segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Conheça 10 cubas bonitas e diferentes para dar personalidade ao seu banheiro ou lavabo



O Pense Imóveis selecionou alguns modelos de cubas para inspirá-lo a investir nessa peça da casa que, muitas vezes, fica em segundo plano

Na hora de decorar a casa, os banheiros e lavaboscostumam ser deixados em segundo plano. Quartos, salas e cozinhas acabam ganhando mais atenção dos moradores quando chega o momento de decidir cores, planejar móveis e comprar acessórios. Para instigar o seu interesse neste ambiente da casa muitas vezes esquecido, selecionamos dez modelos de cubas atraentes e inusitadas, que poderão dar o charme especial que o espaço merece.



Origin Eco Logic é uma empresa preocupada com o tipo de material que utiliza. A cuba Assimétrica 320 é feita de madeira maciça certificada, para sobrepor em lavabo ou banheiro. Para garantir total impermeabilização, a peça é revestida por dez camadas de seladores e vernizes. A Origin também produz materiais para outras peças da casa. Informações aqui

Divulgação / Origin Eco Logic



As cubas artesanais de louça são em porcelana Stone Ware, o mais resistente dos porcelanatos, matéria-prima importada dos Estados Unidos. Totalmente moldadas a mão, podem ser customizadas. Texturas e esmaltações em prata, cobre, ouro, grafite, com padronagens delicadas, foram criadas pela artista Rejane Hirtz Trein. Vendidas exclusivamente na Spazio del Bagno

Divulgação / Spazio del Bagno



A cuba folha foi desenvolvida pela Brascor Countertops, assinada pelo designer de produtos Ricardo Antônio Studio. É fabricada em corian na cor Glacier White, mas há possiblidade de produção em outras cores. Mais informações no site.

Divulgação / Bascor Countertops


As peças abaixo são fabricadas pela empresa inglesa Victoria + Albert e importadas com exclusividade para o Brasil pela Doka - Bath Works. Com um designcontemporâneo, o modelo Barcelona traz curvas suaves é produzida em Quarrycast, material desenvolvido com uma rara rocha vulcânica misturada à resina, as cubas têm como cor natural o branco, possuem brilho intenso e não amarelam. Informações no site.

Divulgação / Doka Bath Works



A madeira usada nas cubas Samauma é o Louro Preto. As peças são elaboradas com pedaços de troncos e raízes revitalizados, deixados expostos ao tempo por mais de vinte anos. Nesse tempo, a ação do sol e da chuva esculpe fendas em sua superfície, produzindo irregularidades que conferem beleza e originalidade às peças. As cubas são revestidas em poliuretano. Mais informações aqui.

Divulgação / Spazio del Bagno



Fango, fábrica argentina, combina produção artesanal com um acabamento industrial. As cubas são feitas em um torno por um ceramista e são decoradas por um decorador que pinta uma por uma a mão. A fabricação artesanal oferece ao produto um alto valor adicional que o faz único e diferente. Há possibilidade de entrega no Brasil. Acesse osite para outras informações.

Divulgação / Fango



Outro modelo da Fango, feito de forma totalmente artesanal. Interior com pigmentos cerâmicos e esmalte transparente mate sem chumbo. Exterior com pigmentos cerâmicos dando aparência semelhante à pedra.

Divulgação / Fango



Outro produto importado exclusivamente pela Doka - Bath Works e projetado pela inglesa Victoria + Albert é a cuba Edge, linha 2012. O design tem estilo futurista, com linhas retas e marcadas. As peças são feitas em Quarrycast, uma mistura de rara rocha vulcânica e resina. No caso de riscos ou arranhões, basta um simples polimento para restauração do material. Outros produtos e informações pelo site empresa.

Divulgação / Doka Bath Works



Cuba de apoio Licenza, levemente suspensa em relação à bancada. Possui fita de LED não aparente em sua parte inferior, permitindo a emissão de suave facho de luz através da borda. Produzida em corian, matéria-prima de altíssima resistência com a qualidade Du Pont. Disponível nas cores branco, bege claro ou cinza claro. Um fino disco perfurado se posiciona em sua base interna, encobrindo a válvula de escoamento da água. À venda pelo site.

