quarta-feira, 10 de outubro de 2012

“SAI DAÍ RÁPIDO, ZÉ” (1)



Charge de Roque Sponholz e Texto de Giulio Sanmartini
José Dirceu de Oliveira e Silva (66), começou sua carreira política em 1965, como líder estudantil. Em 1968 foi preso em Ibiúna (SP), durante a tentativa de realização de um congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes. Em 1969 começou sua carreira de bandido, quando foi trocado pela libertação do embaixador estadunidense Charles Burke Elbrick, que havia sido seqüestrado por membros da organização clandestina  de extrema-esquerda, MR-8.
Foi como deportado para o México e posteriormente exilou-se em Cuba onde t reinou guerrilhas. Voltou ao Brasil tendo mudado de nome e de rosto por operação plástica, passando a viver na clandestinidade em São Paulo, depois mudou-se para Cruzeiro do Oeste (PR) em 1975.
Com a anistia, nos anos 1980,  foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores – PT. Tornando-se presidente do PT, na campanha presidencial de Lula, foi o coordenador e estruturou o caminho que levou ao triunfo de 2002 ao impor ao partido a política de alianças.
Com vitória de Lula nas urnas, Dirceu foi nomeado ministro-chefe da Casa Civil, e teve papel importante na formação do governo eleito, sem maioria no Congresso Nacional. Na época, foi apelidado de “capitão do time” do presidente da República.
Ao fazer um balanço dos primeiros 18 meses de governo, foi autor de uma das maiores mentiras “que alguém jamais soltou na história desse país”: “Esse governo não rouba, não deixa roubar e combate a corrupção. Não é só um compromisso de vida de todos nós, mas também uma convicção da nossa consciência republicana”. Um ano depois desencadeou-se o escândalo” chamado de “mensalão”, seu envolvimento o fez perder o cargo de ministro e o mandato de deputado Federal.
Todavia nesses 7 anos, Dirceu ostentando sua impunidade, esbofeteava malvadamente os brasileiros de bem.
Ontem (9/10), para o bem futuro da nação chegou sua hora. Coube ao ministro do Supremo Tribunal Federal STF, Marco Aurélio Mello, o privilégio de  proferir o voto que faltava para a condenação do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu por corrupção ativa.
Dessa forma foi cortada  a raiz principal de uma porca era de corrupção, que se abateu no país em 2003, com a chegada do PT ao poder.
O Brasil inteiro exulta com o  resgate de uma parte de sua dignidade, que lhe foi vilmente roubada.
Vamos cantar juntos Hino Nacional Brasileiro, seguindo a chamada patriótica de Altamiro Carrilho.(1924/2012).
(1) Em agosto de 2005, no depoimento mais eletrizante da crise do mensalão, o então deputado Roberto Jefferson instou José Dirceu a pedir demissão da Casa Civil para preservar o mandato do presidente Lula. O grito abalou o Planalto: “Sai daí rápido, Zé!”.
(2) Texto de apoio: Cláudio Nogueira “et alii”

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