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segunda-feira, 6 de maio de 2013
Luiz Estevão volta à política e vai organizar PRTB, no Distrito Federal
Estevão volta à ativa
José Carlos Werneck
Depois de um acordo, na Justiça, em que se comprometeu a devolver R$ 468 milhões aos cofres públicos, como parte da condenação pelos desvios nas obras do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, o ex-senador Luiz Estevão vai organizar o PRTB, de Levy Fidélix, no Distrito Federal.
Para isso, está montando um escritório, em frente às residências oficiais dos presidentes da Câmara e do Senado, Henrique Eduardo Alves e Renan Calheiros, integrantes do PMDB, partido do qual Estevão fazia parte até ser cassado em junho de 2000.
Pelo acordo, o ex-senador pagará à vista R$ 80 milhões e o resto em 96 parcelas mensais corrigidas pela inflação e depois e quitadas, a Advocacia-Geral da União (AGU) liberará 1.255 imóveis de propriedade dele.
Estevão continuará respondendo a outras ações e à cobrança de juros e multas de sua dívida. Segundo a AGU, o valor ultrapassa R$ 500 milhões, mas ele contesta. Por ocasião do acordo,seu advogado, Marcelo Bessa, declarou que Luiz Estevão quer retomar à plenitude de sua atividade empresarial.
PRIMEIRO CASSADO
Ao perder o mandato por 52 votos a 18, tornou-se o primeiro parlamentar da a ser cassado pelo plenário do Senado. A partir daí, passou a atuar somente em torno de parlamentares do Distrito Federal.
O novo escritório sediará o departamento jurídico que cuida de seus processos e do Grupo OK, de sua propriedade. Outros 120 funcionários da empresa continuarão trabalhando na sede atual. O ex-senador manterá gabinetes nos dois imóveis.
Considerado o maior proprietário privado de imóveis em Brasília, Estevão possui outros oito terrenos, na Península dos Ministros.
Ele também é dono de 25 edifícios e terrenos na área comercial central do DF, além, de 21 lotes destinados a prédios residenciais, em bairros nobres da cidade. inclusive, um alugado à Polícia Federal. Esses imóveis são sua principal fonte de renda, desde que teve os bens bloqueados.
A INCRÍVEL FORÇA DOS CORRUPTOS
06/05/2013
Plínio Zabeu
O Brasil vem assistindo nos últimos tempos o maior evento corrupto da sua história. Graças à liberdade de imprensa duramente conquistada, podemos avaliar as terríveis ocorrências conhecidas como o fenômeno do mensalão. Para quem não se lembra, tratava-se da “compra” de apoio parlamentar (com dinheiro público) visando os interesses do partido mandante que, associado a outros do mesmo naipe, previa com segurança uma certa “eternidade” no poder. De início houve algumas denúncias mas, com uma oposição totalmente inútil (que não apoiou devidamente o candidato do seu partido) tiveram o sucesso esperado
As denúncias foram sendo formuladas, as provas evidentes e, passados alguns anos, eis que o maior poder Judiciário assumiu seu papel, levando a julgamento e condenações os participantes do ato corrupto.
Alguns deputados, dirigentes partidários, “tesoureiro”, controlador financeiro, etc.. foram condenados. E o que estamos assistindo atualmente? O STF abriu espaços para recursos. Os deputados condenados continuam no exercício de seus mandatos (???), os dirigentes aguardam a diminuição das penas. Um deles resolve contar o que sabia sobre a participação direta do então presidente Lula no escândalo. Os deputados conseguem a aprovação de uma PEC, realizada com apenas um terço de deputados presentes e pegos de surpresa.
A finalidade da tal emenda era acabar de vez com o Poder Judiciário, a única força que ainda resta para a moralidade brasileira. Foi necessária a intervenção de um dos ministros para anular tal enorme estupidez. Aproveitaram o “embalo” e voltaram a tentar proibir que o Ministério Público continue com seu valioso trabalho de investigação e pesquisa dos corruptos.
Não sabemos bem no que tudo vai dar. Mas existe uma séria preocupação: Terão realmente força os condenados para anular tudo o que de bom foi feito com o caso Mensalão?
