domingo, 16 de setembro de 2012

Na luta


 Rickson: de volta ao octógono após 486 vitórias, mas em outras funções
Rickson Gracie, o maior dos campeões da família que criou o UFC, vai ceder a sua imagem para um novo campeonato de MMA que ambiciona desafiar o UFC no Brasil e no mundo.
Acaba de assinar contrato de três anos com a SportPar, responsável por organizar o Mestre do Combate, novo projeto de artes marciais que será transmitido ao vivo no Esporte Interativo e já tem sete eventos marcados até o ano que vem.
As primeiras lutas acontecerão em novembro no Rio de Janeiro e em São Paulo. Rickson atuará como juiz de cada combate em caso de empate.
Por Lauro Jardim

Deu branco




Mano e os patrocinadores da seleção: quem são mesmo?
Apesar de a CBF ter vendido oito patrocínios para a seleção, a maioria dos brasileiros ainda não associa as empresas ao time.
A consultoria especializada em marketing esportivo Stochos Sports & Entertainment perguntou a 8329 pessoas em todo o país no mês passado:
- Quais as marcas que você associa a seleção?
Nada menos do que 56% não conseguiram responder o nome de um patrocinador sequer.
Por Lauro Jardim

OS PETRALHAS TENTARAM DAR UM GOLPE NA REPÚBLICA! SEU LUGAR É A CADEIA!



Meu blog está hospedado no site da VEJA.com, como sabem. E acredito que nós devemos incentivar os petralhas a gritar, com aquela energia muito característica, que emula com os zurros: “Cadê o áudio? Cadê o áudio?”. Será que eles sabem de algo que não sei? Será que sabem tudo o que já vazou do que eles chamam “supostas” fitas e, sobretudo, o que não vazou? Essa dúvida me atormenta! Por que estão quietinhos desta vez?
Vocês não ignoram: petralha é gente bem informada, com os quatro membros sempre plantados no chão. Acho que devemos incentivá-los a gritar: “Cadê a fita?”. Desta vez, eles estão quase mudos, tão discretos, tão ensimesmados! Eu gosto é de seu lado buliçoso, bucéfalo. Eu aprecio é aquela ignorância arrogante e foliona, aquela burrice desafiadora, de crina sempre eriçada. Admiro aquela estupidez cheia de si, ancha (uso palavras antigas e ainda estou longe dos 70 — sei que parte da imprensa se nega a ter mais de 12 anos…), jactanciosa, especiosa, presumida, empavesada.
Mas eu entendo o silêncio dos que não são tão inocentes assim… Não sabem o que pode vir por aí, né? Estão suputando (hoje eu não estou bolinho; hoje eu não estou prafrentex…) as possibilidades. Estão numa dúvida quase existencial: “Será que a gente cobra que a VEJA divulgue as fitas ou será que a gente enfia a rabeca no saco?”.
Pois é…
A verdade insofismável, que não se presta a nenhuma digressão redentora ou salvadora, é uma só: a canalha que está sendo julgada no processo do mensalão tentou dar um golpe na República. O Ministério Público conseguiu identificar operações que, tudo somado, passam pouco de R$ 130 milhões. É claro que a paucidade (os dicionários mais conhecidos no Brasil só registram “pouquidade”…) contrasta com o vulto da ambição da canalha. Valério confessa: só o que ele conhece soma R$ 350 milhões. E notem que seu esquema não lidava com empreiteiras, por exemplo… Imaginem quantos estão suando um tantinho frio a esta altura, né?, fazendo caramunha… Vai que alguém decida se apropinquar pra valer desse negócio… Eu estou estranho: depois que a Folha decidiu que “prafrentex” é uma palavra anciã, vocábulos em desuso começaram a me assaltar.
O que a reportagem da VEJA traz nesta semana — peçam a fita, petralhas! — é mais um capítulo da história do verdadeiro golpe que aquela gente encetou. Não conseguiu concluir a sua obra porque, em razão do jornalismo diligente, o esquema acabou desmoronando. O fato é que Lula tentou o chavismo por outros meios. Se o Beiçola de Caracas não entende outra linguagem que não a da intimidação e da violência de caráter militar e paramilitar, os nossos autoritários, na sua condição de fatalistas cínicos, estavam — e estão — convencidos de que todos têm um preço. Os petralhas tentaram comprar o que Chávez conseguiu roubando. Aquele é um ladrão de instituições; os petralhas são mercadores da ordem legal. Achavam e acham que ela pode ser comprada e vendida.
Eles, sim, eram e são golpistas convictos. Afinal, isso tudo a que se chamou “mensalão” era nada menos do que uma estratégia de conquista do estado e de dominação do processo político. No gozo pleno de sua efetivação, o golpe tornaria irrelevantes as eleições. Elas seriam apenas a mímica da democracia a dar aparência aceitável a uma ditadura do suposto consenso, forjado com o dinheiro público. No comando, diz Valério a seus interlocutores (peçam a fita, petralhas!), estava ninguém menos do que Luiz Inácio Apedeuta da Silva. José Dirceu era seu Leporello. Como tal, tinha ciência e domínio de todas as artimanhas do Dom Giovanni de São Bernardo, ávido para papar as instituições.
Alguns dos golpistas já foram condenados e têm reservado seu lugar na cadeia. Na segunda (ver post nesta página), o Supremo começa a julgar os outros.
Por Reinaldo Azevedo

