quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Paixão por Michelangelo



Michelangelo Buonarroti nasceu em 6 de março de 1475 em Caprese, localidade próxima à cidade toscana de Arezzo, Itália e faleceu em Roma no dia 18 de fevereiro de 1564, aos 89 anos.
Foi um gigante. Pensador, deixou obra literária, em prosa e verso, considerada notável. Arquiteto, foi o criador da cúpula da Basílica de São Pedro. Do mármore tirou alma, espírito. Com tinta e pincel mostrou o momento em que Deus, estendendo a mão, cria Adão.
 
 É lugar comum chamá-lo de gênio. Prefiro dizer que ele foi tocado pelo divino ao nascer: é a única explicação. Amou a beleza e dela se serviu para mostrar sua fé em Deus.

 
Todos conhecemos a Pietà de Michelangelo, não é? Mas há detalhes que sempre impressionam. Ele a esculpiu quando estava com 22 para 23 anos!
Fez a Virgem muito jovem para ser mãe do Cristo, porque quis dar forma ao célebre verso de Dante Alighieri: “Virgem Mãe, filha do teu filho”. Reparem na mão esquerda de Maria. Dessa maneira singela, Michelangelo esculpiu toda uma mensagem.

Cristo, sem nenhuma das marcas da Paixão em seu corpo, tem o rosto sereno. A intenção de Michelangelo não foi representar a morte dolorosa e violenta, mas o reencontro tranquilo do Filho com o Pai ao retornar à Vida Eterna.
Das poucas obras assinadas por ele, consta que ao ouvir uns lombardos na igreja dizendo que aquela estátua era de um escultor de Milão, ele voltou à noite e cinzelou na base: "Ângelus Bonarotus Florentinus Faciebat".
Podia dar o ponto final aqui e já teria demonstrado quem foi Michelangelo.
Mas este espaço que me foi generosamente cedido durante tanto tempo merece mais. E continuo, mesmo correndo o risco de me repetir. Mas sei que vocês me compreenderão: afinal, paixão é paixão.

O David: em 1504, depois de três anos de trabalho, Michelangelo entrega à Florença a estátua de David. Não é um simples pastor de ovelhas, como na Bíblia, é um guerreiro momentos antes de atacar, corajoso e forte, certo de que combatia o bom combate. Dá para sentir sua determinação e concentração.

Reparem no olhar de David. Em sua expressão. Em sua mão segurando a pedra. Lembremo-nos que isso é uma estátua esculpida em mármore, por um homem e não por um deus. Ou estarei enganada e esse rosto foi esculpido por Deus?
A vida de Michelangelo e seu relacionamento com os papas foi sempre um tormento. O artista, segundo ele mesmo, não teve um dia que pudesse chamar de seu, até morrer. Trabalhou como um condenado e sofreu com a arrogância dos poderosos. Vivia assoberbado por ordens e contraordens de papas e cardeais. Sofreu muito. Mas também fez sofrer: era talento puro, mas não era santo...

Comove saber que foi assim, mas ao mesmo tempo... vejam a figura de Moisés no mausoléu do papa Júlio II. Imaginem o mundo sem ela...
Condutor e líder de um povo, Michelangelo o imaginou sentado, pensativo, angustiado, preocupado, o olhar distante. Às vezes dá impressão de desânimo frente ao povo que talvez não mereça as Tábuas que carrega em seu braço; às vezes sentimos sua fúria contida, não só em seu olhar como na posição de um pé, como se estivesse pronto a se erguer e gritar.
Somos nós que o olhamos de modo diverso a cada vez ou Michelangelo deu mesmo vida ao patriarca? A ponto de correr a lenda do Parla! - o escultor, impressionado com o que fez, dá com o cinzel num joelho da estátua e lhe manda que fale. Si non è vero, e non è vero, è bene trovato.