“SEU” VIRIATO
06/05/2013
Old Man
A verdade é uma só: As cadeias estão abarrotadas e já estão sugerindo devolver às ruas pelo menos 30 mil presidiarios para atenuar a quantidade de presos que está insuportável, assustando até o ministro da justiça, que declarou que prefere morrer do que ficar um dia preso no nosso sistema penitenciário. Muito bem, e qual a providencia que ele sugeriu? Pasmem, não diminuir a maioridade penal, de 18 para 16 anos, porque não há mais espaço fisico para colocar esses assassinos na cadeia por longos anos. O governo não tem verba para construir presidios, mas tem dinheiro sobrando para construir 12 estadios de futebol, para a copa do mundo, esbanjando assim bilhões de reais, jogados no lixo em que se transformarão esses estádios, por falta de manutenção, depois da Copa. Nós brasileiros estamos numa encruzilhada; ou acabamos definitivamente com o PT, ou esse nefasto partido acaba com o brasil!
Reinaldo Azevedo produziu um texto antológico a respeito do assassinato da dentista Cinthya, descrevendo a imagem que viu dos pais da vítima. Contrariamente às normas deste jornal, vou mandar o sr. editor ir catar coquinhos e vou reproduzir na íntegra o texto dele, porque não me foram dadas as luzes do dom da escrita.
“São os pais da dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, devastados pela dor. Olhem as roupas. É gente de remediada para pobre, que luta para sobreviver. Nenhum daqueles vagabundos que mataram Cinthya aceitaria usar os sapatos gastos de seu Viriato Gomes de Souza, que tem 70 anos e contribuiu 38 anos para a Previdência Social.
Nenhum daqueles vagabundos aceitaria sair à rua com uma camisa modesta como a de seu Viriato, que ele pagou com o seu trabalho.
Seu Viriato não tem Audi.
Seu Viriato não cheira cocaína, a exemplo do “menor” que matou a sua filha.
OS BACANAS QUEREM DESCRIMINAR A COCAÍNA. O deputado petista Paulo Teixeira (SP) quer que seja permitido aos brasileiros portar cocaína para até 10 dias de consumo sem que isso seja considerado crime”. Leia a íntegra: Seu Viriato é pobre. Seu Viriato contribuiu 38 anos com o INSS
Seu Viriato não cheira cocaína, a exemplo do “menor” que matou a sua filha.
OS BACANAS QUEREM DESCRIMINAR A COCAÍNA. O deputado petista Paulo Teixeira (SP) quer que seja permitido aos brasileiros portar cocaína para até 10 dias de consumo sem que isso seja considerado crime”. Leia a íntegra: Seu Viriato é pobre. Seu Viriato contribuiu 38 anos com o INSS
(1) Fotomontagem: Seu Viriato e adolescente que confessou ter queimado Cinthya Magaly
BUDWEISER LANÇA COPO QUE ADICIONA SEUS AMIGOS NO FACEBOOK AO BRINDAR
Budweiser lança copo que adiciona seus amigos no Facebook ao brindar
A Budweiser desenvolveu copos que permitem adicionar amigos no Facebook quando as pessoas brindarem. Chamado de “Buddy Cup”, esse copo tem um chip que fica conectado na rede social e cada vez que duas pessoas brindam, elas se tornam amigas no Facebook.
O recurso da marca estará disponível em eventos patrocinados pela Budweiser, seja shows, festas ou bares da empresa. Assim que o público entrar no estabelecimento, eles são convidados a ativarem o perfil com os dados do smartphone.
Confira abaixo a novidade desenvolvida pela agência de publicidade Africa e pelo estúdio Bolha, em São Paulo:
Habite-se: para que serve?
A importância do Habite-se
O documento Habite-se dá uma segurança que o imóvel foi construído dentro das normas que foram estabelecidas pela prefeitura. É a prefeitura que aprova ou não a construção de qualquer imóvel.
O Habite-se não garante a qualidade
Este documento não pode ser considerado um certificado de garantia de que a construção foi feita seguindo às normas de engenharia e arquitetura, e também não atesta a segurança e a qualidade.