Mulheres de ditadores: os monstros da sedução



Fidel Castro, o terror das mulheres, conduzia de maneira desenfreada a revolução e os amores (Foto: Hulton Archive / Getty Images)
Fidel Castro conduzia de maneira desenfreada a revolução e os amores (Foto: Hulton Archive / Getty Images)
Artigo de Gilles Lapouge publicado na revista Lola, da Editora Abril

OS MONSTROS DA SEDUÇÃO
Mulheres de Ditadores
Mulheres de Ditadores
No livro Mulheres de Ditadores, a belga Diane Ducret mostra que, por trás de um tirano, existe sempre um bando de moças embevecidas. Hitler arquivava as cartas de admiradoras, Mussolini recebia bombons, Fidel Castro colecionava conquistas de sua revolução sensual. E há os que arregimentavam suas companhias com políticas de Estado
Adolf Hitler recebeu mais cartas do que os Beatles e Mick Jagger juntos. Não as lia, mas lhes dava valor. O Führer estava convencido, como muitos outros ditadores, de que seu poder repousava em sua sedução, e as mulheres eram um bom indicativo.
Ele mandava classificar essa frenética correspondência no Arquivo A, sob a desprezível etiqueta “Rabiscadas por mulheres”, que ficava sob o controle de altos dignatários do Reich, como Rudolf Hess. As cartas são um delírio. “Meu Führer querido, penso em você todos os dias, todas as horas, todos os minutos”, diz uma delas.
Uma senhora chamada Von Heyden anuncia o envio de um pote de mel. Em 23 de abril de 1935, Friedel S. diz: “Uma mulher de Saxe gostaria muito de ter um filho seu”. A baronesa Elsa Hagen exagera: “Eu não escrevo ao Senhor chanceler de um grande Reich, e sim ao homem que eu amo e que seguiria até o fim de sua vida”. Infelizmente, para essa baronesa, havia muita concorrência.
Outra mulher, no fim dos anos 1930, escreve: “A eterna fêmea o atraiu. Então, exulte, ó, meu coração, e se deixe abraçar pelas estrelas”.
Na Itália, Benito Mussolini era adorado. Chegavam-lhe de 30 mil a 40 mil cartas por mês. Em 13 de janeiro de 1940, R. Severina, “jovem fascista”, um pouco tímida sem dúvida, envia ao Duce uma caixa de bombons. Uma fascista mais decidida, M. Ilenia, comunica: “Eu não tive nem coragem nem tempo para me jogar sob as rodas de seu carro, nesta manhã, na Piazza Venezia”. Não conhecemos a resposta de Mussolini. Talvez ele a tenha aconselhado a “pensar mais um pouco” antes de fazer uma nova tentativa.
Esse mergulho nas estranhas correspondências dos tiranos forma a abertura grotesca e assustadora de dois volumes escritos pela historiadora belga Diane Ducret, sob o título Mulheres de Ditadores. A obra acompanha os amores de 14 deles e, ao mesmo tempo, as provas heroicas, patéticas, ternas ou atrozes suportadas pelas mulheres que amaram até o grotesco ou até o sublime esses “senhores do mundo”.
O primeiro volume é consagrado às mulheres de Vladimir Lênin (Rússia), Joseph Stálin (Rússia), António Salazar (Portugal), Jean-Bédel Bokassa (República Centro-Africana), Mao Tsé-tung (China), Nicolae Ceausescu (Romênia), Slobodan Milosevic( ex-Iugoslávia), Mussolini e Hitler. O segundo, que acaba de ser publicado, examina tiranos mais recentes: Fidel Castro, Saddam Hussein, Khomeini, Kim Jong-il e Bin Laden.
Poderíamos temer uma monotonia. Afinal, os heróis do livro são sempre os mesmos: de um lado, um “supermacho” cuja inteligência, o acaso ou a crueldade levaram ao topo do mundo, ao alcance dos deuses; e, de outro, mulheres esgotadas jogadas às feras. Na realidade, nenhuma história repete a outra: que semelhança pode haver entre um aiatolá Khomeini, que gostava de uma mulher apenas, Khadije (“comparável à flor da amendoeira”), devota e respeitosamente até sua morte, e um Fidel Castro, que devora com avidez as mulheres?
Hitler manteve-se fiel a Eva Braun, embora só tenha casado com ela (literalmente) no último momento, pouco antes da morte (Foto: Hulton Archive / Getty Images)
Hitler manteve-se fiel a Eva Braun, embora só tenha casado com ela (literalmente) no último momento, pouco antes da morte (Foto: Hulton Archive / Getty Images)
Em relação a elas, as mesmas incertezas: nenhuma relação entre, de um lado, a terrível Mirjana Markovic, que impõe a seu marido, o frágil e tímido chefe dos sérvios, Slobodan Milosevic, todas as infâmias que ele comete na Bósnia, na Sérvia ou no Kosovo; e, por outro lado, Najwa, a esposa de Bin Laden, o terrorista do 11 de setembro, que canta assim seu amor louco: “Eu amava tudo nele, desde sua aparência até a suavidade de suas maneiras e sua força de caráter”.
É verdade que, alguns anos mais tarde, Najwa tocará outra canção: “Eu tinha a impressão de estar sozinha no mundo, uma mulher de burca, esquecida de todos. Poucas pessoas na terra conheciam a existência de Najwa Ghanem Bin Laden. E, no entanto, quem poderia negar que eu tinha vivido?”.