Capella Sistina, Vaticano, Roma 
PietàBasílica de São Pedro, Vaticano, Roma 
DavidGalleria dell'Accademia, Florença 
MoisésIgreja de San Pietro in Vincoli, Roma

Cartas de Berlim: O escândalo da carne de cavalo



Tamine Maklouf
Voltei das férias no Brasil, esse país cheio de problemas, e cheguei na Alemanha, esse país também cheio de problemas. Cheguei e, enquanto o papa anunciava a aposentadoria, europeus comiam carne de cavalo em lasanhas de quinta categoria sem saber, entre outras problemáticas de primeiro mundo. Zzzzz...
Que o papa alemão já estava querendo curtir sua “Rente” (aposentadoria), já era evidente. Mas essa do cavalo foi peculiar. As últimas notícias revelaram que DNA de carne de cavalo também foi encontrado em pratos congelados na França, Itália e Espanha, sendo estes produtos da mega empresa de alimentos, conhecida de todos nós, a suíça Nestlé.
A diferença é que a carne presente nos produtos desse lote foi fornecida por produtores alemães, que ainda estavam “inocentes” nessa história. Ai, essa doeu. Quem compra Nestlé não espera uma lasanha de quinta.
Pois bem, como por essas bandas eles parecem ter bem mais do que corrupção, enchentes, pobreza, fome ou falta de saneamento básico para se preocupar, estava faltando mesmo um escândalo no campo dos alimentos para começar tipicamente o ano.
Tenho que confessar que cheguei em um país cujo controle dos alimentos é tão rígido que dá uma preguiça de viver.
Passei mais de um mês comendo carne todos os dias sem gastar meus sais imaginando quais anabolizantes, antibióticos e corantes foram injetados naquelas vacas e bois e o que eles comeram em sua curta vida - tudo bem que por isso minha vida também será curta, mas quem liga?
Se naquela carne contivesse restos de, digamos, jegue (um animal menos sangue azul que cavalo), eu ainda iria correr pro abraço e comer com gosto.
Bem, mas o problema não está no jegue, ou melhor, no cavalo. E, creio eu, também não está na substância cancerígena contida em carne ilegal de cavalo adicionada aos produtos para “fazer render”.
O incômodo está na enganação. Ninguém engana o consumidor alemão. Anote isso.
Como por aqui o sistema é um pouco mais exigente e implacável com esse tipo de fraude, já estou vendo em um futuro próximo embalagens de lasanha com os dizeres “0% carne de cavalo na porção”.
Puxa, ainda bem que eles não vão muito à Eslovênia, um dos países do mundo com o maior consumo de carne de cavalo. Por aquelas bandas, o “horse burger” é uma iguaria típica.

Tamine Maklouf é jornalista e ilustradora nas horas vagas. Mora na Alemanha desde agosto de 2009, onde se encontra na “ponte terrestre” Dresden-Berlim. De lá, mantém o blog www.diekarambolage.wordpress.com

