quarta-feira, 20 de março de 2013

Um artigo irretocável de Celso Arnaldo Araújo: EU SEI O QUE VOCÊS NÃO FIZERAM NO VERÃO PASSADO


Augusto Nunes - Veja

Até o momento, 24 moradores de Petrópolis morreram antes de saber o que não foi feito. Ou melhor: até sabiam ─ mas nada puderam fazer, desde o verão passado, para reduzir a ameaça de morte iminente de suas famílias, ao primeiro temporal trazido pelo implacável ciclo das estações climáticas da Terra. Incrível: houve um verão também em 2013.
Eles ficaram em suas casas, permanecendo em local de altíssimo risco, não porque gostavam de viver perigosamente, mas por absoluta falta de opção de moradia ─ opção, aliás, anunciada com pompa pelo governo após a tragédia do verão de 2012. Espere ─ não foi em 2011? Ah, em 2011 e 2012? Na maioria das cidades serranas destroçadas pelas chuvas nos dois últimos verões, não foi erguida uma única casa, das centenas prometidas, para acomodar as pessoas que teriam de ser removidas das encostas mais ameaçadas.
Em seu profundo desconhecimento das coisas do mundo real, Dilma e o governo que acabou com a miséria no país achavam que a criação de uma força-tarefa de gabinete, constituída no ano passado em torno de ministros de seis pastas e composta por 35 geólogos e 15 hidrólogos, “para atuar nas áreas de risco dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, afetados pelas chuvas”, fosse suficiente para evitar novas tragédias.
Informou na época o Portal do Planalto: “A força-tarefa vai trabalhar na identificação das áreas sujeitas a deslizamentos e inundações, de onde as famílias devem ser removidas pela Defesa Civil”. Essa força plenipotenciária viria se juntar ao Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, na época comandado pelo pajé Aloizio Mercadante. Pena que ninguém atentou para a sigla do centro ─ CEMADEN. Uma sigla provavelmente cifrada, por uma letra equivalente a uma ordem oculta. Os 24 moradores agora mortos, porém, não leram o decreto no Diário Oficial ─ e jamais viram, à porta de suas casas, um desses luminares que não só preveriam como evitariam os danos causados pelas chuvas torrenciais deste e dos próximos verões.
Se os olhos nada viram, seus ouvidos foram agraciados com uma sirene prenunciadora de chuvas mais pesadas, recomendando a retirada. Numa época em que os satélites de meteorologia já conseguem prever a formação de zonas de instabilidade com quase uma semana de antecedência, a sirene da chuva foi a melhor resposta lulopetista aos avanços da ciência nessa área. Em Petrópolis, há 18 sirenes. Claudia Vicente, moradora do bairro de Quitandinha, o mais atingido de Petrópolis, garante que não ouviu nenhuma antes do chuvaréu: “Quando a sirene soou, as casas já estavam no chão”. Nas quatro casas levadas pela chuva, pelo menos 10 crianças ficaram soterradas. Duas morreram.
Mas, para Dilma, tudo funcionou como tinha de funcionar. No coração do Vaticano, mas indiferente à obrigação da virtude, à espera do iminente encontro com o Papa Francisco, cercado de falsos carolas do governo, ela soa como prevaricadora da verdade. Mas talvez não seja, intencionalmente. No mundo em que ela vive, a presidente realmente acredita que faz sempre o melhor ─ não tem arcabouço intelectual para perceber nada errado. Uma sirene ─ a versão sonora do CEMANDEM… ─ não pode ser, no século 21, o melhor preventivo de tragédias anunciadas, que requerem soluções de infraestrutura.