Fidel, um veludo
O jovem Fidel Castro é maravilhoso. Na universidade, as garotas disputam esse estudante brilhante, erudito e provocador. Ele é alto e atlético, o rosto viril e a voz grave, um veludo. Uma de suas companheiras, Haydée Santamaría, presa com ele na Ilha dos Pinos, explica: “Eu não me lembro de nada. Mas, a partir daquele momento, eu nunca pensei em mais ninguém. O resto era nuvem de sangue ou de fumaça”. O ataque ao quartel de la Moncada em 1953 foi um sangrento fracasso, mas foi a partir daí que Fidel vestiu os trajes de heroi.
Ele é infatigável. Conduz de maneira desenfreada sua revolução e seus amores. Ele pode falar durante toda a noite em uma cervejaria e de manhã sair com uma mulher extasiada. Elas se sucedem em seus braços, em suas camas, como as figuras de um balé fantástico. Nesse emaranhado de mulheres, nós nos perdemos. Fidel também. Ele embaralha os fios de seu bordado. Às vezes, acaba se enganando de endereço e envia a uma os cumprimentos reservados à outra. Dramas e lágrimas. Para ser perdoado, ele propõe casamento. Aliás, de tempos em tempos, ele se casa.
A última mulher de Mao, Jiang Qing, foi a cabeça da infame Revolução Cultural chinesa
A última mulher de Mao, Jiang Qing, foi a cabeça da infame Revolução Cultural chinesa
Como não confundir todas essas belas pesoas? Haydée Santamaría, a esposa Mirta, a rica estudante de medicina Marta Feyde, Natalia Revuelta, Teresa Casuso e seu perfume de violeta, Lilia Amor e outras mais, até o dia em que ele retorna de Sierra Maestra ao lado de uma verdadeira guerrilheira, Celia Sánchez, que vai pôr ordem nessa ciranda de desejos insensatos.
A movimentação de mulheres na suíte 2406 do ex-Hotel Habana Hilton
Depois da vitória e da entrada em Havana, em 7 de janeiro de 1959, Fidel instala seu QG na suíte 2406 do Hotel Habana Hilton, que seria mais tarde rebatizado como Habana Libre. Celia é a dona. Mesmo que seu olhar mostre irritação e que ela identifique suas rivais, algumas se esgueiram como enguias. Na loja onde Teresa Casuso compra seus vestidos, as empregadas se encostam: “Deixe-me tocá-la, você está tão perto dele!”. Uma certa Juanita desejava ter um filho dele.
Ele é chamado de “o coelho”. Sua agenda é tão cheia que ele não tem nem tempo de tirar suas botas, e, diante da suíte 2406, as pessoas de sua escolta batem na porta para lhe dizer que apresse o movimento. O primeiro ano de poder é descrito como “um ano de urgência sexual”. Os jornalistas estrangeiros falam da “revolução sensual”.
Quando quer seduzir, ele emprega os grandes meios. “Eu sou Cuba”, diz a uma jovem americana de origem alemã, Marita Lorenz. A esplêndida atriz americana Ava Gardner não poderia faltar a esse festim, mas Marita Lorenz contra-ataca. Ela agride Ava Gardner: “É você a cadela de Castro?”. Mais tarde, a CIA pensa em utilizar a bela Marita Lorenz para assassinar Fidel. Ela receberia 2 milhões de dólares. A grande noite chega. Ela olha Fidel. Não. Ela treme, e joga as pílulas de veneno no bidê. “Eu o amava.”