Sue Keller interpreta Jeepers Creepers




Golpes estatísticos, por Merval Pereira



Merval Pereira, O Globo
O governo deu novo passo para melhorar as suas estatísticas econômicas sem necessariamente melhorar a vida dos brasileiros miseráveis de maneira efetiva. Todas as famílias cadastradas no programa Bolsa Família passam a ter a garantia de que cada um de seus membros terá no mínimo R$ 70 por mês, faixa que marca o necessário para alguém não ser considerado miserável estatisticamente.
O fim da pobreza extrema é o principal mote da campanha de reeleição da presidente Dilma. Ninguém pode ser contra dar dinheiro a miseráveis, como anunciou ontem a presidente, mas dar a um mero ajuste estatístico no Bolsa Família o tom épico que ela deu chega a ser cruel uso da propaganda política.
Mesmo que sua situação concreta não melhore em relação a quando ganhava apenas R$ 1 a menos, o cidadão estará fora da linha da pobreza extrema. Essa linha meramente estatística que separa a pobreza extrema da pobreza está dentro dos padrões do Banco Mundial, que considera US$ 1 por dia o mínimo para definir quem está acima da linha da miséria absoluta. Mas aí temos novos problemas meramente “economicistas”.
Dependendo da cotação do dólar, precisa-se de mais de R$ 70 para acabar com a miséria absoluta. Além disso, o governo não reajusta desde 2009 esse valor pela inflação, o que congela o número de miseráveis. Assim como já houve casos em que o governo deu mais R$ 2 para o cidadão passar da linha de miséria, haverá muitos casos em que famílias receberão pouco mais de R$ 10 com a mudança anunciada, para constar da nova estatística que tirará milhões de pessoas da pobreza extrema sem objetivamente melhorar suas vidas.
O mesmo efeito o governo consegue com a chamada “nova classe média”, que já representaria hoje mais de 50% da população. Essa classe é composta por famílias com renda mensal domiciliar total (somando todas as fontes) entre R$ 1.064 e R$ 4.561, que hoje, com o crédito mais amplo, entraram no mercado consumidor.
Além de questões como a inadimplência, há quem discuta os critérios de definição de classes e, sobretudo, essa maneira de encarar as classes sociais apenas pelo aspecto monetário, sem avaliar questões como educação, saúde e valores pessoais.
Mas não há dúvida de que a desigualdade vem sendo reduzida nos últimos anos graças aos programas sociais e ao aumento real do salário mínimo, fortalecido pelo pleno emprego. A questão central é saber se essa situação é sustentável sem que reformas estruturais sejam feitas.
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A interferência do governo cubano em questões internas brasileiras, como agora na visita da blogueira cubana Yoani Sánchez, já ocorrera outras vezes, como quando os boxeurs Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara fugiram da concentração durante o Pan no Rio e foram repatriados pelo governo brasileiro a bordo de avião do governo venezuelano que pousou em Brasília na calada da noite.
Pois, depois que a revista “Veja” denunciou uma armação do governo cubano com partidos políticos para pressionar a blogueira em sua visita ao país, todos os fatos vão se confirmando sem que o Itamaraty ou o Planalto se preocupem em questionar o governo cubano sobre sua atuação indevida.
O embaixador de Cuba no Brasil, Carlos Zamora Rodríguez, reuniu militantes do PT e do PCdoB na embaixada do seu país, em Brasília, para distribuir dossiê contra a blogueira e anunciar que ela seria vigiada.
Aonde vai, Yoani é perseguida por manifestantes do PCdoB e do PT que não se limitam a protestar contra sua presença, o que seria aceitável em uma democracia, mas tentam impedir que fale e até mesmo agredi-la. E da conspiração participou funcionário da Secretaria-Geral da Presidência da República, especialista em redes sociais, que em seguida foi a Havana participar de seminário sobre “guerra cibernética”.
O engraçado é que todos os textos que apareceram na internet nos chamados “blogs sujos” que formam a rede de apoio ao governo, muitos pagos pelo dinheiro oficial, usam os mesmos termos e as mesmas acusações, como se fossem escritos por uma só pessoa. No mínimo, têm a mesma origem: CD distribuído na reunião da embaixada cubana.

Merval Pereira é jornalista

Manifestantes entregam 1,6 milhão de assinaturas pela queda de Renan Calheiros



  • Cristovam Buarque diz que será analisada a possibilidade da adoção de medidas legais a partir da petição


Ativistas anticorrupção antes de entregarem a lista com 1,6 milhão de assinaturas para os líderes partidários no Senado, pedindo o afastamento de Renan Calheiros da presidência da Casa
Foto: Givaldo Barbosa / O Globo
Ativistas anticorrupção antes de entregarem a lista com 1,6 milhão de assinaturas para os líderes partidários no Senado, pedindo o afastamento de Renan Calheiros da presidência da Casa Givaldo Barbosa / O Globo
BRASÍLIA – Cerca de 25 manifestantes se reuniram em frente ao gramado do Senado nesta quarta-feira, com banners e faixas pedindo a saída do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) durante a entrega simbólica das 1,6 milhão de assinaturas coletadas na internet pelo impeachment do presidente da Casa. Cinco pessoas conseguiram entrar no Senado, para entregar a petição, e foram recebidos pelos senadores Pedro Simon (PMDB-RS), João Capiberibe (PSB-AP), Cristovam Buraque (PDT-DF), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Aloysio Nunes (PSDB-SP), Pedro Taques (PDT-MT) e o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).