Dilma, sinceramente, só vê um erro na nova tragédia serrana: os moradores não deveriam estar lá. Morreram de teimosos e recalcitrantes. Quase bem feito. Nesta entrevista, dada a contragosto em Roma, depois de um lenga-lenga sobre a fome no mundo, tema no qual o Brasil lulopetista dá lições ao universo, ela já tinha dado as costas aos jornalistas quando um deles pergunta pela tragédia de Petrópolis, tão longe e ao mesmo tempo tão perto do Vaticano renovado por Francisco.
Com a desarticulação de sempre, ela fala das providências que tomou, direto de Roma, com o terço nas mãos:
─ Conversei também com o governo brasileiro….
Como? Há outro, além do dela? Para variar, uma má expressão da presidente. Ela explica: o “governo brasileiro” é quem ficou cuidando da casa, a ministra Gleisi ─ a mesma que, na primeira reunião cenográfica da Farsa-Tarefa, no ano passado, disse que “evitar mortes é nossa prioridade número 1″.
Bem, os 24 mortos desta semana aparentemente não entraram nessa prioridade. Eles não ouviram ou desprezaram a sirene. Mas a ministra-chefe da Casa Civil recebeu ordem da presidente para, segundo Dilma, agora sim, “prover todos os recursos para que não haja mais vítimas”. Neste e nos próximos verões. “Porque nós temos um sistema de prevenção”, celebra a presidente, produzindo matéria-prima para uma eventual confissão na Basílica de São Pedro.
Mas… “O problema é que muitas vezes as pessoas não querem sair”. Sair uma vez, ok. Muitas vezes é mesmo mais difícil. Falando sério: Dilma parece estar convencida de que as pessoas ficam lá, para morrer, porque querem. Ô, raça. “É uma situação muito difícil”,diz a meteorologista master do governo federal, “porque choveu 300 milímetros, que é mais, é quase o tanto que chove em um ano em algumas regiões do Brasil”. Em um ano? É mais do que chove no sertão da Bahia em 10 anos.
Que tal comparar Petrópolis com Petrópolis mesmo?
É esse o método que os meteorologistas usam para caracterizar chuvas acima do normal em determinada região. Nesse contexto, choveu em Petrópolis, num dia, o esperado por todo o mês de março. Uma senhora chuva ─ mas não prevista pelo “sistema de prevenção”, embora previsível. Um repórter, ao fundo, indaga o óbvio. Como falar em prevenção com tantos mortos? Não parece ter havido problemas com o sistema?
Dilma quase engata um “meu querido”, mas se segura, enfática: “Não, não estava com algum tipo de problema, não. A nossa prevenção avisa as pessoas”. Seria a sirene, de novo? Dilma não sabe bem como funciona a coisa, mas de novo passa um pito nas vítimas oportunistas: “Eu acho que vai ter de sê tomado (sic) medidas um pouco mais drásticas para que as pessoas não fiquem na região que não podem (sic) ficar”.
Medidas mais drásticas? Remover os teimosos à força? Tropa de choque? Quais foram as medidas mais amenas? Casas populares para realocar as famílias? Onde ficam? Nenhuma palavra, além do complemento do pito:
“Que aí não tem prevenção que dê conta se você ficar num determinado lugar mesmo sabeno que tem de sair”.
O dilmês, quase sempre folclórico, também pode ser muito cruel.