As orgias de Kim Jong-il na Coreia do Norte
Kim Jong-il morreu em 17 de dezembro de 2011. Ele reinava com mão de ferro, às vezes de sangue, na Coreia do Norte, esta ditadura comunista assustadora, miserável, fechada e que, há mais de meio século, vive fora do mundo. Baixinho, sem brilho, vagamente obeso, penteado de maneira absurda, seu poder não tinha limites.
E o poder enlouquece. Lá, em Pyongyang, capital da pobreza e do medo, ele desenvolveu para si mesmo e para alguns notáveis e generais uma dolce vita obscena. Tinha uma fixação: sua primeira paixão, muito jovem, foi uma dançarina com longas pernas. Depois disso, para se tornar uma presa de Kim Jong-il, basta ser bonita e dotada de um “belo par de pernas”.
Rachele Mussolini foi modelo de boa esposa e mãe da propaganda fascista na Itália, mas sobreviveu à guerra; quem pagou o pato foi a amante do Duci, Claretta, linchada junto com o ditador no fim do conflito (Foto: Three Lions / Getty Images)
Rachele Mussolini foi modelo de boa esposa e mãe da propaganda fascista na Itália, mas sobreviveu à guerra; quem pagou o pato foi a amante do Duce, Claretta, linchada junto com o ditador no fim do conflito (Foto: Three Lions / Getty Images)
No poder, Jong-il cria “grupos de prazer” que contam com 2 mil garotas recrutadas na saída do colégio e que devem obedecer a certos critérios: ter 18 anos, ser virgens e sem doenças. Três equipes são formadas: a equipe do canto e da dança, a da felicidade, encarregada de massagear os convidados, e a de satisfação, que distribui serviços sexuais.
São festas alucinantes. Os convidados chegam às 19h30. Bebidas são servidas. Eles devem se embriagar bem depressa. Às 22 horas, todos estão bêbados. São apresentadas comidas afrodisíacas – pênis de leão-marinho. Essas festas podiam durar uma semana.
Numa ocasião, um grupo de garotas sobe no palco: “Seus seios”, conta uma das raras testemunhas intrépida o suficiente para fazer uma narrativa, “estavam pouco cobertos pelo sutiã. Na parte de baixo, usavam um simples tecido vermelho bastante opaco. Sem calcinha, elas levantam suas pernas e repetiam gestos estranhos torcendo a cintura”.
Os executivos bêbados sobem então no palco e “tocam as partes discretas”. Jong-il levanta seu copo e pede às garotas que cantem uma canção sul-coreana célebre, Eu Sou Feio.
E então depois…

Bin Laden, o “delicado”
Assim como Fidel Castro, Osama bin Laden seduzia de acordo com sua vontade. Todos aqueles que dele se aproximavam em sua juventude dourada (sua família iemenita e saudita é riquíssima) ficam encantados. Homens, mulheres, ninguém lhe resistia. São sempre as mesmas palavras: nobreza dos traços, calma, suavidade, gentileza, silêncio.
Ele adorava a natureza, gostava de nadar, caçar, montar a cavalo. Em relação à moral, era intransigente. Um dia, com seus jovens primos, na Síria, passou perto de uma macieira carregada de frutos. Todo o grupo subiu nos galhos e se deliciou com as maçãs. Osama, com sua voz suave, lhes deu uma bronca: “Não se deve colher frutas de uma árvore que não nos pertence”.
Tais descrições parecem irreais, aplicadas a um homem que destruiu o World Trade Center em 11 de setembro de 2001, no maior ataque terrorista de todos os tempos; o ser monstruoso que assassinou em massa, aqui e ali, ao acaso, e que empilha homens e mulheres em uma mesma vala comum.
A poderosa Mirjana Markovic, foi a vozinha que dizia para "Slobo" Milosevic levar adiante a limpeza étnica na Iuguslávia
A poderosa Mirjana Markovic, foi a vozinha que dizia para "Slobo" Milosevic levar adiante a limpeza étnica na Iuguslávia
No entanto, as testemunhas são unânimes e não se pode duvidar delas. O assassino é um homem piedoso e virtuoso, de uma moralidade escrupulosa. Todos falam de sua “delicadeza”. Nós atingimos aqui um assustador paradoxo do fanatismo. Bin Laden é simplesmente generosidade, sabedoria, devoção e sacrifício de si. Para purgar o planeta de seus modos impuros, das infâmias do cristianismo, da impiedade dos ocidentais, das vergonhas da democracia, o delicado Bin Laden desencadeia o inferno. Esse coração terno é inacessível à piedade.
Ele conheceu muito jovem sua primeira esposa. Ela é bela, graciosa, alegre e até mesmo frívola. Com 17 anos, ela já está casada. Cerimônia austera. Na casa dos Bin Laden, as festas eram divertidas como as trevas. E, no dia seguinte, Najwa, que gosta tanto de colares, de maquiagens e de bugigangas, é envolvida no niqab (burca) e condenada a viver em purdah (reclusa). Ela não se lamenta: “Eu estava casada com o homem que amava”.
Mais tarde, haverá o engajamento de Bin Laden entre os voluntários que lutam no Afeganistão contra os invasores soviéticos, e depois na criação da Al-Qaeda, a matança de 11 de setembro, a caça ao proscrito. Najwa, as outras mulheres de Bin Laden e seus inúmeros filhos são condenados a uma vida à beira da morte, em condições materiais lamentáveis.
Depois do 11 de setembro, os bombardeios americanos ressoam nas montanhas onde a imensa família do terrorista se esconde. “Ó esposas”, tinha escrito Bin Laden outrora… “Vocês renunciaram aos prazeres do mundo comigo. Renunciem mais uma vez quando eu não estiver mais aqui. Não pensem em se casar, pois vocês precisarão cuidar de seus filhos, fazer sacrifícios e orar por eles.”
Tanta torpeza, derrisões, infantilidades, ultrapassam a compreensão. Como justificar e como admitir que tais homens possam despertar em determinadas mulheres esses sentimentos desumanos, esses sacrifícios e essa coragem infinita? É que o poder fascina as mulheres, como geralmente dizem? Parece simplista. Essa explicação procede de uma filosofia “machista” segundo a qual mulheres se submetem naturalmente ao poder do “macho dominante”. Eu não acredito nisso.
Então? Há outra explicação? Não. É um terrível mistério.