Divulgação / Du Pont



Fabricada pela Tramontina em aço inox de alta durabilidade e com acabamento em alto brilho, a cuba Ronda foi concebida para gerar uma atmosfera elegante para os lavabos. A instalação pode ser feita tanto para apoio quanto para embutir no tampo com borda sobreposta. Acompanha válvula pop-up. Outras informações e modelos diferenciados no site da marca.

Divulgação / Tramontina

PEDE PRÁ SAIR, TOFFOLI! - por Percival Puggina


                Sempre me pareceu que o provimento de vagas no STF por indicação presidencial não era um modelo de todo mau. Mesmo que tal discricionariedade tornasse inevitável a designação de juristas alinhados com as posições ideológicas do governante, o pêndulo dos processos sucessórios, indo ora para cá, ora para lá, ajudaria a estabelecer certo pluralismo dentro da Corte. Era o que eu pensava. Todavia, a reeleição introduzida por FHC e o petismo no poder travaram o pêndulo na posição esquerda. E o pluralismo acabou.
             Por isso, não consigo entender as manifestações da elite e da militância petista no sentido de que o julgamento do mensalão está politizado. Quem conhece o partido sabe que ele pode ser descuidado em muitas coisas, jamais, porém, quando se trata de prover cargos importantes. Como regra quase geral, as indicações ao Supremo, feitas por Lula e Dilma, seguiram um alinhamento nem sempre partidário, mas política e filosoficamente compatível com as posições do partido. Por isso, o STF, nos últimos anos, definiu diversos temas polêmicos em conformidade com os gostos do petismo. Listo alguns: as posições relativas ao caso de Cesare Battisti, transferindo a decisão a Lula e, depois, determinando que o terrorista fosse posto em liberdade; o reconhecimento da união estável entre pessoas do mesmo sexo; a orientação sobre a aplicação de algemas em presos; o beneplácito ao uso de células-tronco embrionárias para pesquisas; a aceitação da constitucionalidade das cotas raciais no ensino superior; a determinação relativa à reserva Raposa Serra do Sol; a liberação da marcha dos maconheiros; o reconhecimento da constitucionalidade da lei do piso do magistério.
             Nesses casos, e certamente noutros, os juízos emitidos agradaram politicamente o PT e contrariaram valores relevantes para uma parcela da sociedade que pensa diversamente. Tais entendimentos do STF decorrem dos critérios de escolha adotados pelos governos petistas. Lula e Dilma, ao apontarem nomes para as cadeiras vacantes, olham à sua volta. Ou olham para o lado esquerdo.
             Numa democracia - a menos que seja esquizofrênica - o partido do governo fala como o governo fala. Pois eis que, recentemente, o PT reagiu às condenações proferidas na Ação Penal 470 através de um manifesto, no que foi seguido por dura entrevista em que o presidente do partido declarou "politizados" os votos dados pelos ministros. Ora, de todas as decisões polêmicas do STF cujos votos acompanhei, essa é a única que não está politizada! O que o partido e o governo não entenderam é algo muito simples: uma coisa é os ministros indicados votarem como o PT gostaria matérias do tipo a que me referi antes. Afinal, os politizados ministros nomeados e o politizado partido nomeante sopram a mesma partitura em flautas diferentes. Outra é pretender que numa ação criminal os ministros decidam contra a razão, a lei e as evidências dos autos para satisfazerem as conveniências do partido. 
             Seria gravíssimo! Tão grave que tal suspeita recai sobre apenas dois. Mas um deles ao menos conhece Direito. O outro nem isso. Jamais deveria estar naquela Corte e, em hipótese alguma, poderia participar do julgamento da Ação Penal 470. Só ele, no país, não sabe o quanto está impedido de julgar pessoas de cuja intimidade privou e para as quais trabalhou. Graças à toga que Lula lhe deu, mais cedo ou mais tarde, a roda das cadeiras o fará presidente do Supremo. Meu Deus!
 Zero Hora02/12/2012

