quinta-feira, 21 de março de 2013

Dilma deslocou para Roma a Corte de Dario; se Borat estivesse por lá, teria conseguido audiência



Se Borat estivesse em Roma, teria conseguido uma audiência com a Corte Persa de Brasília…
Democracia custa caro — ditaduras ainda mais… É claro que o deslocamento da presidente a Roma e alguns dias de estadia consomem uma boa grana dos cofres públicos. É do jogo. A questão é saber se estão gastando o razoável (ou “rasoavel”, segundo a nova ortografia da Escolinha do Professor Mercadante).
A embaixada do Brasil em Roma está num período de troca de titular: o embaixador antigo saiu, e o novo ainda não chegou. Assim, informa Fabiano Maisonnave, na Folha, Dilma e parte de sua comitiva se hospedaram no luxuoso hotel Westin Excelsior, na Via Veneto. Só ali ocuparam 30 quartos. Outros 22 foram alugados em hotel próximo — 52 ao todo. A diária da suíte presidencial é de R$ 7.700; o quarto mais barato sai por R$ 910. Informa ainda a reportagem: “Já a frota alugada inclui sete veículos sedã com motorista, um carro blindado de luxo, quatro vans executivas com capacidade para 15 pessoas cada, um micro-ônibus e um veículo destinado aos seguranças.”
Caramba! E isso tudo porque Dilma, de fato, não tinha agenda nenhuma na capital italiana que não assistir à missa de entronização do papa Francisco no Vaticano. A comitiva fez um esforço para arrumar ocupação para a presidente: ela visitou uma exposição de Ticiano, encontrou-se com José Graziano, o pai do natimorto Fome Zero e hoje diretor-geral da FAO, esteve com Giorgio Napolitano, presidente da Itália, que está deixando o cargo. Tudo cortesia. Nesta terça, houve ainda um papo relâmpago com Cristina Kirchner, que chegou sem avisar. E houve alguns minutinhos com o papa neste quarta.
Reitero: Dilma não tinha agenda de trabalho nenhuma em Roma, zero! Mesmo assim, leva tal comitiva junto que se faz necessário alugar 52 quartos e 14 veículos (segundo o Estadão, 17), o que inclui micro-ônibus, vans etc. Talvez só a Corte de Dario, no Império Persa, fosse menos modesta do que a Corte de Brasília.
Parafraseando Drummond, escrevo: “Pra que tanta gente?, pergunta o meu coração?”. É bem verdade, e quase me escapa, que Dilma se reuniu também com Borut Pahor, presidente da Eslovênia, país de 2 milhões de habitantes. Só a Zona Leste da cidade de São Paulo abriga 3,6 milhões…
Os petistas classificam esse tipo de abordagem de “moralismo udenista”… Claro, claro! No dia em que Dilma se deslocar para assinar um tratado comercial verdadeiramente importante, quantos quartos serão necessários? Se, para não trazer um tostão ao país, 52 foram alugados, um acordo que nos rendesse R$ 1 já elevaria a necessidade de quartos ao infinito. Trata-se de um raciocínio puramente matemático, um saber que vai se tornando um exotismo reacionário no Brasil.
É…
A gente sabe como se dá o fenômeno da multiplicação de assessores. Vejam o caso: o ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores) acompanhou a presidente. Faz sentido. Também estava lá Helena Chagas (Comunicação Social). Vá lá. Sempre há notícia… Mas o que fazia junto Gilberto Carvalho (secretário-geral da Presidência)? “Ah, é que é ele o católico da turma; consta que o ex-seminarista ficava explicando a Dilma os passos da missa papal”. Tá. E Aloizio Mercadante? Foi renovar os seus votos de notório militante católico? Sabem como é… Cada um desses grandes tem seus respectivos assessores, estafetas e coisa e tal. E assim vai se formando a Corte de Dario e seu séquito de eunucos…
O PPS anunciou que quer saber quanto se gastou nessa viagem. Deve solicitar informações, na verdade, sobre o custo dos deslocamentos de Dilma ao exterior. Uma das pechas que o PT colou em FHC é que ele passava tempo demais fora do Brasil…
Numa de suas primeiras manifestações públicas, o papa Francisco instou seus conterrâneos argentinos a não gastar dinheiro se deslocando para Roma. Pediu que doassem o valor correspondente aos pobres. Dilma deslocou a Corte de Dario até Roma e lá reiterou seu compromisso com os despossuídos.
Dilma esteve com o tal Borut, presidente da Eslovênia. Se o que quase xará,  Borat, estivesse em Roma, teria conseguido uma audiência com a presidente. Afinal, era preciso preencher o tempo…
Por Reinaldo Azevedo

Enem – Mercadante tenta um truque novo para enganar os incautos. Ou seria “incaltos”, Voça Inselensa?