Mensalão: chegou a vez da compra de votos



Supremo Tribunal Federal começa a julgar nesta segunda-feira o objeto principal da denúncia do mensalão. Quatro partidos estarão na mira


O então deputado Roberto Jefferson contou ao Congresso como o governo do PT criou o mensalão, o esquema de suborno de parlamentares que era operado pelo publicitário Marcos Valério (ao lado). As revelações provocaram decepção e choro de alguns parlamentares petistas, ameaçaram a continuidade do governo Lula e resultaram no processo que acusa 36 pessoas de crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato, evasão de divisas e lavagem de dinheiro

Era tarde de terça-feira, 14 de junho de 2005, sob os holofotes de toda a imprensa nacional, quando o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) entrou no Congresso Nacional escoltado por dois advogados, arrastando uma mala vermelha com rodinhas, recheada de papéis que, segundo ele, derrubariam a República. Em seis horas e 35 minutos de depoimento ao Conselho de Ética da Câmara, ele listou pela primeira vez os nomes dos parlamentares que venderam votos ao governo Lula, a elite do esquema que ficaria eternizado como mensalão. ...

Presidente do extinto PL (hoje PR), o deputado federal Valdemar Costa Neto (SP), um dos cabeças da base parlamentar do governo montada - hoje, sabe-se como - por José Dirceu, insurgiu-se contra Jefferson, dedo em riste, com ares de desespero e ira. “Nós no PL só temos bons deputados. Diga o nome de quem recebe. Caso o PL tenha parlamentares envolvidos, quero que o senhor dê o nome, para nós investigarmos",afirmou. O discurso desmoronou em segundos. Jefferson olhou fixamente para o desafeto e fuzilou: "Eu afirmo que Vossa Excelência recebe".

O deputado do ex-PL era um dos nomes de uma lista que o petebista havia apontado minutos antes: Bispo Rodrigues (PL-RJ), Sandro Mabel (PL-GO) - não é réu na ação penal -, Pedro Corrêa (PP-PE)José Janene (PP-PR) - morreu em 2010 - e Pedro Henry (PP-MT).  “Não são todos os deputados que recebem mensalão. Mas deputado Valdemar Costa Neto, deputado José Janene, Pedro Corrêa, Sandro Mabel, Bispo Rodrigues, Pedro Henry, me perdoem, de coração, não posso ser cúmplice de vocês", disse. O Congresso entrou em alvoroço. E o governo Lula, em convulsão.

Depois de 23 sessões de julgamento, o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciará nesta segunda-feira uma etapa crucial do julgamento do mensalão. É o capítulo mais longo do voto do relator, Joaquim Barbosa, e também um dos mais importantes: chegou a vez da compra de parlamentares no governo Lula. O roteiro do voto de Barbosa começa pelos partidos que vitaminaram a base, PTB, PMDB, PL (agora PR) e PP. Em seguida, será a vez do próprio PT, até chegar à aquele que, segundo a Procuradoria-Geral da República, chefiava a quadrilha: José Dirceu.