O diretor de campanhas da Avaaz (entidade que sediou a petição na internet), Pedro Abramovay, levou ao Senado 15 caixas de papelão com folhas representando as assinaturas dos civis que se manifestaram na internet pelo impeachment de Renan Calheiros.
- Um milhão e seiscentas pessoas se manifestaram a partir de um gesto criado por um cidadão. Nós estamos aqui para o Senado ouvir essas vozes, que disseram que não é possível ter um presidente (do Senado) que tenha pesando sobre ele tantas acusações. Viemos também manifestar nossas indignações pelo voto secreto. Os senadores usaram o voto secreto para se esconder de seus eleitores - disse Abramovay.
Cristovam Buarque, com a concordância dos demais parlamentares, afirmou que a manifestação não pode ser ignorada, e disse que será analisada a possibilidade de que sejam tomadas medidas jurídicas a partir da petição.
- O Senado não tem o direito de virar as costas para isso. Podemos até dizer amanhã que não dá para ter um procedimento jurídico. Mas, não podemos ignorar. Se isso for feito, é capaz de surgir um novo movimento pedindo a renuncia de todos os senadores.
Logo depois da entrega simbólica das assinaturas, os manifestantes disseram que iriam ao Supremo Tribunal Federal (STF) protocolar pedido para que a representação contra Calheiros seja analisada pelo ministro relator Ricardo Lewandowski em um “prazo razoável”.
O senador Aloyzio Nunes destacou que a vitória de Calheiros foi viabilizada graças ao apoio do PT e da presidente Dilma Rousseff:
- O PMDB não teria conseguido eleger Renan Calheiros sem que o PT e a presidente Dilma trabalhassem para isso. É preciso que as responsabilidades fiquem muito claras.

De onde vem a força do Congresso?, por Joaquim Falcão



Existe uma pergunta que intriga muita gente. Se o Congresso é tão negativo quanto sua imagem, com políticos ímprobos, que só desejam cargos no executivo, eleitos com recursos não contabilizados de grandes empresas ou corporações, por que ainda tem tanto poder? Por que os eleitores continuam votando na maioria dos congressistas? Os eleitores não se incomodam com a imagem negativa?
Visões conspiratórias ou apenas éticas do Congresso esclarecem situações. Mas não respondem a pergunta. Se a força política do Congresso não vem de sua força ética nem apenas de barganhas, de onde vem?
A sugestão é reler o último discurso do ex-presidente da Câmara, deputado Marco Maia. Ali, ele relaciona algumas decisões tomadas pela Câmara.
Ela regulamentou a política de valorização do salário mínimo, que entre 2002 e 2013 cresceu o poder de compra em 70%. Regulamentou a jornada máxima da profissão de motorista. Regulamentou as cooperativas de trabalho. Concedeu adicional de periculosidade aos vigilantes. Implantou o aviso prévio proporcional que desde 1988 aguardava vida. Criou o Vale Cultura. Aprovou a PEC da música com imunidade tributária sobre fonogramas produzidos no Brasil. Regulamentou a carreira de Procurador Municipal. E por aí vai.
Mais ainda. Aprovou e aguarda decisão no Senado da emenda à constituição sobre a proibição do trabalho escravo e a sobre igualdade de direitos das empregadas domésticas.
Estas decisões não precisam de intermediários, seja mídia, opinião pública ou qualquer outro, para chegar aos beneficiários, eleitores. E quem são estes beneficiários? Não são uma classe ou categoria social ou membro de um partido político, grupo ou comunidade. São muitas e muitos, múltiplos, o tempo todo, diversificados e fragmentados país afora.
A resposta, portanto, é mais ampla. Não se restringe a culpar o que um congressista indevidamente fez de ilícito. Trata-se de reconhecer o que Congresso como um todo fez de lícito. Como usou de seu poder constitucional de distribuir ou suprimir direitos e deveres?


Ou será que alguém duvida que a eventual aprovação dos direitos das empregadas domésticas trará a força da representação popular suficiente para dialogar com Supremo e Executivo?
Bom mesmo era o Congresso deter ambas as forças: a força da ética e a força da representação. Mas entre as duas, esta continua maior do que aquela. Alguns acham que a reforma partidária tudo resolveria. Talvez. Mas aí, trata-se de adminstrar o futuro. Por enquanto o Congresso adminstra o presente.

Joaquim Falcão escreve quinzenalmente para este Blog

O peso da dúvida e a certeza de não controlarmos o futuro nem o mundo pode tirar as pessoas dos seus objetivos. Aprenda a conviver com as incertezas da dúvida



A dúvida é uma realidade na vida de muitas pessoas: empreendedores, funcionários, pais de famílias e muito provavelmente, de todas as pessoas que estejam vivar nesse momento.
Muitas vezes nos sentimos como fraudes de nós mesmos, vivendo com o peso da incerteza e com isso temos uma (falsa) crença geral de que a chave para ser bem sucedido na vida exige a superação de todos os vestígios de dúvida.
Mas, essa não é uma crença verdadeira.
Ela é jogada sobre nós por palestrantes motivacionais que giram a roda do empreendedorismo como uma simples questão de sentir-se bem e autoestima, afim de vender seus produtos.
Todos nós carregamos conosco o peso das dúvidas.
Todos nós carregamos conosco o peso das dúvidas.