O MEC, por intermédio do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), julga estar lidando com um bando de idiotas. Em muitos casos, é mesmo verdade. Afinal, o Enem, com todos os seus absurdos, a despeito de todas as suas barbaridades (e não só na prova de redação), é tratado como um sucesso, não é mesmo? No extremo da imbecilidade, há até quem saúde o “fim do vestibular”, como se o Enem fosse outra coisa… É o maior vestibular da Terra — só que mais incompetente do que a larga maioria.
Agora o Inep anuncia que vai mudar a regra e passará a zerar redações que apelem a brincadeiras no corpo do texto. Trata-se de uma medida trapaceira, que pode até mesmo provocar novas injustiças. A turma de Aloizio Mercadante, o ministro da tese-miojo, está tentando enganar a plateia. Esse critério já existe. Há cinco razões que podem zerar uma redação. Prestem atenção à primeira:
Razão 1 – Não atender à proposta solicitada ou apresentar outra estrutura textual que não seja a do tipo dissertativo-argumentativo.
Razão 2 – Deixar a folha de redação em branco.
Razão 3 – Escrever menos de sete linhas na folha de redação, o que configura “texto insuficiente”. Linhas com cópias do texto de apoio fornecido no caderno de questões não são consideradas na contagem do número mínimo de linhas.
Razão 4 –  Escrever impropérios, fazer desenhos e outras formas propositais de anulação.
Razão 5 – Desrespeitar os direitos humanos.
Do modo como a correção é xucra, dada a forma como é selecionada a mão de obra, essa “nova orientação” poderia até mesmo acabar punindo o aluno que faz uma citação pertinente, ainda que engraçada.
O MEC está fazendo de conta que não entendeu o problema — mas entendeu e não tem resposta para ele. E o nome do problema é “qualidade da correção”. Está na cara que as redações com a receita de miojo e o Hino do Palmeiras não foram nem mesmo lidas. Bateram o olho do primeiro e no último parágrafos e pimba! Tascaram a nota do candidato.
Que resposta terá o Inep para as redações que obtiveram a pontuação máxima, mesmo a apelando a delicadezas como “enchergar”, “trousse” e “rasoavel”? Nesse caso, há uma hipótese ainda mais grave do que ler apenas o primeiro e o último parágrafos: o próprio corretor não conhecer a norma culta.
É plausível? É mais do que plausível! É muito possível. Vejam post há pouco publicado com o testemunho de um professora gaúcha, contratada para fazer a correção. Ela informa que não houve processo nenhum de seleção, nada! Tudo funciona na base do “QI”, do “Quem Indica”. Depois, há um treinamento mixuruca feito pela Internet. Na única reunião “presencial” (como eu detesto essa palavra, hoje empregada por 11 entre 10 pilantras que lidam com educação!; não nem todo mundo que a emprega é pilantra), os corretores foram orientados a pegar leve, incitados, claramente, a mascarar os resultados.
É com esse rigor científico que o ministro da tese-miojo pretende promover uma revolução no currículo do ensino médio. Não que o sistema não deva passar por correções de rumo e coisa e tal. Ocorre que há questões relevante não-respondidas:
a: é essa a prioridade?;
b: o governo federal dispõe de massa crítica para tanto?;
c: o saber gerado pelo Enem serve de norte?
Já nem digo que os desastres na educação estão sendo produzidos sob o silêncio cúmplice da maioria dos especialistas porque, nessa área, a maioria dos especialistas está orientada por critérios exclusivamente ideológicos. O Brasil deve ser o único país do mundo em que a educação ainda é vista como campo principal da luta de classes. Em vez de se criarem as condições, então, para que os pobres ascendam intelectualmente, por intermédio de políticas de qualificação, busca-se a aplicação de mecanismos de “justiça social”. Nem na Cuba comunista é assim… E, sim, há alguns poucos que têm alertado para os desatinos. Estão certos, mas não encontram eco político para a sua crítica.
O resultado é esse que estamos vendo, ano após ano. São inúmeros os países que saíram do atraso — não da linha da miséria dos R$ 70… — tendo a educação como um dos instrumentos da grande virada. Não foi o único, é certo. Na atual batida, é evidente que isso não acontecerá com o Brasil. Há dez anos no poder, o PT se ocupa em produzir números vistosos para sair exibindo por aí. São monumentalidades ocas.
Pior: estão sendo criadas amarras que nos roubam também o futuro. 
Por Reinaldo Azevedo