Infográfico

O preço do voto


Condenações - O STF já condenou João Paulo Cunha por ter fraudado uma licitação na Câmara em favorecimento a Marcos Valério de Souza, o "carequinha", operador do esquema. Valério foi considerado culpado por ter integrado um engenhoso sistema de lavagem de dinheiro. Condenou ex-dirigentes do Banco Rural e do Banco do Brasil por repasses dissimulados ao esquema. 
Só agora, entretanto, o julgamento se voltará ao centro da denúncia, o motivo pelo qual o mensalão constituiu a maior ameaça às instituições democráticas desde a redemocratização do país: a negociação de apoio político no Congresso Nacional.
A primeira fase do julgamento não foi dos melhores para os réus. A confirmação do Supremo de que o grupo criminoso se valeu de empréstimos fraudulentos e usou um ardiloso esquema de lavagem de dinheiro ameaça os mensaleiros. Ao atestar que crimes deram início à liberação de dinheiro a parlamentares e confirmar que houve intenção em dissimular a origem e os reais beneficiários do esquema, os ministros colocam os acusados do PP, PMDB, PR e PTB à beira do cadafalso da condenação por corrupção passiva.
Os magistrados foram taxativos ao atestar que não importa o destino que cada parlamentar deu aos recursos desviados. Chegaram a afirmar que, mesmo se a propina tivesse sido destinada à caridade, ainda assim haveria o crime de corrupção.
Com esse entendimento e sob a condução de Joaquim Barbosa, devem ser anunciadas nesta semana as primeiras condenações de deputados e ex-deputados que traíram seu eleitorado e se corromperam no exercício parlamentar. A tese da compra de votos para a aprovação de projetos de interesse do Palácio do Planalto é a base da denúncia do Ministério Público contra o maior escândalo político da Era Lula.
Negacionismo - A sequência de condenações (dez até agora) tirou o ânimo de mensaleiros e calou os negacionistas porque, ao que tudo indica, os principais pilares da acusação serão aceitos pelo Supremo ainda que petistas e defesa tentem desmentir os fatos. Na semana passada, um trecho da fala do ministro José Dias Toffoli, ex-advogado de petistas, surpreendeu até mesmo seus colegas da corte: "A denúncia conseguiu comprovar o valerioduto. Aquilo que a imprensa chamou de mensalão são cenas que assistiremos no próximo capitulo".
Dos mensaleiros enquadrados nesse trecho da denúncia, dois têm mandato na Câmara: Pedro Henry e Valdemar Costa Neto. Alguns refizeram a trajetória política fora do Congresso: José Borba, na época do PMDB (hoje no PP), virou prefeito do município de Jandaia do Sul, no Paraná. Roberto Jefferson, impedido de concorrer a cargos públicos por ter sido cassado pela Câmara, faz política por meio da presidência do PTB.
Teses - Ao todo, 23 réus entre políticos, parlamentares e ex-funcionários de partidos começarão a ser julgados por corrupção e lavagem de dinheiro. Os chefes do chamado núcleo político – José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares – também terão suas teses de defesa colocadas pela primeira vez à prova no julgamento da ação penal do mensalão. Neste capítulo de análise da denúncia, os ministros do STF devem confirmar que, para serem condenados por corrupção, não é preciso que a ação, alvo do achaque, tenha sequer sido completada.
Para os réus serem apenados no Supremo, o plenário também deve atestar que os parlamentares lavaram os recursos do valerioduto ao simular que o dinheiro serviria para a quitação de despesas eleitorais. A corte tende a confirmar não ser preciso nem que o processo de lavagem se complete ou que a propina seja incorporada ao patrimônio de cada um.
Ao analisar as acusações de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo políticos, o Supremo terá a oportunidade de ratificar as palavras ditas por Roberto Jefferson naquela tarde de 2005, que ecoam até hoje pelos corredores do Congresso. "Tudo o que eu disse aqui é de conhecimento do ministro José Dirceu. Tudo!".
Fonte: Veja - 16/09/2012