A grande maioria dos empreendedores nunca vai superar a sua dúvida

Na verdade, o dia em que superarmos todas as nossas dúvidas será provavelmente o dia em que iremos nos tornar cegos pelos nossos delírios de natureza e controle.
O que os empreendedores realmente precisam fazer é aprender a conviver com a dúvida. Aprender a viver com a dúvida, ser capaz de aceitar a dúvida é uma coisa muito poderosa pois permite que continuemos a questionar suposições e ainda avançar em face às incertezas.
Um dos efeitos colaterais negativos de esmagar a cultura que cada um tem em si é que, normalmente, isso vem acompanhado de uma forte dose de falsa confiança.
As pessoas que pensam assim vão dizer que você deveria acordar todos os dias como uma espécie de força da natureza pronto para enfrentar o mundo. Só que, muitas vezes, essas são as pessoas mais fracas.
Eles bravejam esse projeto como um disfarce e quando o mundo gira, o que acontece diariamente, eles são geralmente os primeiros a voltarem correndo pra casa, quando a sua falsa auto confiança é atingida por uma realidade de que o que eles fazem pode não dar certo.
Isso causa uma dissonância cognitiva em sua cabeça que só pode ser explicada por inventar falsas desculpas falsas ou abraçando uma auto imagem ilusória de sucesso que não é suportada na sociedade.
Por outro lado, aquelas pessoas que aprendem a conviver com a dúvida estão certas apenas de que o futuro virá. E que esse futuro é maleável.

Ninguém é 100% auto confiante

E é esta a capacidade de lidar com a dúvida que não só permite um empreendedor de experimentar, mas permite também que ele se adapte às novas circunstâncias.
Como empreendedor é bem lógico que a dúvida assole o seu comportamento. Você não sabe para onde está indo ou o que o futuro lhe reserva. Você optou por navegar em águas desconhecidas…
Mas, mesmo com essas incertezas batendo à sua porta você ainda está rumando para a frente, enquanto grande maioria das pessoas que parecem tão seguras de si estão de volta em terra firme.
Muitas pessoas pensam que a dúvida torna as pessoas fracas. Mas é o contrário, é a capacidade de viver com a dúvida que faz as pessoas serem fortes.
Aqueles que precisam da segurança de um futuro previsível, ou não podem deixar a sua auto imagem inflexível de quem são, ou o que supostamente acha que estão presos pela certeza daquilo que buscam.
Estas são as pessoas que você vê subindo escadas corporativas, ou sentadas em conferências procurando garantias e pílulas mágicas nos oradores dos palcos.
Estas são as pessoas que você vê colocando a palavra empreendedor, mas que sempre têm uma desculpa para isso de que não podem parar de trabalhar todos os dias e se arriscarem.
Pior de tudo, estas são as pessoas quem enganaram a si mesmas em acreditar que elas têm todas as respostas e as anunciam tão alto que os outros acabam sendo cegados por eles.

Não se engane, a dúvida sempre vai existir. Portanto, aprenda a dribá-la

Considere que o que Bruce Lee disse sobre artistas de segunda mão que cegamente seguem ou aceitam o outro como padrão.
Como resultado, a sua ação e, mais importante do que isso, o seu pensamento, se tornam mecânico.
Suas respostas se tornam automáticas, de acordo com os padrões estabelecidos, tornando as pessoas estreitas e limitadas.
Este é o destino daqueles que exigem a certeza de respostas claras e regras estabelecidas. Este é o destino daqueles que não querem ou não podem viver com a dúvida.
Não deixe o peso da dúvida e as incertezas façam com que você perca o rumo.
Não deixe o peso da dúvida e as incertezas façam com que você perca o rumo.

Não deixe que a dúvida impeça você de fazer o certo

Hoje estamos voltando do feriado de carnaval. Dizem as más línguas que, agora o ano começa pra valer no Brasil.
Sabemos que isso é uma ilusão e que tem muita gente trabalhando para mudar a sua realidade desde o dia 02 de janeiro.
Por isso, não permita que a dúvida tome conta da sua jornada, muito menos permita que ela ofusque a sua visão, manchando as suas perspectivas e metas para o primeiro trimestre.
Parabéns a você que, está batalhando pelos seus propósitos desde janeiro e, feliz ano novo, se você está começando atrasado o seu ano de 2013 agora.
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Este artigo foi adaptado do original: “Living with doubt”, do Pandodaily.