Para que serve o Habite-se
Se o seu projeto para construção de um imóvel foi aprovado pela prefeitura é porque o mesmo obedeceu à legislação local e após a liberação do alvará a construção pode ser iniciada. Se a construção atingiu o nível para emissão do habite-se, o proprietário terá que ir até o órgão competente da prefeitura e providenciar uma vistoria e constatar se o que foi construído retrata o projeto aprovado inicialmente.
Processo de liberação do Habite-se
O Habite-se será emitido em poucos dias se o projeto foi aprovado. Caso haja um problema, a certidão será liberada somente após a resolução do mesmo.
Documentos necessários para obter o Habite-se
Sem a certidão do Habite-se o imóvel perde o valor na hora da venda;
Contas de água e luz não atestam regularidade do imóvel;
IPTU emitido serve só para arrecadação de impostos e não porque o imóvel está regularizado;
Entidades que financiam a compra do imóvel exigem a certidão do Habite-se;
Imóveis comerciais que não possuem o Habite-se não conseguem alvará de funcionamento.
Pré requisitos para emissão do Habite-se
Certidão das concessionárias de serviços públicos;
Laudo do corpo de bombeiro;
O projeto do arquiteto tem que respeitar a legislação urbanística para o local e respeitar o número de andares o total da área construída de acordo com a avaliação da Secretaria de Urbanismo.
Cobre o Habite-se da construtora assim que ela entregar o imóvel. Caso demore muito, procure a Secretaria de Urbanismo para saber o que está acontecendo.
O Habite-se não garante a qualidade
Para que serve o Habite-se
Processo de liberação do Habite-se
O Habite-se será emitido em poucos dias se o projeto foi aprovado. Caso haja um problema, a certidão será liberada somente após a resolução do mesmo.
Documentos necessários para obter o Habite-se
Sem a certidão do Habite-se o imóvel perde o valor na hora da venda;
Contas de água e luz não atestam regularidade do imóvel;
IPTU emitido serve só para arrecadação de impostos e não porque o imóvel está regularizado;
Entidades que financiam a compra do imóvel exigem a certidão do Habite-se;
Imóveis comerciais que não possuem o Habite-se não conseguem alvará de funcionamento.
Pré requisitos para emissão do Habite-se
Certidão das concessionárias de serviços públicos;
Laudo do corpo de bombeiro;
O projeto do arquiteto tem que respeitar a legislação urbanística para o local e respeitar o número de andares o total da área construída de acordo com a avaliação da Secretaria de Urbanismo.
Cobre o Habite-se da construtora assim que ela entregar o imóvel. Caso demore muito, procure a Secretaria de Urbanismo para saber o que está acontecendo.
PEDAGOGIA DO CRIME
Percival Puggina
A primeira e principal lição foi sendo ministrada aos poucos. Era difícil, mas não impossível. Tratava-se de fazer com que a sociedade ingerisse enrolada, como rocambole, a ideia de que a criminalidade deriva das injustiças do modelo social e econômico. Aceita essa tese, era imperioso importar alguns de seus desdobramentos para o campo do Direito. Claro. Seria perverso tratar com rigor ditas vítimas da exclusão social. Aliás, a palavra "exclusão" e seu derivado "excluído", substituindo "pobre" e "pobreza", foram vitais para aceitação da tese e sua absorção pelo Direito Penal.
Espero ter ficado claro aos leitores que a situação exposta acima representa uma versão rasteira da velha luta de classes marxista. Uma luta de classes por outros meios, travada fora da lei, mas, paradoxalmente, sob sua especial proteção. Por isso, a impunidade é a aposta de menor risco desses beligerantes. Por isso, no Brasil, o crime compensa. Por isso, também, só os muito ingênuos acreditarão que um partido que pensa assim pretenda, seriamente, combater a criminalidade. Afine os ouvidos e perceberá o escandaloso silêncio, silêncio aliás de todos os poderes de Estado sobre esse tema que é o Número Um entre nós. Ou não?
Portanto, olhando-se o tecido social, chega-se à conclusão de que o grande excluído é o brasileiro honesto, quer seja pobre ou não. O outro, o que enveredou para as muitas ramificações do mundo do crime, leva vida de facilidades sabendo que tem a parceria implícita dos que hegemonizam a política nacional. Nada disso estaria acontecendo sem tal nexo.