Valério acusa Lula, por Merval Pereira


Às vésperas da primeira parte em que políticos petistas e outros, de partidos aliados, serão julgados pelo Supremo Tribunal Federal pela acusação de compra de votos em troca de apoio político, a revista “Veja” traz este fim de semana um relato, atribuído ao lobista Marcos Valério, incriminando o ex-presidente Lula no mensalão. ...
Já condenado a muitos anos de prisão, e sendo provável que até o fim do julgamento deva ser condenado a outros tantos por novos crimes, Valério já tem a certeza de que ficará na cadeia por longo tempo e estaria revoltado com o abandono a que seus amigos do PT o relegaram.
Segundo o relato, Valério acusa Lula de ser o verdadeiro chefe da trama criminosa e dá detalhes de quem viveu por dentro a intimidade dos palácios presidenciais.
De concreto, em termos do julgamento, nem essas revelações nem as acusações anteriores de advogados dos réus têm o condão de incluir o ex-presidente no rol dos acusados nesta Ação Penal 470. Mas os estragos políticos são devastadores, e nada impede que uma denúncia seja feita contra Lula mais adiante.
No próprio julgamento, o advogado Luiz Francisco Barbosa, que defende Roberto Jefferson, acusou o ex-presidente Lula de ser o verdadeiro mandante dos crimes. Ele se baseou na tese do “domínio do fato”, que levou o procurador-geral a acusar o ex-ministro José Dirceu como o “chefe da quadrilha”.
“Não só sabia como ordenou o desencadeamento de tudo isso. Aqueles ministros eram apenas executivos dele”, garantiu o advogado, referindo-se a José Dirceu, Luiz Gushiken e Anderson Adauto.
Pelo menos um deles, José Dirceu, disse certa vez que não fazia nada sem o conhecimento de Lula. Para provar sua tese, Barbosa fez um relato muito semelhante ao do procurador-geral. E acusou Roberto Gurgel de prevaricação por ter “sentado em cima” de um pedido formal para incluir Lula entre os réus do mensalão.
Anteriormente, em setembro de 2011, o advogado Marcelo Leonardo afirmou, nas alegações finais apresentadas ao STF na defesa de Valério, que faltava alguém no banco dos réus.
Usando o mesmo raciocínio que a “Veja” atribui a Marcos Valério, segundo quem “apenas os mequetrefes” estão sendo condenados, escreveu o advogado na ocasião: “É um raríssimo caso de versão acusatória de crime em que o operador do intermediário aparece como a pessoa mais importante da narrativa, ficando mandantes e beneficiários em segundo plano. (...) Alguns, inclusive, de fora da imputação, embora mencionados na narrativa, como o próprio presidente Lula”.
Relatos anteriores davam conta que Marcos Valério, deprimido, enviara mensagens para seus interlocutores no PT, principalmente a Paulo Okamoto, ex-tesoureiro do PT e amigo íntimo de Lula, ameaçando revelar detalhes do envolvimento do ex-presidente no mensalão.
Okamoto admitiu recentemente ter conversado com Valério, mas ao contrário de acalmar o publicitário mineiro, as conversas tinham um motivo mais trivial do que chantagens, embora inverossímil: “Ele queria me encontrar porque às vezes queria saber como está a política, preocupado com essas coisas”.
Lembrando que o próprio procurador-geral da República, Roberto Gurgel, acusou o esquema de ter sido tramado de dentro do Palácio do Planalto, o advogado de Jefferson disse que seria uma ofensa a Lula afirmar que ele não sabia de nada.
“Claro que sua excelência (Gurgel) não pode afirmar que o presidente da República fosse um pateta, um deficiente, que sob suas barbas estivessem acontecendo tenebrosas transações e ele não soubesse nada”, concluiu Luiz Francisco Barbosa.
Nas vezes anteriores em que deixou vazar ameaças contra seus parceiros petistas, Valério recuou. Diante da situação concreta de se ver na cadeia, é possível que tenha perdido a esperança de ser salvo, apesar das promessas que diz ter recebido. Os petistas garantiram a ele que adiariam o julgamento o quanto pudessem e que as penas seriam brandas. A realidade tem sido bastante diferente.
Ministros do Supremo deixaram escapar que, pela tese do “domínio do fato”, se a cadeia de comando não terminasse no ex-ministro José Dirceu, teria que subir um patamar e atingir Lula.
Fonte: Merval Pereira, O Globo - 16/09/2012

- Charge do Aroeira, via O Dia. Aqui, os penúltimos berros do bode.


Deu bode! 



Mantega e os juros do cartão: ‘são escorchantes’


 

Não é verdade que o crime não compensa. É que quando compensa muda de nome. Chama juros bancários. No cartão de crédito, hoje de uso disseminado, a roubalheira é sem precedentes. Em fase de generosidade eleitoral, o governo leva as casas bancárias à alça de mira.
O ministro Guido Mantega disse que os juros dos cartões, por “escorchantes”, são injustificáveis. Dirigindo-se aos bancos, o mandachuva da Fazenda mimetiza a chege no timbre ameaçador: “Estamos preocupados com os cartões de crédito. E, se nós estamos, é bom que eles também se preocupem.”

Supremo pode revolucionar o sistema carcerário




É preciso levar em conta o lado bom das coisas. Por exemplo: confirmando-se a hipótese de serem mandados à cadeia, os líderes do núcleo publicitário, do núcleo financeiro e os companheiros do núcleo político do mensalão poderão prestar um inestimável serviço ao país. Com suas críticas, ajudarão a aperfeiçoar o sistema carcerário nacional.
Os cárceres brasileiros podem estar prestes a viver uma revolução. Os crimes do poder nunca acabaram em castigo nessa terra de Palmeiras. Estava entendido que, acima de um certo nível de renda, nada era tão grave que justificasse tamanho desconforto. O país contentava-se com a má notoriedade propiciada pelas manchetes. Ainda assim por pouco tempo.
Se a impunidade vai mesmo acabar, se a tendência Barbosa vai prevalecer sobre a linha Lewandowski, se o roteiro da purgação passará a incluir a cana o governo tem a obrigação de tomar providências. Convém preparar as prisões para receber os novos hóspedes. Até por solidariedade aos correligionários em apuros, Dilma não pode ficar de braços cruzados.
As próprias empreiteiras terão interesse em aperfeiçoar os projetos das cadeias. Se a moda de prender corruptos e corruptores pegar, não são negligenciáveis as chances de alguns executivos de construtoras conquistarem o seu lugar atrás das grades. Garantindo-se o superfaturamento, decerto não se negarão a caprichar no acabamento. Urge incluir os complexos penitenciários no RDC, o regime flexível de licitações.
Pioneiros da nova Era, os prisioneiros do mensalão terão papel relevante. Para começar, enquanto esperam pelas novas instalações, podem contribuir com sugestões para a qualificação do cardápio: frutas e sucos no café da manhã, carnes brancas e vermelhas para o almoço, opções light para o jantar. A turma do Rural saberá indicar os melhores vinhos.
Inseridas no velho sistema, as inovações destoarão no início. Mas, contratando-se imediatamente os novos complexos penitenciários, logo, logo estarão prontas as instalações com sauna, piscina, salas de música e auditórios para as palestras de readaptação. A preparação não exigirá grande esforço. Se forem bem concebidos, os presídios realizarão o sonho dos prisioneiros de grife: segregação total e convívio exclusivo com seus iguais.