Marco Feliciano é intimado pelo Supremo a prestar depoimento



  • Deputado é acusado de estelionato pois teria recebido para participar de evento e não teria comparecido

BRASÍLIA - O Supremo Tribunal Federal (STF) intimou nesta quarta-feira o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) a prestar depoimento, sobre uma acusação de estelionato. O documento foi assinado pelo ministro Ricardo Lewandowski, que marcou o depoimento para 5 de abril. O depoimento foi marcado pelo Supremo pois, por ser deputado, Feliciano tem direito a foro privilegiado.
A ação penal em curso no STF apura a suposta prática de estelionato e o recebimento indevido de R$ 13,3 mil por Feliciano. O pastor – antes de ser eleito deputado – foi contratado para um evento evangélico em São Gabriel (RS) em 2009, recebeu o dinheiro e não compareceu, conforme a denúncia que resultou na ação penal.
Um assessor de Feliciano e atual secretário parlamentar do deputado, André Luis de Oliveira, também foi acusado de estelionato. Como não tem foro privilegiado, o assessor passou a ser investigado na instância comum da Justiça. A partir da eleição para o cargo de deputado, a acusação contra Feliciano passou a tramitar no STF.
Lewandowski já determinou que a Comarca de Orlândia (SP), cidade do parlamentar, ouvisse duas testemunhas de defesa, em outubro de 2011. O advogado de Feliciano, Rafael Novaes da Silva, disse ter perdido contato com as testemunhas e indicou uma nova. Tanto o advogado quanto as testemunhas são atualmente secretários parlamentares do deputado.


Os coniventes, por Luis Fernando Veríssimo



O ex-deputado estadual e ex-marido da Dilma, Carlos Araújo (foto abaixo), não é um ex-ativista politico, pois recentemente voltou à militância partidária no PDT, apesar de limitado pela saúde. Quando militava na resistência à ditadura foi preso, junto com a Dilma, e os dois foram torturados.
Depondo diante da Comissão Nacional da Verdade, esta semana, sobre sua experiência, Araújo lembrou a participação de empresários na repressão, muitas vezes assistindo à ou incentivando a tortura.
Que eu saiba, foi a primeira vez que um depoente tocou no assunto nebuloso da cumplicidade do empresariado, através da famigerada Operação Bandeirantes, em São Paulo, ou da iniciativa individual, no terrorismo de estado.
O assunto é nebuloso porque desapareceu no mesmo silêncio conveniente que se seguiu à queda do Collor e à revelação do esquema montado pelo P. C. Farias para canalizar todos os negócios com o governo através da sua firma, à qual alguns dos maiores empresários do país recorreram sem fazer muitas perguntas.
A analogia só é falha porque não há comparação entre o empresário que goza vendo tortura ou julga estar salvando a pátria com sua cumplicidade na repressão selvagem e o empresário que quer apenas fazer bons negócios e se submete ao esquema de corrupção vigente. Mas a impunidade é comparável: o Collor foi derrubado, o P. C. Farias foi assassinado, mas nunca se ficou sabendo o nome dos empresários que participaram do esquema.


Nunca se fez a CPI não dos corruptos, mas dos corruptores, como cansou, literalmente, de pedir o senador Pedro Simon. No caso da repressão, talvez se chegue à punição, ou no mínimo à identificação, de militares torturadores, mas o papel da Oban e da Fiesp e de outros civis coniventes permanecerá esquecido nas brumas do passado, a não ser que a tal Comissão da Verdade siga a sugestão do Araújo e jogue um pouco de luz nessa direção também.
A comparação nossa com a Argentina é quase uma fatalidade geográfica, somos os dois maiores países da America do Sul com pretensões e vaidades parecidas. Lá o terrorismo de estado foi mais terrível do que aqui e sua expiação — com a condenação dos generais da repressão — está sendo mais rápida. Mas a rede de cumplicidade com a ditadura foi maior, incluindo a da Igreja, e dificilmente será julgada. Olha aí, pelo menos nessa podemos ganhar deles.