Autor

Enrico Cardoso – escreveu  posts no Jornal do Empreendedor.
Enrico Cardoso trabalha com criação de marcas online. Expert em marketing de conteúdo e branding, acredita que toda empresa tem uma única oportunidade de se transformar em uma grande marca: contando histórias e criando uma comunidade em torno de sua marca. "Por trás de uma grande marca sempre tem uma grande história".

FRANQUIAS IMOBILIÁRIAS: CONHEÇA UMA OPÇÃO SEGURA PARA ABRIR SUA IMOBILIÁRIA



Com a missão de ampliar as possibilidades de lucro e obter sucesso no mundo dos negócios, o público brasileiro aderiu ao sistema de franquias, iniciado nos Estados Unidos. As franquias internacionais também estão investindo no Brasil.

A prática de eleger representantes para vender produtos ou prestar serviços através de sua marca é antiga. Antes mesmo de ser denominada franquia, esta prática foi a solução para muitas empresas que chegaram à beira da falência, estavam sem perspectiva de crescimento ou para iniciantes.

O sistema de franquias hoje consiste em o franqueador ceder ao franqueado os direitos de uso da marca, divulgação do seu nome,  know-how e políticas. Conforme o tamanho e perfil da franqueadora, o franqueado pode usufruir também de sistemas, tecnologia, estruturas físicas e até profissionais especializados. Além disso, recebe o direito de distribuição exclusiva ou semiexclusiva dos produtos. Isso tudo, sem caracterizar o vínculo empregatício. Traduzindo para omercado imobiliário, o franqueado poderá trabalhar produtos exclusivos da franquia, o que é um ponto muito positivo.

Começar um negócio, lançar-se no mercado e arriscar o tão precioso capital, inevitavelmente, traz medo e insegurança.

As franquias imobiliárias podem ser uma opção mais segura e uma nova possibilidade para quem já pensa em desistir de se aventurar no mercado imobiliário.
                                              
A estrutura, consolidação e experiência no ramo é o grande diferencial para um novo negócio. É o apoio necessário para quem ainda está no começo, mas também é a solução para imobiliárias que querem beneficiar-se de tudo que uma franquia pode oferecer e ampliar seus horizontes.

Veja alguns itens relevantes:   

Suporte:
Logo após o recrutamento, a franqueadora tem por obrigação, prestar total suporte ao franqueado. Todas as etapas seguintes passam por acompanhamento especializado, para que a imobiliária tenha condições de se estruturar e dar continuidade ao trabalho.
 
Treinamentos e motivação:
O franqueado recebe treinamentos e é capacitado para trabalhar de acordo com os critérios da marca, bem como a ensinar sua nova equipe de colaboradores. O trabalho de motivação e troca de experiência com outras unidades traz animo para o negócio.
 
Loja/infraestrutura:
As lojas são personalizadas de acordo com a marca. As cores, a fachada, os uniformes, os adesivos e até os móveis são itens que podem entrar para a lista de personalização.

Divulgação/Marketing:
A franquia já possui estratégias testadas para a divulgação dos produtos, bem como seu público alvo definido. Trabalhando sozinho, o período para conquistar contratos fechados com mídia e grandes parceiros pode ser longo. A franquia pode lhe oferecer de imediato.
 
Padronização nos processos:
As rotinas administrativas e processos, em alguns casos, também são personalizadas. Organização dentro de uma empresa traz credibilidade.

 

MAS, ATENÇÃO!

Assumir uma franquia requer investimento financeiro. Os custos englobam a loja, os móveis, contratação de funcionários, capacitação dos mesmos, compra de material e ainda é preciso reservar uma quantia para o início do trabalho. Apesar de algumas franqueadoras oferecerem suporte (muitas vezes financeiro) no início da parceria, garantir um valor reserva é regra para o sucesso em todos os campos da vida. Lembre-se: por serem produtos personalizados, você provavelmente não poderá recorrer ao preço mais em conta. Pesquise todos os custos antes de se decidir. Uma vez franqueado, terá que seguir as definições estabelecidas.