Recorde de impostos, por Miriam Leitão



Respire fundo antes de ler o texto a seguir: nunca antes a sociedade brasileira pagou tantos impostos como nos dois últimos anos. O IBPT fez as contas e passou para a coluna. A média da carga tributária na era Dilma deve chegar a 35,89%, em 2011 e 2012. Nos oito anos de Lula, ficou em 34,03%. Nos anos FHC, foi de 28,63%. O PIB esfriou, mas a máquina de arrecadação continuou quente.
Uma vez por ano, sempre depois da divulgação do PIB do terceiro trimestre, o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) faz a projeção para medir o peso dos impostos na economia. O cálculo foi feito na sexta-feira, após o IBGE ter divulgado os dados de julho a setembro. Também leva em conta a arrecadação até o mês de novembro.
O presidente do Conselho Superior do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, explica que depois de bater em 36,02% em 2011 — a maior da história — a carga tributária deve ter um pequeno recuo este ano, para 35,77%. Não dá nem para comemorar, trata-se da segunda maior:
— Dilma teve a maior carga tributária da história em seu primeiro ano de governo. Terá a segunda maior no segundo ano. A média é de 35,89% e isso supera todos os outros.
Esse pequeno recuo de 2011 para 2012 acontecerá por um motivo ruim. O PIB esfriou este ano e será mais fraco do que o do ano passado. A indústria fechará 2012 no vermelho e, por isso, a incidência de impostos sobre a sua produção será menor.
Além disso, há uma série de impostos que foram reduzidos de forma temporária, como o IPI dos automóveis, da linha branca, de materiais de construção. Não se trata de um alívio definitivo, mas sim de um paliativo para um ano de baixo crescimento.
A arrecadação deve cair 2% este ano, em termos reais — descontada a inflação —, depois de disparar 9% em 2011. Segundo Gilberto Amaral, fechará 2012 em R$ 1,57 trilhão.
— Tivemos uma alta muito grande da carga tributária em 2011 e, agora, uma pequena queda. Quando há recuo na arrecadação, é pequeno, quando há alta, é significativa — explicou.

O percentual de 35% leva em consideração impostos federais, estaduais e municipais. Olhando apenas para os federais, a conclusão é a mesma. Recorde no ano passado, em 25,32%, com pequeno recuo para 25,07% este ano.
A alta carga tributária é um problema crônico que acompanha o país há vários governos. Vejam no gráfico abaixo. Subiu muito no de Fernando Henrique, continuou em alta no do Lula e segue batendo recordes no governo Dilma.
Impostos, multas, juros e encargos
Segundo Gilberto Amaral, do IBPT, a Receita Federal não contabiliza contribuições corporativas, multas e juros ao calcular a carga tributária. Por isso, há uma pequena diferença entre as taxas. Em 2011, por exemplo, a carga medida pela Receita ficou em 35,31% do PIB; pelo IBPT, em 36,02%. Mas ele explica que a tendência é sempre a mesma nas duas medições. 