CRÔNICA Cartas de Paris: O pesadelo parisiense da casa própria



Ana Carolina Peliz
Nesta quarta-feira, jantei com amigos franceses. No cardápio, as conversas começaram pelos temas de sempre, crianças, trabalho, férias e logo caíram na pergunta inevitável “acharam o apartamento para comprar?”. Sim, a compra de um “chez soi” também é a preocupação número um dos franceses e faz parte dos assuntos preferidos da mesa do jantar, ainda que seja um pouco indigesto.
Tentarei, em poucas palavras, traçar o quadro do mercado imobiliário em Paris. De maneira geral, na França, os terrenos para construir são raríssimos, e na capital são inexistentes. Os apartamentos disponíveis também são poucos, o que faz o preço aumentar de maneira impressionante. O preço médio do metro quadrado em Paris é de 8.250 euros, isso quer dizer que um apartamento de 40 m2, mal dividido e precisando de reforma, pode custar mais de um milhão de reais. Em dez anos, o preço dos imóveis em Paris triplicou, isso faz deles um investimento mais seguro que o ouro.
Mas voltemos a meus amigos da noite passada, Sylvie e Christophe, que estão procurando uma casa. Com três filhos, eles desistiram de Paris e agora procuram na periferia próxima. A questão é sempre a mesma, será que vale a pena pagar uma fortuna por uma imóvel que nem se aproxima das expectativas? Após meses de busca, eles encontraram uma casa com “potencial”, mas o veredito do arquiteto foi mortal: derrubem e construam outra no lugar.
Casais como meus amigos são obrigados a sair de Paris para terem mais espaço, mas também se afastam das vantagens da cidade, a principal delas é o transporte público. Conseguir um empréstimo bancário em tempos de crise é outro drama, mas isso e o aluguel ficam reservados para outro capítulo da novela, pois não caberiam neste post.


Stéphane Plaza, apresentador.

A questão do imóvel é tão importante na França que entre os programas com maior audiência da televisão, dois são relacionados diretamente com o mercado imobiliário. Eles são apresentados pela mesma pessoa, Stéphane Plaza, que se transformou no chuchu dos franceses. Com um senso de humor sutil e os dentes devidamente clareados, como se espera de um corretor imobiliário, Plaza ajuda as pessoas a encontrar casas e apartamentos ou vender imóveis que não encontram comprador.
O curioso da história é que o próprio apresentador anda há meses buscando um local no Marais, um dos bairros mais caros de Paris, para instalar sua corretora e até agora não encontrou. Prova de que as coisas não andam fáceis nem para os profissionais.

Ana Carolina Peliz é jornalista, mora em Paris há cinco anos onde faz um doutorado em Ciências da Informação e da Comunicação na Universidade Sorbonne Paris IV. 

DEUS É BRASILEIRO? É NADA…



Giulio Sanmartini.
Existe a piada das duas maiores mentiras do mundo, que são: “Dinheiro não traz felecidade” e “Deixa meu bem, vou botar só a cabecinha”.
A estas a presidente Dilma Rousseff, agora que esteve no Vaticano, acrescentou mais uma.papa-dilma
Ela foi recebida pelo Papa e após a reunião, falando com os jornalistas,  elogiou a mensagem do Sumo Pontífice pela luta contra a pobreza e a preocupação com as populações mais fragilizadas. A presidente também acrescentou que o religioso prometeu ir à cidade de Aparecida após sua participação na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que ocorrerá no Rio de Janeiro, em julho.
Segundo Dilma o Papa contou que ficou muito comovido com a tragédia em Santa Maria, que causou a morte de mais de duas centenas de jovens no incêndio da boate Kiss, em fevereiro.
“Ele disse que, em Santa Maria, o Brasil demonstrou força e ternura. Eu fiquei muito agradecida. Eu acho que ele ser o Papa é muito importante para o momento em que todos nós vivemos”.
Dona Dilma deixou para o final a terceira grande mentira: “A Argentina está de parabéns. Mas, a gente sempre diz: o Papa é argentino, mas DEUS É BRASILEIRO!”
Deus é brasileiro?, quem disse?.
Mesmo deixando de lado, os que morrer de fome, os que morrem nas estradas sem conservação, os que morrem nas filas do SUS, Deus jamais permitiria que seus conterrâneos fossem governados há 13 anos pelos petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff

PINTANDO O 7…



Giulio Sanmartini
A empresa de nome Tarumã Empreendimentos Imobiliários Ltda, cujo  contrato social prevê a exploração de empreendimentos imobiliários, como locação, compra e venda de imóveis próprios e participações societárias, foi registrado na Junta Comercial do Distrito Federa em 22 de fevereiro de 2011l.No entanto, não foram localizados imóveis ou corretores registrados em nome da empresa ou de nenhum de seus sócios.
Casal 21: Renan e Maria Verônica
Casal 21: Renan e Maria Verônica
Uma de suas sócias injetou a entrar cerca R$ 290 mil e alguns meses depois quando a empresa encerrou suas atividades (26/11/2011) ela recebeu R$ 498.284,00; ou seja, recebeu o dinheiro que colocara mais um lucro de R$ 200 mil, sem que a Taramã tenha realizado qualquer negócio que seja.
Ficará mais fácil de entender esse “milagre” sabendo o nome dessa sócia: Maria Verônica Calheiros, é isso mesmo, a mulher do presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL).
Fica bem claro até para um leigo, que se tratou de uma descarada lavagem de dinheiro.
Renan, devido ao repúdio popular, teve que pregar a transparência desde que assumiu a Casa pela segunda vez, mas indo contra essa tal transparência ele se nega a esclarecer as atividades da Tarumã, alegando sempre se tratar de atividade privada.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, está desde a semana passada mergulhado na análise das atividades da empresa. Às vésperas da eleição para o Senado, Gurgel denunciou Renan Calheiros ao Supremo Tribunal Federal (STF) por peculato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos.
Maria Verônica se diz artista plástica, só pode ser pintora, pois está pintando o 7, o 14, o 21 e não se sabe mais o que.
(1) Texto de apoio: Alana Rizzo.

O Direito de preferência e a importância de registro do contrato de locação junto à matrícula do imóvel

Caros leitores, 

O assunto de hoje é de extrema importância para os locatários. Inicialmente, cabe elucidar brevemente o que significa o direito de preferência. Vejamos o conceito disposto no art. 27 da Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245, de 18 de Outubro de 1991): Art. 27. 
No caso de venda, promessa de venda, cessão ou promessa de cessão de direitos ou dação em pagamento, o locatário tem preferência para adquirir o imóvel locado, em igualdade de condições com terceiros, devendo o locador dar – lhe conhecimento do negócio mediante notificação judicial, extrajudicial ou outro meio de ciência inequívoca. 
Parágrafo único. A comunicação deverá conter todas as condições do negócio e, em especial, o preço, a forma de pagamento, a existência de ônus reais, bem como o local e horário em que pode ser examinada a documentação pertinente. Pela análise do artigo supracitado, percebe-se que a Lei do Inquilinato não desguarnece as pretensões do locatário de permanecer no imóvel locado. Do outro lado também não prejudica o locador que receberá o mesmo preço com as mesmas condições de outra pessoa que esteja interessada (terceiro). Nesse sentido, oportuno o comentário de Sílvio Venosa sobre o alcance do referido art. 27: “Com a preferência do inquilino, a Lei visa não só diminuir os riscos de uma venda simulada, que rompe na maioria das vezes a locação, como também facilitar a permanência do inquilino no imóvel, sua moradia ou seu comércio. 
Aplica-se tanto à locação residencial como à não residencial.” (VENOSA, Silvio de Salvo. Lei do Inquilinato Comentada, 6ª edição, São Paulo: Atlas , 2003. p. 161.) Exauridos os conceitos iniciais, passemos a apreciar o principal conteúdo dessa postagem: a necessidade de registro do contrato de locação junto à matrícula do imóvel para garantir o direito de preferência. Afinal, o Superior Tribunal de Justiça – STJ firmou entendimento que o registro do contrato de locação “é pressuposto indispensável ao exercício da preferência do locatário na aquisição do imóvel locado” (Apelação Cível Nº 70033112350, Décima Quinta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Vicente Barrôco de Vasconcellos, Julgado em 09/12/2009). E qual a consequência do não registro do contrato de locação junto à matrícula do imóvel?! Caso não ocorra a averbação, o locatário insatisfeito perde o direito de adjudicar o bem alienado, porém não o impossibilita de pedir uma indenização por perdas e danos. 
Disposição do art. 33 da Lei do Inquilinato: Art. 33. O locatário preterido no seu direito de preferência poderá reclamar do alienante as perdas e danos ou, depositando o preço e demais despesas do ato de transferência, haver para si o imóvel locado, se o requerer no prazo de seis meses, a contar do registro do ato no cartório de imóveis, desde que o contrato de locação esteja averbado pelo menos trinta dias antes da alienação junto à matrícula do imóvel. Parágrafo único. A averbação far – se – á à vista de qualquer das vias do contrato de locação desde que subscrito também por duas testemunhas. 
Apesar de ainda restar o pedido indenizatório, volto a ressaltar a importância do registro do contrato de locação na matrícula do imóvel, afinal a adjudicação compulsória significa uma garantia real para ali permanecer. A jurisprudência do STJ é clara: “O locador pode preterir o locatário e realizar o negócio com terceiro. Nesta hipótese, incide a regra do art. 33 da Lei 8.245/91 que confere ao locatário, cumprida as exigências legais, a faculdade de adjudicar a coisa vendida”. (1193992 MG 2010/0086976-0, Relator: Ministra NANCY ANDRIGHI, Data de Julgamento: 02/06/2011, T3 – TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 13/06/2011) Portanto, o locatário deve atentar-se ao procedimento de registro do contrato de locação na matrícula do imóvel. Dessa forma, fica resguardado acerca da possibilidade de compra do imóvel. Já o locador não ficará prejudicado com o rigor da lei, porém deverá ter consciência que existem limites dentro da venda do imóvel. 
De todo modo, a maneira mais correta de agir seria notificar o locatário e aguardar o decurso do prazo, conforme disciplina a Lei do Inquilinato. 