Viveríamos uma realidade superior se o governo construísse presídios, ampliasse os contingentes policiais e equipasse adequadamente os agentes da lei, em vez de gastar a bolsos rotos com Copa disto e daquilo, trem bala, mordomias, comitivas a Roma e por aí vai. Viveríamos uma realidade superior se o Congresso produzisse um Código Penal e um Código de Processo Penal não benevolentes, não orientados para o descumprimento da pena, mas ordenados à sua rigorosa execução. Viveríamos uma realidade superior se os poderes de Estado incluíssem entre os princípios norteadores de suas ações a segurança da sociedade e os direitos humanos das vítimas da bandidagem. Viveríamos uma realidade superior se o Direito "achado nas ruas", que inspira ideologicamente a atuação de tantos magistrados, fizesse essa coleta nas esquinas, mas ouvindo os cidadãos, os trabalhadores, os pais de família, em vez de sintonizar a voz dos becos onde a criminalidade entra em sintonia com a ideologia.
O leitor sabe do que estou tratando aqui. Ele reconhece que, como escrevi recentemente, já ocorreu a Tomada do Brasil pelos maus brasileiros. Perdemos a guerra. O crime já venceu. Estamos na fase de requisição dos despojos que devem ser entregues aos vencedores. Estamos pagando, em vidas, sangue e haveres, a dívida dos conquistados. Saiba, leitor, que a parcela da esquerda que nos governa há mais de duas décadas, mudando de nome e de pêlo, mas afinada, em tons pouco variáveis pelo mesmo diapasão ideológico, está convencida de que se trata disso mesmo. É a luta de classe por outros meios e com outros soldados. Queixemo-nos ao bispo, se o bispo não cantar na mesma toada.
É a pedagogia do crime. Ela já nos ensinou a não reagir. Ela já nos disse que a posse de armas é privilégio do bandido. Ela já advertiu os policiais sobre os riscos a que se expõem ao usar as suas. Ela já nos mostrou que não adianta reclamar: continuaremos sem policiais, sem presídios, sem uma legislação penal que sirva à sociedade e não ao bandido. Isso tudo já nos foi evidenciado. Trata-se, agora, de entender outras ordens do poder fora da lei. Devemos saber, por exemplo, que esse poder se enfurece quando encontra suas vítimas com tostões no bolso. O suposto direito nosso de carregarmos na carteira o dinheiro que bem entendermos confronta como o direito dos bandidos aos nossos haveres. Por isso, cada vez mais, agridem, maltratam e executam, friamente, quem deixa de cumprir seu dever de derrotado. Tornamo-nos súditos, sim, não do Estado brasileiro, mas daqueles que tomaram a Nação para si. Seja um bom discípulo da pedagogia que a esquerda nos proporcionou. Não desatenda as demandas dos bandidos. O leão da Receita é muito mais manso.
_____________
* Percival Puggina (68) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões.
TRUCULÊNCIAS INSTITUCIONAIS
Percival Puggina
Entramos numa fase institucional marcada pela truculência. Começam a tramitar leis e emendas à Constituição que não visam o bem do país. São propostas que só se viabilizam por expressarem ressentimentos, desejos de vingança e projetos de poder. A Proposta de Emenda à Constituição Nº 33 (PEC 33), por exemplo, aponta um problema real, mas atira belicosamente nas asas do Supremo, que no entender dos seus subscritores alça voos de intolerável autonomia (leia-se julgamento do mensalão). O velho revanchismo rabugento volta e meia esquece o Lexotan e sai virando mesas e cadeiras.
Outra PEC, a de número 37, pretende mudar a Constituição para atribuir exclusivamente às instituições policiais as tarefas de "apuração das infrações penais". Dessa exclusividade decorre, principalmente, que o Ministério Público não poderá mais promover investigações criminais. A proposta vai somando apoios graças à contrariedade de muitos parlamentares com o protagonismo alcançado pelo MP em ações que alcançam figuras poderosas da República. Pergunto: num país em que já se estabeleceu, com lucros e dividendos, a soberania da alta criminalidade, nítido poder paralelo, vencedor de todos os confrontos com a desguarnecida sociedade, a quem interessa reduzir ainda mais a capacidade de investigação criminal?
