era um expansionista convicto e viu na compra do Alasca a possibilidade de restabelecimento da ordem no continente. As negociações duraram quatro dias. O preço final ficou em 7,2 milhões de dólares, ou seja, 4,74 dólares por metro quadrado.
Desde 3 de Janeiro de 1959, o Alasca é oficialmente o 49º Estado norte-americano.