Mulher de Renan lucra 69% em 4 meses



20 de março de 2013 | 7h 52

- Agência Estado
Novo documento obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo revela que a Tarumã Empreendimentos Imobiliários Ltda., a "empresa relâmpago" do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), distribuiu R$ 200 mil de lucro para Maria Verônica Calheiros, mulher do senador, apenas quatro meses após a artista plástica injetar R$ 290 mil em seu capital. Um lucro de 69% - na época, a taxa básica de juros era de 12,5% ao ano.
Sem nenhuma operação registrada, a Tarumã encerrou suas atividades em 16 de novembro de 2011, nove meses após ser registrada na Junta Comercial do Distrito Federal. Com o fim da Tarumã, Verônica recebeu R$ 498.284 em lucro e na restituição do investimento. Dois filhos do casal, Rodolfo e Rodrigo, também sócios na empresa, receberam R$ 833 cada.
Considerado alto por especialistas em lavagem de dinheiro, o lucro líquido obtido em tão pouco tempo coloca sob suspeita as operações financeiras e contábeis da empresa - que, em menos de um ano, movimentou ao menos R$ 500 mil. Aberta depois das eleições de 2010, a Tarumã teria funcionado em uma sala no Lago Sul de Brasília.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, está desde a semana passada mergulhado na análise das atividades da empresa. Às vésperas da eleição para o Senado, Gurgel denunciou Renan Calheiros ao Supremo Tribunal Federal (STF) por peculato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos.
O inquérito está, atualmente, no gabinete do ministro Ricardo Lewandowski. Renan, que prega a transparência desde que assumiu a Casa pela segunda vez, se nega a esclarecer as atividades da Tarumã, alegando sempre se tratar de atividade privada.
O contrato social da empresa registrado na Junta Comercial do Distrito Federal prevê a exploração de empreendimentos imobiliários, como locação, compra e venda de imóveis próprios e participações societárias. No entanto, não foram localizados imóveis ou corretores registrados em nome da empresa ou de nenhum de seus sócios.
A empresa foi registrada em 22 de fevereiro de 2011 em nome do senador e de seus dois filhos. Cinco meses após a constituição, Renan deixou a sociedade e deu lugar à esposa, que turbinou o capital da empresa de R$ 10 mil para R$ 300 mil.
Sem renda fixa e casada em comunhão parcial de bens, Verônica Calheiros integralizou em "moeda corrente" o valor de R$ 290 mil no capital da empresa em 21 de julho de 2011. Quatro meses mais tarde, a Tarumã encerrou suas atividades. A extinção foi registrada na Junta Comercial do Distrito Federal em 16 de novembro de 2011.
A última declaração de bens pública apresentada pelo senador informa que ele tem um patrimônio de R$ 2,1 milhões. Na declaração ele menciona um apartamento em Maceió, uma casa em Barra de São Miguel e R$ 3 mil em contas bancárias.
A operação foi assistida por Bruno Mendes, advogado e assessor comissionado de Renan no Senado. Mendes tornou-se figura conhecida em 2007, depois de aparecer associado ao escândalo de empreiteiras que, a pedido do parlamentar, bancavam despesas da jornalista Mônica Veloso, com quem Renan tem uma filha. Bruno se negou a esclarecer as atividades da Tarumã.
Evolução de renda
Nas investigações feitas pelo Conselho de Ética do Senado, laudos da Polícia Federal e dados da Receita Federal atestavam a incapacidade financeira do senador e de seus familiares diante da evolução patrimonial registrada nas declarações de imposto de renda. Os sinais, segundos os investigadores, eram de patrimônio descoberto. As contas sugeriam que, com os recursos que alegava possuir, o senador não teria como pagar despesas pessoais e mais os valores repassados à jornalista Mônica Veloso.

Cartas de Berlim: Os novos alemães, por Tamine Maklouf


Tamine Maklouf - 
20.3.2013
 | 14h01m


Já há um tempo a Alemanha tem tido que lidar com o espinhoso problema da criação de uma nova identidade nacional. Chegou a hora dos alemães aceitarem que boa parte dos hoje cidadãos não têm mais o biotipo germânico como o conhecemos. É verdade que boa parte aceita bem, mas me parece que ainda não é um negócio oficial, entende?
Por exemplo, alemães de origem africana, oriental ou árabe. Terão primeiro seu passado migratório ressaltado no anúncio de sua nacionalidade. Seus pais chegaram na Alemanha e fizeram suas vidas. Os filhos aqui nasceram, ou chegaram pequenos. E são hoje alemães, mas com esse adendo chato: “passado migratório”.
Durante os anos 60 e 70 houve uma intensa onda migratória incentivada pelo governo alemão. Espanha, Grécia, Turquia, Ioguslávia, Portugal, Itália, Vietnã (no caso da Alemanha Oriental) mandavam como mão-de-obra os chamados “Gastmitarbeiter”(algo como trabalhadores convidados) ao país.
Cheguei a esse assunto por meio da história de três jovens jornalistas alemãs que nasceram nessa época. Elas escreveram um livro chamado “Wir neuen deutschen”(nós, os novos alemães) onde contam sobre suas vidas e suas experiências de integração na Alemanha.