Outra recente evidência desse modo brutamontes de legislar, a toque de caixa, para a conveniência política do momento, é fornecida pelo PL 4470/2012. Esse projeto impede que os deputados que adiram a um novo partido possam carregar para ele as frações de tempo de tevê e do Fundo Partidário que lhes corresponda. Como a criação do PSD convinha ao governo, o partido nasceu em berço de ouro. Como o partido de Marina Silva não interessa, tratam de abortá-lo. Que tal? Eram contra o Golbery, mas aprenderam muito com ele! Transformado em lei esse projeto atropela e quebra as pernas da ex-senadora que transitava em busca de espaço para a corrida presidencial de 2014. O pesadelo atual de Dilma Rousseff, que vê surgir Eduardo Campos dentro de seu quadrado é ter também Marina Silva colhendo votos na seara do Norte e Nordeste do país.
O Brasil esgotou as possibilidades de tomar jeito com o atual formato de suas instituições. Quem sabe juntar "b" com "a" para fazer "ba" percebe isso. Império da Lei, entre nós, poderia ser nome de escola de samba. Nosso modelo não estimula condutas civilizadas. O governo legisla (e como! e quanto!). Os congressistas se convertem em distribuidores de verbas. Não é sem motivo, então, que se expande o ativismo judiciário, ou que a política se vai judicializando. Os partidos se assemelham a agências de emprego e vão ficando todos iguais. O Estado padece de hipertrofia e ineficiência. A administração pública e o próprio Estado são permanentemente aparelhados pelo governo em decorrência da fusão, em uma só pessoa, de três funções que obviamente são distintas entre si. Os freios e contrapesos sugeridos pela ciência política para contenção dos poderes de Estado se converteram em um sistema de preço e sobrepreço. As relações internacionais não são pilotadas pelo interesse da Nação, mas pelas afeições ideológicas do partido dirigente. Consagrou-se a prática de perder a eleição e aderir ao vencedor. A oposição mirra. Uma usina de escândalos opera em regime de 24 por 24 horas nos vários níveis do governo e da administração.
Infelizmente, nossa vida institucional continuará assim como a vemos, de mal a pior, enquanto permanecermos condenando os fatos e concedendo alvará de soltura às causas.
Zero Hora, 5 de maio de 2013
Executivo-chefe do Comitê Organizador Local da Copa de 2014 diz que "Beira-Rio terá um dos gramados mais avançados"
domingo, 5 de maio de 2013
Desde 2010 no Comitê Organizador Local (COL), o mineiro Ricardo Trade tem a tarefa de organizar o maior evento esportivo já realizado no Brasil. Diz ele: "Não tenho dúvida nenhuma de que os estádios vão ficar prontos. Vimos problemas que precisam ser solucionados, e para isso estamos trabalhando, mas estamos satisfeitos. Evento-teste é para isso mesmo, corrigir problemas. A entrega tardia faz com que o teste também seja tardio. Esse é o problema, teremos pouco tempo para resolver algum imprevisto, como iluminação, telão ou fluxo externo de transporte". Ele tem palavras muito especiais para o estádo do Internacional: "O caso do Beira-Rio foi emblemático. A relação com o governador, o prefeito e com o presidente Giovanni Luigi foi sensacional. Naquele momento conseguimos superar todas as adversidades. Estamos tranquilos. Semana passada nossa equipe fez uma visita a Porto Alegre. O estádio é bacana, primeiro, porque o entorno é bom de trabalhar; segundo, porque o gramado, pelo que foi passado pelos nossos técnicos, será um dos mais avançados do Brasil. A partir de agosto, Porto Alegre vai receber um escritório do COL com 25 funcionários".
