sábado, 17 de janeiro de 2015

CHARGE DO SPON - Incitatus...


O TIRO NO PÉ



Ao sancionar os reajustes aprovados pela Assembleia para governador, vice, deputados e secretários, Sartori nos dá uma lição claríssima de política: como destruir grande parte do patrimônio político-eleitoral e da própria imagem em apenas 15 dias de governo.

A decisão do governador do RS criou um paradoxo indefensável: como apertar o cinto em quase todas as áreas da administração, mas deixando de fora a classe política?

Com esta decisão, Sartori deu um presentaço à oposição e começa a afastar de si parte importante do eleitorado que o apoiou, principalmente porque ele representava derrotar o PT. Como nos disse Maquiavel, "não é a intenção que valida um ato, mas seu resultado."

Governantes diferenciados são aqueles que conseguem fazer a leitura de que pequenos atos podem servir de grandes álibis durante todo um governo. Ou o contrário, se tornarem a âncora que vai puxá-lo para baixo.

fonte - http://diegoreporter.blogspot.com.br/2015/01/o-tiro-no-pe.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed:+blogspot/dRPPQ+(Diego+Casagrande)

Merval Pereira diz que sob as vistas grossas de Dilma e do PT, coniventes, continua livre, leve e solta a roubalheira na Petrobrás



CLIQUE AQUI para ler, também, reportagem do Estadão, na qual há a revelação esdrúxula sobre a decisão da estatal de pagar advogados para que defendam  os funcionários acusados por ela mesma, como é o caso de Venina da Fonseca. 


Neste artigo intitulado "A corrupção continua", o jornalista Merval Pereira, O Globo, diz que a corrupção continua solta na Petrobrás. É algo incontido. O governo Dilma nada faz para demitir toda a diretoria e enfiar todos os bandidos na cadeia. Na Petrobrás, nenhum, funcionário mexe-se para expurgar seus colegas ladrões, o que remete à conclusão de que são omissos.

. As evidên cias são de que só acabando com a Petrobrás será possível impedir que a roubalheira continue.

. Leia tudo:

A denúncia dos Procuradores da Operação Lava Jato sobre indícios de que a corrupção não foi estancada na Petrobras, mesmo depois de todas as prisões realizadas e de todas as investigações que estão sendo feitas, é a mais grave que poderia surgir a esta altura dos acontecimentos, e justificaria a demissão sumária de toda a diretoria atual da estatal, a começar pela presidente Graça Foster.

Não importa o argumento do Ministro das Minas e Energia Eduardo Braga de que não há nenhuma acusação contra a atual presidente da Petrobras ou diretores, pois a responsabilidade dos dirigentes da Petrobras é muito clara, e se eles são incapazes de controlar os desvios já denunciados e comprovados, não podem continuar onde estão.

CLIQUE AQUI para ler tudo.

MACACO, CUIDA DO TEU RABO! - by por Percival Puggina.


 Artigo publicado em 

São tantas as investidas do governo da União contra a autonomia dos Estados e municípios que já não as vemos como investidas nem como anomalias institucionais. Quando a presidente Dilma convidou José Eduardo Cardozo para o Ministério da Justiça, ela estava sinalizando para um agravamento dessa situação e para uma radicalização à esquerda em seu governo. O novo ministro pertence à nata do Foro de São Paulo, em cujas reuniões desfia sua oratória revolucionária. Por convicção política o ministro só pode ser partidário da centralização, do acúmulo de poder, da unidade de comando.
Não apenas o Ministério da Justiça operará com tais propósitos. Assim será, também, o conjunto do governo por imposição racional das políticas petistas. A democracia como vista por nós, cidadãos comuns, não é a mesma que o PT propõe. Para o partido governante no Brasil, a nossa democracia é burguesa, frágil e pronta para ser comida pelas bordas.
O senhor Cardozo, em recente entrevista ao Estadão, expôs seus projetos para a Segurança Pública, com destaque para a construção de uma estrutura permanente de colaboração das polícias estaduais com a federal. Editorial do mesmo jornal informa que o governo encaminhará ao Congresso um projeto de emenda à Constituição, ampliando o elenco de crimes em relação aos quais passaria a haver competência da União para intervir. No outro lado da cancha, garante o ministro, os Estados conservariam as prerrogativas atuais. Com as palavras de Sua Excelência: "Hoje não posso impor para a PM do Estado normas operacionais. Mas, se tiver uma competência concorrente, posso ter a União estabelecendo diretrizes gerais sem suprimir a possibilidade de os Estados tratarem do mesmo assunto".
Enquanto planeja uma nova maneira de intervir nas competências dos entes federados, o governo petista descuida do próprio rabo. Sim, porque existe um bom elenco de crimes constitucionalmente postos na alçada federal. Entre eles, estão os praticados por autoridades da República, que têm sido investigados com maior sucesso pela mídia nacional do que pelos órgãos federais incumbidos de fazê-lo. E vale lembrar ao ministro que também são de competência federal, entre outros, os crimes sempre bilionários contra o sistema financeiro, a lavagem de dinheiro, o contrabando e o descaminho. E lá também está o rabo do macaco estendido no meio da avenida.
Nas modernas democracias constitucionais, descentralização é um quase sinônimo de democratização. Pelo viés oposto, centralização é um quase sinônimo de autoritarismo, ou totalitarismo, ou tirania. É algo assim que está em curso no Brasil, de um modo escancarado. O governo da República se sente dispensado de disfarçar o caráter autoritário, totalitário ou tirânico de suas incursões pelas unidades federadas distribuindo dinheiro e brindes como se a vida nacional fosse um grande programa de auditório em que a falsa generosidade arranca abobalhados aplausos.

* Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+.