Khuê Pham conta que apesar de sentir-se bastante alemã, afinal nasceu em Berlim, o único lugar onde se sente em casa é na cidade de seus pais, no Vietnã, “onde todos se parecem comigo” A polonesa Alice Bota chegou aqui com 8 anos. Durante a faculdade, seus pais exigiram que ela falasse apenas polonês com eles, porém não conseguia mais. Em contrapartida sentia-se em casa na república de estudantes poloneses. Özlem Topçu é alemã e seus pais são turcos. Já na época da escola sentia dificuldade de assimilar os tão discrepantes mundos que dividiam a escola e seu lar.
“Parece que não fazemos parte do todo” dizem. Esse “todo”é hoje na Alemanha uma massa multicultural da qual o país se orgulha. Mas na prática, essas meninas que têm o biotipo “diferente” ainda são surpreendidas com frases como “Mas você fala alemão muito bem!”
Você já pensou sentir-se expatriado no próprio país onde nasceu, cresceu, estudou e tem família? O sentimento ausente de ter raízes, de pertencer a alguma cultura, ou uma incerteza incômoda: afinal, qual minha terra natal? Falta alguma coisa ali. Sobre este sinal dos tempos escrevem as jornalistas.

Tamine Maklouf é jornalista e ilustradora nas horas vagas. Mora na Alemanha desde agosto de 2009, onde se encontra na “ponte terrestre” Dresden-Berlim. De lá, mantém o blog Die Karambolage

Apagaram o Luz para Todos, por José Aníbal



As trapalhadas do governo federal no setor elétrico parecem não ter fim. Já virou praxe: pelo menos uma vez por mês os cardeais da área energética se reúnem para anunciar como pretendem consertar os danos surgidos das decisões anteriores. A última foi na semana passada.
Ao perceber que o uso permanente das usinas térmicas despejaria cinco bilhões de reais na conta de luz do consumidor, o governo abriu a caixa de costura e providenciou outro remendo. Sem ele, o desconto prometido na fatura vira fumaça, as distribuidoras ficam desestabilizadas e a inflação sobe.
De agora em diante, o custo das térmicas será rateado entre indústrias e agentes do mercado livre, além de geradoras, distribuidoras e consumidores. A parte dos consumidores será quitada pelo governo com recursos -- pasmem -- desviados da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo administrado pela Eletrobrás para custear o programa Luz para Todos.
A bondade com a luz alheia vem justo no instante em que a Aneel admite que um milhão de residências continuam nas trevas e que a promessa de iluminar a vida de todas as famílias brasileiras até 2014 foi para boi dormir. Mais uma vez o governo dá com uma mão e retira com a outra.
Trocando em miúdos, o planejamento falha, os empreendimentos atrasam, a energia emergencial das térmicas vira permanente e o governo tenta ocultar as consequências das besteiras que fez à custa de quem ainda vive no escuro. Ou isso, ou inflação e conta mais cara para os que têm luz.


Foto: Damien Meyer / AFP

Desde o início do debate sobre a MP 579 insistimos que utilizar o setor elétrico para estimular a competitividade do parque produtivo sem oferecer contrapartidas tributárias era temerário. Eis o resultado: as empresas perderam valor de mercado, capacidade de investimento e agora estimulam demissões voluntárias.
Alertamos que a incompetência no planejamento e na gestão das obras, somados à baixa dos reservatórios, deixava o governo entre o risco de apagão e o aumento de tarifas pelo uso de térmicas, o que jogaria por terra a redução das contas de luz anunciada na TV -- aliás, redução saudada por todos nós, mas feita com evidente propósito eleitoral.
Agora o improviso se volta ao mercado livre, desfalca receitas do Luz para Todos, pega uma fatia dos dividendos de Itaipu e, se não for o bastante, por que não atacar de madrugada a geladeira do Tesouro Nacional?
Se estendermos a análise para o setor energético como um todo, a coisa fica pior: Petrobras no vermelho, enormes prejuízos com a importação de gasolina, retração e desnacionalização da indústria do Etanol, paralisia do setor minerário etc.
Mesmo desnorteados e perdidos, nada altera a falta de rumo. As trapalhadas vão se acumulando, os investidores ficam cada vez mais desconfiados e a atividade econômica segue a patinar. Mas não se enganem: em breve outro anúncio genial vem aí para tentar consertar o que acabaram de fazer.