Neste prédio, só mora quem tem moto


Curvas do projeto ajudam a entrada das máquinas

27/07/2012 | POR REDAÇÃO

 (Foto: divulgação)

Poderia ser apenas mais um prédio descolado de Tóquio, mas as curvas do edifício que ilustra esta página foram criadas com um público-alvo muito específico em mente: os motoqueiros. Os arquitetos do escritório Akiyoshi Takagi projetaram um bloco de oito apartamentos cujo desenho favorece quem corre sobre duas rodas pela cidade.
A estrutura de concreto reproduz o desenho de vias velozes, como uma extensão natural da estrada. O pátio central do condomínio tem uma entrada curvilínea e mais estreita para ajudar a chegada dos motociclistas até as garagens independentes no térreo. Nelas, não cabem carros, apenas motos. Como são separadas radialmente, formas mais orgânicas esculpem o interior e imprimem uma sensação de um espaço maior não só ali dentro, mas em todos os três andares.
Até mesmo a privacidade dos moradores foi respeitada no projeto. A organização do espaço evita que os quartos fiquem encarando os segredos dos vizinhos. Já as janelas receberam duas camadas de vidro, outro fator de proteção ao mesmo tempo que permite entrada de luz e calor durante o dia.
Mesmo com tudo isso, o formato do prédio favorece o contato entre os moradores no nível das garagens. Nada melhor para os fãs das duas rodas que mostrar a sua máquina para os vizinhos e poder compará-la com as deles.
 (Foto: divulgação)
 (Foto: divulgação)
 
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 (Foto: divulgação)
 
 
 (Foto: divulgação)
 (Foto: divulgação)
 (Foto: divulgação)
 (Foto: divulgação)

Tetos verdes dão outra cara a Paris


Coletivos ou não, jardins proliferam pela cidade

09/08/2012 | POR CLAUDIA GAZEL
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  (Foto: reprodução)
Jardins particulares ou coletivos, dentro ou fora de casa, nos terraços e sacadas dos apartamentos, nos muros e até nos telhados. Paris vive um momento de proliferação de um interessante fenômeno: os jardins suspensos, montados nas coberturas de diversos edifícios. Vale tudo para a deixar a cidade mais bonita e a qualidade do seu ar melhor.
Neste espírito, foi criado o Le Jardin sur le Toit, um horto coletivo instalado no telhado do Gymnase des Vignoles, na rue des Haies, em novembro de 2009. Totalmente acessível ao público – são as próprias pessoas que plantam e cuidam dele – o local exerce importante papel no processo de conscientização ambiental e valorização dos recursos naturais pela população. Afinal, todos podem até extrair produtos comestíveis para uso próprio.
A prefeitura de Paris, de olho na melhora das condições climáticas, tem estimulado e oferecido assistência necessária para aqueles que desejam construir jardins nos telhados de seus imóveis. A iniciativa em prol da natureza pretende dar outra cara à cidade.
  (Foto: reprodução)
Um dos objetivos do plano de biodiversidade assinado em novembro de 2011 pela prefeitura é atingir sete hectares de telhados com jardins até o ano de 2020. Uma saída inteligente que convoca a todos para uma participação ecológica exemplar. O número de adeptos é cada vez maior, e os telhados verdes se espalham pelos mais diversos e inusitados lugares da cidade, como o Cemitério Pere Lachaise e a Ferme de Paris, uma espécie de fazenda pedagógica localizada no Bois de Vincennes.
Novos projetos, como o Boulogne – Rive de Seine, do escritório JDS Archtects, o ZAC Rive Gauche e o novo Palais de Justice, de Renzo Piano, constroem uma Paris mais arborizada. Assim como o homem, a natureza se integra aos imóveis do futuro, que já nascem totalmente adaptados à inserção dos chamados telhados vegetalizados.
  (Foto: reprodução)

  (Foto: reprodução)

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