Regulamentada por lei, as franqueadoras trabalham com uma política de clareza e apoio. Veja neste link, as definições completas da lei e, antes de se tornar um franqueado, verifique se a franqueadora trabalha dentro deste padrão: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8955.htm

Fonte: Carolina Silva

A felicidade, sintetizada por Abgar Renault



Neste poema, o professor, tradutor, ensaísta e poeta mineiro Abgar de Castro Araújo Renault (1901-1995), da Academia Brasileira de Letras,  definiu, sintética e peculiarmente, a  “felicidade” .
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FELICIDADE
Abgar Renault
Felicidade – o título tão comprido deste poema tão pequeno!
Felicidade – substantivo comum, feminino, singular, polissilábico.
Tão polissilábico. Tão singular. Tão feminino. E tão pouco comum.
Substantivo complicado, metafísico, que cabe todo
na beleza clara de alguém que eu sei
e no sorriso sem dentes de meu filho.
(Colaboração enviada por Paulo Peres – site Poemas & Canções)

Livre pensar é só pensar (Millôr Fernandes)



PT faz megaevento hoje, mas não lança a candidatura de Dilma...



Carlos Newton
Vejam como as coisas são estranhas no PT. O presidente do PT, Rui Falcão, voltou a anunciar a presidente Dilma Rousseff como candidata em 2014, mas faz uma intrigante e inexplicável ressalva. O megaevento de hoje, em São Paulo, que celebrará os dez anos do partido na Presidência, não terá a finalidade de começar a delinear a candidatura de Dilma à reeleição.
“Ela vai estar presente, mas o objetivo não é lançar candidaturas nem falar de eleição, mas celebrar esses dez primeiros anos” disse Falcão, acrescentando: “Eu me preocupo com a candidata do PT, a presidente Dilma. Ela é o nosso nome, e isso será homologado no devido momento, no encontro partidário convocado para esse fim”.
Traduzindo: a disputa da candidatura entre Dilma e Lula, dentro do PT, só será decidida em meados de 2014, na convenção. O PT até produziu um documento, para ser distribuído hoje à militância, que servirá de base para a campanha presidencial de 2014. O texto foi produzido pelo Instituto Lula e pela Fundação Perseu Abramo. Ou seja, não confirma a candidatura de Dilma…

Joaquim Barbosa cobra dos demais ministros do Supremo o desfecho do processo do mensalão



Débora Zampier (Agência Brasil)
O ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou ofício aos demais integrantes da Corte informando que terminou sua parte no acórdão da Ação Penal 470, o processo do mensalão. Segundo o ministro, que é o relator do processo, o desfecho da ação depende dos colegas.
“Agora só estou aguardando os demais ministros. Fiz um ofício a eles com a comunicação, e espero que façam a sua parte”, disse Barbosa. A manifestação de todos os ministros é necessária para a redação do acordão, reunião dos votos e das principais decisões tomadas no julgamento. O acórdão só pode ser liberado depois que todos os ministros enviarem seus votos revisados.
O prazo regimental para a publicação do acordão – 60 dias, sem contar feriados e férias, após o término do julgamento – termina no dia 1º de abril. Além de Barbosa, concluíram seus votos os ministros aposentados Carlos Ayres Britto e Cezar Peluso, que participaram de parte do julgamento. Depois da publicação do acórdão, os advogados terão cinco dias para apresentar recursos. O Ministério Público já informou que não deve questionar a decisão do Supremo.

Charge do Sponholz



Os problemas adicionais da extinção do celibato



Welinton Naveira e Silva
Por certo que ficará na História da Humanidade o papa que reunir inteligência, muita coragem e liderança para desmontar o absurdo do celibato, sem grandes traumas e comoções para a Igreja Católica. Além da necessária energia e disposição exigida na ruptura de tamanho dogma secular, terá pela frente, grandes problemas a serem equacionados, vitais e mortais.
Dentre eles, as questões financeiras e econômicas da bilionária Igreja Católica, tendo que gerenciar uma gigantesca nova estrutura composta de gente que nada tem a ver, esposas de padres, maridos de freiras e respectivas filharadas, com todos os seus naturais complicados problemas, familiares e emocionais, a serem resolvidos dentro da sociedade capitalista.
Trata-se de empreendimento para gigante. Não é para nanico qualquer.