José Aníbal é economista, deputado federal licenciado (PSDB-SP) e secretário de Energia de São Paulo. 

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JUSTIÇA



Magu
Uma das coisas que me é muito agradável, é saber de um país em que a Justiça funciona bem. Esse país é a Grã-Bretanha. Lembro-me de um fato, algum anos atrás. Um moleque de 12 anos assassinou covardemente, com requintes de crueldade, um garoto de 8 anos. Diga-se de passagem que lá não existe ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, essa merda brasileira que transformou os pequenos marginais em inimputáveis.
Juiz inglês de peruca
Juiz inglês de peruca
Voltando ao caso, o meliante de 12  anos foi processado e sua culpa provada. O assassino foi condenado a 25 anos. Dos  12 aos 18 ficou em uma instituição própria para menores infratores. Quando completou 18 anos, foi transferido para uma cadeia comum para cumprir os outros 19 anos.
Esse intróito foi para justificar outra notícia, ocorrida na semana passada. Um político inglês, Chris Huhne, deputado que também era ministro, teve de renunciar ao cargo e ao mandato. Era casado. Nesse tempo, 10 anos atrás, antes de ser deputado e ministro, ele transferiu pontos e multa para a mulher, para não perder a habilitação e atrapalhar a carreira  iniciante na política, com a anuência da mulher. Dez anos depois, ele a deixou para ir morar com sua assessora de imprensa que, dizem, antes de se apaixonar pelo político, era casada com uma psicóloga. Não, o gênero não está errado.
Bem, a ex-mulher, de boa memória e baixa tolerância para infidelidade, se vingou dele revelando a fraude, com a declaração falsa. Resultado: o esperto, além de ter de renunciar ao cargo e ao mandato, renunciou também à liberdade, para cumprir 8 meses de cadeia.
Sbbemos que uma ex-mulher é para sempre. Mas, a vingança, mesmo sendo um prato que se serve frio, nem sempre é doce. A vingativa também terá de cumprir 8 meses de cana, por ter colaborado na obstrução da ação da justiça.
Eu tenho uma puta inveja da justiça britânica…

MAS É PILANTRA



Giulio Sanmartini
Antes de completar um ano de governo, a presidente Dilma Rousseff havia dado o bilhete azul para 7 ministros: Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Nelson Jobim (Defesa), Wagner Rossi (Agricultura), Pedro Novais (Turismo), Orlando Silva (Esporte) e Carlos Lupi (Trabalho). Com exceção de Jobim, que criticou publicamente o governo diversas vezes, todos os titulares deixam o cargo após acusações de corrupção.pilantra 1
Dilma a cada demissão faz sua pantomima; crispa o cenho, faz esgar de nojo, chama os picaretas ao gabinete. Arma um banzé-de-cuia que arranca aplausos da classe média incauta.
A parte da imprensa que bajula a “presidenta”, lhe dá o título de “faxineira”. Dilma finge não gostar do nome, mas bem que assume a postura de quem está fazendo uma limpeza. Ela havia dito em sue discurso na Organização das Nações Unidas – ONU (setembro de 2011): “Meu governo não terá compromisso com o malfeito”, covardemente usando um eufemismo para dizer corrupção.
Poderá me questionar o leitor: “Mas ele demitiu os que ‘faziam mal”.
Certo, mas a demissão sem punição perde todo o valor, o que é dos demitidos? Não estão pagando por nada e pior, alguns deles, esfriados os ânimos, voltaram a freqüentar o gabinete  de dona Dilma.
Palocci retomou a atividade de consultor que fez dele um milionário. Sumiu do PT. Rossi, trancado em seus rancores, também distanciou-se da rotina do PMDB. Só dá as caras de raro em raro, como na convenção que reconduziu o amigo Michel Temer à presidência da legenda.
Orlando ocupa uma cadeira do PCdoB na Câmara Municipal de São Paulo. Novaes (PMDB) e Negromonte (PP) retomaram seus mandatos no “baixíssimo clero” da Câmara federal.
Quanto a Carlos Lupi, mesmo que continuem suas suspeitas de corrupção foi reabilitado pelo Planalto, com a nomeação para o ministério do Trabalho  de Manoel Dias, secretário geral do PDT e fortemente ligado a ele.
Para finalizar: A presidente Dilma Rousseff, tem a cara, o mau humor e veste-se como se fosse uma pessoa séria, mas os fatos mostram que ela é tão pilantra quando os ministros que demitiu.
(1) Texto de apoio: Josias de Souza