Por Rodrigo Freire Carvalho - 
http://www.jornaldoimovelbrasil.com/2013/01/o-direito-de-preferencia-e-importancia.html#ixzz2OCjzJo00fotos de cabo frio

Corretor de imóveis: seus clientes não são seus amigos

Com as devidas adaptações, recorro a um dos pensamentos mais famosos da literatura para iniciar o nosso post de hoje: Ser ou não ser amigo do cliente? Eis a questão. Esta é uma dúvida comum que afeta muitos corretores. Defendo com frequência aqui em nosso blog a importância de construir relacionamentos e de empenhar-se em oferecer o melhor atendimento possível ao ponto do cliente enxergar no corretor mais do que um vendedor, e sim um conselheiro, um amigo em quem se pode confiar. E muitos corretores me perguntam como construir esta relação sem deixar que a amizade prejudique as vendas. A resposta é simples: não devemos jamais esquecer que o nosso objetivo é vender. Em nossa trajetória profissional somos avaliados pelas vendas realizadas por meio dessas amizades, e não pela quantidade de amigos/relacionamentos que cultivamos. Já vi muitos casos de corretores que perderam bons negócios por não entenderem esta dinâmica, casos esses nos quais também me incluo. Já vivi situações em que o cliente se tornava um verdadeiro amigo. Saía para almoçar, ia à casa dele para tomar café, tudo no intuito de ser um corretor “gente boa”, porém na hora de fechar o negócio ele recorria a outro profissional. E o pior, no outro dia, este cliente/amigo chegava até mim e dizia: “Puxa Guilherme, você me desculpe, mas o corretor me ligou e disse que tinha uma oportunidade única, que era a chance de fechar um excelente negócio e eu comprei com ele. Mas nós somos amigos, você me entende, né!” Sim, depois de perder algumas vendas, passei a entender esses meus “amigos” e comecei a mudar de postura. Aprendi que não podemos perder o nosso foco: a venda. A amizade passou a ser controlada por uma boa dose de bom senso e profissionalismo. Com isso, antes de fechar a venda, evitei ir a bares e restaurantes conversar sobre assuntos que não estivessem relacionados ao mercado imobiliário. Desta forma, evitava situações que pudessem comprometer minhas atitudes como vendedor. Mas veja bem, não quero dizer que você não deva frequentar estes espaços, desde que não perca o seu objetivo: criar condições favoráveis à venda. Podemos até mesmo comparar esta relação às tentativas de início de alguns namoros na adolescência. Muitos meninos, antes de declararem a sua real intenção, tentam virar amigos das meninas e nesta construção de amizade acabam por perder o time do relacionamento. Tudo tem o seu tempo certo. Saber interpretar o momento ideal de ser amigo, construir confiança, gerar credibilidade e converter isto em venda são fatores que irão garantir o sucesso do corretor. A amizade pode existir e é importante que ela aconteça, pois ninguém compra um imóvel de quem não conhece e confia. Além disso, as indicações para novos negócios são advindas de bons relacionamentos e de uma amizade construída, mas a venda não deve sair jamais dos seus objetivos. Ter amigos pressupõe manter uma relação de cumplicidade, fidelidade e lealdade, mas no mundo dos negócios estes fatores devem vir acompanhados de venda. É assim que o seu cliente passará a confiar em você e recomendá-lo para outros amigos.

Por Guilherme Machado - www.guilhermemachado.com Read more: 

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