Basta um passeio pela Praça dos Três Poderes



Carlos Chagas
Quem for condenado a penas de prisão perde os direitos políticos e o mandato, se tiver algum. Só os plenários da Câmara e do Senado podem cassar deputados e senadores.
Está caracterizado o impasse institucional a ser discutido quarta-feira pelo Supremo Tribunal Federal. A maioria de seus ministros inclina-se por considerar que os deputados condenados no processo do mensalão não serão mais deputados, uma vez transitadas em julgado as suas sentenças. O presidente da Câmara sustenta que apenas o plenário da casa tem o poder de cassação.
Estabelecido o conflito constitucional, com a ironia de caber ao Supremo dirimir as dúvidas, a gente fica pensando se a democracia brasileira ainda terá mesmo vasto caminho a percorrer até ser considerada plena. Nada pior do que um choque entre os poderes, felizmente devendo ser resolvido na palavra e no papel, já que nem Judiciário nem Legislativo dispõem de tropa armada para fazer cumprir suas decisões, devendo o Executivo saltar de banda.
Tem saída? Tem. Como nem Joaquim Barbosa nem Marco Maia parecem dispostos a pedir audiência, um ao outro, seria oportuno que descessem de seus palácios e empreendessem uma caminhada no calçadão fronteiriço às duas instituições. Conversando poderiam entender-se facilmente. Que tal a Câmara marcar sessão para cassar os mandatos dos condenados no mesmo dia em que o Diário da Justiça estiver publicando o acórdão do julgamento?
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ESPETO DE PAU
Perdeu o sociólogo outra oportunidade de ficar calado. Porque em palestra aos colegas tucanos, semana passada, bateu pesado no Lula, dizendo que uma coisa é o governo, outra a família, acrescentando que seu sucessor misturava o público com o privado. Uma agressão desnecessária por ter sido ele o agressor. Ou Fernando Henrique Cardoso não teve uma filha funcionária da presidência da República? Não nomeou um genro chefe da Agência Nacional de Petróleo? Casa de ferreiro, espeto de pau…
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ESCORREGOU
Dias atrás, no palácio Eliseu, em Paris, o presidente François Hollande recebeu o cacique Raoni, acompanhado de ecologistas internacionais. Não foi uma visita de chefe de Estado, mas quase, com direito a nota oficial do governo francês onde se lê a necessidade da proteção aos povos autóctones da selva amazônica. De tabela, informou-se que o nosso cacique pediu apoio do anfitrião para a campanha contra a construção da usina de Belo Monte.
Aqui para nós, existe na França uma comunidade cigana que se recusa a aceitar a legislação do país, considerando-se uma nação independente. Quem sabe a presidente Dilma não recebe o seu líder, apoiando suas reivindicações?
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A HORA E A VEZ DE VALÉRIO
Nos corredores do Congresso circula o boato de que se for confirmada em sentença a condenação de 40 anos de prisão para Marcos Valério, ele irá considerar nulos quaisquer compromissos no sentido de ficar calado. As informações divulgadas tempos atrás por uma revista semanal foram um aviso. Abrindo a boca, o operador do mensalão estará jogando baldes de barro no ventilador. Deveria cuidar-se, considerando-se sua condição de arquivo vivo e explosivo.

Bomba! Como Rosemary entrou com 25 milhões de euros em Portugal (Parte 2)


Blog do Garotinho

Uma montanha de euros entrou em Portugal na mala diplomática de Rosemary Noronha
Uma montanha de euros entrou em Portugal na mala diplomática de Rosemary Noronha


Na nota anterior dei a pista sobre a existência de uma conta na cidade do Porto (Portugal), na agência central do Banco Espírito Santo, onde foram depositados no 25 milhões de euros. Imediatamente comecei a receber muitas ligações de jornalistas pedindo mais informações a respeito do assunto. Recorri à minha fonte que me deu mais detalhes esclarecedores de como tudo teria ocorrido. Vocês vão cair para trás.

Como já foi tornado público, Rosemary era portadora de passaporte diplomático, mas o que não foi revelado é que ela também era portadora autorização para transportar mala diplomática, livre de inspeção em qualquer alfândega do mundo, de acordo com a Convenção de Viena. Para quem não sabe esclareço que o termo "mala diplomática" não se refere específicamente a uma mala, pode ser um caixote ou outro volume.

Segundo a informação que recebi, Rosemary acompanhou Lula numa viagem a Portugal. Ao desembarcar foi obrigada a informar se a mala diplomática continha valores em espécie, o que é obrigatório pela legislação da Zona do Euro, mesmo que o volume não possa ser aberto.

Pasmem, Rose declarou então que havia na mala diplomática 25 milhões de euros. Ao ouvir o montante que estava na mala diplomática, por medida de segurança, as autoridades alfandegárias portuguesas resolveram sugerir que ela contratasse um carro-forte para o transporte.

A requisição do carro-forte está na declaração de desembarque da passageira Rosemary Noronha, e a quantia em dinheiro transportada em solo português registrada na alfândega da cidade do Porto, que exige uma declaração de bagagem de acordo com as leis internacionais. Está tudo nos arquivos da alfândega do Porto.

A agência central do Banco Espírito Santo na cidade do Porto já foi sondada sobre o assunto, mas a lei de sigilo bancário impede que seja dada qualquer informação. Porém a empresa que presta serviço de carros para transporte de valores também exige o pagamento por parte do depositário de um seguro de valores, devidamente identificado o beneficiário e o responsável pelo transporte do dinheiro.

Na apólice do seguro feito no Porto está escrito: "Responsável pelo transporte: Rosemary Noronha". E o beneficiário, o felizardo dono dos 25 milhões de euros, alguém imagina quem é? Será que ele não sabia? A coisa foi tão primária que até eu fico em dúvida se é possível tanta burrice.