O SOCIAL E O SOCIETÁRIO NO PETISMO



          Percival Puggina


          Não sei se já contei isto. Acho que já contei, sim, mas conto de novo porque a situação perdura. Eu havia estacionado em um posto de gasolina e quando me dirigia para o inevitável cafezinho, um rapaz, maltrapilho e maltratado como diria o Chico, aproximou-se de mim, declarando-se com fome, e me pediu um cachorro-quente. A frase - "Estou com fome" - não admite qualquer contestação. "Claro que sim, vem comigo".

            Suponhamos que eu parasse naquele posto diariamente e que, também diariamente, o rapaz estivesse ali, reiterando-me seu apelo. Ao cabo de um mês eu teria despendido uma boa quantia com ele sem elevá-lo um centímetro na escala social. Ao contrário, eu o teria degradado à condição de  dependente. Agora, ampliemos a cena. No meu lugar, coloque o governo federal, substitua o rapaz com fome por 22 milhões de famílias e o lanche por uma ajuda de custo para completar, em cada núcleo familiar, por pessoa, uma receita mínima de R$ 70 (o governo chama isso de renda...).

            O leitor pode estar pensando - "Será que o Percival Puggina prefere que as pessoas passem fome?". Não, claro que não. Eu não sou contra o Bolsa- Família. O Lula é que era contra o Bolsa-Escola, no tempo do FHC. Escrevo motivado pela recentíssima divulgação pela ONU dos novos Índices de Desenvolvimento Humano. Eles situam o Brasil na 85ª posição do ranking mundial, com uma visível estagnação nos últimos anos. Como é possível? Com 22 milhões de famílias recebendo do governo um complemento de "renda" mensal?

            Pois essa é a consequência do problema que muitos, entre os quais eu mesmo, já cansaram de advertir. O Bolsa-Família é um programa necessário, sim. FHC, aliás, já o havia instituído com o nome de Bolsa-Escola, sob severas críticas de Lula e do PT. É um programa que cria dependência em proporções que tornam desnecessário prová-la. Mas, isoladamente, nada faz que se possa denominar promoção social ou desenvolvimento humano. Em nada contribui para que as famílias em situação de miséria disponham, um dia, das condições necessárias para cuidar bem de si mesmas. Esse "cuidar bem de si mesmos" é o que fazem as pessoas nos países situados no topo da tabela da ONU. Na maior parte desses casos, não é o Estado que cuida bem das pessoas, mas as pessoas que têm habilitações que lhes permitem uma renda suficiente para fazê-lo.

            A pergunta que dirijo ao PT, ao seu parceiro PMDB, e aos demais membros dessa organização societária estabelecida no Brasil, é esta: - Quando é que vocês vão levar a sério o problema da Educação? Os indicadores sociais já mostram que estamos praticamente estagnados! Menos gente passa fome no Brasil e isso é muito bom. Mas cai nos ombros dos senhores, após uma década no poder, o peso dos anos perdidos e o desastre social que os números estão a apontar.