Reino Unido põe fim ao horário rígido e ao escritório fixo
Na terra da rainha, 94% das empresas já são adeptas à flexibilidade, com horários alternativos e trabalho remoto, diz Institute of Leadership & Management (ILM)
Daniel Berehulak/Getty Images
No Reino Unido, a maior parte das empresas já abandonou o trabalho em locais e horários fixos
São Paulo - Se você já "bateu ponto" algum dia, comece a pensar em abandonar a prática. O trabalho em horário fixo e dentro do escritório é coisa do passado. Ao menos no Reino Unido, berço do modelo industrial de gestão, a prática já ficou para trás em 94% dasempresas.
É o que indica a pesquisa “Trabalho Flexível: Adeus 9h às 5h”, do Institute of Leadership & Management (ILM). O levantamento, feito com 1026 gestores, mostra que essa flexibilidade já é uma realidade na terra da rainha.
O que eles entendem por flexibilidade já anda na pauta das empresas brasileiras há tempos: trabalho remoto, horário flexível, compartilhamento de tarefas e possibilidades de atuação em meio período.
Dos entrevistados, 82% acham que esse tipo de mobilidade gera benefícios para os novos negócios, uma vez que percebem ganhos de produtividade nos seus subordinados. Entretanto, apenas 73% têm aval e apoio da alta diretoria para adotar as práticas.
Lá - como cá - ainda existem as tais “barreiras culturais siginficativas”, como menciona o estudo. Comentários depreciativos contra colegas de trabalho que usufruem de home officeou horário alternativo são comuns para 31% dos entrevistados. Para um quinto, uma decisão como essa poderia “limitar” a carreira na organização.
Habilidades
Embora o estilo de gestão já dê sinais claros de mudança, para o ILM, os líderes não tiveram de enfrentar grandes desafios no que tange suas habilidades. “As habilidades centrais para liderar times flexíveis são as mesmas necessárias para trabalhar e conduzir de forma eficiente em qualquer infraestrutura”, diz o estudo.
A comunicação é vista pelos entrevistados como elemento-chave para o bom funcionamento da prática – 88% deles veem essa habilidade como necessária. A capacidade de dar instruções claras é valorizada por 87% dos gestores, bem como suas habilidades com planejamento.
Os bancos novatos querem briga
Bancos altamente especializados, que atendem pouca gente, mas prometem serviços melhores, estão sendo criados aqui. Dá para competir com os grandões?
Germano Lüders/EXAME.com
Benchimol, sócio da XP: o plano é criar um banco 100% virtual para poucos investidores
São Paulo - Para os bancos, assim como para as empresas de varejo, ser grande é uma vantagem e tanto. Quem tem escala para se espalhar pelo país conquista mais clientes e consegue diluir custos com tecnologia e funcionários.
Tamanho ajuda até na hora do aperto — como a crise internacional mostrou, nenhum governo está disposto a deixar gigantes financeiros quebrar, por mais estripulias que tenham feito com o dinheiro dos clientes, já que as consequências para a economia são imprevisíveis.
No Brasil não tem sido diferente: os grandes só ficam maiores. Banco do Brasil, Caixa Econômica, Itaú, Bradesco e Santander respondem por quase 70% dos ativos do sistema bancário. Por tudo isso, o mercado financeiro tem sido um terreno árido para empreendedores.
Quem, afinal, tem disposição para enfrentar uma concorrência tão forte? É surpreendente, portanto, que haja no país uma nova leva de bancos em gestação. O plano dos novatos é justamente atuar no vácuo deixado pelos grandes — sem concorrer em todas as frentes, mas aproveitando-se da crescente insatisfação dos correntistas.
A XP, que surgiu há 13 anos como uma corretora e se tornou a maior empresa de investimento do país, acaba de finalizar o projeto para criar um banco.
O plano, que será apresentado ao Banco Central em junho, prevê que os 120 000 clientes tenham uma conta-corrente “virtual”, que permitirá fazer pagamentos, transferências e saques em caixas 24 horas. “Toda vez que um investidor nosso precisa fazer uma transação bancária, ele tira o dinheiro daqui e manda para um banco.
Queremos concentrar tudo conosco e prestar um serviço melhor”, diz Guilherme Benchimol, um dos fundadores da XP. No papel, a conta faz sentido — mas é preciso ver como tudo se dará na prática. O plano é oferecer mais alternativas de investimento e também empréstimos com juros mais baixos, já que os clientes poderão dar suas aplicações como garantia.