Esses documentos estão arquivados na alfândega do aeroporto internacional Francisco Sá Carneiro, na cidade do Porto. O dinheiro está protegido pelo sigilo bancário, mas os demais documentos não são bancários, logo não estão sujeitos a sigilo. A apólice para transportar o dinheiro para o Banco Espírito Santo é pública, e basta que as autoridades do Ministério Público ou da Polícia Federal solicitem às autoridades portuguesas.

Este fato gravíssimo já é do conhecimento da alta cúpula do governo federal em Brasília, inclusive do ministro da Justiça. Agora as providências só precisam ser adotadas. É uma bomba de muitos megatons, que faz o Mensalão parecer bombinha de festa junina.


Em tempo: Pelo câmbio de sexta-feira, 25 milhões de euros correspondem a R$ 68 milhões. 

Caso Rosemary: Um mistério de 25 milhões de euros


02/12/2012 18:51

Blog do Garotinho
Rosemary Noronha, a ex-toda poderosa secretária de Lula
Rosemary Noronha, a ex-toda poderosa secretária de Lula


As declarações contraditórias sobre a existência ou não de gravações telefônicas entre o ex-presidente Lula e sua ex-secretária na Presidência da República, Rosemary são absolutamente infundadas. As gravações existem e são explosivas. É até compreensível o esforço para tentar blindar Lula de situações constrangedoras, mas não desafiem a inteligência das pessoas. Vamos ao óbvio.

Por que a Polícia Federal pediria autorização judicial para interceptar os e-mails de Rosemary para os irmãos Vieira e não faria o mesmo em relação a telefones?

A Operação Porto Seguro está longe de apresentar seus principais desdobramentos e personagens envolvidos. Ao buscar informações sobre corrupção em pareceres técnicos, a Polícia Federal encontrou muito mais do que esperava. O problema agora é como lidar com essa situação.

O MP Federal não recebeu todo o material da investigação feita pela Polícia Federal. Não me refiro aos documentos apreendidos no dia da operação, mas às gravações telefônicas, os e-mails, as filmagens que antecederam a preparação do dia da operação.

O caso Rosemary é um problemaço para presidente Dilma Rousseff. Quem acha que Lula e Zé Dirceu vão sair apanhando sozinhos nesse episódio está profundamente enganado. São pelo menos 8 deputados federais do PT que têm seus nomes envolvidos em situações complicadíssimas nas armações ilimitadas de Rosemary. Até agora os nomes que vieram à tona são de Cândido Vaccarezza e Paulo Teixeira, mas nos próximos dias, a República vai sofrer grandes solavancos, principalmente a "República de São Bernardo do Campo".

Há ainda uma investigação dentro da própria investigação que está sendo aprofundada e descobriu que os tentáculos de Rose influenciaram até a PREVI, maior fundo de previdência do país (Banco do Brasil), com forte influência no mercado brasileiro.

Tudo o que disse acima são informações, mas vamos tratar de um fato que ainda está no campo das hipóteses.

Todas as operações da Polícia Federal têm nomes que procuram definir seus alvos, mesmo que de forma indireta os nomes sinalizam os objetivos da ação policial. Por que Operação Porto Seguro? Os mais afoitos e apressados em interpretar o nome dado à operação pela Polícia Federal poderiam imaginar que o nome foi dado em função da presença na operação do ex-senador Gilberto Miranda envolvido em licenças para instalar portos em ilha de propriedade da União.

Mas ele não era o alvo, quem estava na mira era Rosemary, e os seus tentáculos - como a operação mostrou - iam além da atuação dos irmãos Vieira nas agências reguladoras. Se estenderam pelo Banco do Brasil, pela Advocacia Geral da União, envolvem deputados e ministros, além de muita gente importante cujos nomes ainda estão sendo preservados.

Então por que Porto Seguro? A resposta pode ser encontrada na cidade do Porto, em Portugal, na agência central do Banco Espírito Santo. É só uma pista. Quem descobrir pode achar 25 milhões de euros na conta de uma grande figura da República. 