            Reconheço que o PT descobriu o Brasil em 2003. Reconheço que, assim como Cabral cravou uma cruz nas areias de Porto Seguro, Lula plantou uma estrela vermelha nos jardins do Palácio da Alvorada. Reconheço, também, que o PT realizou isso após haver inventado a roda, a roldana, o avião e a suíte presidencial a bordo do avião. Mas o fato é que nos setores fundamentais do bem estar social - Educação, Saúde e Segurança as coisas vão de mal a pior. A síndrome da dependência em que se afundou parcela significativa da população brasileira tornou-se elemento fundamental da organização societária que (vou usar um neologismo que a esquerda adora) se empoderou no Brasil.

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Percival Puggina (68) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, articulista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões. 

CHARGE DO NANI



Esta charge do Nani foi feita originalmente para o

UMA QUADRILHA DE MAL-FEITORES



Giulio Sanmatini
O poder Legislativo brasileiro está vivendo, no momento, uma total situação de nocivo surrealismo.
O deputado Henrique Alves (PMDB-RN) foi eleito presidente da Câmara (4/2/2013), mesmo acusado pelo Ministério Público Federal de enriquecimento ilícito numa ação de improbidade administrativa. Essa mesma Câmara,  elegeu  (6/3) para presidente  da Comissão de Direitos Humanos e Minorias o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), mais que racista e homúfobo  racista declarado, é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo crime de estelionato.
Ronaldo Cunha Lima
Ronaldo Cunha Lima
Nesse  mesmo dia  passaram a fazer parte da  Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania além de Paulo Maluf (PP-SP), foragido da Interpol,  João Paulo Cunha (PT-SP) e José Genoino (PT-SP), ambos condenado pelo “mensalão.
No Senado Federal a coisa não muda, o seu presidente, Renan Calheiros (PMDB-AL) é um comprovado peculatário.
Ontem, dia 18, disse ele em discurso, comemorando os 77 anos do já falecido Ronaldo Cunha Lima:  “Sinto a ausência de um grande amigo a quem hoje reverenciamos a sua memória. Todas as palavras serão insuficientes para representar o quando este paraibano honrado representou”.
O homenageado além de Senador, foi governador, vereador, prefeito, deputado federal,  estadual e escritor de poesias, que bem poucos conhecem.
Mas ninguém disse que Cunha Lima, foi autor de uma tentativa de homicídio, agravada pela premeditação, no dia 5/11/1993. Quando era governado da Paraíba, tentou matar a tiros o ex-governador do mesmo estado Tarcísio Burity.
Foram três disparos contra o seu antecessor, feitos no Restaurante Gulliver. Ao se dirigir para lá tinha planejado matar Buryti, em reação a supostas críticas que este teria feito contra deu filho Cássio Cunha Lima, então superintendente da Sudene.
Burity sobreviveu aos tiros, embora tenha ficado alguns dias em coma. O episódio e o ferimento causaram-lhe outros problemas de saúde e, dez anos depois do crime, no dia 8 de julho de 2003, ele morreu de falência múltipla de órgãos.
Acho que está de bom tamanho, não deixa dúvidas que o poder legislativo está ocupado por uma quadrilha de mal-feitores.

O CELIBATO



Magu
Escrevi sobre o celibato, em artigo passado e não lembro bem quando, mas tudo bem. Dei minha modesta opinião a respeito, claro que os leitores podem não concordar com ela. Mas isto foi antes de ler um texto de Arnaldo Jabor, que se debruçou  também sobre o assunto. Jabor é polêmico, como soe a bons redatores. Também escreve abobrinhas, de vez em quando; eu, de vez em sempre. Mas como ele aborda o mesmo aspecto que abordei, achei interessante que nossos leitores vejam outra opinião que não a minha. Trata-se de culpabilizar diretamente o celibato sacerdotal pela revelação do desvio de conduta que está disfarçado no inconsciente daqueles que não podem lançar mão, desculpem a figura de linguagem, de forma legal e aparente, abençoada pela sacralização do casamento, de uma periquita. Falo (epa, tempo verbal, hein) do inconsciente para provocar meu amigo e redator Laurence, que pode nos brindar com seu ampliado conhecimento da matéria, como estudioso que é.igreja-catolica-e-pedofiliaProvocação à parte, deixo-os com o link onde poderão ler o polêmico Jabor, na íntegra:  pedofilia na igreja católica