Ao mesmo tempo, o banco XP ficará de fora de segmentos como seguros e cartões de crédito (assim, seus clientes não vão receber ofertas de produtos que não tenham nada a ver com seu perfil). Parte do investimento inicial de 70 milhões de reais no projeto virá dos fundos de private equity Actis e General Atlantic, que têm 41% do capital da XP.
No topo e na base da pirâmide
Há instituições que veem espaço para conquistar a clientela endinheirada e outras que querem ganhar a baixa renda. O banco Original, controlado pela J&F, holding dona do frigorífico JBS, encaixa-se no primeiro grupo. Henrique Meirelles, presidente do conselho de administração da J&F, está há seis meses contratando parte de sua equipe dos tempos em que dirigiu o BankBoston, na década de 90.
O J&F também está investindo em tecnologia para transformar o Original, especializado em financiar o agronegócio, num banco voltado para a alta renda. Segundo executivos que acompanham o negócio, o projeto não está finalizado, mas prevê que 90% das transações sejam por internet e que os clientes tenham acesso a novas opções de investimento e assessoria financeira. Procurado, Meirelles não deu entrevista.
Na ponta oposta, há quem busque atrair a classe C. Uma das principais iniciativas nesse campo é a da companhia de telecomunicações Telefônica e da bandeira de cartões Mastercard.
Juntas, elas criaram a MFS, empresa de pagamentos que oferece contas pré-pagas aos clientes da operadora de telefonia móvel Vivo. Funciona assim: o cliente compra um número de conta, assim como compra um número de celular, e coloca créditos nela para fazer depósitos e pagamentos, transferir dinheiro e checar saldo — tudo pelo celular ou via um cartão emitido pela Mastercard, que permite fazer saques e pagamentos.
“Queremos chegar à população que nunca teve conta em banco e não quer gastar o que tem com tarifas”, diz Marcos Etchegoyen, presidente da MFS. A comunicação ocorre basicamente por mensagens de texto, que não são cobradas. Segundo a Vivo, 21 milhões de seus 180 milhões de clientes não têm conta em banco.
Bancos de nicho são uma realidade no exterior. Um estudo da consultoria Accenture mostra que estão em funcionamento pelo menos 20 deles no mundo. O slogan de um deles, o americano Simple, é “O banco que não é uma porcaria”.
Quando um cliente liga para seu call center, é direcionado ao mesmo funcionário que o atendeu anteriormente e tem seu histórico. Outros oferecem serviços de consulta de saldos e pagamentos de contas via TV a cabo.
Outro ponto importante: a maioria só cobra tarifas pelo serviço que o cliente usa, e não um valor fixo mensal que inclui taxas para produtos nunca utilizados. No mundo todo, a prioridade desses bancos é ter mais serviços, e não um grande volume de empréstimos — o que faz com que sejam menos dependentes de capital. Isso é importante: captar recursos é o grande problema dos bancos médios tradicionais do Brasil.
Não é a primeira vez que o país vive uma onda de bancos “alternativos”. Em 2000, o Unibanco criou, em parceria com o grupo de telefonia Portugal Telecom, o Banco Um.Net, cuja proposta era ser uma instituição 100% virtual, mas com todos os produtos e serviços dos concorrentes tradicionais.
O projeto foi abandonado no ano seguinte. Executivos de mercado atribuem o fracasso às limitações de acesso à internet daquela época.
Hoje, quase metade dos correntistas usa algum serviço bancário na internet. E muitos estão insatisfeitos com seus bancos — só em fevereiro, o BC recebeu 5 700 reclamações de clientes das cinco maiores instituições. É improvável, claro, que esses novos bancos mudem a estrutura do mercado nacional.
Como oferecem um número limitado de produtos e serviços, eles dificilmente serão o único banco de seus clientes. Mas podem ser a opção preferida para alguma transação específica — por exemplo, fazer investimentos. “Os clientes estão atrás de conveniência, e bancos de nicho podem oferecer isso”, diz o consultor Boanerges Freire, especialista em varejo financeiro. Nesse caso, ser pequeno ajuda.
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