HUMOR - Lula e Rosemary tinham relação íntima

La vie en Rose, por Percival Puggina



Quand il me prend dans ses bras
Il me parle tout bas,
Je vois la vie en rose.
Bem me diziam que São Paulo é um país amigo do Brasil. O fato teve confirmação quando se soube que o chefe de Estado brasileiro mantém lá uma embaixada, localizada no mais concorrido point do capitalismo tupiniquim – a esquina da Rua Augusta com a Avenida Paulista. Ali, Lula presidente instalou a amiga Rosemary Nóvoa de Noronha, dita Rose, como embaixadora plenipotenciária para assuntos nacionais e internacionais.
 Embaixadora ou embaixatriz???
A natureza das atividades a que ela se dedicava chegou recentemente às manchetes. E mais uma vez arrancou silêncios do ex-presidente, que parece totalmente desinteressado do assunto. Duas pessoas falaram por ele. Falou por ele o sempre obsequioso ministro Gilberto Carvalho, que disse não ver motivos para os fatos trazerem qualquer perturbação ou constrangimento ao amigo Lula. E falou por ele, também, a muda e sorridente submissão de dona Marisa Letícia.
Não vou tratar aqui desse submundo em que tantos amigos de Lula são assíduos frequentadores. As docas e bares do porto de Marselha, nos anos 50, eram habitadas por marinheiros, vagabundos e prostitutas mais exigentes em suas transações. Não é disso que este texto se ocupa. Quero falar sobre o tal Escritório de Representação da Presidência da República em São Paulo e sobre como se confiam a mãos tão incompetentes quanto sujas setores decisivos ao funcionamento do país.
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INUTILIDADE
Para que serve esta estrutura administrativa existente nos escalões presidenciais onde, há sete anos, Rose ia levando sua vie en rose? A Polícia Federal entrou lá por uma porta e a ordem de Dilma chegou fulminante: fica extinto o cargo que ela ocupava. Se podia ser extinto, por que existia? Doravante, segundo teria disposto a presidente, todas as determinações relacionadas com aquela repartição federal serão originadas de Brasília. Resta a pergunta: o que há num escritório sem chefe, além de telefonista, office boy e motoboy?
O caso é uma evidência de o quanto se joga fora o dinheiro do contribuinte. Cargos são criados por necessidade de acomodar afetos pessoais e cargos são extintos por necessidade de resolver desconfortos causados pelos ocupantes. Com a mesma mão que assinou a extinção do cargo da dona Rose, Dilma despachou para o Congresso projeto de lei criando outros 90 junto à presidência da República.
A história das atividades que agora estão sob exame da Polícia Federal no escritório paulista mostra, por outro lado, os parcos critérios com que são providos postos significativos como são as chefias das agências reguladoras de atividades concedidas. Nem mesmo a complicada ficha funcional de um dos irmãos Vieira foi motivo suficiente para frear a determinação de vê-lo titulando o posto que pretendia. E tudo se passava ante os olhos da mãe do PAC, sob o nariz da mãe do PAC e junto aos ouvidos da mãe do PAC. Por quê? Porque o poder confiado a mãos irresponsáveis não vale pelo bem que produz mas pela festa que proporciona e porque é muito difícil afastar-se de más companhias generosas.
(Do Blog do Puggina)