LIÇÃO PRÁTICA



Anhangüera
O fotógrafo canadense Patrice Laroche certamente não vai ter problemas para explicar a seus filhos como nascem os bebês. Durante a gravidez de sua esposa Sandra, o artista criou uma série de fotos explicativas. O casal realizou seu projeto durante toda a gravidez, com fotos exatamente no mesmo lugar.ar 7
Vejam na página dois, clicando em Saiba Mais, como se faz um bebê.
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CHARGE DO THOMATE - Protesto contra Blogueira Cubana




Epidemia de obesidade infantil: a conexão criminosa entre indústria, publicidade e mídia



Tomei conhecimento do documentário Muito Além do Peso pelo ótimo blog do médico José Carlos Souto, urologista gaúcho que trabalha na Santa Casa e que vem se dedicando a estudar as relações entre nutrição e saúde. Na opinião de Souto, um dos documentários mais importantes já produzidos no Brasil. “É um documentário assustador. Trata da obesidade infantil no Brasil (e nos EUA), de uma forma que você nunca viu. O filme produziu em mim uma mistura de sentimentos, que incluíram tristeza, raiva, incredulidade e surpresa”, comenta o doutor Souto em um post que publicou, recomendando vivamente que o documentário fosse assistido. E, de fato, “Muito Além do Peso” é tudo isso e muito mais. Deveria virar instrumento de política pública e ser exibido em todas as escolas do país, na presença de pais, professores e crianças.
Dirigido por Estela Renner, produzido pela Maria Farinha Filmes com o patrocínio do Instituto Alana, “Muito Além do Peso” mostra e discute o fenômeno da obesidade infantil no Brasil e no mundo. “Pela primeira vez na história da raça humana, crianças apresentam sintomas de doenças de adultos. Problemas de coração, respiração, depressão e diabetes tipo 2” – é disso que se trata. Os fatores causadores dessa epidemia têm nome e sobrenome bem definidos: indústria alimentícia, cadeias de fast-food, governos omissos, pais desinformados e agências de publicidade e meios de comunicação que faturam milhões vendendo drogas diariamente para crianças.
A conexão entre a indústria alimentícia e a plataforma das indústrias midiática-publicitária-entretenimento é particularmente mortífera e poderosa. A maioria das iniciativas de alguns corajosos médicos e promotores no sentido de regulamentar e proibir determinado tipo de propaganda vem sendo sistemática e criminosamente boicotado pelos proprietários dessas empresas que não hesitam em levantar a bandeira da “liberdade de expressão” e da “liberdade de escolha” para defender a propaganda de seus produtos que vem envenenando milhões de crianças em todo o mundo. Acha que é um exagero? Veja o documentário, ouça a opinião de pais, crianças, professores, médicos e promotores e tire suas próprias conclusões. Uma mãe, que trabalhou como gerente em uma cadeia de fast-food , diz lá pelas tantas que sentia como uma traficante vendendo crack para crianças.
“O problema afeta crianças em todo o país e em todas as classes sociais. As crianças não sabem mais identificar a comida de verdade: confundem pimentão com abacate, cebola com batata, etc. Afinal, só comem coisas que vem dentro de embalagem”, observa José Carlos Souto, comentando o que viu no documentário.
“Uma das maiores tragédias de se permitir que publicitários tenham acesso irrestrito às crianças é que a publicidade, na verdade, enfraquece o brincar criativo. Os brinquedos mais vendidos são normalmente ligados à mídia ou são brinquedos com chip de computador em que basta apertar um botão. E os brinquedos gritam, pulam, cantam, fazem tudo sozinhos, enquanto as crianças ficam sentadas apertando um botão. Isso é interessante para os vendedores pois os brinquedos não são muito interessantes e as crianças logo vão querer outro”, diz a psicóloga Susan Linn, diretora da Campaign for a Comercial-Free Childhood (Campanha por uma infância livre de propaganda), entrevistada no documentário que dá atenção especial às técnicas publicitárias e de marketing dos fabricantes de refrigerantes e fast-food e sua associação com a indústria de brinquedos.
No início deste ano, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), vetou o Projeto de Lei 193/2008, que propõe a restrição da publicidade de alimentos não saudáveis dirigida às crianças entre às 6h e 21h nas rádios e TVS e a qualquer horário nas escolas. Após assistir “Muito Além do Peso”, fica difícil fugir da sensação de que o governador está, na verdade, incorrendo em uma prática criminosa. Ou que nome devemos dar a decisões que contribuem direta ou indiretamente com o que autoridades médicas já definem como uma epidemia que está afetando milhões de crianças em todo o mundo? Veja e decida você mesmo.