A mágica das portas de correr



David Bastos decora uma elegante morada carioca

19/03/2013 | POR REDAÇÃO; FOTOS TUCA REINÉS

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  (Foto: Tuca Reinés)
Quando os proprietários deste apartamento carioca de 400 m² compraram o imóvel, ainda na planta, já tinham em mente a contratação de David Bastos. As mãos do arquiteto baiano tocaram a obra que transformou a propriedade numa morada sofisticada e contemporânea, cheia de cômodos altamente integrados – ou “integráveis”, seria mais apropriado dizer. A reforma empreendida pelo profissional, entre seus trunfos, tem a remoção de inúmeras paredes, substituindo-as por esguias portas de correr. A ideia, é claro, era dar versatilidade à vida no interior do lar.
De portas abertas, o estar, o jantar e o home theater são um grande salão só. A amplitude se faz necessária, pois a família é numerosa, e em dias de visitas, a casa fica cheia. Só no núcleo primário, além do casal, são cinco filhos (embora atualmente apenas uma menina viva com eles neste apartamento). Para acomodar a todos em jantares e almoços, os moradores pediram uma grande mesa na sala de jantar. Já para a área do home theater, a encomenda foi uma estante grande o suficiente para abrigar os muitos livros que são a paixão do casal. Neste âmbito, dos amores e das coleções, há também as obras de arte.
Justamente pela abundância de quadros coloridos, pela presença próxima do azul do mar e por uma preferência pessoal, Bastos apostou numa paleta neutra de cores nos acabamentos e no mobiliário. A grande vedete, em termos de materiais, é sem dúvida a madeira – encontrada em várias das paredes, inclusive. Muitos dos móveis não são novos, tendo pertencido às moradas anteriores dos donos. Entre eles, as mesas: uma sobre a qual está uma bela coleção de taças, e a escrivaninha do escritório, que descansa sob um quadro de Portinari. As malas que decoram o estar também são relíquias de vida passada.
Porque neste lar trabalha-se muito em casa, solicitou-se também um escritório mais reservado. A solução foi ocupar a área de um dos quartos, que acabou ligado ao estar por uma porta de correr similar à que une a sala ao home theater. Dessa maneira, esses dois espaços ficam abertos e integrados no dia a dia. Mas se o esforço intelectual exigir, cerram-se as portas. No escritório, a cor fica à cargo não só dos quadros; as lombadas dos livros ajudam a alegrar o ambiente. O design também figura ali. No mobiliário há peças assinadas por autores do calibre de Antonio Citterio e Piero Lissoni.
  (Foto: Tuca Reinés)

  (Foto: Tuca Reinés)

  (Foto: Tuca Reinés)

  (Foto: Tuca Reinés)

  (Foto: Tuca Reinés)

  (Foto: Tuca Reinés)

  (Foto: Tuca Reinés)

  (Foto: Tuca Reinés)

Feliciano acusado de induzir fiéis a comprar consórcio imobiliário

O deputado Marco Feliciano (PSC-SP) que ocupou manchete enquanto presidente do Conselho de Direitos Humanos e Minorias agora vira notícia por outra razão. Em nome de Jesus, induzia fiéis à compra de consórcios imobiliários. Reportagem da última edição da revista “Isto É” mostra que o pastor sugeria que fiéis comprassem um consórcio de imóveis, na TV, que pertence a ele. “Realize, em nome de Jesus, o sonho da casa própria. Com apenas R$ 300 por mês você adquire um consórcio que dará uma carta de crédito de R$ 30 mil”, dizia Feliciano. Sobre a GMF Consórcios, Feliciano dizia que apenas fazia propaganda de um patrocinador, mas a publicação revela que a empresa foi criada por ele e mais três pastores em 2007 e que hoje foi passada para o nome da mulher, Edileusa Feliciano. Fonte: paroutudo.com Read more: http://www.jornaldoimovelbrasil.com/2013/03/feliciano-acusado-de-induzir-fieis.html#ixzz2O6k8op9W