Braços Direitos, por Elton Simões



Construir e proteger uma instituição exclusivamente com base na virtude individual de seus agentes parece ser tarefa impossível. Seres humanos são falíveis e suscetíveis a escolhas imperfeitas, em especial quando essas escolhas afetam os interesses de quem escolhe.
O aparecimento recorrente e abundante de chefes que se dizem traídos por seus braços direitos parece ser uma indicação clara de que a virtude individual, embora desejável, não pode ser dada como garantia da qualidade das ações dos agentes de qualquer instituição.
Nem mesmo a amputação de braços direitos supostamente traidores serve como garantia de melhora no futuro.
Instituições devem ser protegidas através de mecanismos preventivos. Entre esses mecanismos, o mais importante parece ser o da identificação e eliminação de possíveis conflitos de interesse que possam impactar ou influenciar as decisões dos agentes de cada instituição.
Não existe grande discordância em relação ao que constitui um conflito de interesse: é o conjunto de condições nas quais o julgamento de um profissional a respeito de um interesse primário tende a ser influenciado indevidamente por um interesse secundário.
A ausência de discordância na definição, entretanto, apenas exaspera as diferenças na intensidade e importância que cada instituição, país, sociedade ou cultura, atribui aos conflitos de interesse.
De maneira geral, quanto mais uma instituição investe na eliminação dos conflitos de interesse dos seus agentes, mais eficiente ela será.
Conflitos de interesses são falhas éticas potenciais em estado bruto. Criam condições para que decisões dos agentes de uma instituição sejam contaminadas por interesses indevidos.
São os conflitos de interesse que colocam os agentes em uma encruzilhada moral na qual a probabilidade de desvio ético aumenta.
São eles também que impactam a credibilidade das instituições. Colocam sempre em questão a imparcialidade de cada decisão tomada. Tolerar conflitos de interesse é aceitar que a credibilidade institucional seja roída e carcomida pela descrença.
Criar mecanismos institucionais que evitem conflitos de interesse é o mesmo que prevenir desvios éticos.
É poupar os chefes de facadas nas costas (existentes ou fictícias), ou decepções (falsas ou verdadeiras) com seus subordinados.
É evitar que se empilhem braços direitos decepados que, nos dias de hoje, parecem infinitos em número.

Elton Simões mora no Canadá. Formado em Direito (PUC); Administração de Empresas (FGV); MBA (INSEAD), com Mestrado em Resolução de Conflitos (University of Victoria). E-mail: esimoes@uvic.ca . Escreve aqui às segundas-feiras. 

Charge do Duke (O Tempo)



Caso Rosemary: no PT, o clima é de tensão e medo; no Planalto, nem tanto...



Carlos Newton
É tempo de citar dois conhecidos ditados populares, a propósito do caso de amor entre o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua assessora Rosemary Nóvoa Noronha. Pode-se dizer, sem medo de errar, que nem tudo que reluz é ouro ou as aparências enganam.
No PT e nas hostes governamentais ligadas diretamente a Lula, o clima é de tensão e medo. As perigosas ligações entre o ex-presidente e Rose eram por demais conhecidas, mas não se esperava que extrapolassem o âmbito afetivo e se transformassem em mais um escândalo de corrupção.
A primeira providência da cúpula do Instituto Lula (leia-se: Paulo Okamoto, Clara Ant e Luiz Dulci) foi tirar Rose de circulação, sumir com ela, que é considerada explosiva e ninguém sabe como procederá daqui pela frente, quando perceber o tamanho da encrenca em que se meteu, deixando a família ao relento, pois, ao mesmo tempo, todos perderam os empregos públicos – ela, a filha, o atual marido e o ex-marido. Quem os sustentará? – eis o dilema do PT, que terá de dar rápida e eficaz solução a isso.
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THOMAZ BASTOS
Outra preocupação é a parte jurídica da questão, e mais uma vez o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos foi escalado para conduzir o caso. Oficialmente, quem defende a assessora de Lula é o advogado Luiz José Bueno de Aguiar, que assinou a nota divulgada à imprensa, em que Rose diz que todas as 24 viagens que fez ao exterior foram por solicitação do cerimonial da Presidência “em decorrência de meu cargo e função e, para isso, fiz curso no Itamaraty, não havendo, portanto, nada de irregular ou estranho neste fato”.
Os telefonemas entre ela e Lula jamais serão divulgados, por óbvio, com a Polícia Federal se concentrando apenas no exame dos e-mails do computador da ex-chefe do Gabinete da Presidência em São Paulo. Aliás, é a primeira vez que isso acontece, com a Polícia Federal deixando de lado a investigação de ligações telefônicas em caso de corrupção, um fato verdadeiramente inexplicável, não é mesmo?
Se a cúpula do Instituto Lula está em pânico, mas o mesmo não ocorre no Planalto, onde o clima é até mesmo de alívio. Com esse escândalo de âmbito sexual e administrativo, a presidente Dilma Rousseff e seus assessores consideram sepultada a possibilidade de uma candidatura de Lula em 2014. Assim, diante dessa equação simples, já estão contando com mais quatro anos no poder, em função da fraqueza dos adversários. E não deixam de ter razão.